Tribunal suíço trava aquisição da Sika pela Saint-Gobain
O diferendo remonta já a Dezembro de 2014, altura em que os descendentes do fundador da Sika iniciaram uma batalha legal contra a administração da Sika, revelando um acordo para a venda de 16% do capital da Sika aos franceses da Saint-Gobain por 2,8 mil milhões de euros
Quintela e Penalva | Knight Frank vende 100% das unidades do novo D’Avila
Gebalis apresenta segunda fase do programa ‘Morar Melhor’
Reabilitação Urbana abranda ritmo de crescimento
EDIH DIGITAL Built com apresentação pública
Porto: Infraestruturas desportivas com investimento superior a 17 M€
Mapei leva nova gama de produtos à Tektónica
Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica
OASRS apresenta conferência “As Brigadas de Abril”
2024 será um ano de expansão para a Hipoges
Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
A tentativa do grupo francês Saint-Gobain controlar a maioria do capital dos suíços da Sika acaba de ser travada pelo tribunal do Cantão de Zug. A decisão agora conhecida configura mais um episódio na intenção da familia fundadora da Sika vender os 53% do direito de voto sem aprovação da actual administração da companhia, sendo que a família Burkard vê ainda o poder judicial limitar o seu poder de voto nas últimas duas reuniões gerais do ano.
O chairman da Sika, Paul Hälg, mostra-se satisfeito com a decisão do tribunal, considerando que se trata de “um ponto final num período de dois anos de incertezas, tanto internas como externas”. Hälg assumiu o compromisso de diálogo para um entendimento com a família, de modo a que consigam, de forma amigável, avançar para a venda da sua posição sem que isso comprometa a independência da companhia.
O diferendo remonta já a Dezembro de 2014, altura em que os descendentes do fundador da Sika iniciaram uma batalha legal contra a administração da Sika, revelando um acordo para a venda de 16% do capital da Sika aos franceses da Saint-Gobain por 2,8 mil milhões de euros, valor que corresponde a uma valorização de 80% do valor de cada acção, isto atenendendo a que se trata de acções que representam a maioria do poder de voto, o mesmo será dizer, o controlo da empresa.
Esta operação contou com uma forte oposição do Conselho de Administração que fazendo uso da protecção prevista nos estatutos da Sika limitou os direitos de voto da SWH inviabilizando a conclusão do negócio. Com esta decisão do Tribunal de Zug, o Conselho de Administração e a maioria dos acionistas da Sika vêem defendida a sua oposição, com a decisão do Tribunal de Zug, pese embora a SWH tenha já anunciado que vai recorrer desta decisão.
Quem já reagiu a esta decisão foi a Sika Portugal que, em comunicado, assegura que a decisão “beneficia os negócios nacionais, tendo um impacto muito positivo no posicionamento estratégico da empresa, que mantém as relações com as empresas detidas pela Saint-Gobain apenas como fornecedor-cliente e como concorrente”.