Os planos de Hadid para o maior aeroporto do Mundo
Estima-se que os serviços de arquitectura possam ter aqui um papel decisivo nesta estratégia nacional de renovação de mais de 60 aeroportos na China, além da construção de outras 30 infra-estruturas
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Quando estiverem concluídas as duas fases do projecto, o que se espera que aconteça em 2040, será o maior aeroporto do Mundo e estará pronto para receber aproximadamente 100 milhões de passageiros por ano.
Trata-se de um projecto assinado pelo gabinete de Zaha Hadid que custará a módica quantia de 10 mil milhões de euros e que permitirá, de forma significativa, aliviar a pressão existente no actual aeroporto de Pequim, infraestrutura desenhada por Norman Foster e construída a pensar nos Jogos Olímpicos de 2008 e que, sete anos volvidos, apresenta já grandes constrangimentos à conta do aumento exponencial de turistas chineses a viajar para fora do país. Segundo dados das autoridades chinesas, em 2014 foram aproximadamente 100 milhões o número de chineses que viajou para o estrangeiro, números que fazem acreditar que o tráfego aéreo naquela região cresça 65% até 2035.
O novo terminal, instalado em Daxing, a 50 quilómetros do centro da capital e a 70 quilómetros do actual aeroporto, é uma resposta à saturação já sentida. Desenhado em forma de fénix, o gabinete de Zaha Hadid acredita que essa será uma vantagem grande para os utilizadores daquele espaço atendendo a que a zona de recolha de bagagem estará a apenas, e no máximo, a 13 minutos de distância de qualquer porta de embarque e a apenas oito minutos entre a zona de controlo alfandegário e as portas de embarque. “Vão ser construídas quatro pistas e a primeira fase estará operacional até 2019, permitindo assim a chegada de 45 milhões de passageiros por ano, permitindo assim um alívio significativo na pressão que existe actualmente”, garante o director executivo da Pequim SIA City Holdings, promotora da iniciativa.
Hadid concebeu um aeroporto intermodal, o que contemplará igualmente ligações ferroviárias, factor encarado como importante para a dinamização do desenvolvimento económico da região”. Esta é a forma encontrada pela arquitecta para responder a uma das maiores preocupações manifestadas pelas autoridades chinesas e que passa pelo tempo dispendido entre aeroportos, atendendo a que as instalações de Pudong, por exemplo, estão vocacionadas para voos internacionais, e as de Hongqiao mais voltadas para voos domésticos.
Este é entendido como o primeiro de um conjunto de passos que serão dados num futuro relativamente próximo. Estima-se que os serviços de arquitectura possam ter aqui um papel decisivo nesta estratégia nacional de renovação de mais de 60 aeroportos na China, além da construção de outras 30 infra-estruturas, algo como um investimento de 72 mil milhões de euros de investimento.