Casas para arrendar no Algarve registam queda de 31% nos últimos dois anos
Esta quebra está em linha com a evolução observada nos mercados das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde a oferta habitacional para arrendamento já decresceu cerca de 50% desde 2013
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De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, apurados no âmbito do SIR – Sistema de Informação Residencial, entre final de 2013 e final de 2015 a oferta de casas para arrendar no Algarve reduziu cerca de 31%. Segundo a mesma fonte, esta quebra está em linha com a evolução observada nos mercados das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde a oferta habitacional para arrendamento já decresceu cerca de 50% desde 2013.
“No geral, a actividade do mercado de arrendamento no Algarve tem seguido o sentimento do mercado apontado pelos agentes inquiridos no âmbito do Portuguese Housing Market Survey, que apontam para um desencontro cada vez mais alargado entre as dinâmicas da procura, que tem, sucessivamente crescido, e da oferta, que tem vindo a contrair-se”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.
O mesmo responsável acrescenta: “quando os preços das casas voltaram a crescer, os portugueses começaram a pensar em voltar ao mercado de compra e venda, comprovando que muitos proprietários que colocaram os seus imóveis em arrendamento, fizeram-no por uma questão de mera conjuntura.”
Essa é, na opinião de Ricardo Guimarães, uma das razões que explica a contração da oferta para arrendamento, que pode ainda ser explicada pela descida que as rendas têm vindo a registar. “Numa perspectiva de investimento, isto é, de quem compra para obter rendimento através da colocação no mercado de arrendamento, é fundamental que as rendas não desçam. Para que os proprietários possam continuar a colocar oferta em arrendamento”, termina
As estatísticas SIR para o mercado algarvio mostram ainda que em 2015 o número de arrendamentos residenciais manteve-se estabilizado, num total de 526 contratos realizados e que durante este período, a renda média contratada no Algarve alcançou os 5,1euros/m2, um valor que se mostrou inferior em cerca de 3,6% à renda média de oferta no mercado da região.
Analisando os concelhos, Albufeira, Faro, Loulé e Portimão protagonizaram, em conjunto, cerca de três quartos do total dos arrendamentos registados pela pool de empresas do SIR no Algarve em 2015. Albufeira e Loulé apresentam-se como os mercados mais caros da região, com rendas médias contratadas de 5,8 euros/m2 e 5,4 euros/m2, respectivamente. Já Portimão e Faro apresentaram valores de renda contratados entre os 4,6euros/m2 e os 5,0 euros/m2.