JLL registou 27M€ de facturação em 2015
Valor representa um aumento de 72% relativamente a 2014
Pedro Cristino
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A JLL encerrou 2015 em Portugal com uma facturação de cerca de 27 milhões de euros, um valor que representa um aumento de 72% relativamente a 2014.
Na apresentação dos resultados da consultora imobiliária referentes ao ano transacto, Pedro Lancastre, director-geral, salientou o sucesso da integração da Novo Interior no seio do grupo, bem como a aquisição da Cobertura, empresa especializada na comercialização de imóveis residenciais no segmento médio-alto e alto, com cerca de 30 anos de experiência no mercado nacional, e que marca o início da actuação da JLL no mercado residencial. “Fomos pioneiros, no nosso sector, no mercado residencial”, acrescentou Lancastre.
O arranque da actividade nas áreas de Project & Development e Urban Development foi também sublinhado. “Quisemos pôr a marca JLL na reabilitação, sobretudo na cidade de Lisboa, e acho que estamos a fazê-lo com sucesso”, continuou, explicando que, quando a consultora actua nesta área está a ajudar “os investidores internacionais a desenvolver os seus projectos”. “Não somos os construtores, mas apoiamos na escolha dos arquitectos, das melhores empresas de construção e ajudamos também a pensar os conceitos dos seus projectos”, ressalvou o responsável da empresa.
A JLL lançou também a área de Hotels & Hospitality no final de 2015, “um projecto que acabou de arrancar”, fechando, desta forma, o ano “com chave de ouro”.
Na área de Capital Markets, a consultora teve uma presença “muito forte”, registando um total de cerca de 220 milhões de euros em volume de investimento transaccionado. “Nas transacções que fizemos, acho que nos destacámos mais no Prime CBD”, uma performance que, na opinião de Pedro Lancastre, se relaciona com as lojas, escritórios e projectos de reabilitação e reforça a posição de liderança da empresa neste campo.
No negócio de Office Agency e Corporate Solutions, “óptimas notícias para a JLL”, que teve uma intervenção em 52 mil metros quadrados, “o que corresponde a um crescimento de 42% face ao ano anterior”. Do total desta área, 36 mil metros quadrados correspondem a área arrendada, enquanto que 17 mil metros quadrados se referem a renegociações. Nesta área, a empresa alcançou uma quota de mercado de 30% entre os consultores.
O ano de 2015 foi também “muito positivo” no campo de Retail Leasing na consultora. “Participámos em 50 operações, colocámos 24 mil metros quadrados em lojas de rua e centros comerciais e 10 mil metros quadrados em lojas de rua em projectos de reabilitação no centro de Lisboa”, revelou Pedro Lancastre.
Na área Residencial, a consultora registou um crescimento de 100% face a 2014, performance que resulta da junção das marcas JLL e Cobertura, “que duplicou a sua facturação de 2014 para 2015”. “É tudo novo para nós”, destaca o director-geral da consultora. Neste campo, “70% das vendas foram realizadas a estrangeiros”. Para Pedro Lancastre, o facto de a empresa ter vendido, em 2014, casas a compradores de 10 nacionalidades diferentes e, em 2015, de 24 nacionalidades diferentes constitui uma prova da diversificação da origem do investimento. “Na China, no Líbano, na Síria, na África do Sul, no Brasil, não há canto do mundo que não esteja a olhar para Portugal e esta diferença traduz bem a aposta internacional no nosso país”. Para 2016, “temos muitíssimos projectos em pipeline”, assegurou o responsável.
A Tétris, empresa do grupo especializada na execução de projectos de arquitectura “chave-na-mão”, registou um crescimento de 25%. “Fizemos 140 obras, das quais 70% foram ou em retalho ou em serviços, e 30% em escritórios” afirmou Lancastre, justificando, assim, a “aposta ganha”. Para 2016 “queremos crescer nos escritórios”.
O departamento de Avaliações registou um valor avaliado de 11 mil milhões de euros, 70% do qual teve origem em clientes internacionais. Este resultado traduz um crescimento de 70% no valor avaliado relativamente ao ano anterior. 75% do valor total é referente a portfólios imobiliários, enquanto que 19% diz respeito a imobiliário comercial, tendo a promoção e a área residencial tido um peso de 4%.
Neste contexto, o director-geral da JLL abordou a entrada em vigor da nova lei das avaliações que, na sua opinião, “pode estar a perturbar o mercado.
Em Consultoria Estratégica, a JLL cresceu 25%. “52% dos nossos clientes são internacionais, o que representa bem o interesse do mercado internacional em Portugal”, declarou Lancastre, revelando que tem havido “um interesse crescente por este tipo de serviços”, com os mercados residencial e hoteleiro a registarem um forte crescimento.
“Para 2016, acho que o que os nossos clientes mais quererão são os estudos de “Best Use”, porque acho que há muito património imobiliário que não está a ser utilizado da melhor forma e este é o momento para repensar na melhor utilização a dar aos patrimónios”, concluiu.
Para este ano, a consultora prevê um investimento “em linha com os volumes alcançados em 2015”, cerca de 1,8 mil milhões de euros, com o retalho a voltar a ter “mais preponderância”. A JLL antevê ainda a venda de portfólios de entidades bancárias, fundos e seguradoras, bem como a transacção de grandes projectos ou terrenos em Lisboa, como a Feira Popular ou o Amoreiras Prime.
A JLL acredita também que o “bom desempenho” do mercado de escritórios continue em 2016, com um volume de absorção “em linha ou a superar os níveis de 2015” e a escassez de oferta de edifícios de escritórios novos e/ou de qualidade.
No retalho, espera-se a chegada de novas marcas internacionais ao mercado português, bem como novos conceitos de restauração “que estão a reemergir e a consolidar-se em zonas de Lisboa”. A JLL crê ainda que 2016 será “o ano de consolidação do comércio de rua no Porto”.