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    Misericórdia de Santa Cruz das Flores investe 1,6M€ na requalificação de Lar de Idosos

    A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Ilha das Flores acaba de lançar um concurso público com vista à empreitada de requalificação do Serviço de Apoio ao Domicílio, um investimento estimado em 1,7 milhões de euros. Esta empreitada, inscrita na Carta Regional de Obras Públicas, terá um prazo de execução de… Continue reading Misericórdia de Santa Cruz das Flores investe 1,6M€ na requalificação de Lar de Idosos

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    Misericórdia de Santa Cruz das Flores investe 1,6M€ na requalificação de Lar de Idosos

    A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Ilha das Flores acaba de lançar um concurso público com vista à empreitada de requalificação do Serviço de Apoio ao Domicílio, um investimento estimado em 1,7 milhões de euros. Esta empreitada, inscrita na Carta Regional de Obras Públicas, terá um prazo de execução de… Continue reading Misericórdia de Santa Cruz das Flores investe 1,6M€ na requalificação de Lar de Idosos

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    A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Ilha das Flores acaba de lançar um concurso público com vista à empreitada de requalificação do Serviço de Apoio ao Domicílio, um investimento estimado em 1,7 milhões de euros.
    Esta empreitada, inscrita na Carta Regional de Obras Públicas, terá um prazo de execução de cerca de 13 meses e representa um investimento global do Governo dos Açores financiado pela Secretaria Regional da Solidariedade Social, através da Direcção Regional da Solidariedade Social.
    A obra visa a requalificação do edifício da Santa Casa da Misericórdia onde funcionam diversas valências da instituição, nomeadamente o Serviço de Apoio ao Domicílio, que irá apoiar todas as valências da Misericórdia.
    Com esta iniciativa, e segundo a comunicação daquele organismo, o Governo dos Açores pretende continuar o seu trabalho no desenvolvimento de respostas sociais de qualidade.

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    João Moutinho, Business Director & Internationalization do BUILT CoLAB

    Construção

    “É preciso que o sector dê um salto de fé”

    O projecto REV@CONSTRUCTION terminou a 30 de Junho e apontou o caminho para a exigida revolução digital do Sector da construção. O projecto juntou, num consórcio, 20 empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional, liderado pela construtora Teixeira Duarte e coordenado pelo BUILT CoLAB, em prol da Construção Digital em Portugal. O projecto terminou formalmente, mas as bases para a revolução do sector estão lançadas

    A primeira grande mudança que o REV@CONSTRUCTION provocou na indústria começou ainda antes do projecto avançar: o reconhecimento de o sector, pouco habituado a cooperar entre si, perceber que era necessário unir esforços para responder aos desafios da competitividade e da produtividade do sector. Hoje, mais de três anos volvidos, o projecto que envolveu 20 entidades e perto de uma centena de pessoas, terminou e lançou as bases para que a revolução da digitalização se dissemine pelos empresas do sector. Como? Disponibilizando ao mercado as ferramentas que este necessita para dar resposta às novas exigências, como plataformas vão permitir a interoperabilidade entre dados, ferramentas que vão fomentar a utilização generalizada do BIM e de Gémeos Digitais, entre outros.

    Conversámos com João Moutinho, Business Director & Internationalization do BUILT CoLAB, entidade responsável pela coordenação do projecto, sobre os desafios que se colocam ao sector e aos seus actores. As bases tecnológicas estão lançadas, mas a verdadeira revolução tem de acontecer ao nível da capacitação dos recursos humanos das empresas: “enquanto não tivermos as pessoas capacitadas para reconhecer a diferença, elas não irão perceber o valor das possibilidades que lhes são oferecidas neste momento. E este é o verdadeiro desafio”, alerta João Moutinho.

    Existe um antes e um depois do REV@CONSTRUCTION?

    Claramente! O sector da construção tipicamente não é muito receptivo à inovação e isso contribui para um círculo vicioso. Não havendo o reconhecimento dessa inovação, há cada vez menos vontade de criar inovação. O BUILT CoLAB, um laboratório colaborativo que nasceu quase que em simultâneo com este projecto, foi criado um pouco para contrariar essa tendência. Temos estado a criar ferramentas e a dinamizar projectos que têm como principal objectivo acelerar a inovação no sector. Depois, procurámos ter os argumentos para convencer o sector a utilizar essas ferramentas.

    E o REV@CONSTRUTION é um exemplo disso mesmo. A liderança do projecto é da Teixeira Duarte, mas a coordenação técnica é do BUILT CoLAB. Está no nosso nome, na nossa natureza pôr várias entidades a falarem e a reconhecerem a lacuna que existe tipicamente entre aquilo que é o conhecimento que a academia e a ciência produzem e a sua aplicabilidade. E se em alguns sectores, como a Manufactura ou o Calçado, existe essa ligação, na Construção isso tem sido mais difícil de acontecer.

    E para isso contribuem características como a fragmentação do sector, a multiplicidade de pequenas e médias empresas e aos níveis de qualificação, geralmente baixos, dos seus recursos humanos…

    Exactamente. Existe uma enorme dificuldade em colocar o sector a adoptar tecnologia. Ok, isso já acontece com as maiores empresas, que certamente já têm desafios da adopção de tecnologia, mas como é que fazemos com as empresas que compõem mais de 95% daquilo que é o valor criado na construção e que são micro pequenas e médias empresas? Como é que conseguimos que aquelas empresas com 3,4 ou 10 colaboradores utilizem ferramentas deste género, quando na realidade o grande desafio que eles têm, neste momento, é manter as pessoas, conseguir executar as obras e lidar com tudo aquilo que são as dificuldades de uma indústria que é normalmente competitiva apenas pelo preço?

    E qual é a resposta ou solução a essa questão?

    A resposta à pergunta tem a ver com a qualificação. Por um lado, temos de conseguir qualificar melhor.  Temos de desmistificar a ideia de que a construção é uma alternativa para quem não estuda ou para quem não serve para mais nada. Quem vai para a construção tem de ter vontade de ir para a construção. O sector tem de ser atraente do ponto de vista de carreira, do ponto de vista do tipo de funções que são desempenhadas, porque a construção pode ser um trabalho cada vez menos duro se for industrializada, se for tomada com eficiência. E neste momento é o sector menos eficiente. Tem um fosso de produtividade de 1.7, o que é mau se considerarmos que temos de ser cada vez mais competitivos para sermos cada vez mais sustentáveis. Isto significa que somos 170 % menos eficiente que a média dos outros sectores. É muito significativo.

    Como é que conseguimos que aquelas empresas com 3, 4 ou 10 colaboradores utilizem ferramentas deste género, quando na realidade o grande desafio que eles têm, neste momento, é manter as pessoas, conseguir executar as obras e lidar com tudo aquilo que são as dificuldades de uma indústria que é normalmente competitiva apenas pelo preço?

    A Construção apontou como meta a versão 4.0. Deveríamos apontar um pouco mais atrás?

    Se calhar fomos um bocadinho ambiciosos. Mas é preciso dar a perceber os benefícios desta digitalização e, por isso, temos de ir à boleia, digamos assim, e aproveitar a designação do 4.0 para se perceber este esforço da digitalização, que é da sensorização, da adopção, da ciência de dados, da utilização da inteligência artificial. É um pouco para colarmos a designação que existe para outras indústrias, a esta indústria que ainda não estará no patamar 3.0. Aliás, se calhar outras também não estarão mas beneficiam da mesma designação, do mesmo marketing, para passar a mesma ideia. Nós não queremos passar pelas etapas que os outros já passaram. Vamos querer dar um salto maior. O que me leva à sua questão que acabei por não responder: “de que forma é que as micro pequenas e médias empresas podem beneficiar disto?” Diria que vão ter de passar a ter pessoas mais qualificadas e vai ter de haver aqui um salto de fé, um salto de confiança, para que haja uma melhoria de eficiência. A digitalização e a sustentabilidade são os drivers para a competitividade.  Mas estas coisas não podem ser impostas. É preciso que as empresas reconheçam a necessidade e que, a curto prazo, se criem alternativas de capacitação. E nós já estamos a trabalhar em projectos que vão criar essas alternativas.

     O REV@CONSTRUCTION deu origem também alguns desses instrumentos que vão ajudar a convencer as empresas a dar esse “salto de fé”?

    Isso é o que é verdadeiramente diferenciador neste projecto. Para conseguir ajudar estas empresas, será sem dúvida importante disponibilizar ferramentas que, até agora, eram muito difíceis de obter sem ter de realizar um grande investimento. O REV@CONSTRUCTION desenvolveu um conjunto de produtos, processos e/ou serviços (os chamados PPS), alguns dos quais vão ser colocados à disposição do mercado livremente, outros vão ser comercializados pelas empresas ou disponibilizados de alguma forma, com um modelo de licenciamento pelas empresas, mas todos, sem excepção, vão estar ao dispor do sector.

    O sector tem de ser atraente do ponto de vista de carreira, do ponto de vista do tipo de funções que são desempenhadas. A construção pode ser um trabalho cada vez menos duro se for industrializada, se for tomada com eficiência. E, neste momento, é o sector menos eficiente. Tem um gap de produtividade de 1.7, o que é mau se considerarmos que temos de ser cada vez mais competitivos para sermos cada vez mais sustentáveis. Isto significa que somos 170 % menos eficiente que a média dos outros sectores

    Os instrumentos do REV@CONSTRUCTION

    Como vai ser feita essa transposição?

    A forma como estas ferramentas irão ser disponibilizadas depende de caso para caso, sendo que a maioria das ferramentas terão como objectivo serem de uso, talvez não totalmente gratuito, mas na grande maioria quase gratuito, embora não possamos responder pelos 20 parceiros que estão associados. Neste momento, o projecto já terminou, estamos numa fase de reporte do ponto de vista formal, mas as ferramentas já foram desenvolvidas e têm estádios de maturidade muito elevadas. Convém, no entanto,  salientar que estas ferramentas ainda não vão estar na prateleira daqui a 1 hora ou daqui a 2 ou 3 meses. Poderá demorar algum tempo até serem produtos suficientemente robustos para serem colocados no mercado. Mas o primeiro passo foi dado e isso é verdadeiramente importante.

    Estamos a falar de que tipo de produtos e serviços?

    Resumidamente, eu diria que podemos agregá-los em duas dimensões de produtos. Por um lado, plataformas que vão, de alguma forma, suportar dados e interoperabilidade entre dados, quer sejam dados relacionados com BIM quer sejam dados relacionados com tudo aquilo que é sensorização ou outras fontes de dados e que, em conjunto, produzem valor. Estamos a falar de plataformas de agregação de dados, estamos a falar de sugestões muito concretas relativamente à forma como se pode passar a ter a adopção do BIM generalizada em Portugal, estamos a falar de ferramentas que têm e que suportam processos associados à construção de digitalização.

    Numa segunda dimensão, temos ferramentas de digital twins, os chamados gémeos digitais. Estes gémeos digitais, muitas vezes suportados em BIM, permitem-nos simular vários tipos de cenários: cenários associados à própria gestão de obra, que é fundamental e que é aquela aplicação mais fácil e mais conhecida, mas também cenários associados a outras fases do ciclo de construção, nomeadamente neste caso à manutenção do edifício construído. E este é um aspecto muito importante.

    Existe ainda um outro conjunto de ferramentas que também foram desenvolvidas e que estão associadas a processos, por exemplo uma ferramenta que permite digitalizar o processo de pavimentação das estradas, uma actividade até agora muito analógica e o que fizemos foi desenvolver um conjunto de ferramentas que digitaliza o processo e que o torna imensamente mais eficiente.

    De que forma?

    Passamos a ter um processo controlado de uma forma digital: sabemos a todo o momento onde estão as máquinas, conseguimos prever a saída do material betuminoso e controlamos a sua chegada à frente de obra, que é um processo crítico. Conseguimos monitorizar a temperatura de aplicação da mistura betuminosa para efeitos de garantia de qualidade, mas também são identificadas, através de ciência de dados, as patologias de pavimento que no futuro possam estar associadas a essa localização. Estamos a falar de gerir todo o processo de uma forma única, através de uma plataforma única, e que é partilhada pelos vários stakeholder. Desde o trabalhador que está na frente de obra com o seu tablet a trabalhar, até ao trabalhador da central que tem de libertar camiões. Este foi, diria, um casamento muito interessante que aconteceu entre a academia (habituada a laboratórios e que teve de ir à obra) e as empresas, pouco habituadas a terem esta intervenção. E foi possível perceber a vontade que estes trabalhadores que estão na frente de obra têm de ter ferramentas que lhes permitem estar mais confiantes e serem mais eficientes.

    A obrigatoriedade do BIM

    A breve trecho teremos a obrigatoriedade da adopção do BIM. Vê esta medida como parte do esforço e do trabalho que têm estado a promover e como uma forma de se acelerar a digitalização do sector?

    Frequentemente discutimos se esta obrigatoriedade deve vir bottom up ou top down. Ou seja: devem ser as empresas a reconhecerem a sua necessidade ou se estas têm de ser impostas? O ideal seria uma abordagem híbrida mas que, não existindo, terá de ser top down e temos o exemplo de outros países que já foram mais bem-sucedidos nessa acção, nomeadamente o Reino Unido, que está uns anos à frente nesta matéria.  Assim, vão ser empreendidos esforços, em que nós colaboramos, para tornar esta metodologia obrigatória ainda que de uma forma faseada. A proposta de lei está a ser revista e tudo aponta para que até 2030 haja efectivamente uma adopção generalizada do BIM, a começar pelos grandes projectos públicos.

    Associado a isso existe ainda a questão da normalização. Como está este processo?

    Já existem várias normas BIM traduzidas para português. O BUILT CoLAB teve um papel fundamental neste trabalho. É um processo complicado porque é moroso, mas neste momento a grande limitação não está nas normas, eu diria que a grande limitação está no que falámos anteriormente, da necessidade da sua adopção por parte das empresas. As normas existem, o facto de não estarem traduzidas colocam aqui alguns desafios de interoperabilidade, mas as normas principais já estão traduzidas. A interoperabilidade que é garantida, de certa forma, pela estandardização vai ser fundamental para garantir que este esforço é bem rentabilizado. Eu diria que aquilo que são os principais usos e aquilo que são as principais características no BIM já estão traduzidos. Ainda que o esforço de estandardização e de criação de normas e a sua tradução é sempre um trabalho em curso, à medida que os usos de BIM também se tornem cada vez mais sofisticados.  Neste momento fala-se de uso BIM até à 8ª e 9ª dimensão, quando na realidade ainda lutamos para usar as dimensões mais básicas. Esse é que é o verdadeiro desafio o de adopção e democratização do uso do BIM e a democratização passa pela disponibilização dessas ferramentas. Faz ideia de quanto custa uma licença anual de um software de modelação mais usado no BIM? Cerca de 3500 Euros/ano, por posto de trabalho. Isto na escala da Construção pode parecer pouco, mas à escala das micro e pequenas ou mesmo das médias empresas que têm 20 a 30 utilizadores, faz mossa.

    Com a adopção generalizada do BIM teremos melhores projectos e estes serão mais caros?

    Confunde-se a dificuldade da adopção BIM com a qualidade do projecto. Um projecto em BIM não é um projecto diferente de outro projecto, é só um projecto apresentado e formalizado de uma forma diferente.  O problema é que, até agora a duas dimensões, os projectos tinham pouco detalhe. As especialidades eram colocadas em cima de desenhos bidimensionais em que os elementos eram apontados, por exemplo, o interruptor fica na parede x, a conduta passa mais ou menos aqui e os cabos de electricidade passam na parede y.  Ninguém dizia exactamente onde é que passavam, nem se preocupavam com pormenores de implementação, ou a que cota é que estavam localizados exactamente. Com o uso do BIM, isso deixa de acontecer porque as coisas têm de ser colocadas no sítio certo, não se podem colocar as coisas no ar simplesmente, e isso obriga a um projecto melhor, um projecto em que todos os envolvidos pensaram em tudo. Não se deixam as coisas na Memória Descritiva para ser interpretadas depois na fase de obra e esse projecto não é mais caro por ser em BIM, é mais caro por ser mais pormenorizado.

    Vão ser empreendidos esforços, em que nós colaboramos, para tornar esta metodologia obrigatória ainda que de uma forma faseada. A proposta de lei está a ser revista e tudo aponta para que até 2030 haja efectivamente uma adopção generalizada do BIM, a começar pelos grandes projectos públicos

    E isso é um entrave à adopção do BIM? De que forma?

    A meu ver o verdadeiro entrave à adopção do BIM não é só a formação ou o conhecimento que é preciso ter para criar em BIM, tem a ver precisamente com a necessidade de pensar em tudo e esse a necessidade de pensar em tudo, depois, irá gerar uma economia na obra porque vai haver menos desperdício, menos enganos e mais eficiência. E isto é um bocadinho assustador, porque neste momento existe até quem viva dessa ineficiência e depois vemos os custos dos projectos a derraparem. Com o BIM a probabilidade de isso acontecer é muitíssimo mais baixa porque as coisas foram muito mais bem pensadas e porque têm uma correspondência quase em tempo real com as coisas. Imagine, por exemplo, que o projecto BIM na sua componente de orçamentação está ligado à base de dados de custos, em vez de haver uma surpresa no final, o projectista pode, em tempo real, avaliar o custo da obra e o seu impacto e escolher a melhor altura para a executar. Sem me querer alongar naquilo que é a tecnicalidade do uso do BIM, é muito fácil perceber que essa adopção tem vários desafios de ordem política, mas também tem traz desafios do ponto de vista social, da mentalidade e de percebermos que só através da eficiência é que nós vamos para a competitividade e que esta competitividade não pode estar associada só ao preço, antes à qualidade e à eficiência. Falamos muito de escala e do facto das nossas empresas terem de se juntar para ter escala e aproveitar as oportunidades que existem no mercado internacional e isso só vai acontecer se “falarem a mesma língua”, cá está a necessidade de interoperabilidade, da estandardização e a necessidade de ser eficiente.

    Voltamos ao REV@CONSTRUCTION, este é um projecto que vai acelerar esta mudança?

    Não podemos prever o futuro, mas identificámos que um dos principais problemas era a ausência de ferramentas. E foi nisso que o REV@CONSTRUCTION se centrou. Agora, um dos principais drivers para a inovação, e que o Governo vai incentivar, será a descarbonização. E muitas vezes descarbonizar vem pela eficiência, redução do desperdício e promoção da circularidade. Se olharmos os fundos do PRR e a forma como estão a ser gastos e se prevêem gastar, percebemos que a descarbonização será uma grande oportunidade para as empresas apostarem em inovação. Agora, grande parte deste esforço vai ter de vir das próprias empresas e da mudança de mentalidade que tem de acontecer. Não é difícil pensar em retorno de investimento destas soluções, ele acontece muito rapidamente. Há muitos estudos que mostram um tempo para a retorno do investimento na ordem de meses para muitas das tecnologias que estamos aqui a falar. Porque actualmente o gasto e o desperdício são tão grandes que qualquer benefício de produtividade paga a solução. Contudo, é muito difícil para a maioria destas 95% das empresas que referiu dar esse salto de fé.  E voltamos ao início da nossa conversa. Enquanto não tivermos as pessoas capacitadas para reconhecer a diferença, elas não irão perceber o valor daquilo que são as possibilidades que lhe são oferecidas neste momento. E este é o verdadeiro desafio.

    A meu ver, o verdadeiro entrave à adopção do BIM não é só a formação ou o conhecimento que é preciso ter para criar em BIM. Tem a ver precisamente com a necessidade de pensar em tudo e essa necessidade de pensar em tudo, depois, irá gerar uma economia na obra porque vai haver menos desperdício, menos enganos e mais eficiência. E isto é um bocadinho assustador porque, neste momento, existe até quem viva dessa ineficiência

    O BUILT CoLAB nasceu quase em simultâneo com o REV@CONSTRUCTION, irá continuar o seu percurso? O que têm em carteira?

    O BUILT CoLAB só tocou na ponta do iceberg.  Nascemos da iniciativa da Agência Nacional de Inovação para suprir esta necessidade, mesmo antes de sabermos que íamos ser parceiros deste projecto. A ideia de um laboratório colaborativo ou de um centro de investigação para a construção digital surgiu antes e o mecanismo que o financiou tem uma missão que vai além deste projecto.  Temos dois drivers: a digitalização e a sustentabilidade e percebemos neste momento que a sustentabilidade é o maior driver que existe para a digitalização. Porque muito rapidamente vamos passar à fase do “pau”, que acreditamos irá ser muito dolorosa para a maioria do sector da construção, que é um sector com muitas emissões principalmente se falamos na construção tradicional. E grande parte do desafio nos próximos anos será canalizado para a criação de ferramentas obrigam à transformação digital, mas que têm como principal driver a sustentabilidade. Mesmo em termos de orçamento o REV@CONSTRUCTION representa uma fatia muito pequena daquilo que foi o nosso desenvolvimento nos últimos três anos.  O nosso grande projecto foi o de desenvolver outras ferramentas e outras iniciativas, como o plano nacional da circularidade para a construção ou o desenvolvimento de ferramentas transversais que nem sequer estavam no VER e que foram disponibilizadas à indústria. O BUILT CoLAB vai continuar a ser o BUILT CoLAB.

    Em que projectos estão envolvidos?

    Estamos envolvidos na criação de um European Digital Inovation Hub, um projecto que irá arrancar nos próximos meses e que vai ser muito positivo para o sector porque vai permitir que estas pequenas empresas experimentem tecnologia com uma taxa de financiamento muito elevado.  portanto é um esquema de cascate funding em que a Comissão Europeia e o estado português, através do PRR, irão financiar uma parte deste investimento.

    Temos uma agenda mobilizadora em torno da pedra natural e da indústria extractiva e da utilização da pedra natural na construção, através de um projecto inovador no centro do país de criação de um centro de capacitação BIM com recurso a metodologias pouco comuns, mas não posso adiantar mais do que isto, dizer que é uma forma muito original de lidar com os desafios do mundo real e de lidar com coisas engraçadas relacionadas com capacitação imersiva.

    Depois temos outros projectos relacionados com descarbonização que estão neste momento a ser contratualizados com empresas de construção e com outras associações do sector visando desenhar roteiros para a descarbonização que é uma coisa também muito importante

    Temos vários projectos de investigação a decorrer a pedido de empresas, que estamos a desenvolver internamente e que têm como objectivo criar produtos e serviços que depois serão comercializados por essas empresas, enfim o grande desafio agora é conciliar tudo isto numa lógica de recursos humanos finitos…

    Os Produtos, Processos e Serviços do REV@Constrution

    O projecto REV@CONSTRUCTION divide-se em quatro Produtos, Processos e/ou Serviços (PPS). O PPS 1 preocupa-se com os aspectos a montante do processo de digitalização, com os processos normativos, que tem a ver com a criação de plataformas digitais que são uteis para empresas que querem fazer modelação digital. Neste contexto foram desenvolvidas, entre outros instrumentos, a plataforma Digi4Construction e a aplicação BIM4Bridges.

    Os PPS 2 e 3, estão focados nos gémeos digitais que são, no fundo, coração dos objectivos do projecto na área da digitalização. Enquanto o PPS 2 trata dos processos antes da fase do edifício construído, abrangendo a “promoção da digitalização dos processos e actividades de negócio da construção desde a fase de concepção e projecto, até à conclusão e entrega da obra”, o PPS 3 está relacionado com a fase de utilização, a fase de operação do edifício. Funcionará como um “acelerador” do processo de digitalização para os diferentes stakeholders, com particular foco nos donos de obra e nas empresas de facility management

    O 4º PPS tem a ver com outro tipo de obra, nomeadamente a pavimentação e obras de arte. Tendo sido implementados dois Living Labs (demonstradores) que vão concretizar o trabalho desenvolvido nos PPS’s 1, 2 e 3, para validar os sistemas e aplicações desenvolvidos. “Um deles será o BIM4Bridges, no qual se irá efectuar uma demonstração das potencialidades do BIM quando aplicado em obras de arte – para o contexto será realizada a modelação por laser can e fotogrametria de uma obra de arte/infraestrutura já existente. O outro dedicado à digitalização da informação relativa aos pavimentos rodoviários, para validar as aplicações PAV 4.0 (que irá instrumentar e registar informação durante a fase de construção do pavimento) e PAV 4.0 LC (que irá instrumentar e registar informação durante a fase de utilização do pavimento para avaliação da evolução do seu desempenho ao longo do ciclo de vida)”.

    Um último PPS, o 5º, está relacionado com a comunicação e disseminação da informação ao sector.

    Indústria reunida para discutir “a revolução do sector”

     Os resultados do projecto foram apresentados numa conferência final que juntou vários representantes da indústria, como a Teixeira Duarte, a Mota-Engil ou o Grupo Casai.

    A Conferência “A Revolução da Construção Digital em Portugal” que assinalou o final do REV@CONSTRUCTION, o projecto mobilizador para a revolução digital da construção, o primeiro do sector AEC e que juntou um consórcio de 20 empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional, liderado pela Teixeira Duarte.

    Sílvia Garcia da ANI, no seu discurso de abertura, salientou desde logo a importância que o Programa Mobilizador tem na internacionalização das empresas, com enfoque no sector AEC, e como a criação de novos Produtos, Processos e Serviços (PPS) ajuda a colmatar as lacunas sentidas em termos de competitividade face a outros sectores. Os principais objectivos do projecto são a melhoria da competitividade e o crescimento sustentável do sector da Construção, assim como um alinhamento estratégico com o sector a nível europeu.

    Francisco Reis (BIMMS), João Vaz da Silva (3Maps), João Moutinho (BUILT CoLAB), Joel Oliveira (Universidade do Minho) e Noel Leitão (Teixeira Duarte) foram os principais porta-vozes das equipas de trabalho e mostraram o desenvolvimento de ferramentas que permitem uniformizar e sistematizar as regras para a digitalização na construção, assim como a criação de aplicações que promovem a digitalização dos processos construtivos. O projecto contribuiu para a implementação do conceito de “Digital Twin” – Gémeo Digital, em diversas operações de construção e manutenção de edifícios e infraestruturas, recorrendo a investigação em áreas digitais como realidade aumentada, sensorização, digitalização 3d, ciência de dados, machine learning ou IoT.

    A metodologia BIM foi um dos vários tópicos de discussão no painel de debate moderado por João Moutinho (BUILT CoLAB), que juntou Francisco Reis, da BIMMS, Laura Caldeira, do LNEC, Luís Gomes, da Mota Engil, Rita Moura, da Teixeira Duarte, e Sérgio Laranjeira, do Grupo Casais.

    Discutiu-se também o papel que o Estado tem na implementação de medidas que agilizem o processo de digitalização de forma transversal, sobretudo na obrigatoriedade de submissão de projectos em BIM para sua aprovação.

    Coube a Manuel Maria Teixeira Duarte, presidente do Conselho de Administração da Teixeira Duarte, fechar o encontro  tendo sublinhado que “este projecto mobilizador tem o poder de influenciar toda a cadeia de valor da construção e democratizar o acesso às metodologias digitais numa escala nunca vista no nosso sector”.

     Os parceiros

    Teixeira Duarte (entidade líder); INESC TEC; BIMMS; Grupo Casais; UMinho; LNEC; Infraestruturas de Portugal; Engexpor; Instituto Português da Qualidade; Instituto Superior Técnico; UPorto; A400; Mota-Engil; 3Maps; Instituto Superior de Engenharia de Lisboa; BUILT CoLAB; ACPMR – Cluster Mineral Resources; Instituto da Construção; COBA; AdF.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Município e Obra Diocesana firmam contrato para requalificação de edifícios

    O acordo visa a manutenção, reparação e requalificação dos edifícios, propriedade do Município do Porto, onde a instituição desenvolve a sua obra

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    O reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Obra Diocesana de Promoção Social nos vários serviços à infância, juventude e idosos continua a ser reforçado. Neste sentido, foi assinado um contrato de apoio no valor de 200 mil euros para a manutenção, reparação e requalificação dos edifícios, propriedade do Município do Porto, onde a instituição desenvolve a sua obra.

    Nas palavras do vereador da Coesão Social, “o protocolo assinado com a Obra Diocesana é importante, uma vez que se traduzirá na melhoria das condições de prestação dos serviços desta instituição aos Portuenses, nomeadamente nas valências de apoio à infância, juventude e idosos”.

    Neste momento, e de acordo com a proposta aprovada em reunião de Executivo, “os equipamentos apresentam a necessidade de manutenção, assim como de realização de obras extraordinárias de forma a potenciar a adequação da rede à realidade social dos territórios em que estão inseridos”.

    No final do primeiro semestre, o Município do Porto já havia aprovado um apoio à Obra Diocesana para que a instituição continue a garantir a resposta do Centro de Actividades de Tempos Livres do Centro Social do Lagarteiro, apesar do “desequilíbrio de exploração” manifestado, entre outros motivos, pelo “baixo valor das comparticipações familiares, atendendo ao nível socioeconómico dos agregados familiares” e pelos “custos fixos com os recursos afetos à resposta social”.

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    Novas apostas da GREE prometem “revolucionar” a climatização doméstica

    Com o objectivo de proporcionar um ar “mais confortável, eficiente e saudável” para as residências, a marca aposta em equipamentos com um “elevado desempenho, tecnologia de vanguarda e prestações de topo”

    CONSTRUIR
    tagsGREE

    O fabricante de ar condicionado GREE continua empenhada em trazer um ar “mais confortável, eficiente e saudável” para as residências apostando em equipamentos que se destacam pelo seu elevado desempenho, tecnologia de vanguarda e prestações de topo.

    Entre eles estão o novo Monosplit Amber, que oferece um “elevado desempenho”, e uma classe energética e SEER que é capaz de funcionar mesmo em condições climáticas extremas, o Monosplit Clivia, disponível em branco ecool gray, o mais recente equipamento da Gree que incorpora IA para se adaptar ao ambiente, combinando conforto e economia, o Shiny, uma gama de ar condicionado portátil que, dependendo do modelo, pode dar resposta às necessidades de arrefecimento ou aquecimento durante todo o ano e o desumidificador Aovia, que extrai a água do ar de forma a manter o nível de humidade recomendado e garantir um ambiente agradável.

    Monosplit Amber

    O novo Monosplit Amber da Gree garante um desempenho superior, funcionando mesmo em condições climáticas extremas, entre -15°C a +50°C no frio e -25°C a +30°C no calor. Além disso, a tecnologia G10 Inverter e os seus componentes permitem-lhe alcançar a melhor eficiência energética -A+++, SEER de 9 e SCOP de 6- e tornam o equipamento adaptável a qualquer aplicação, prático com display de temperatura retroiluminada e personalizável com uma grande variedade de acessórios, desde comandos de parede a stop/start, controlo centralizado e BACnet, como opção.

    O Amber maximiza o conforto através do seu nível de ruído reduzido e de funcionalidades como distribuição de ar 3D, turbo ou oscilação vertical e horizontal. Possui ainda um gerador de iões, filtros purificadores (PM2.5, Catequina e Carvão Ativado) autolimpeza por esterlização do evaporador a 55°C e modo Auto Clean X-Fan, que proporcionam um ar mais limpo e puro.

    O novo Split da Gree é um equipamento feito a pensar na durabilidade; inclui proteção Blue Fin e um revestimento contra a corrosão que prolonga a sua vida útil em ambientes salinos. Além disso, integra Wi-Fi, é compatível com os assistentes de voz Google Home e Alexa, e possui um modo de poupança de energia, modo silêncio, degelo inteligente e autolimpeza da bateria.

    Monosplit Clivia 

    Disponível em duas cores, branco e cool gray, o novo Monosplit Clivia da Gree mantém um ambiente de vida saudável e confortável graças à incorporação de Inteligência Artificial (IA), que o permite adaptar-se ao ambiente e entender as necessidades dos utilizadores. Desta forma, o equipamento possui um algoritmo que considera a humidade, o tamanho da divisão, entre outros fatores, para encontrar um equilíbrio entre conforto e eficiência energética, conseguindo alcançar uma poupança anual de 10% em comparação com os dispositivos tradicionais (Intertek).

    Ainda no contexto de redução do consumo de energia, o Clivia não só possui um modo de poupança energética, como utiliza gás refrigerante R32, tecnologia G10 Inverter e funcionalidades como a desumidificação contínua e secagem de roupas para alcançar uma excelente eficiência – A+++, SEER de 8,5 e SCOP de 5,7.

    Capaz de funcionar em amplos intervalos de temperatura exterior (entre -15°C a +50°C em arrefecimento e -25°C a +30°C em aquecimento), o Clivia possui um gerador de iões, uma luz ultravioleta UVC e ainda uma função de autolimpeza do evaporador por esterilização a 55°C de forma a manter o ar em perfeitas condições. Além disso, integra Wi-Fi, é compatível com Google Home e Alexa e inclui proteção Blue Fin, degelo inteligente, distribuição de ar 3D, controlo IR, modo silencioso e, opcionalmente, controlo de parede e centralizado.

    Ar condicionado Shiny

    Shiny é um ar condicionado portátil que, dependendo do modelo, é capaz de dar resposta ás diferentes necessidades de aquecimento e arrefecimento durante todo o ano. Além disso, ao estar disponível nas potências de 2,6 kW a 3,5 kW adapta-se às necessidades de qualquer utilizador.

    Este é um equipamento de fácil funcionamento que combina sustentabilidade e conforto graças ao gás refrigerante natural R290, a funções como X-Fan, turbo, oscilação vertical e horizontal e a modos como poupança de energia, hibernação, automático ou bloqueio infantil. Além disso, possui temporizador e controlo IR.  

    Desumificador Aovia

    Dando continuidade ao seu compromisso de oferecer aos utilizadores um ar mais saudável e confortável, a Gree inclui no seu catálogo o desumidificador Aovia, que extrai a água do ar mantendo o nível de humidade recomendando e assegurando um ambiente agradável. Nesse sentido, o painel de controlo intuitivo e o sensor de humidade de alta precisão que liga e desliga automaticamente permitem que o equipamento atinja o valor predefinido.

    O Aovia também utiliza gás refrigerante R290, mais eficiente e sustentável, e oferece uma proteção completa contra transbordamentos do depósito, congelamento, sobrecorrentes, erros no sensor de temperatura e fugas de refrigerante. Além disso, possui um indicador de limite do reservatório de água, aviso de limpeza de filtro, conector exterior de drenagem, temporizador e funcionalidades como o degelo inteligente e Auto Restart, que facilitam a sua manutenção, instalação e operação.

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    Imobiliário

    Fernando Pérez Borrachero é o novo diretor de Leasing da Klépierre Ibéria

    Com uma vasta experiência nos sectores do retalho, logística e imobiliário, Pérez Borrachero junta-se à Klépierre Ibéria para liderar o departamento de Leasing, uma área estratégica para a empresa

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    Detentor de uma vasta experiência nos sectores do retalho, logística e imobiliário, Fernando Pérez Borrachero junta-se à Klépierre Ibéria, proprietária de três espaços comerciais em Portugal – Parque Nascente no Porto, Espaço Guimarães e Aqua Portimão -, para liderar o departamento de Leasing, uma área estratégica para a empresa.

    O novo director de Leasing chega à Klépierre veio da Amazon, onde trabalhou nos últimos dois anos. Começou como Gestor de Transacções Imobiliárias da Amazon Logistics na Península Ibérica e, meses depois, foi nomeado director de Real Estate para liderar a equipa de transacções na Península Ibérica. Em Junho de 2022, acrescentou Itália aos territórios sob a sua responsabilidade. Este período na Amazon ajudou-o a desenvolver conhecimento em primeira mão no sector de logística e perceber o respectivo impacto no comércio online, ao concluir operações com os principais proprietários e promotores logísticos do sul da Europa.

    Pérez Borrachero iniciou a carreira em várias consultoras imobiliárias, sempre ligadas à locação de centros comerciais. Grande parte do seu percurso, com quase doze anos, teve lugar na IKEA (Grupo INGKA), onde ocupou múltiplos cargos como o de director de Leasing para Ibéria no negócio de centros comerciais (agora INGKA Centres) e director de expansão da IKEA Ibérica.

    “Estou muito entusiasmado com a oportunidade que a Klépierre me está a dar de poder voltar ao sector do retalho e integrar uma empresa com projectos e activos tão interessantes”, afirma Pérez Borrachero.

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    Empresas

    SunEnergy cria soluções ajustadas aos apoios do Fundo Ambiental

    SunEnergy é uma das empresas que reúne todos os requisitos exigidos pelo apoio para execução de projectos das tipologias definidas no programa, sendo que as candidaturas estarão abertas a partir do dia 16 de Agosto até 31 de Outubro de 2023, mas os investimentos podem ser feitos desde já

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    No âmbito do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis 2023, do Fundo Ambiental, a SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia eléctrica a partir do sol, vai apoiar os proprietários portugueses, de moradias ou apartamentos, que procurem adoptar soluções que melhorem a eficiência energética das suas habitações. 

    As candidaturas estarão abertas a partir do dia 16 de Agosto até 31 de Outubro de 2023, mas os investimentos podem ser feitos desde já.  

    Para realizar este tipo de intervenções, é necessário responder a alguns critérios e a SunEnergy é uma das empresas que reúne todos os requisitos exigidos pelo apoio para execução de projectos das tipologias definidas no programa, nomeadamente ao nível da instalação de sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento e/ou águas quentes e ao nível da instalação de sistemas fotovoltaicos ou de outro tipo de equipamentos de energia renovável. 

    A dotação global é de até 30 milhões de euros e os candidatos poderão beneficiar de um reembolso de até 85% em soluções para a melhoria da eficiência energética das suas habitações (sobre o valor sem iva). Existem limites máximos de reembolso, por exemplo: limite máximo até 1.100€ para sistemas de autoconsumo sem bateria e 3.300€ para sistemas de autoconsumo com bateria.

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    Construção

    ANMP e Governo assinaram acordo de quase 2 000 milhões de euros para escolas

    “Sabemos que ficará do lado dos municípios a responsabilidade de executar todo este financiamento, com todas as exigências a que estamos obrigados, incluindo as exigências energéticas e climáticas; é uma missão exigente, mas a ambição é grande e a vontade é ainda maior”, assegurou a dirigente da ANMP, deixando o compromisso de que “as verbas serão bem executadas para o bem das nossas crianças e jovens” e concluindo que “só daqui a uma década se perceberá o significado do dia de hoje”

    Cidália Lopes

    A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e o Governo assinaram , no Palácio Foz, em Lisboa, um Acordo para o financiamento a 100%, pelo Estado, da reabilitação de 451 escolas que foram transferidas para os municípios no âmbito do processo de descentralização de competências na área da Educação.

    A assinatura deste Acordo Setorial de Compromisso para Financiamento do Programa de Recuperação/Reabilitação, até 2033, de escolas que precisam de obras, distribuídas por três níveis – prioritário, urgente e muito urgente, decorre de um primeiro Acordo celebrado entre a ANMP e o Governo, há um ano, destinado a promover, com rigor e eficiência, a descentralização nas áreas da Educação e da Saúde.

    O Acordo, assinado pela presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, pelos ministros da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa; da Educação, João Costa; das Finanças, Fernando Medina; da Presidência, Mariana Vieira da Silva; e pelo Primeiro-Ministro, António Costa, integra 32 intervenções consideradas muito urgentes, 104 urgentes e 315 prioritárias, porém, para além destas, há ainda mais de uma dezena de escolas que, embora não constando do mapeamento, também serão reabilitadas.

    Para estas intervenções, o Acordo prevê um investimento de quase 2 000 milhões de euros, dos quais 450 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), 100 milhões do Portugal 2030 e algumas verbas ainda disponíveis do Portugal 2020.
    O financiamento estante resultará de empréstimos que o Governo contrairá junto do Banco Europeu de Investimento.

    A presidente da ANMP disse, na abertura da cerimónia de assinatura deste Acordo, que “este programa é um dos maiores, senão mesmo o maior programa de investimento que se fez nas escolas do nosso país”, sendo especialmente relevante por contemplar as escolas do 1.º e 2.º ciclos que há muito aguardam obras de recuperação ou reabilitação.

    Luísa Salgueiro sublinhou que, apesar das dificuldades que existem na negociação com o Governo, em matérias tão relevantes como a descentralização, “este foi um primeiro ano que funcionou bem na relação governo-municípios-agrupamentos de escolas”, faltando apenas “materializar a forma de concretização do financiamento a 100% pelo Estado”, que se estabelece através deste Acordo, pelo que “hoje é um dia histórico”.

    “Sabemos que ficará do lado dos municípios a responsabilidade de executar todo este financiamento, com todas as exigências a que estamos obrigados, incluindo as exigências energéticas e climáticas; é uma missão exigente, mas a ambição é grande e a vontade é ainda maior”, assegurou a dirigente da ANMP, deixando o compromisso de que “as verbas serão bem executadas para o bem das nossas crianças e jovens” e concluindo que “só daqui a uma década se perceberá o significado do dia de hoje”.

    O Primeiro-Ministro concordou, no encerramento desta sessão solene, que “hoje é um dia muito importante”, recordando que o governo definiu a descentralização como “a pedra angular da reforma do Estado” e que, quando o processo foi iniciado, “todos diziam que era muito difícil”. António Costa lembrou que foi preciso fazer uma lei-quadro da descentralização, um vasto conjunto de decretos-lei, “todos com o acordo da ANMP”, e que, depois do edifício legislativo se seguiu “a operacionalização da descentralização até chegarmos a estes Acordos com a ANMP”.

    “Com este processo, temos vindo a cumprir um objetivo: deixarmos de ser um dos países mais centralizados da Europa. Com este Acordo, o país vai investir na requalificação de 451 escolas, quer algumas do 1.º e 2.º ciclos que ainda não foram objeto das intervenções dos municípios, quer algumas secundárias que não foram abrangidas pelas intervenções da parque escolar”, salientou o Primeiro-Ministro, sublinhando ainda que é um investimento para uma década, desafiante em termos de capacidade material de execução das obras, mas “não é uma transferência de responsabilidades do Estado para os municípios”, sendo antes “uma parceria entre ambos” para virmos a ter “um sistema educativo melhor e com igualdade de oportunidades para todos”.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Imobiliário

    South responsável pela expansão do Hospital da Luz nas Torres de Lisboa

    A Torre H, antigamente ocupada pelo BPI, com mais 4.000 m2, foi arrendada ao Hospital da Luz. O cronograma das obras está actualmente em fase de definição, prevendo-se uma duração estimada de dois anos.

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    A South, empresa de gestão de activos imobiliários, formalizou em Julho o arrendamento pelo Hospital da Luz nas Torres de Lisboa da Torre H antigamente ocupada pelo BPI, com mais 4.000 m2.

    Com esta parceria, a South apoia a transformação das Torres de Lisboa num empreendimento “moderno, aberto ao publico e reafirma o seu compromisso em promover práticas sustentáveis e de eficiência energética”. Além disso, encontra-se, também, a desenvolver diversos projectos de modernização no empreendimento, para melhor servir os utilizadores das Torres de Lisboa.

    O cronograma das obras está actualmente em fase de definição, prevendo-se uma duração estimada de dois anos.

    Entretanto, as Torres E e G, parte do empreendimento das Torres de Lisboa já obtiveram a certificação BREEAM In-Use, com classificação “Very-Good”, durante o primeiro trimestre de 2023.

    O certificado BREEAM in-Use, o qual atesta o nível de desempenho dos edifícios em termos da sua sustentabilidade em operação, é resultado de uma série de medidas identificadas com o apoio da Átomo Capital Partners, player de relevo no sector da energia renovável e sustentabilidade.

    Entre as medidas de melhoria salienta-se a optimização da eficiência hídrica dos equipamentos instalados, a modernização das unidades de tratamento de ar, a substituição das caldeiras de aquecimento e a conversão integral da iluminação para tecnologia LED.

    As certificações de sustentabilidade desempenham um papel importante no sector imobiliário ao minimizar o impacto ambiental. Apesar da certificação energética de edifícios fornecer informações importantes sobre a eficiência energética e certos benefícios financeiros que podem advir, estas certidões vão além disso, ao abordarem aspectos cruciais como a saúde dos ocupantes, poluição, transporte, eficiência hídrica e gestão de resíduos. As certificações sustentáveis são voluntárias e não substituem a certificação energética.

    A Átomo Capital Partners, que recentemente subscreveu a Carta de Princípios do BCSD Portugal, reconhece a urgência da descarbonização, procurando com os seus serviços na área de Real Estate Sustainability contribuir para a redução das emissões de carbono e fomentar boas práticas na concepção, construção e operação de activos, identificando aspectos de melhoria que permitam que se tornem mais eficientes e, por consequência, mais sustentáveis.

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    7ª edição da Trienal de Lisboa apresenta-se em Veneza

    A iniciativa é marcada pela realização de um debate, a 15 de Setembro no Pavilhão da Geórgia e conta com a moderação de Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, da Territorial Agency, a dupla que assume a curadoria geral da Trienal 2025

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    A 7ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa marca presença em Veneza com o seu primeiro momento público durante os Pavilion Days da 18ª Bienal de Arquitectura.

    No âmbito do programa europeu New Temporality, este kick-off acolhido pelo Pavilhão da Geórgia marca o início do ciclo de sessões preparatórias que vão “projectar interrogações e alimentar as três linhas de investigação” que configuram a próxima Trienal, a inaugurar no Outono de 2025.

    A iniciativa é marcada pela realização de um debate, a 15 de Setembro no Pavilhão da Geórgia e conta com a moderação de Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, da Territorial Agency, a dupla que assume a curadoria geral da Trienal 2025. Num evento que reúne especialistas da arte à arquitectura, ciência, tecnologia e humanidades, estarão presentes Tinatin Gurgenidze (co-curadora do Pavilhão da Geórgia e co-fundadora do programa New Temporality), Shaul Bassi (director de Estudos do Mestrado em Humanidades Ambientais na Universidade Ca’Foscari de Veneza), Mónica Bello (directora de Arte no CERN), Raoul Bunschoten (fundador da Chora e professor de Planeamento Urbano Sustentável e Design Urbano na TU Berlin), Andreia Garcia (curadora do Pavilhão de Portugal) e Lela Rekhviashvili (investigadora no Instituto de Geografia Regional de Leipzig). A intervenção final estará a cargo de Manuel Henriques (director Executivo da Trienal)

    A Trienal 2025 visa responder à pergunta: “Quão pesada é uma cidade?”. Como conceber projectos, imaginar novas cidades, construir em conjunto modelos diferentes onde se vivem intensificações climáticas, novos modos de coabitação, esperanças, tecnologias e sistemas?

    Estas são interrogações que multiplicam a pergunta que abre a Trienal de Lisboa como plataforma de investigação.

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    Aprovada alteração do PDM no Bairro São João de Brito

    Esta solução irá permitir a legalização de mais construções no Bairro São João de Brito, especificamente na Rua das Mimosas. O processo avança agora para a próxima fase, na qual a Câmara irá contar com o apoio fundamental da Junta de Freguesia de Alvalade

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    A Câmara Municipal de Lisboa desbloqueou um impasse de vários anos graças a uma alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) que irá permitir a legalização de construções no Bairro São João de Brito, especificamente na Rua das Mimosas.

    Esta solução apenas foi possível com um trabalho de concertação do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), que permitiu reverter o parecer negativo da CCDR LVT e chegar a um acordo quanto a pequenas alterações necessárias para realizar a alteração ao PDM.

    Através da solução agora aprovada será possível incluir mais moradores no processo de legalização.

    “Este é um momento histórico. Há um consenso unânime neste processo, que já tinha sido aprovado por unanimidade em Reunião de Câmara. Esta situação arrasta-se há anos e finalmente chega agora a uma decisão que permite legalizar habitações de quem vive na Rua das Mimosas”, afirmou a vereadora do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, Joana Almeida.

    A proposta foi aprovada esta semana em reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, com votos favoráveis de todas as forças partidárias com representação e gerou aplausos no momento da aprovação.

    O processo avança agora para a próxima fase, na qual a Câmara Municipal de Lisboa irá contar com o apoio fundamental da Junta de Freguesia de Alvalade.

    “Não ficamos por aqui. O próximo passo é alterar o loteamento para incluir esta rua, e vamos apoiar os moradores no processo de legalização das construções”, garantiu a vereadora Joana Almeida.

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    Cleanwatts avança com primeiro projecto Business Park A ++

    A Comunidade de Energia de Febres tem como objetivo a “sustentabilidade, a redução de custos relacionados com a energia em Febres – e, particularmente, no Parque Industrial de Febres – e, também, o combate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região

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    A Cleanwatts, empresa pioneira em Comunidades de Energia Renovável (CER), em Portugal, lançou em Febres, Cantanhede, o primeiro projecto Business Park A++, incluído no Comunidades A++.

    A Cleanwatts reuniu um conjunto alargado de parceiros e criou o programa Comunidades A++, um programa comunitário de eficiência energética que visa a criação de Comunidades de Energia Renovável em diferentes contextos, tais como parques empresariais, bairros urbanos, aldeias e vilas, clubes e associações desportivas e empreendimentos turísticos.

    A empresa Santos e Santos, localizada na Zona Industrial de Febres, é o cliente-âncora deste projecto inaugural do Business Park A++, que teve o seu lançamento público há cerca de um mês e já está a partilhar energia com cerca de uma dezena de empresas. Esta comunidade partilhar energia com as famílias da região. No total, serão apoiadas 1375 famílias carenciadas.

    A Comunidade de Energia de Febres tem como objetivo a “sustentabilidade, a redução de custos relacionados com a energia em Febres” e, particularmente, no Parque Industrial de Febres – e, também, o combate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região.

    Esta comunidade, que tem a sua central fotovoltaica de 886kW, com um total de 1.626 painéis, instalada na sede da empresa Santos e Santos, vem no seguimento de vários projectos que o Business Parks A++ está a potenciar, nacional e internacionalmente, com soluções que ajudam a empresas na transição energética, nomeadamente com o desenvolvimento de CER’s industriais. O lançamento público do projecto foi feito no dia 12 de Junho e conta já com a participação de vários membros da comunidade, membros residenciais e industriais ou empresariais.

    Através da sua Comunidade de Energia Renovável, a região de Febres vai reduzir a factura de energia e dar um passo significativo no sentido da sua independência energética: cerca de 52% da energia consumida pela Santos e Santos passa a ser proveniente da Central Solar (autoconsumo).

    Com esta CER, a empresa vai tornar-se climate-positive, gerando mais 583% de energia verde do que a totalidade do seu consumo e vai, ainda, evitar a emissão para a atmosfera de 388 toneladas equivalentes de CO2 por ano e atingir a neutralidade carbónica em 683%.

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