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CECE e Comissão Europeia debatem medidas para aumentar competitividade da indústria

Associação destaca que a indústria europeia requer uma “estratégia de políticas industriais holísticas e um plano de acção” a nível da União, no sentido de ajudar a assegurar a competitividade das indústrias europeias, criar empregos e impulsionar um novo crescimento económico sustentável na Europa

Pedro Cristino
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CECE e Comissão Europeia debatem medidas para aumentar competitividade da indústria

Associação destaca que a indústria europeia requer uma “estratégia de políticas industriais holísticas e um plano de acção” a nível da União, no sentido de ajudar a assegurar a competitividade das indústrias europeias, criar empregos e impulsionar um novo crescimento económico sustentável na Europa

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O Comité para o Equipamento de Construção Europeu (CECE) anunciou que o seu presidente se reuniu com o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, para debaterem uma estratégia para a indústria na União Europeia (UE).

Em comunicado de imprensa, esta associação destaca que a indústria europeia requer uma “estratégia de políticas industriais holísticas e um plano de acção” a nível da União, no sentido de ajudar a assegurar a competitividade das indústrias europeias, criar empregos e impulsionar um novo crescimento económico sustentável na Europa.

De acordo com a nota, Bernd Holz, presidente da CECE, enfatizou, perante o responsável da Comissão Europeia, “quão vital poderia uma política industrial coerente ser para o futuro da indústria de equipamentos de construção” no Velho Continente. Entre os pontos relevantes, o Holz sublinhou a vigilância no mercado, o comércio internacional e o cumprimento dos regulamentos.

Por sua vez, Katainen confirmou a disponibilidade e o compromisso da Comissão para apoiar a competitividade industrial da UE e apresentou a sua abertura para receber mais contribuições relativamente a medidas políticas e a iniciativas. “Agradeço muito o interesse a abordagem prática do Comissário Katainen”, afirmou Bernd Holz, revelando ter confirmado a Katainen que a CECE está pronta a apresentar “exemplos concretos de regulações onerosas, bem como de novas iniciativas que podemos colocar em prática para atingir o objectivo de 20% do PIB da UE pela indústria”.

O Comité destaca que, no seio da Comissão Europeia, a iniciativa para uma estratégia de políticas para o sector industrial tem causado alguma controvérsia. Contudo, os Estados Membros têm apresentado um “apoio unânime” através do Conselho de Competitividade. Neste sentido, o CECE está já a colaborar com a sua experiência para a iminente resolução do Parlamento Europeu, segundo a qual, a Comissão apresentará a estratégia industrial europeia, a adoptar após a sua próxima sessão plenária, que terá lugar a 5 de Julho.

Neste âmbito, o CECE pretende proporcionar à indústria europeia “os meios para aumentar o peso deste sector no PIB para 20% até 2020”. Os principais campos de acção incluem a redução da onerosidade acarretada pelo cumprimento da legislação da UE, assegurar a concorrência leal através de uma melhor vigilância no mercado, procurar um maior alinhamento nas políticas internacionais para evitar barreiras técnicas ao comércio, acesso ao financiamento, digitalização e novos modelos de negócio ou o investimento em talento.

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Constructel Visabeira com 1,9MM€ de volume de negócios em 2024

Crescimento orgânico de dois dígitos e aquisições estratégicas nos EUA e na Europa reforçam a posição da Constructel nos sectores das telecomunicações e energia

A Constructel, subsidiária do Grupo Visabeira com participação minoritária da Goldman Sachs Alternatives, é um dos principais líderes mundiais na prestação de serviços de engenharia para redes de energia e telecomunicações. Com uma presença em 11 países e mais de 8.500 colaboradores, a Constructel Visabeira destaca-se pela sua capacidade integrada de oferecer soluções chave-na-mão em ambientes complexos e exigentes.

Em 2024, a empresa manteve a sua trajectória de crescimento sustentado, alcançando um volume de negócios consolidado pró-forma de 1,9 mil milhões de euros, o que representa um crescimento total na ordem dos 50% face a 2023 e um crescimento orgânico a dois dígitos. Este desempenho foi impulsionado pela forte performance orgânica em todas as geografias onde opera, bem como pela concretização de aquisições estratégicas, nomeadamente da Verità Telecommunications Corporation (Junho de 2024) e da Sargent Electric Company (Setembro de 2024). Estas operações reforçaram de forma significativa a presença internacional da Constructel Visabeira, em especial nos Estados Unidos da América, que passaram a ser o maior mercado do Grupo, representando cerca de 35% do volume de negócios, equivalente a aproximadamente 650 milhões de euros.

O restante volume de negócios teve origem na Europa, com França e Bélgica, sul da Europa (Portugal, Itália e Espanha), Reino Unido e Irlanda a representarem cerca de 20% cada, e Alemanha, Dinamarca e Suécia a contribuir com cerca de 10%.

O sector da energia destacou-se com um crescimento notável superior a 100% face ao ano anterior, contribuindo com cerca de 850 milhões de euros (45% do volume de negócios). Já o sector das telecomunicações excedeu os 1.000 milhões de euros, reflectindo um crescimento de 15%. Em termos de rentabilidade, o EBITDA recorrente pró-forma ultrapassou 180 milhões de euros, estabelecendo um crescimento de cerca de 30% face a 2023.

Para além do forte desempenho operacional em 2024, a Constructel implementou com sucesso uma estrutura de financiamento eficiente para suportar futuros investimentos estratégicos. O rácio de dívida líquida sobre EBITDA situou-se abaixo de 1,5x em Dezembro de 2024, evidenciando a solidez do balanço num ano de aquisições relevantes.

À data de 31 de Dezembro de 2024, a Constructel dispunha de uma sólida carteira de contratos avaliada em mais de 5 mil milhões de euros, conferindo uma elevada previsibilidade e sustentabilidade ao crescimento futuro do Grupo.

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Produção renovável abastece 90% do consumo em Abril

A produção renovável abasteceu 90% do consumo total de electricidade em Portugal durante o mês de Abril. Para o período de Janeiro a Abril, o consumo apresentou um crescimento de 2,3% face ao período homólogo anterior. Este é o consumo mais elevado de sempre verificado no sistema nacional para este período

A produção renovável abasteceu 90% do consumo total de electricidade em Portugal durante o mês de Abril. Segundo a REN, “este resultado deveu-se às condições meteorológicas favoráveis, especialmente para a produção hidroeléctrica, que registou um índice de produtibilidade de 1,52 (média histórica igual a 1). A produção de energia eólica também teve um bom desempenho, com um índice de 1,10. Na energia solar, o índice não ultrapassou os 0,67 apesar do aumento consistente da potência instalada respectiva”. Já a produção de energia não renovável representou 8% do consumo, enquanto os restantes 2% foram supridos por energia importada.

Em Abril, o consumo de energia eléctrica aumentou 0,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, ou 3,4% com correcção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis. Para o período de Janeiro a Abril, o consumo apresentou um crescimento de 2,3% face ao período homólogo anterior, valor que se mantém mesmo após a correcção da temperatura e dos dias úteis. Este é o consumo mais elevado de sempre verificado no sistema nacional para este período, 0,8% acima do anterior máximo registado em 2010.

Nos primeiros quatro meses do ano, o índice de produtibilidade hidroeléctrica situou-se em 1,44, o de produtibilidade eólica em 1,04 e o de produtibilidade solar em 0,74. Ainda neste período, a produção renovável abasteceu 83% do consumo, distribuída entre hidroeléctrica (40%), eólica (29%), fotovoltaica (8%) e biomassa (5%). A produção a gás natural abasteceu 11% do consumo, e as importações supriram os restantes 6%.

No mercado de gás natural, registou-se uma evolução positiva do consumo em Abril, com um crescimento homólogo de 4,2%, impulsionado pelo segmento de produção de energia eléctrica, que cresceu 4,5 vezes em comparação com o período homólogo. No entanto, o segmento convencional, que inclui os restantes consumidores, manteve a tendência de redução dos consumos, com uma queda homóloga de 11%.

O abastecimento do sistema nacional foi efectuado integralmente a partir do terminal de GNL de Sines. No final de Abril, o consumo acumulado anual de gás registou um crescimento de 0,7%, resultado de um aumento de 36% no segmento de produção de energia eléctrica e de uma redução de 7% no segmento convencional. O Terminal de Sines abasteceu 95% do consumo nacional, com origem principalmente na Nigéria (52%) e nos EUA (36%).

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Estudo: Transportes europeus estão “desajustados” e “pouco inclusivos”

O Better Mobility Trendreport,, é realizado pelo EIT Urban Mobility, uma iniciativa do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT), um organismo da União Europeia, em colaboração com Impact Hub Vienna e o Point& e teve como base as perspectivas de mais de 300 startups e 100 especialistas académicos e da indústria de toda a Europa

Os transportes europeus estão “desajustados” e “pouco inclusivos”, não reflectindo a sociedade europeia, conclui o EIT Urban Mobility, uma iniciativa do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT), um organismo da União Europeia, no seu mais recente relatório, Better Mobility Trendreport, em colaboração com Impact Hub Vienna e o Point&. Baseado nas perspectivas de mais de 300 startups e 100 especialistas académicos e da indústria de toda a Europa, o estudo identifica as principais tendências chave que moldam o futuro da mobilidade e salienta as oportunidades.

O relatório conclui que as redes de transportes da Europa são concebidas para um grupo demográfico restrito: normalmente, homens com idades compreendidas entre os 25 e 45 anos de idade, que trabalham em empregos tradicionais das 9 às 17, isentos de responsabilidades de assistência e que dominam o idioma local. Contudo, isto não reflecte a realidade da sociedade europeia. De acordo com o Eurostat, mais de 100 milhões de pessoas na UE têm responsabilidades de assistência, outros 100 milhões vivem com incapacidades, e mais de 90 milhões têm mais de 65 anos de idade. O fosso entre os serviços de mobilidade existentes e as necessidades da população em geral é uma questão urgente que requer atenção imediata.

Uma das principais conclusões do relatório é a crescente necessidade para sistemas de transporte holísticos que integrem diversas opções de mobilidade. Actualmente, os serviços de mobilidade são fragmentados, com diversos participantes a disponibilizar serviços de fraca conexão. A cooperação entre fronteiras, a integração de diferentes modalidades de transporte, e a criação de centros multimodais são cruciais para o desenvolvimento de um sistema que sirva a todos. “O Kilma Ticket da Áustria é um excelente exemplo de como a integração de diferentes serviços de transporte pode tornar a mobilidade mais uniforme e acessível”, afirma Lina Mosshammer da Point&; e coautora do relatório. “Ao disponibilizar acesso nacional, incluindo opções de mobilidade partilhada, as viagens ficam simplificadas e melhora a cobertura para um leque mais vasto de utilizadores”.

O estudo destaca, também, o rápido crescimento das populações urbanas e a importância de projectar cidades habitáveis e favoráveis para os peões. Até 2025, estima-se que mais de 80% dos residentes da UE viverá em áreas urbanas, tornando essencial priorizar a acessibilidade a pé, os espaços verdes e uma infraestrutura mais segura. Paris, por exemplo, assumiu o compromisso de criar 100 hectares de novos espaços verdes.

Outra tendência identificada é o envelhecimento da população da UE, que requer a integração de considerações físicas e mentais no planeamento da mobilidade. Até 2030, uma em cada quatro pessoas na UE terá 64 anos ou mais e muitas manter-se-ão desejosas de continuar ativas. A mobilidade pode ser ligada à saúde ao capacitar as pessoas para se movimentarem de forma independente. A cidade alemã de Griesheim, com o seu conceito de “cidade onde se pode sentar e brincar” destaca-se pelo seu foco em melhorar os caminhos para crianças e peões com mobilidade limitada”.

No que diz respeito à segurança, o relatório destaca a necessidade de espaços públicos bem iluminados e atractivos, transportes públicos fiáveis e infraestruturas cicláveis seguras para construir a confiança dos utilizadores. Por exemplo, Helsínquia e Oslo, atingiram a meta Visão Zero em 2019 ao reduzir o tráfego, limitar o acesso aos centros das cidades e implementar limites de velocidade em áreas residenciais.

Para finalizar, o relatório enfatiza o potencial inexplorado para tornar o transporte mais acessível. Os dados revelam que apenas 5% das inovações focam-se no turismo e 10% na saúde, apesar desta última ser uma tendência maior. A expansão das opções de mobilidade inclusivas e sustentáveis para estes sectores poderá impulsionar o crescimento e melhorar a acessibilidade para uma gama mais ampla de utilizadores. “Criar um sistema de transportes mais inclusivo requer incorporar a diversidade, a equidade e a inclusão nos investimentos e empreendimentos de impacto que apoiamos. Esforços conjuntos, como a Better Mobility Community, o maior ecossistema na Europa para a mobilidade inclusiva, segura, acessível e verde, ajudam a Europa a manter-se à frente das tendências e inovações, alavancando a inclusão como uma vantagem competitiva” segundo Lina Mosshammer, cofundadora e directora administrativa de Point&; e coautora do estudo.

Yoann Le Petit, gestor de Liderança Inovadora da EIT Urban Mobility e coautor do estudo, refere, ainda, que melhorar a mobilidade nem sempre requer grandes avanços tecnológicos. “O nosso relatório mostra que, em muitos casos, pequenas melhorias nas infraestruturas, conceção de serviços, ou acessibilidade nos transportes, podem ter um impacto transformador.”

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Investimento em imobiliário comercial cresce 151% nos primeiros três meses ano

Retalho e Hospitality foram os responsáveis pelo crescimento do investimento em imobiliário comercial em Portugal nos primeiros três meses de 2025, que totalizou 651 milhões de euros,151% acima dos valores registados no período homólogo. A região Norte, em especial o Porto, assume um papel cada vez mais relevante na atracção do investimento

De acordo com o mais recente estudo Investment Market Overview da Savills, o investimento em imobiliário comercial em Portugal totalizou 651 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 151%, face ao mesmo período do ano anterior. Quando comparado com a média do primeiro trimestre dos últimos três anos, este crescimento cifra-se nos 144%.

“Este primeiro trimestre de 2025 revelou sinais muito positivos para o mercado de investimento imobiliário comercial em Portugal, com um crescimento assinalável face ao período homólogo. Apesar do actual contexto internacional marcado pela incerteza, tudo indica que 2025 poderá ser um ano particularmente dinâmico, com volumes de investimento expressivos. O sector de hospitality continuará a desempenhar um papel de relevo, beneficiando das condições únicas que o país oferece aos visitantes. Ainda que se antecipe uma ligeira desaceleração no curto prazo, a economia portuguesa está bem posicionada para manter a sua trajectória de crescimento, sustentada por uma procura interna robusta, investimento consistente e um alinhamento positivo com as tendências económicas da zona euro”, reflecte Paulo Silva, head of country da Savills Portugal.

O sector do retalho destacou-se ao captar aproximadamente 59% do volume total de investimento num total de 385.5 milhões de euros, seguido pelos segmentos de hospitality com 155.7 milhões de euros (24%), escritórios com 88 milhões de euros (13%) e logística com 24 milhões de euros (4%).

Geograficamente, a Região Norte, com especial destaque para a cidade do Porto, liderou a captação de capital, concentrando cerca de 67% do investimento realizado. O Algarve registou 16,9% do volume total, enquanto a cidade de Lisboa e respectiva Área Metropolitana atraíram 15,5%. No que diz respeito à origem do capital investido, os investidores nacionais ocuparam uma posição de liderança, representando 77,6% do total do volume de investimento registado nos primeiros três meses do ano. seguidos por capital proveniente do Reino Unido e da Suíça.

A par do crescimento do investimento em imobiliário comercial em Portugal, prevê-se que o segmento de escritórios registe também um aumento durante o ano de 2025, prosseguindo a recuperação, ainda que gradual, que se tem verificado de forma consistente desde a pandemia. O bom desempenho e a resiliência do mercado ocupacional constituem factores adicionais de confiança e segurança para os investidores, devendo reflectir-se positivamente no mercado de investimento.

O mercado de logística mantém-se resiliente, sustentado pelo elevado apetite dos investidores, sobretudo por oportunidades de development. No entanto, verifica-se uma muito interessante dinâmica que nos pode apontar a um dos melhores anos de investimento no segmento. As operações de sale and leaseback permanecem pontuais, reflexo das actuais pressões de mercado e das condições de financiamento mais exigentes, que ainda não criaram um contexto propício para um maior fluxo de transacções.

O sector do retalho tem sido fortemente impactado pela incerteza gerada pela guerra comercial entre os EUA e a China e pela aplicação de novas tarifas aduaneiras. Esta conjuntura tem incentivado uma postura de cautela por parte dos consumidores e um posicionamento de wait and see por parte de investidores e operadores com intenções de expansão. Em Portugal, os centros comerciais, retail parks e supermercados mantêm-se como os activos mais atractivos, concentrando o maior volume de investimento no trimestre. Destaca-se, em particular, a aquisição da totalidade do capital social do NorteShopping pelo Fundo Sierra Prime, gerido pela Sonae Sierra, que contribuiu de forma decisiva para a liderança deste segmento neste primeiro trimestre.

Hospitality continua a afirmar-se como um dos principais motores do mercado de investimento comercial. A tendência deverá manter-se nos próximos anos, sustentada por um pipeline robusto de novos projectos, sobretudo em Lisboa e no Porto, e por uma crescente aposta na requalificação e reposicionamento de activos existentes. No primeiro trimestre, o segmento foi o segundo mais activo, representando 24% do volume total de investimento. Este desempenho foi impulsionado pela venda de activos de elevada qualidade, adquiridos por Sociedades de Investimento Imobiliário e gestoras de activos que procuram imóveis prime para integrar os seus portfólios.

Neste contexto, “a Região Norte está a assumir um papel cada vez mais relevante na captação de investimento nacional e internacional em Portugal. O dinamismo que temos vindo a assistir em segmentos como os de escritórios e de industrial e logística vai certamente manter-se ao longo de 2025, pois existe um número crescente de empresas que pretendem instalar-se ou expandir as operações e consequentemente as suas instalações no norte do país. A mão de obra altamente qualificada, a qualidade das infraestruturas e a proximidade a rotas marítimas e terrestres de grande importância são apenas alguns dos factores que tornam a região tão atractiva para os investidores”, sublinha Ricardo Valente, managing director, Savills | Porto Division.

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Fogos licenciados para construções novas cresce 28,3%

Fogos licenciados em construções novas aumentam 28,3%, novo crédito à habitação totaliza 3.214 M€ e licenças para construção nova e reabilitação habitacional sobem 9,5% até Fevereiro. São os números mais recentes da Síntese Estatística de Habitação da AICCOPN

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De acordo com a AICCOPN, até Fevereiro, o consumo de cimento no mercado nacional atingiu 623,2 milhares de toneladas, traduzindo-se numa quebra de 3,6% em comparação com o período homólogo.

No que respeita ao licenciamento municipal para a construção e reabilitação de edifícios habitacionais, constatou-se um aumento homólogo de 9,5%, nos dois primeiros meses deste ano. Relativamente ao número de fogos licenciados para construções novas, observou-se um crescimento de 28,3%, para 6.641 novas habitações.

Quanto ao montante do novo crédito à habitação, excluindo renegociações, concedido pelas instituições financeiras, este apresentou um acréscimo de 35,4%, totalizando 3.214 milhões de euros, em Fevereiro. No que concerne à taxa de juro do crédito à habitação, a mesma fixou-se em 3,83% nesse mês, reflectindo uma redução de 81 pontos base face ao período homólogo.

Em Fevereiro, o valor mediano da habitação, calculado para efeitos de avaliação bancária, apresentou uma valorização homóloga de 16%, em resultado de variações de 16,7% nos apartamentos e de 9,5% nas moradias.

A Grande Lisboa é a região em destaque na análise, onde de Fevereiro de 2024 até Fevereiro deste ano foram licenciados 5.084 fogos em construções novas, o que representou um incremento de 16,2% face aos 4.375 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores. Desse total, 9% corresponderam a tipologias T0 ou T1, 33% a T2, 40% a T3 e 18% a T4 ou superior. Relativamente ao valor de avaliação bancária da habitação, constatou-se, nesta região, uma variação homóloga de 16,3% no segundo mês deste ano.

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Lisboa aprova delimitação da Unidade de Execução Marvila-Beato

A área de intervenção, nas freguesias de Marvila e do Beato, é um conjunto de “vazios urbanos” com uma área superior a 278 mil metros quadrados (m2) para onde estão previstos 1427 fogos e mais de 119 mil m2 em espaços verdes e equipamentos

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A delimitação da Unidade de Execução (EU) Marvila-Beato foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa, esta quarta-feira, dia 30 de Abril. A proposta, que visa “optimizar os efeitos da estruturação da terceira travessia do Tejo, reforçar a coesão territorial e potenciar a atracção de emprego”, vai estar em discussão pública.

A área urbana sobre onde se pretende intervir, nas freguesias de Marvila e do Beato, é um conjunto de “vazios urbanos” com uma área de reconversão superior a 278 mil metros quadrados (m2), para onde estão previstos 1427 fogos, 119.437 m2 em espaços verdes e equipamentos, 2852 lugares de estacionamento privado, mais 246 lugares públicos.

O projecto localiza-se em áreas qualificadas como sensíveis e classificadas como de Interesse Público, nomeadamente, a Zona Geral de Protecção do Antigo Convento do Beato António, a Zona Geral de Protecção do Palácio dos Duques de Lafões e a Zona Geral de Protecção da Fábrica “A Nacional”.

Na reunião da CML foi, ainda, aprovada a cedência de espaços não habitacionais “para exercício de actividades sem fins lucrativos com fundamentado interesse público”, às entidades Rimas ao Minuto Associação, Associação Desportiva Pastéis da Bola; Associação Fazer por Marvila, Associação Lisboa Juntos pelo Desporto, Associação Africandé, GlocalDecide – Associação para a Democracia, a Cidadania e o Desenvolvimento e a Associação Porta do Mais.

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Politécnico de Leiria consigna empreitada para residência nas Caldas da Rainha

A obra de renovação da Residência Mestre António Duarte visa a recuperação integral do edifício, com vista à melhoria do conforto e à promoção da eficiência energética, assim como uma readaptação de espaços e uma otimização do seu funcionamento

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O Politécnico de Leiria celebrou a consignação da empreitada de renovação da Residência Mestre António Duarte, nas Caldas da Rainha, e da obra de construção da nova residência de estudantes naquela cidade, num investimento de 3,7 milhões de euros, financiados pelo Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior (PNAES) – Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com a concretização destas duas empreitadas, que se juntam à obra de reabilitação da Residência Rafael Bordalo Pinheiro, cuja inauguração está prevista para breve, Caldas da Rainha passará a ter, em 2026, um total de 289 camas para os estudantes.

A obra de renovação da Residência Mestre António Duarte visa a recuperação integral do edifício, com vista à melhoria do conforto e à promoção da eficiência energética, assim como uma readaptação de espaços e uma otimização do seu funcionamento. O edifício contemplará um total de 56 quartos, dois destinados a utilizadores com mobilidade condicionada, num total de 104 camas. A obra tem uma duração de 150 dias, estando a reabertura prevista para o início do próximo ano letivo.

No que se refere à construção da residência ‘Nova Caldas’, a ser edificada num terreno adjacente à Residência Mestre António Duarte, a mesma oferecerá 68 novas camas, contemplando, além do alojamento, zonas de refeição, áreas de estudo e de convívio, lavandaria, espaços de apoio ao funcionamento da residência, entre outros.

“Esta obra proporcionará um aumento significativo do número de camas disponíveis na cidade de Caldas da Rainha, que anualmente recebe entre 1.500 e 1.700 estudantes da nossa Escola Superior de Artes e Design”, afirmou o presidente do Politécnico de Leiria, recordando que a instituição teve nove candidaturas aprovadas no âmbito do PNAES, para renovação, reabilitação e construção de residências de estudantes, contemplando 13 edifícios, localizados em quatro cidades (Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e Pombal).

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Empresas portuguesas marcam presença na BATIMATEC Expo 2025

Organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), a participação reforça a aposta das empresas portuguesas no mercado argelino, uma porta estratégica para os mercados de África e do Médio Oriente

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A BATIMATEC Expo 2025, um dos mais antigos certames dedicados à construção, decorre de 5 a 8 de Maio em Argel, e Portugal marcará presença com uma delegação de seis empresas do sector. Organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), através do projecto Business on the Way (BOW), a participação reforça a aposta das empresas portuguesas no mercado argelino, uma porta estratégica para os mercados de África e do Médio Oriente.
A feira, referência na indústria da construção, materiais, rochas ornamentais, tecnologias e maquinaria, é uma oportunidade única para as empresas consolidarem contactos e explorarem o potencial da região. “Esta é a sexta participação da AEP na BATIMATEC, um reflexo da importância da Argélia como mercado de alto potencial de crescimento”, destaca Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEP.

A Argélia, o maior país em área geográfica e o segundo mais populoso do Norte de África, tem investido na diversificação económica e na atracção de investimento estrangeiro. Com planos ambiciosos nas áreas da saúde, ambiente, turismo, agricultura, energias renováveis e, sobretudo, obras públicas, o país oferece novas oportunidades para o tecido empresarial português.

A delegação inclui as empresas Abílio Carlos Pinto Felgueiras (Carfel), Arcen Engenharia, ILMAR – Fábrica de Máquinas para Artigos de Cimento, Jormax Indústria, Metalúrgica do Tâmega e Metalcértima.
Com esta iniciativa, a AEP reforça o compromisso de apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, promovendo parcerias e negócios num mercado em franca expansão.

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BdP adquire nova sede por 191,99 M€

A concretização da transacção está prevista para o final de 2027, mas o contrato-promessa de compra e venda foi assinado esta sexta-feira pela Fidelidade e o Banco de Portugal. A nova sede, em Entrecampos, terá 32 mil m2 e um valor de venda de 191,99M€ 

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A Fidelidade, através da sua subsidiária Fidelidade – Property Europe, assinou hoje, 2 de Maio, com o Banco de Portugal o contrato-promessa de compra e venda de um dos edifícios nos terrenos da antiga Feira Popular em Entrecampos.

Esta aquisição, permitirá ao Banco de Portugal concentrar todos os seus serviços de escritórios, hoje dispersos por quatro localizações em Lisboa. O imóvel tem uma área bruta de construção de cerca de 32 mil metros quadrados e representará um investimento de 191,99 milhões de euros, que segundo a o BdP “corresponde ao limite inferior das avaliações independentes realizadas” e, assim, “protegendo da melhor forma o interesse público”. A concretização final da transacção prevista para o final de 2027. A nova sede “vai ao encontro das necessidades do Banco de Portugal nos planos funcional e institucional e representa o culminar de um processo com mais de quatro décadas de procura de uma localização única na cidade de Lisboa. A concentração de serviços permitirá reduzir os custos operacionais anuais em mais de cinco milhões de euros. A posterior alienação de património imobiliário do Banco de Portugal financiará uma parte substantiva do investimento”, afirma a instituição no seu site.

Para a Fidelidade, o projecto de EntreCampos, localizado nos terrenos da antiga Feira Popular, representa uma visão revitalizadora daquela área central de Lisboa. EntreCampos foi distinguido como “Best New Mega Development” nos MIPIM Awards 2025, um prémio que reconhece a sua abordagem inovadora e sustentável ao desenvolvimento urbano.

Concebido para se fundir com a cidade, EntreCampos promove a integração da comunidade local através de zonas de passagem e espaços públicos inseridos na malha urbana. Com amplas áreas verdes que fomentam a biodiversidade, o projeto valoriza a qualidade de vida e cria uma nova centralidade que articula habitação, trabalho e lazer. Além disso, alia eficiência energética ao uso pioneiro da geotermia e beneficia de uma localização privilegiada, num dos pontos de Lisboa mais bem servidos em termos de mobilidade.

 

 

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Conhecidos os candidatos aos European Responsible Housing Awards; Portugueses entre os finalistas

Desde cooperativas lideradas por inquilinos e reabilitações de carbono zero até à integração de assistência social e iniciativas de segurança lideradas por jovens, os 25 finalistas reflectem o “poder da habitação para transformar vidas e comunidades”

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São 25 os finalistas do European Responsible Housing Awards (Prémios Europeus de Habitação Responsável), que destacam os promotores de habitação que vão além das estruturas físicas, defendendo a acessibilidade, a equidade social, a segurança da posse, a acção climática, a codecisão dos inquilinos e a governação colaborativa. Os vencedores serão anunciados no dia 5 de Junho, em Dublin, na Irlanda, durante o Festival Internacional de Habitação Social.

Seleccionados entre 12 países e em cinco categorias de prémios, estes finalistas reflectem o crescente reconhecimento de que a habitação não é apenas uma questão de abrigo, é um elemento-chave na construção de comunidades mais fortes e inclusivas.

Desde cooperativas lideradas por inquilinos e reabilitações de carbono zero até à integração de assistência social e iniciativas de segurança lideradas por jovens, estes projectos demonstram o poder da habitação para transformar vidas e comunidades.

As categorias a concurso são cinco: ‘Management excellence for housing affordability’ (Excelência na gestão para a acessibilidade à habitação), ‘More than a roof” – supporting communities of equal opportunities’ (Mais do que um telhado” – apoiar comunidades de igualdade de oportunidades), ‘Agents of green transition, leaders of innovation’ (Agentes da transição verde, líderes da inovação). ‘Building strategic alliances, fostering community participation’ (Construir alianças estratégicas, fomentando a participação da comunidade) conta com duas participações portuguesas, nomeadamente, com a figura de ‘Entrance Manager’ (Gestor de Entrada), em Matosinhos, que visa reforçar a inclusão social através da gestão participativa e a criação de uma assembleia de moradores através do Programa Viva o Bairro, em Braga. Também na categoria ‘Going the extra mile for safe and sound living’ (Ir mais além para uma vida segura e saudável), o programa Lotes ComVida, em Lisboa e que visa envolver os moradores na gestão cooperativa das habitações municipais através de formação e estruturas participativas.

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