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Joana Vasconcelos e Vhils foram os artistas convidados pela Âncora Wind Energia Eólica SA, para assinar duas obras de arte contemporânea em altura a que deram o nome de o projeto WindArt.
Em resposta ao convite, os artistas projectaram e desenharam os elementos que revestem duas torres eólicas, com cerca de 100 metros de altura e 50 metros de envergadura, num total de 150 metros.
O WindArt celebra a construção do Parque Eólico do Douro Sul – localizado na Serra de Leomil, em Moimenta da Beira e um dos maiores da Europa -, com 150MW de potência instalada, num tributo às energias renováveis.
José Manuel Saldanha Bento, Presidente do Conselho de Administração da Ancora Wind Energia Eólica SA, comenta que “a energia faz parte da nossa cultura e da nossa identidade – e falar de energia é falar de energia eólica. Actualmente cerca de ¼ da energia consumida em Portugal tem esta origem. Com o WindArt Project, e através de excelentes parceiros, unimos energia a energia, numa celebração à grandiosidade da cultura, recursos naturais e paisagem portuguesas.”
Em nota de imprensa enviada ao Construir, a Âncora Wind explica que o projecto WindArt, visa explorar a integração das torres eólicas na paisagem circundante – quer humana, quer natural – estabelecendo um jogo subtil de interacção com a mesma, numa simbiose perfeita e de promoção desta região do país.
De acordo com José Eduardo Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, “a Serra de Leomil reúne condições únicas de vento num local de extrema beleza – uma zona granítica de transição e paisagem tipicamente beiraltina. Não temos dúvidas de que o projecto WindArt será um marco para a nossa região.”
Intervenções
Centrada na memória e cultura da região, a intervenção de Joana Vasconcelos retrata uma expressão de amor à vila que o acolhe, traduzida no enorme coração direccionado para o centro do município de Moimenta da Beira. O dinamismo do desenho e a explosão de cores remete para a energia gerada pelos ventos da serra, pontuado por estrelas que exaltam a altitude e as excepcionais condições para uma observação de um límpido e brilhante céu nocturno.
Joana Vasconcelos, caracteriza o projecto como “um verdadeiro desafio, pela dimensão e localização inesperadas. Sendo, provavelmente, o maior projecto de arte contemporânea, em altura, do Mundo.”
O conceito desenvolvido por Alexandre Farto, Vhils, “simboliza a riqueza de texturas naturais de espécies de árvores da região, estabelecendo uma ligação com os elementos que dão vida e energia ao próprio local. Entre estes elementos gráficos, emerge a forma de um olho humano, que visa representar, simbolicamente, um farol, que humaniza e ilumina o espaço à sua volta.”