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    “Continua a vigorar muito a cultura do preço em Portugal”

    Actualmente com cerca de 140 funcionários, a AGM sente a crescente aposta dos seus clientes na Bélgica e pretende duplicar o volume da sua facturação no mercado português

    Pedro Cristino
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    “Continua a vigorar muito a cultura do preço em Portugal”

    Actualmente com cerca de 140 funcionários, a AGM sente a crescente aposta dos seus clientes na Bélgica e pretende duplicar o volume da sua facturação no mercado português

    Pedro Cristino
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    Fundada em 2011, em Braga, a AGM é hoje uma empresa com um volume de trabalho assinalável no mercado belga, uma região pouco usual para o sector da construção português. De acordo com Nuno Vieira, director-geral da construtora bracarense, os mercados que recebem os maiores fluxos de concorrência são os que a empresa risca do seu mapa estratégico, o que a levou a abrir representação no Reino Unido e a fazer prospecção de oportunidades no Perú. Actualmente com cerca de 140 funcionários, a AGM sente a crescente aposta dos seus clientes na Bélgica e pretende duplicar o volume da sua facturação no mercado português.

    Como iniciou a AGM a sua actividade?

    A AGM foi fundada em 2011, pelo Mário Maia, que já tinha tido – e ainda tem – actividade junto das empresas ligadas à construção civil. Quando iniciei a minha actividade na empresa, o trabalho que realizava consistiu em demonstrar, às construtoras belgas, que a nossa oferta integrada dos vários serviços que temos – construir um edifício, até à fase de acabamentos, mas com apenas uma empresa prestadora de serviços – era uma mais-valia para elas porque as ajudaria em toda a gestão da obra até esse ponto. Foi difícil conseguir que a primeira construtora começasse a trabalhar com uma empresa que não conhecia de lado nenhum, de uma forma que, para elas, não era normal. Mas, depois de conseguirmos o primeiro contrato, o volume de obras desse cliente aumentou muito e os outros clientes, tendo a referência do nosso trabalho, começaram também a consultar-nos. Neste momento, já nem fazemos trabalho de prospecção comercial. Os últimos clientes que temos angariado, foram eles que nos contactaram, devido a essas referências.

    Porquê o mercado belga?

    Em Portugal, em 2011/2012, a crise ainda era muito sentida. As empresas estavam com grande dificuldade em garantir o pagamento dos seus trabalhos, havia insolvência de várias empresas, dificuldades financeiras dos nossos clientes e, assim, sobrava o mercado internacional. No mercado internacional, o país mais próximo era Espanha que vivia uma crise idêntica ou pior que a nossa. França foi o mercado de eleição para todos os nossos concorrentes, ou seja, começava a ficar saturado com empresas portuguesas. Assim, o destino mais próximo que tínhamos era a Bélgica.

    Mas a Bélgica é um mercado maduro, com concorrentes de grande dimensão…

    As empresas de grande dimensão que existem são belgas e precisam dos serviços das empresas portuguesas porque, sendo um país pequeno, tem pouca mão-de-obra. As empresas portugueas que lá operavam neste âmbito ofereciam um serviço básico, no sentido em que a gestão obra, o planeamento, a direcção de obra e o acompanhamento técnico não estavam incluídos – faziam apenas execução. E nós juntámos à execução, a gestão de obra, com engenheiros civis e técnicos superiores de higiene e segurança, algo que não era usual nas empresas que operavam no país.

    Passaram então a ser vistos como uma empresa inovadora nesse mercado?

    Exactamente. Temos clientes que passaram a ter equipas próprias de gestão e reduziram as equipas de três, para um elemento, por exemplo. Isto é, delegam a gestão, o planeamento e o acompanhamento à nossa empresa.

    Diria que é essa a vantagem competitiva mais importante que conseguiram apresentar no mercado belga?

    Essa e a integração dos vários serviços num só.

    Que vantagens vos coloca este mercado?

    É um mercado estável, ou seja, a flutuação do volume de trabalho não oscila muito de ano para ano. Há estabilidade, há sempre perspectivas de futuro e para os anos seguintes, o que permite sustentar o crescimento da nossa empresa, sem receio que, no ano seguinte, não haja trabalho. É um mercado onde os clientes respeitam os compromissos que assumem. Exigem que cumpramos os nossos, mas cumprem os deles, a nível de pagamentos, datas de pagamento e valores aprovados.

    Uma questão importante…

    Muito importante e que era uma cultura que já não se vivia cá em Portugal há algum tempo.

    Sentem que já são reconhecidos no mercado belga?

    Sem dúvida que sentimos isso. O mercado já nos conhece e isso vê-se pelo número dos pedidos de contacto que temos de vários outros clientes, com os quais nunca tínhamos trabalhado, mas que nos conhecem devido às referências. Um contributo muito grande que este mercado nos deu foi habituar-nos, a nós, às nossas equipas e à nossa cultura de empresa, ao rigor do cumprimento dos nossos compromissos, que não era assim tão normal aqui. Em Portugal é culturalmente aceite que, na altura da assinatura do contrato, os clientes se comprometam a pagar em 30 dias, para depois pagarem em 60, e que as empresas se comprometam a executar a obra em 12 meses, para depois executarem em 14. Na Bélgica isto não é aceite e a nossa cultura de empresa moldou-se a este aspecto mais anglo-saxónico e isso tem dado frutos.

    De que forma?

    Principalmente junto do cliente particular, que é um mercado que sentimos que está em crescimento e que preza muito o aspecto do cumprimento do prazo e do orçamento. Agora, em Portugal, a nossa grande aposta para 2017, que começou a dar os seus frutos em 2016, tem sido as obras com concepção-construção. Segundo o modelo tradicional, o cliente queria construir uma moradia, um edifício ou uma clínica, contrata o arquitecto, escolhe o projecto e vai ao mercado ver qual o preço para a execução da obra o que, frequentemente, traz alguns dissabores. Imaginemos que o cliente teria 500 mil euros para executar a obra e, depois do projecto pronto, o mercado está disponível para lhe fazer a obra por 600 mil. Connosco, o cliente apresenta-nos o projecto, dá-nos o caderno de encargos, diz-nos quanto quer gastar e nós formatamos o projecto para cumprir o prazo e o orçamento do cliente. As premissas são feitas logo a nível do projecto. Se o que o cliente idealizou não encaixa no orçamento, começamos desde início a trabalhar na optimização de custos.

    Que desafios encontraram no mercado belga?

    Tem-se assistido, cada vez mais, à entrada de empresas portuguesas neste mercado, bem como de empresas polacas, romenas, que têm feito algum “dumping” a nível de preços. O desafio que temos é sempre fazer valer os nossos argumentos e justificar os nossos preços que, neste momento, não são os preços normais praticados no mercado – estão acima. Há clientes que o valorizam, mas há sempre clientes que se sentem cada vez mais tentados a arriscar preços mais baixos. O nosso posicionamento não é o preço baixo, mas sim respeitar o compromisso que assumimos com o cliente desde o início, não baixar o nível de serviço e cumprir com todos os requisitos locais que são necessários para operar no sector num país estrangeiro. Não queremos entrar em guerra de preços e esse tem sido o nosso maior desafio. Outro desafio muito importante refere-se à dificuldade crescente em encontrar mão-de-obra qualificada.

    A que se deve isso?

    Portugal tem uma população pequena. Por tradição, os operários começaram a aprender a profissão muito cedo e evoluíram com o acumular da experiência ao longo do tempo. Hoje, o ingresso no mercado de trabalho é cada vez mais tardio, a formação que existe nem sempre é a mais adequada, porque a prática nem sempre está incluída e o progresso das pessoas, a nível de evolução pela experiência tarda. Quando atingem a experiência necessária já lhes restam poucos anos de carreira. Para o nosso trabalho, é importante a presença do encarregado – uma pessoa com muitos, muitos anos de experiência que assumia a liderança das equipas. Neste momento, já não há pessoas a entrar no mercado de trabalho para suprir este desafio e nós estamos a substituir essa figura, apostando em técnicos, acompanhados pelas pessoas mais experientes, formando-os dentro da empresas, para complementar a componente teórica que têm com a prática. Agora, o período de formação é longo. Temos de começar a formar um número grande de pessoas e a taxa de aproveitamento deste novo modelo de encarregados que estamos a formar não é de 100%, nem de 50%. Diria que é de 30%. Em cada dez que formamos, aproveitamos três do mais alto nível. Acreditamos neste modelo e vamos continuar a apostar nele. Diria que, na formação académica, é importante haver um reforço significativo a nível de “soft skills” e das capacidades de liderança, para preparar os estudantes para esta necessidade do mercado de trabalho.

    Ao mesmo tempo, verifica-se uma quebra no número de estudantes que optam pela licenciatura de Engenharia Civil.

    Sim e isso é bastante preocupante. Ao nível do mercado, tem caído bastante o nível de candidatos ao curso. Eu diria que os estudantes estão desiludidos com o que têm assistido na profissão. É vista como uma profissão mal paga, em que a única saída é uma internacionalização forçada, para mercados como o africano. Quem entrou no mercado de trabalho antes de 2008, tinha grandes obras num espaço de tempo muito condensado e a experiência prática era muito acelerada devido à necessidade que as empresas tinham de colocar os projectos no terreno. Neste momento, esse tipo de obra já não existe e a própria aprendizagem é mais lenta, porque o número de oportunidades de trabalho é inferior e o ritmo já não é tão elevado como era.

    Têm já uma carteira de clientes considerável na Bélgica?

    Temos. O primeiro grande cliente belga que tivemos contratou-nos para uma obra de 700 mil euros. A última obra que este cliente nos adjudicou foi de 3 milhões de euros. O volume por contrato, dentro de cada cliente, tem crescido, o que significa um voto de confiança muito grande. As empresas notam que temos capacidade para assumir contratos cada vez maiores. Nunca iriam entregar um contrato dessa dimensão a uma empresa que não conhecem.

    Isso, por sua vez, tem levado também a empresa a crescer?

    Temos crescido, mesmo a nível de quadros de gestão e de quadros de acompanhamento de obra.

    Relativamente à actividade em Portugal, notam algum sinal de retoma?

    Retoma efectiva, neste momento, não podemos dizer que haja. Notamos que há sinais de retoma e estamos a apostar nos sinais que lemos no mercado, mas estamos também a apostar num produto que nos diferencia dos demais concorrentes, que é a concepção-construção ou a optimização de custos mais construção. A construção – apenas a execução dos projectos dos outros – não tem sido um mercado em que nos tenhamos conseguido diferenciar. Continua a vigorar muito a cultura do preço, o que não é o nosso posicionamento. O serviço que oferecemos tem qualidade e sentimos que não podemos competir com empresas que fazem preços baixos apenas para garantir carteira. Queremos construir, queremos crescer, mas queremos cumprir com todas as responsabilidades que temos para com os nossos colaboradores, com os nossos fornecedores, enfim, com todos os nossos parceiros, e uma das responsabilidades é a sustentabilidade do negócio da empresa. A empresa tem que ter uma margem operacional que lhe permita continuar a crescer, cumprir os seus compromissos e garantir a sua sustentabilidade. Por isso, não queremos entrar em guerra de preços e para não entrarmos, apostamos no produto que sentimos que o mercado necessita.

    A questão do preço poderá afastar de alguma forma as oportunidades de trabalho que há em Portugal da AGM?

    Sem dúvida. Essa é a maior questão que nos afasta desse mercado.

    Parece ser uma questão transversal a todo o sector…

    É sim. Há 10 anos que não assistimos a um aumento de preço. Tanto no sector público como no privado, porque o sector privado funciona um pouco da mesma forma que o público. O sector público lança um concurso e consulta várias empresas e o privado, antes de decidir executar uma obra, também consulta várias empresas.

    Apesar do peso grande que o mercado belga tem na vossa actividade, nunca desistiram do mercado nacional…

    Não e a nossa aposta para 2017 é duplicar a facturação a nível nacional. Não é um desafio fácil este a que nos propomos mas estamos motivados e a trabalhar para isso.

    Que oportunidades identificaram para motivar essa aposta?

    O interior do país, a nível de Trás-os-Montes tem muitas oportunidades. Sentimos que Braga, a cidade que acolhe a nossa sede, vai sofrer um impulso, semelhante ao que sofreu Lisboa e que depois foi canalizado para o Porto.

    Refere-se à reabilitação?

    Exactamente. O valor imobiliário dos imóveis no Porto começa a atingir níveis altos, e os investidores começam a ver em Braga uma cidade próxima do aeroporto do Porto e com preços ainda acessíveis para reabilitar, o que nos tem levado a sentir que esse mercado em Braga vai começar a dinamizar-se em 2017.

    E além de Braga?

    O Porto continua com muito dinamismo, e há de continuar em 2017, embora com alguma queda face a 2016. O segundo semestre de 2016 em Braga foi em crescendo mas, para 2017, admitimos alguma explosão. Depois, em Trás-os-Montes, com fundos europeus destinados para desenvolver e criar mais infra-estruturas na região estão a dinamizar essas zonas. Depois há o investimento das grandes superfícies: está anunciada a vinda para o mercado nacional de uma empresa espanhola de distribuição alimentar que é a Mercadona e sentimos que as insígnias Continente, Pingo Doce, Aldi, Intermarché estão a tentar ocupar todos os espaços disponíveis e estão a construir com muita força a nível nacional, para tentar fechar a porta à Mercadona e isto tem ocupado as grandes empresa de constrção em Portugal, as que são maiores que a AGM. Estas empresas estão a dar trabalho a empresas da nossa dimensão que têm mão-de-obra aos preços de há 10 anos. Mas 2017 vai ser um ano em que sentimos que o mercado da construção vai crescer. Para além desta questão das insígnias da distribuição alimentar, temos os municípios do interior do país e temos a questão da reabilitação em todas as cidades em torno do Porto e próximas do aeroporto. Sentimos que não há mão-de-obra em Portugal para fazer face à procura.

    Vamos ter que importar mão-de-obra?

    Vamos ter que subir os preços de forma a que toda a mão-de-obra afecta aos demais países europeus regresse. Nós, como temos muita mão-de-obra própria,sentimos que temos aqui uma vantagem competitiva para 2017. Mesmo face aos concorrentes que temos, que têm muita mão-de-obra própria, nós temos outra vantagem competitiva, que é o gabinete técnico de arquitectura e engenharia.

    Com esse gabinete, conseguem apresentar logo o projecto “chave na mão”?

    Exactamente. É essa a nossa aposta para 2017.

    Além da Bélgica, apostaram em mais mercados?

    Abrimos uma filial no Reino Unido, onde estamos a fazer prospecção comercial. Contamos ter o primeiro projecto em meados de 2017. Por outro lado, regressámos agora de uma missão de reconhecimento na América do Sul, mais concretamente no Perú.

    Acabaram por fugir aos mercados mais tradicionais da construção portuguesa, como PALOP e Brasil?

    A nível estratégico, os países que maior fluxo recebem de concorrentes são os que riscamos do nosso mapa.

    A vossa aposta internacional recairá sobretudo na Europa?

    Sobretudo na Europa, sim, mas, para contrabalançar a nossa exposição à Europa, escolhemos o Reino Unido, por ser ainda Europa mas, em contrapartida, também por não estar tão exposto a todos os problemas que podem vir a afectar este continente. Queremos também um mercado fora da Europa que não seja africano nem o Brasil.

    A questão do “Brexit” preocupa-vos de alguma forma?

    Essa questão foi o catalisador que nos obrigou a abrir a sucursal o mais cedo possível, porque queríamos abrir antes do “Brexit” acontecer, antes de existirem mais barreiras à entrada e estamos a contar ter uma vantagem competitiva face às empresas que queiram ter actividade no país no pós-”Brexit”.

    A dinamização do mercado da reabilitação urbana e os projectos que o Estado português se compromete a apoiar ao abrigo do Horizonte 2020 poderão abrir boas perspectivas para o sector?

    Sem dúvida. Contamos com esses incentivos para fazer crescer a procura do mercado e para podermos finalmente ter preços que sustentem o nosso negócio.

    A questão do esmagamento dos preços parece apresentar-se como o principal entrave ao desenvolvimento do sector da construção em Portugal…

    Sim. Tem sido esse realmente o maior entrave.

    O Governo considera que poderão já estar no terreno, em 2019, obras para o novo aeroporto de Lisboa. Poderão existir neste projecto oportunidades para a AGM?

    As obras públicas de grande envergadura não são tradicionalmente o nosso mercado.

    Que balanço faz da actividade da empresa relativamente a 2016?

    Foi um ano positivo, o primeiro ano em que não duplicámos a facturação do ano anterior. Decidimos consolidar, reforçar a equipa de gestão, rever procedimentos e estratégias e entendemos que foi um ano positivo – aumentámos o volume, aumentámos a margem face a 2015 e consolidámos procedimentos para começarmos a preparar a actividade para 2017, que prevemos que seja ainda um ano de crescimento.

    Acredita que o mercado não crescerá muito mais depois de 2017?

    As empresas de construção colocam sempre – ou deveriam colocar – a questão de crescer ou não crescer. Há uma dimensão óptima para cada patamar e sempre que se dá um salto e se cresce, cria-se ineficiência, devido à economia de escala. Em 2015, estivemos perto de atingir aquele que pensávamos ser o nosso ponto alto, o nosso ponto de eficiência máxima e aproveitámos 2016 para optimizar a nossa capacidade instalada e prepararmo-nos para mais um patamar de crescimento, sem perdermos eficiência. Estamos preparados para voltar a crescer, daí eu dizer que 2017 é ainda um ano para crescer. A meio de 2017, vamos avaliar se temos capacidade instalada para continuar a crescer em 2018 ou se temos que nos focar em preparar o crescimento.

    Para 2017, que objectivos têm?

    Temos o objectivo de duplicar o volume de facturação em Portugal, de incrementar o trabalho no mercado belga e de abrir um novo mercado, ainda com uma facturação reduzida. Por isso, diria que 2017 é um ano em que podemos ter um crescimento de cerca de 20% a 30% face a 2016.

    140 funcionários.

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    ERA: Venda de habitação nova cresce 36% nos primeiros 3 meses do ano

    Entre Janeiro e Março de 2024, o número de imóveis novos transaccionados pelo departamento de Novos Empreendimentos cresceu 36% face ao período homólogo. Estas vendas representaram um aumento de 38% na facturação desta unidade de negócios da ERA face ao período homólogo

    tagsERA

     

     

    A ERA Portugal divulga os resultados da sua unidade de Novos Empreendimentos relativos ao 1º trimestre de 2024. Os indicadores confirmam uma tendência de crescimento da unidade que tem um peso cada vez maior deste departamento na facturação total do Grupo.
    Nesse sentido, a venda de casas novas mantém a tendência de crescimento, registando-se, entre Janeiro e Março, um aumento de +36% (cerca de 300 casas no 1T 2024) na comparação com o período homólogo. Dos cinco concelhos com mais casas novas vendidas destaca-se (com % face ao total nacional): Gondomar (peso de 10%); Porto (8%); Coimbra (7%); Loures (6%); Seixal (4%).
    A tipologia de imóveis com mais procura no segmento dos novos foram os T2 (37%), seguidos pelos T3 (29%), T1 (20%), T4 (10%) e T0 (3%). Embora apenas 3% das casas novas vendidas tenham sido T0, a procura por esta tipologia tem crescido substancialmente, sobretudo por parte de investidores, e são imóveis com um tempo de absorção (venda) muito rápido.
    Estas transações geraram uma faturação de aproximadamente 2,5 milhões de euros, o que significa uma subida de +21% em relação ao trimestre anterior (cerca de 2,1 milhões de euros) e +38% face ao período homólogo (a rondar os 1,8 milhões de euros). A venda de casas novas representou, neste trimestre, 15% da faturação habitacional, ganhando um peso cada vez maior na facturação total da ERA.
    O perfil dos clientes mantém-se similar ao de trimestres anteriores, ou seja, cerca de 80% são portugueses e os restantes distribuem-se por nacionalidades como Brasil, Alemanha, EUA e França.
    “Os números comprovam uma tendência de crescimento verificada ao longo do último ano. A incerteza macroeconómica que marcou o arranque de 2023 tornou ainda mais significativa a subida registada neste 1º trimestre e dá-nos boas perspetivas para o que resta do ano”, antecipa David Mourão-Ferreira, director do departamento de Novos Empreendimentos da ERA Portugal.

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    Álvaro Siza homenageado pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura

    A iniciativa acontece a 6 de Maio na Fuindação de Serralves, no âmbito no âmbito da programação paralela comissariada pelo arquitecto António Choupina para a exposição C.A.S.A.

    A homenagem a Álvaro Siza, promovida pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura (CICA), terá lugar na Fundação de Serralves, esta segunda-feira, dia 6 de Maio, pelas 19 horas, no âmbito da programação paralela comissariada pelo arquitecto António Choupina para a exposição C.A.S.A. (Colecção Álvaro Siza, Arquivo).

    Em Outubro, na sequência das Conferências Internacionais sobre o Poder e o Dever da Crítica Arquitectónica (2021), Definindo Qualidade Arquitectónica (2022) e Arquitectura como Crítica Construída (2023), realizar-se-á online a conferência de 2024 “Entre Autonomia e Comprometimento”, que procurará reconhecer as contribuições de Álvaro Siza e Denise Scott Bown neste campo.

    Esta homenagem contará com uma introdução de Wilfred Wang, presidente do CICA, que de seguida conversará com Ana Tostões, presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e membro da CICA e Álvaro Siza que descreverá o seu projecto favorito de modo a responder às questões: Deve um edifício ser um mundo em si mesmo? Ou deve antes relacionar-se com o contexto? Os melhores edifícios conseguem ambos: criar uma ordem e linguagem próprias, enquanto dialogam e dão forma à envolvente?

    O CICA foi fundado em 1978, durante o 13º Congresso Mundial da União Internacional de Arquitectos (UIA), por Pierre Vago, Bruno Zevi, Max Blumenthal, Mildred Schmertz, Blake Huges, Jorge Glusberg, Louise Noëlle e Julius Posener, entre outros.

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    Worx: Volume de investimento deverá manter-se em linha com o registado em 2023

    Relatório Outlook da Worx destaca os cerca de 204 milhões de euros investidos em imobiliário comercial, no primeiro trimestre do ano, consistente com o período homólogo

    WORX LANÇA OUTLOOK T1 2024 COM ANÁLISE DO MERCADO DE INVESTIMENTO COMERCIAL

    Concluído o primeiro trimestre de 2024, a Worx Real Estate Consultants lança os relatórios Outlook T1 2024, sobre o mercado de investimento em Imobiliário Comercial em Portugal e sobre o Mercado de Escritórios em Lisboa, com uma análise detalhada do primeiro trimestre de 2024.

    Assim sendo, da análise do primeiro trimestre de 2024 e das principais tendências destaca-se a previsão de crescimento da economia portuguesa acima da média da Zona Euro nos próximos três anos, com 2,0% em 2024, de acordo com últimas revisões em alta do Banco de Portugal.

    A propósito deste lançamento e desta análise, Pedro Rutkowski, CEO da Worx, destaca os mercados de escritórios e no investimento, os sectores de hotelaria e retalho. “O mercado de escritórios está bem encaminhado para ter um ano notável, fruto das grandes operações a que temos assistido e também das que estão ainda em pipeline. Já no mercado de investimento, os sectores de hotelaria e retalho vão continuar a ser os mais atractivos, e já estamos a assistir a uma recuperação do investimento em escritórios, face a 2023”, afirmou.

    De acordo com o estudo da consultora, no primeiro trimestre do ano, foram investidos cerca de 204 milhões de euros em imobiliário comercial, consistente com o período homólogo. Entre as principais transacções, destaca-se o edifício K Tower por um valor acima dos 70 milhões de euros, tendo o sector de escritórios captado o maior volume de investimento neste período, cerca de 38% do capital investido.

    O mercado de investimento deverá manter-se resiliente, com perspectivas de robustecimento da actividade na segunda metade do ano com o efeito da tão aguardada descida das taxas de juro. Ainda assim, o volume de investimento este ano deverá manter-se em linha com o volume registado em 2023 e antevê-se uma ligeira compressão das yields ainda no presente ano.

    O sector de escritórios assinalou um volume de ocupação de 73,725 metros quadrados (m2) na Grande Lisboa, tendo a procura quadruplicado face ao período homólogo. A ocupação de dois edifícios, na sua totalidade, por empresas dos Serviços Financeiros nas zonas 3 e 5 contribui em larga medida para o volume de absorção nas mesmas, que captaram mais de um terço da procura cada.

    Desta forma, perspectiva-se uma recuperação notável da procura por escritórios, com um volume de absorção em 2024 acima do ano anterior, sendo acompanhada por uma ligeira subida das rendas até ao final do ano.

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    Constructel adquire norte americana Verità

    Com a aquisição da empresa fornecedora de serviços de engenharia de telecomunicações dos EUA a Constructel duplica receitas anuais no mercado para os 250 milhões de dólares. A transacção deverá estar concluída no segundo trimestre de 2024.

    A subsidiária do Grupo Visabeira anunciou a aquisição da Verità Telecommunications Corporation (“Verità”), uma empresa que actua nos serviços de engenharia de redes de telecomunicações fixas e móveis na região Centro-Oeste dos EUA, com uma facturação superior a 100 milhões de dólares.

    A Verità é a décima aquisição da Constructel desde 2021, nos seus principais mercados: França, Reino Unido, Bélgica, Portugal, Alemanha e EUA. Com a Verità, a Constructel ganha uma forte plataforma no grande e crescente mercado de serviços de telecomunicações dos EUA. Após a conclusão desta aquisição, as receitas da Constructel nos EUA duplicarão para cerca de 250 milhões de dólares, repartidas entre os serviços de engenharia de energia e as telecomunicações.

    A Verità, com sede no estado do Michigan, emprega cerca de 500 funcionários e opera nas áreas da engenharia, construção e manutenção de infraestruturas de rede de telecomunicações fixas e móveis. Com operações principalmente nas regiões dos Grandes Lagos e Centro-Oeste, a empresa atingiu, desde 2021, um crescimento de receita de dois dígitos.

    Com uma reputação de excelência, a experiência da Verità, aliada à sua abordagem focada no cliente e competência relativamente ao fornecimento de soluções chave-na-mão, alinha-se perfeitamente com a estratégia de crescimento da Constructel para os Estados Unidos. Ao explorar a presença e as capacidades estabelecidas da Verità, a Constructel pretende fornecer soluções chave-na-mão de elevada qualidade para o crescente mercado de implantação de fibra ótica e 5G.

    A actual equipa de gestão da Verità, sob a administração do fundador e CEO da Verità, Michael A. Falsetti, continuará a liderar a empresa mantendo a aposta nas relações fortes com clientes, compromisso com funcionários e parceiros e um foco incansável na qualidade da entrega para impulsionar a próxima vaga de crescimento da empresa.

    De acordo com Michael A. Falsetti, “esta parceria estratégica permitir-nos-á acelerar o nosso crescimento, não só proporcionando novas oportunidades para melhor servir os nossos actuais clientes e facilitando novas relações, mas também fomentando a transformação digital e de gestão que já estava a ganhar forma. Prevejo uma trajectória próspera para a Verità e para a sua força de trabalho.”

    Para Nuno Marques, CEO da Constructel Visabeira, “este investimento representa um marco importante. Posiciona-nos num patamar que nos irá permitir alcançar vendas anuais de cerca de 250 milhões de dólares nos Estados Unidos, equilibrando o nosso crescimento nos sectores da Energia e das Telecomunicações. À medida que executamos a nossa estratégia de expansão nos Estados Unidos, onde temos fortes ambições de longo prazo, este investimento desempenhará um papel fundamental.” E acrescentou, “com base nos nossos valores partilhados e uma visão comum para o futuro, juntamente com o meu profundo entendimento das fortes bases da Verità, estou confiante de que podemos alavancar sinergias comerciais e operacionais para concretizar as aspirações dos nossos clientes e alcançar uma trajetória de crescimento e de lucro sustentado. Adicionalmente, a robustez do nosso balanço permitir-nos-á continuar a prosseguir as nossas prioridades de crescimento e a nossa estratégia de aquisições nos próximos anos, na Europa e nos EUA.”

    Desde 2021, a Constructel alcançou um crescimento superior a dois dígitos nas receitas orgânicas e de mais de dois dígitos nas margens de EBITDA, reportando um volume de negócios de cerca de 1,3 mil milhões de euros. Estes números reflectem um crescimento anual das vendas e da margem superior a 20%, sustentado por uma combinação de forte expansão orgânica, que representa a maior parte do crescimento da Constructel, e um histórico de aquisições bem-sucedidas, apoiado num balanço sólido. A Constructel tem aumentado significativamente a sua actividade de Serviços de Engenharia de Energia, que contribui para mais de 30% das receitas globais da empresa, apoiando os clientes com investimentos em redes de transporte e distribuição, energia renovável e infraestrutura de carregamento de veículos eléctricos. Paralelamente, a Constructel reforçou a sua presença internacional na França, Bélgica, Reino Unido, EUA e Alemanha, que contribuem em conjunto com mais de mil milhões de euros para as receitas da empresa. Espera-se que a transacção seja concluída no segundo trimestre de 2024.

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    Nuno Sepúlveda assume presidência do CNIG

    O Co-CEO da Details Hospitality Sports & Leisure, entidade que gere campos de golfe em Portugal, incluindo Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale Pisão, assume o cargo com um plano estratégico para promover o crescimento sustentável do sector

    O Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) tem novos corpos sociais e elegeu Nuno Sepúlveda como presidente da direcção. O Co-CEO da Details Hospitality Sports & Leisure, entidade que gere campos de golfe em Portugal, incluindo Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale Pisão, assume o cargo com um plano estratégico para promover o crescimento sustentável do sector.

    “Queremos chamar a atenção para o impacto significativo do golfe na economia nacional e ajudar a desmistificar algumas crenças erradas que existem sobre este desporto,” afirma Sepúlveda.

    A nova direcção reflecte a diversidade geográfica do golfe português, com membros de todo o País, incluindo as Ilhas, espelhando as necessidades muito díspares do sector.

    A equipa é composta por Frederico Brion Sanches (Silver Coast Golf Club), Luís Cameira (Estela Golf Club), Ricardo Abreu (Clube de Golf do Santo da Serra), Jorge Papa (Imoreguengo), Rodrigo Ulrich (Clux Comporta Golf) e Pedro Castelo Branco (Clube de Golfe Royal Óbidos).

    A Mesa da Assembleia Geral inclui Alexandre Barroso (Golf Time) como presidente, Hugo Santos (Estoril Plage) como vice-presidente, e Hugo Amaral (Albatroz Fantasy) como secretário. O Conselho Fiscal é liderado por Carlos Pinto Coelho (Guia), com Francisco Cadete (Golf Béltico) e João Paulo Sousa (Benamor) como vogais.

    Para este triénio, o CNIG apresentou um plano estratégico com iniciativas-chave ambiciosas que incluem a Gestão de Recursos Hídricos, com o objectivo de “desmistificar a ideia de que o golfe é um grande consumidor de água em comparação com outros sectores”, Neste sentido, serão promovidas discussões e estudos para mostrar que, embora o golfe utilize água, o sector opera de forma cada vez mais eficiente e sustentável, e contribui significativamente para a economia, ajudando a combater a sazonalidade turística em Portugal.

    A requalificação dos campos de golfe através dos apoios do PRR é uma das reivindicações, assim como dialogar com os legisladores para propor a redução do IVA nos serviços de golfe, com o objectivo de tornar o golfe mais acessível e estimular o crescimento económico.

    Serão, ainda, encomendados novos estudos para avaliar o impacto económico do golfe em Portugal, actualizando os dados de 2019. Estes estudos ajudarão a fundamentar políticas públicas e estratégias privadas, destacando o golfe como um motor de crescimento e de geração de emprego.

    No que diz respeito à sustentabilidade, o CNIG irá desenvolver e promover políticas que garantam boas práticas sociais e de governança, apoiando os seus membros com programas de formação e qualificação.

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    Zome lança serviço “inovador” de verificação de imóveis

    Este serviço pressupõe a emissão de um relatório com as características funcionais e estruturais do imóvel, possível graças a uma parceria com o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da FEUP

    tagsZome

    A Zome acaba de lançar oficialmente o serviço “Imóvel verificado by Zome”. Com o objectivo de “assegurar aos compradores, uma verificação detalhada do estado da casa” que pretendem adquirir e aos proprietários, este serviço pressupõe a emissão de um relatório que valoriza o seu imóvel. Este lançamento foi possível graças a uma parceria com o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

    O novo serviço, lançado durante o Salão Imobiliário de Portugal, que decorre até 5 de Maio, em Lisboa,  consiste numa verificação exata dos imóveis, tipo raio-x, onde os consultores imobiliários, certificados pelo ICS da FEUP, utilizam uma plataforma tecnológica exclusiva da Zome para registar o estado do imóvel e assim gerar um relatório detalhado para os clientes. Esse documento oferece uma visão abrangente das características estruturais e funcionais da propriedade. Para garantir a qualidade deste serviço, o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, desenvolveu uma formação específica e certificada para todos os consultores da mediadora nacional.

    “O conceito do Imóvel Verificado by Zome foi desenvolvido com o objectivo de elevar o valor do serviço oferecido pelos consultores imobiliários, aumentar a transparência no processo de compra e venda e aportar mais conhecimento certificado, valorizando ainda mais a classe. Esta ideia surgiu de um grupo de trabalho de consultores imobiliários da Zome que procura inovar este sector e oferecer produtos diferenciados aos clientes”, explica Hélder Pereira, product marketing director da Zome.

    Este novo serviço reflecte uma abordagem diferenciada, com mais valor agregado e transparência no processo de compra e venda. Os clientes têm acesso a um relatório detalhado sobre o estado do imóvel, facilitando a negociação e o fecho do negócio. Além disso, as casas recebem um selo de “Imóvel Verificado by Zome”, destacando-as das demais no mercado, oferecendo uma vantagem adicional de confiança.

    Por outro lado, beneficiam de uma protecção abrangente, através do Seguro Multirriscos + Assistência ao Lar da SABSEG Seguros incluídos na transacção, com a primeira anuidade oferecida pela Zome.

    A celebrar cinco anos de actividade, a Zome aproveitou para fazer algumas reestruturações internas. Neste caso, Carlos Soares dos Santos, até aqui Chief Technology Officer (CTO) da rede, e que foi também um dos fundadores, passa a CEO. Já Patrícia Santos, a anterior CEO, passa a Chairman do Grupo.

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    Eficiência energética, BIM e construção metálica na agenda do 2º dia da Tektónica

    Ponto de encontro da indústria a feira da construção é o palco escolhido para a apresentação de soluções, novos produtos e empresas, mas também de discussão. Uma vertente que ganha um novo dinamismo numa altura que é de mudança para o sector. Neste que é o segundo dia do certame a eficiência energética, construção metálica e BIM estarão na agenda   

    A eficiência energética será o tema forte do segundo dia do evento. Na manhã do dia 3 terá lugar a mesa-redonda «Mais conforto e eficiência energética nos edifícios em Portugal», numa organização da Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes, ANFAJE. Nesse dia, mas um pouco mais tarde, a mesma associação fará sessão de lançamento do ‘Guia Exclusivo dos Fabricantes de Janelas Eficientes 2024’

    Da agenda consta ainda o encontro “ETICS, do conceito à aplicação”, organizado pela Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS, APFAC.

    A organização Women in BIM Portugal trará ao debate o “Simplex Urbanístico & BIM”, um debate conduzido por Claúdia Antunes com a participação da arquitecta Patrícia Robalo, sobre a simplificação dos processos de licenciamento urbanístico e a obrigatoriedade de submissão de projectos em BIM.

    Também no dia 3 de Maio, segundo dia do encontro, terá lugar o seminário “Construção Metálica Sustentável” conduzido pelo director da CMM Luís Figueiredo Silva, e que conta com a participação de Helena Gervásio da Universidade de Coimbra, Cláudia Rocha da EQS, Gonçalo Martins da Perfisa e Paula Resende, da Antero.

    Neste que é o segundo dia da Tektónica conta ainda com a palestra da Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado, EFRIARC, sobre “Os desafios da transição energética no ambiente construído”.

    A cerimónia de entrega dos Prémios Tektónica Inovação 2024 encerra o ciclo de encontros do dia 3 de Maio.

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    Anjos Urban Palace é o novo projecto de reabilitação da EastBanc

    O edifício do século XIX encontra-se a ser transformado em edifício de escritórios, num projecto do atelier de Souto de Moura

    Anjos Urban Palace é o mais recente projecto de reabilitação levado a cabo pela Eastbanc Portugal. Localizado no Príncipe Real, o “bairro de eleição” do promotor, o edifício do século XIX encontra-se a ser transformado em edifício de escritórios, num projecto do atelier de Souto de Moura. A obra deverá ficar concluída em Junho de 2025.

    Com uma área útil total de quase 3.250 metros quadrados (m2), o imóvel terá capacidade para receber até sete inquilinos. Além disso, vai contar, ainda, com duas lojas, uma de 215 m2 outra de 366 m2, e um restaurante com 650 m2, que também inclui um terraço.

    O investimento, onde se inclui os custos de reabilitação, rondam os sete milhões de euros. A comercialização está a cargo das consultoras Savills e CBRE, em regime de co-exclusividade.

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    Reynaers confirmada como parceira principal da ZAK World of Façades

    As conferências ZAK World of Façades irão decorrer no dia 20 de Junho, no Centro de Congressos de Lisboa, na qual a Reynaers irá participar com um stand e abordar o tema ‘Conformidade, Sustentabilidade e Digitalização como drivers da evolução’

    A Reynaers Aluminium foi confirmada como Parceira Principal da ZAK World of Façades, que cuja conferência irá decorrer no dia 20 de Junho, no Centro de Congressos de Lisboa. Direccionado para os profissionais do sector, trata-se de um espaço de discussão e networking “focado e especializado”, que acolhe oradores de diferentes domínios.

    Enquanto parceira no evento, a Reynaers Aluminium estará presente com um stand na zona de exposição e networking, em conjunto com a Forster Profile Systems, também do Grupo Reynaers, especialista em soluções em aço para a arquitectura, assim como nas conferências, com Pedro Santos, director técnico da Reynaers Aluminium em Portugal, a abordar o tema da ‘Conformidade, Sustentabilidade e Digitalização como drivers da evolução’.

    “O nosso tecido empresarial nacional no sector da arquitectura, construção e imobiliário tem uma resiliência e talento incríveis. Portugal é, e acreditamos que continuará a ser, um País muito atractivo para investir. Paralelamente, os profissionais do sector em geral, e em particular no domínio das fachadas, exportam soluções técnicas e know-how ao nível do que melhor se faz no mundo. Por isso, para nós, é um orgulho contribuir activamente para trazer a Lisboa uma das maiores conferências nesta matéria e para afirmar o que de tão bem se faz no nosso país”, destaca Marta Ramos, directora de marketing no mercado português.

    Até ao momento, já foram organizadas cerca de centena e meia de edições, atraindo mais de 40 mil profissionais em todo o Mundo. Em 2024, entre outros, a ZAK estará em Los Angeles, Manchester, Shangai, Kuala Lumpur, Dubai e Lisboa. Esta será a 153ª edição a nível mundial e a primeira edição em Portugal que apresentará os avanços do design e engenharia de fachadas que estão a mudar o sector.

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    Casais e Secil apresentam KREAR na Tektónica

    Os dois grupos portugueses juntaram forças, e investimentos, na criação do sistema de construção “KREAR”, composto por um conjunto de peças industrializadas em betão 2D e 3D. A construção da fábrica que irá “dar corpo” ao projecto está em curso e o objectivo dos dois grupos empresariais é acelerar a construção off-site em Portugal e com isso diminuir os prazos e os custos, mas também o impacto ambiental da actividade da construção. A apresentação oficial da joint-venture entre os dois grupos é feita esta quinta-feira, dia em que arranca mais uma edição da Tektónica

    A feira dedicada ao sector da construção, Tektónica, afigura-se o palco perfeito para a apresentação da marca KREAR, que está a ser desenvolvida há já vários meses por dois dos principais grupos do sector da construção: a Casais e, do lado industrial, a SECIL. Mas antes de falar do que a KREAR traz de novo ao mercado, temos que voltar um pouco atrás e falar da estratégia e aposta da construtora portuguesa na industrialização da construção e que levou ao lançamento da unidade industrial da Blufab, que nos últimos anos tem vindo a dar corpo à nova visão transformadora do negócio através da produção de elementos de um processo integrado de construção off-site. O sucesso desta estratégia obrigou já “à expansão para uma nova unidade industrial, ao mesmo tempo que garantimos sinergias de produção com a Carpincasais (unidade industrial de carpintarias do Grupo Casais) e a Blumep (unidade industrial de soluções mecânicas e hídricas do Grupo Casais”, contava-nos em 2022 o CEO da Casais, António Carlos Rodrigues, em entrevista concedida ao CONSTRUIR. Simultaneamente, o grupo estabelecia uma parceria com CREE Buildings, do qual é hoje um accionista de referência.

    A construtora liderou ainda o consórcio que reuniu várias entidades, empresas e centros de investigação, com foco na construção sustentável. O projecto CSI4Future, apresentado no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no Plano de Recuperação e Resiliência acabou por não ser aprovado, mas a construtora prosseguiu com a estratégia e com os planos de investimento, entre os quais se inclua uma unidade de pré-fabricação de materiais de construção, numa parceria 50/50 com a Secil, que por ocasião da apresentação do projecto estava orçada em perto de oito milhões de euros.

    Nascia assim a KREAR, com foco da pré-construção e com o propósito de “contribuir para um mundo mais sustentável para as gerações futuras através da promoção de soluções de construção industrializada, para edifícios mais eficientes, seguros e saudáveis, com elevados níveis de qualidade e flexibilidade no design de utilização”, descrevem os seus promotores que subscrevem que a construção tradicional é um modelo esgotado, com mão-de-obra intensiva, dispendioso, com muitas ineficiências e custos ambientais e demasiado exposto às variabilidades.

    Foco na pré-fabricação

    A nova unidade industrial da KREAR irá produzir peças industrializadas em betão, em 2D e 3D, que após assembladas e combinadas vão constituir estruturas e fachadas do edifício, seja ele novo ou fruto de uma reabilitação.

    A nova unidade terá uma capacidade de produção de 2 500 habitações/quartos por ano, e “se forem seguidos todos os pressupostos da construção industrializada a fábrica terá capacidade para produzir por ano, cinco residências de estudantes de seis pisos, com 90 quartos, ou produzir por ano 15 hotéis com tipologia BB, com 24 quartos e 6 pisos ou dois edifícios com altura de 20 pisos com 500m2/piso”, exemplificaram Daniel Granjo, director geral da KREAR e José Rui Pinto, director técnico comercial da Krear, numa apresentação do projecto realizada no final de 2023 num fórum do sector sobre “As vantagens da pré-fabricação na construção, como proceder e adoptar as melhores soluções”.

     

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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