Ampere Energy Portugal apresenta sistemas inteligentes de gestão de energia na Tektónica
Partindo do objectivo de permitir aos consumidores portugueses um “controlo integral” da sua energia, a Ampere Energy apresentou um sistema de gestão inteligente de energia que, “além de potenciar o autoconsumo energético, permitirá uma poupança de mais de 50% na factura da electricidade”
Pedro Cristino
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A Tektónica foi o palco da apresentação das soluções da Ampere Energy Portugal, empresa recentemente formada através de uma parceria entre a Amepere Energy e o Grupo Casais.
Partindo do objectivo de permitir aos consumidores portugueses um “controlo integral” da sua energia, a Ampere Energy apresentou um sistema de gestão inteligente de energia que, “além de potenciar o autoconsumo energético, permitirá uma poupança de mais de 50% na factura da electricidade”.
O software das soluções apresentadas permite o “controlo preciso” da electricidade que é gerada pela central fotovoltaica do consumidor, bem como a sua “máxima rentabilização”, possibilitando a disponibilização da energia “24 horas por dia” e a compra inteligente à rede em períodos em que a electricidade é mais barata, mediante um investimento “recuperável entre sete e 10 anos”.
No total, são cinco as soluções comercializadas pela Ampere Energy Portugal. Os equipamentos Sphere, Square e Tower foram desenvolvidos para os sectores residencial, comercial, hoteleiro e pequena indústria, dispondo de capacidades de carga de 3kWh a 12kWh. Para consumos mais elevados, Rack e Ship têm capacidades de armazenamento até 6MWh.
As cinco soluções incorporam, segundo o grupo, “todos os equipamentos e sistemas necessários para o seu funcionamento, nomeadamente as células de iões de lítio, inversor bidireccional e sistema de gestão inteligente de energia”.
A ligação à internet permite a estes equipamentos obterem a informação da previsão meteorológica, da necessidade de utilização de energia da rede e do preço da electricidade, calculando a melhor opção em prol da optimização da eficiência energética do consumidor, cujo investimento “permite um retorno entre 6% e 12% ao ano”.
Durante o dia, o equipamento armazena a energia excedente produzida pela instalação fotovoltaica, para que o consumidor possa utilizá-la durante a noite. Quando surge a previsão de chuva, o equipamento liga-se à rede e armazena a electricidade quando esta é mais barata de acordo com a tarifa contratada.
Paralelamente, o utilizador pode consultar, através da app AMPi – disponível para iOS e Android – o estado da bateria e os consumos em tempo real e obter informação com vista a tornar mais eficientes tanto o sistema como o consumo.
“Portugal posiciona-se em situação privilegiada, pois congrega características próprias que o tornam extremamente competitivo nesta área”, afirma Vicente López-Ibor Mayor, presidente da Ampere Energy, explicando que Portugal é “um dos países com maior radiação solar da Europa, além de estar na linha da frente a nível europeu no que diz respeito à implementação das energias renováveis”.
A escolha da Casais para a entrada no mercado nacional deve-se à “ampla experiência nos sectores da energia e da engenharia e construção”, justificou Mayor, acrescentando que esta parceria “dá-nos garantias de sucesso pelo “know-how” acumulado da Casais e pelo potencial do mercado português”.
Por sua vez, o CEO da Casais revelou acreditar que a Ampere Energy Portugal será “líder no mercado português, sobretudo no segmento doméstico, onde há uma grande aposta no autoconsumo e onde faltavam soluções a preços competitivos para o aproveitamento de toda a energia solar, sem desperdícios e ininterruptamente”.
Segundo António Carlos Rodrigues, “a Casais está focada em construir edifícios que respondam à visão dos clientes” e, neste sentido, “olhar para o custo de investimento inicial é uma parte, mas olhar para os custos de exploração é a outra parte que cada vez tem mais peso”.
Segundo António Carlos Rodrigues, trata-se de aproveitar as oportunidades de negócio “que começam a surgir com o novo modelo energético originado pelas políticas europeias para a descarbonização da economia até 2050 e para edifícios NZEB [“nero zero energy buildings”] que começará a ser implementadas já a partir de 2020”.