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    “Próximos anos em Angola serão de oportunidade”

    Augusto Ferreira Guedes considera que, apesar do recente abrandamento do crescimento económico em Angola, há áreas no país que apresentam um desenvolvimento significativo, como a energia, as minas ou as telecomunicações. Para o bastonário da Ordem dos Engenheiros Técnicos, deve não só facilitar-se a circulação dos profissionais de engenharia dos países da CPLP, como criar-se um mercado livre de engenharia, no contexto lusófono

    Pedro Cristino
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    “Próximos anos em Angola serão de oportunidade”

    Augusto Ferreira Guedes considera que, apesar do recente abrandamento do crescimento económico em Angola, há áreas no país que apresentam um desenvolvimento significativo, como a energia, as minas ou as telecomunicações. Para o bastonário da Ordem dos Engenheiros Técnicos, deve não só facilitar-se a circulação dos profissionais de engenharia dos países da CPLP, como criar-se um mercado livre de engenharia, no contexto lusófono

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    Augusto Ferreira Guedes considera que, apesar do recente abrandamento do crescimento económico em Angola, há áreas no país que apresentam um desenvolvimento significativo, como a energia, as minas ou as telecomunicações. Para o bastonário da Ordem dos Engenheiros Técnicos, deve não só facilitar-se a circulação dos profissionais de engenharia dos países da CPLP, como criar-se um mercado livre de engenharia, no contexto lusófono

    Em entrevista ao CONSTRUIR, Augusto Ferreira Guedes explica como poderá ser reforçada a cooperação entre Portugal e Angola no campo da engenharia e refere que sectores económicos apresentam actualmente melhores perspectivas neste país africano.

     

    Em que assenta o protocolo assinado entre a Ordem dos Engenheiros Técnicos de Portugal e a Ordem dos Engenheiros e a Ordem dos Engenheiros Técnicos de Angola?

    Em Angola existe uma associação, que é a APET [Associação Profissional dos Engenheiros Técnicos de Angola] que representa os engenheiros técnicos, e existe a Ordem dos Engenheiros de Angola. O que nós temos estado a fazer é a ponte entre todos os profissionais de engenharia no país, que têm origens diferentes e, portanto, nem sempre as coisas são fáceis porque Angola, fruto de todo o processo destes 40 anos de independência, tem os engenheiros e os engenheiros técnicos que foram formados antes da independência, os que foram formados na panóplia de países de Leste e Cuba e tem os que foram formados na Europa. Portanto, é uma situação muito complexa. É evidente que Angola dá, neste momento, passos significativos para a regulação da actividade. Hoje, felizmente, Angola é cada vez menos uma selva nessa área. O Governo de Angola tem uma estratégia muito importante do rigor porque está consciente de que o desenvolvimento do país tem de ser feito com bases de seriedade na construção, o que não acontece em África. Acontecerá eventualmente na África do Sul e em Moçambique há também uma cultura de rigor, mas a restante África não segue grandes padrões de qualidade. Angola é um país, embora, por vezes, não pareça, tem uma cultura de grande rigor e de grande qualidade, aproximando-se muito a padrões europeus nessa área. Nós fomos solicitados para fazer esta ponte. Ajudámos a criação da APET e, nos últimos tempos, com as novas eleições na Ordem dos Engenheiros de Angola, surgiu também o desafio de nós contribuirmos para a articulação entre as associações. O nosso protocolo, que foi assinado durante o nosso congresso tem a haver com o reconhecimento de uma organização pela outra com um objectivo final, que é criar, no mundo da lusofonia, um verdadeiro mercado livre de engenheiros e engenheiros técnicos. Independentemente dos problemas que existem ao nível da CPLP, de não haver uma livre circulação de cidadãos, gostaríamos que a sociedade civil, ao nível da engenharia, se organizasse para, pelo menos ao nível do exercício da profissão, ser verdadeiramente livre a circulação. Ao nível do exercício da profissão, não faz nenhum sentido que nós tenhamos barreiras. Mas há uma barreira psicológica muito importante que é a que os portugueses colocam aos profissionais de engenharia dos outros países da CPLP. Nós achamos que a engenharia e a formação que se faz nos países da CPLP é de inferior qualidade e, portanto, queremos ter nós a livre circulação nesses países mas, depois, quando os engenheiros desses países vêm cá, já não queremos. Para nós, isso não é possível. Para querermos uma livre circulação nos países de língua oficial portuguesa, temos obviamente de estar disponíveis para dar o mesmo reconhecimento independentemente da escola, da universidade, das melhores ou piores condições, porque também temos escolas melhores e piores em Portugal. Este espírito de império que Portugal e nós, muitas vezes, temos, atrapalha neste juízo. O que temos estado a fazer, embora lentamente, porque isto não pode ser forçado, é criar uma cultura de respeito por cada um dos cidadãos de cada um dos países. Estamos muito satisfeitos, como prova a Associação de Higiene e Segurança que construímos no último Congresso da Ordem dos Engenheiros Técnicos, em Lisboa, onde assinámos o protocolo de constituição da Engenharia da Segurança e da Saúde. São caminhos que se vão fazendo e julgo que começa a haver condições para que isso, a curto prazo, esteja a funcionar. Mas, muitas pessoas, como os colegas de Angola, Guiné, Cabo Verde e Moçambique, gostariam que todo este processo fosse rápido. É mais lento do que gostaríamos mas isto tem o seu tempo e não vale a pena queimar etapas porque pode correr mal e ninguém ganha. Tem de ser feito passo a passo e sem posições de neo-colonialismo.

    Portanto, o objectivo final deste protocolo é…

    …a criação de um mercado livre de engenharia. Quer dizer, se a arquitectura se quiser juntar a este processo, se não tiver as posições sectárias que tem aqui, também estamos disponíveis para o abrir à arquitectura.

    Mas isso também será uma questão a envolver a homóloga angolana da Ordem dos Arquitectos…

    Claro! É necessário que se entenda que a arquitectura e a engenharia têm de andar de mãos dadas e que não vale a pena andar aqui nestas guerras de alecrim e manjerona, porque não ganha ninguém – perdemos todos. Mas isso tem a haver com as pessoas, com quem lidera a cada momento cada uma das organizações, também se relaciona com o conhecimento histórico de como a regulação da actividade profissional evoluiu em Portugal e na Europa e, portanto, tudo isso tem de ser compatibilizado.

    Como está a situação do reconhecimento de qualificações no campo dos engenheiros técnicos, em Angola?

    Angola segue muito a nossa legislação. Nós temos um instituto regulador da profissão, que é o IMPIC, e em Angola foi criado também um instituto regulador, e há alguma legislação que tem vindo a ser adaptada. Nós, até à Lei 40 tínhamos uma série de limitações que hoje não existem e, em Angola, isso reflecte-se também, porque, hoje, ser engenheiro ou ser engenheiro técnico é uma opção pessoal, porque podemos inscrever-nos numa ordem ou noutra. As competências são as mesmas. De um lado, uma pessoa pode demorar mais dois anos a obter um determinado patamar, mas não há nenhum limite.

    Há muitos engenheiros técnicos portugueses a trabalhar em Angola?

    Sim. O mercado angolano, neste momento, apesar de não ser o mercado de há três anos atrás – que era de euforia – é um mercado estabilizado. Há um paradigma em Angola, que é o do desenvolvimento, e o desenvolvimento faz-se com a engenharia e, curiosamente, a engenharia de que Angola está neste momento a precisar não é apenas civil, como foi há uns tempos. Muitas das outras engenharias estão em desenvolvimento em Angola e nós temos muitos membros nossos em Angola, uns residentes, estabilizados, outros no vai-e-vem dos projectos. Temos estado a ver a engenharia na óptica de civil e, quando se fala em engenharia, fala-se na construção civil. Hoje, se calhar, não é essa a parte mais importante. Temos as comunicações, a informática e a mecânica em franca expansão. Angola também tem outra particularidade que é a própria agricultura, que aqui está em declínio e lá está em grande expansão. Portanto, o número de engenheiros técnicos em Angola, neste momento, é maior nas outras áreas do que em civil, porque, em civil, há um certo compasso de espera. Por exemplo, na área da energia, o desenvolvimento é enorme e, mesmo em Portugal, acho que esta área e a das telecomunicações terão um grande foco nos próximos anos.

    Prevê um aumento da mobilidade de engenheiros portugueses e angolanos entre os dois países?

    Eu julgo que poderá haver um ou outro caso de engenheiros angolanos se deslocarem a Portugal. Depende também se estaremos disponíveis em Portugal para ter o seu contributo. Mas, em Angola, mesmo com um crescimento inferior ao dos últimos anos, temos toda a área de geologia e minas com um enorme crescimento, tal como toda a área da agricultura e toda a área de energia. Os projectos de electrificação em Angola são, neste momento, de uma enormidade que não temos aqui percepção. Chegando energia, chega desenvolvimento e tudo isso vai arrastar a actividade. Mas não podemos ter a atitude de chegar a Angola e dizer “vocês precisam disto”, porque não funciona assim. É preciso estudar planos de desenvolvimento, parcerias. Não deve ser uma situação em que os engenheiros e os engenheiros técnicos vão para Angola trabalhar, mas sim de os gabinetes de engenharia fazerem parcerias com os nossos colegas angolanos, dando músculo e criando verdadeiros pólos de desenvolvimento, a partir de empresas, parcerias, gabinetes de engenharia, de fiscalização, etc. Considero que os próximos anos em Angola vão ser anos de grandes oportunidades, mas não pode haver a perspectiva de que vamos lá ganhar dinheiro. Devemos contribuir para o desenvolvimento, fazendo parcerias com os nossos colegas, capacitando e criando sinergias. Depois, se não for possível, devido às nossas obrigações para com a União Europeia, termos uma completa circulação livre de todos os cidadãos, diria que, pelo menos, ao nível dos profissionais de um conjunto de profissionais, devia haver um passaporte profissional, como há o diplomático, que permitisse que não perdêssemos tempo a ter o visto. No âmbito da CPLP, devia ser criada uma plataforma para o desenvolvimento da engenharia e profissões afins – como médicos ou enfermeiros – que permitisse uma fácil transferência de conhecimento e isso faz-se através da facilidade de circulação. Os países estão disponíveis para isso, mas não podemos ter a visão de que vamos para lá ensinar. Também vamos para lá aprender e, portanto, podíamos aumentar o nível de desenvolvimento e de permuta de conhecimento, bem como de rendimentos. Há uma coisa que é indiscutível: o relacionamento pessoal entre os povos é determinante para o sucesso das organizações. Temos de dar passos significativos e não é tentar enganar os países da CPLP.

    Passos significativos em que aspecto?

    Por exemplo, o reconhecimento da importância dos profissionais desses países que possam colaborar aqui, connosco, a importância de disponibilizarmos informação que temos para esses países, sem haver uma moeda de troca. Nós temos material e informação. Disponibilizemo-la. Há muitas coisas que se perderão nos próximos anos se não as disponibilizarmos. Disponibilizemo-las já, a título gratuito, sendo certo que o retorno será feito depois. Era preciso algumas medidas simbólicas deste género para também incutir confiança. Se não houver confiança entre as sociedades não vale a pena. Por exemplo, a COBA, neste momento, é detida pelo capital angolano. Isso é uma parceria. Temos que assumir isso como orgulho e não dizer coisas como “que aborrecido, os angolanos agora mandam na COBA”, ou “que pena a Isabel dos Santos ter comprado a EFACEC”. Quando digo que devíamos ter empresas e projectos em Angola, devíamos orgulhar-nos de também os angolanos terem investidos em sectores em Portugal.

    As dificuldades económicas atravessadas por Angola devido à queda do preço do petróleo acabaram por ter um efeito positivo ao obrigarem o país a diversificar a sua economia?

    Eu digo, relativamente a Angola, aquilo que disse relativamente a Portugal e à “troika”: felizmente tivemos a “troika” e, se calhar, felizmente, houve a crise do petróleo, que obrigou os angolanos a acordarem. Penso que, neste momento, já começaram esse reajuste e, portanto, acho que, com tudo o que teve de mal a crise do petróleo, teve a enorme vantagem de obrigar a repensar o país e vê-lo de uma forma muito mais consistente para o futuro. Não uma coisa pontual, que vivia do petróleo, mas pensar o país em termos de auto-suficiência numa série de áreas e, seguramente, o país

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    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  

    As novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de RCD

    A construção do Heliporto, da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e da recuperação da cobertura do Pavilhão Feminino da mesma unidade de saúde contam com fiscalização da Prospectiva.

    As três novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a prestação de serviços inclui a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de resíduos de construção e demolição.

    Planta cobertura Pavilhão Feminino

    No caso concreto da substituição da cobertura do Pavilhão Feminino a obra incidirá, primeiramente, na demolição do telhado existente, passando-se, em seguida, para a construção da estrutura metálica do telhado, assim como a execução do novo telhado e colocação de caleiras e tubos de queda de águas pluviais.

    Planta implantação Heliporto

    Para a construção do Heliporto e das Escadas de Emergência, a empreitada passará pela construção de estruturas metálicas, a ampliação de núcleos de escadas e elevadores em betão armado, assim como as instalações hidráulicas, eléctricas e mecânicas, passando, depois para as infraestruturas aeronáuticas.

    Planta UCI Neurocriticos

    Já a construção da nova UCI para Neurocríticos, o processo envolve a fase de arquitectura, com as estruturas, instalações eléctricas, telecomunicações, instalações mecânicas e infraestruturas hidráulicas, assim como todas as valências necessárias para a segurança contra incêndios.

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    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais

    Os activos localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa contam com a comercialização, em co-exclusividade, da CBRE e da JLL

    As consultoras imobiliárias CBRE e JLL comercializam em regime de co exclusividade os dois activos industriais/logísticos do Grupo IPG localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa e que em conjunto totalizam 51 mil metros quadrados (m2).

    O activo em Vila Nova da Rainha/ Azambuja, com uma infraestrutura completa e pronta a usar, dispõe de uma área total de 36.289 m2, e cerca de 1.500 m2  de área bruta de construção existente,  contando ainda com sete mil m2 de telheiros. Este imóvel encontra-se estrategicamente localizado na zona prime da logística da Grande Lisboa.

    Já o activo de logística localizado na Trofa, sendo igualmente uma oportunidade de investimento altamente vantajosa na zona Norte, conta com uma área de 14.300 m2 de terreno e 3.250 m2 de área bruta de construção existente, e possui ainda um logradouro que permite uma possível conversão tanto numa área de estacionamento, como num espaço de armazenamento ao ar livre.

    A localização deste imóvel destaca-se, também, pela proximidade aos transportes públicos, bons acessos e proximidade às áreas industriais de Santo Tirso, Trofa e Maia.

    Para Nuno Torcato, director da Industrial e Logística na CBRE Portugal, a chegada destes dois activos ao mercado representa uma oportunidade de negócio “excepcional” para operadores logísticos na região Centro e Norte do País, “considerando a falta de produto disponível com tamanho considerável e excelente localização, bem como com características desta qualidade”.

    Também Mariana Rosa, head of Markets Advisory na JLL, destaca a “localização estratégica e características de qualidade” destes dois imóveis, considerando tratar-se de “uma oportunidade única para os operadores logísticos”.

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    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo e o engenheiro Fernando Santo. Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24

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    As cinco décadas de democracia vão estar em destaque, esta quarta-feira, dia 24 de Abril, na Ordem dos Arquitectos e que visa abordar a temática da habitação durante este período.

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo, e o engenheiro Fernando Santo. Foi também convidada a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Machado Santos (presença a confirmar).

    Este será a primeira de uma serie de iniciativas que a Ordem dos Arquitectura organizar com o objectivo de “pensar e mostrar como evoluiu a habitação em Portugal nas últimas cinco décadas e o que falta fazer”.

    Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24, celebrando em simultâneo os 25 anos da Ordem dos Arquitectos e os 50 do Portugal democrático.

     O programa Habitar Portugal 74/24 vai, durante os próximos meses, continuar a analisar as questões da habitação em Portugal, através de uma equipa de comissários, que coordenada pelo arquitecto César Lima Costa, seleccionará obras emblemáticas neste período, pela sua arquitectura e também pela relevância estratégica para o País.

    Prevê-se, também, uma exposição itinerante, que terminará em 2026 na Capital Mundial da Arquitectura, em Barcelona.

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    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€

    O desempenho do Pestana Hotel Group em 2023 acontece num contexto de investimento de 85 milhões de euros na renovação e aquisição de novos hotéis e na aposta em empreendimentos turísticos

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    O Pestana Hotel Group divulgou esta terça-feira os resultados financeiros de 2023. A receita do grupo atingiu os 557 milhões de euros, representando um aumento de 23% face ao ano anterior. O grupo apresentou ainda um EBITDA de 189 milhões de euros e registou um resultado líquido de 105 milhões de euros em 2023.

    O crescimento das receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representa 67% da receita total do grupo, mas também pela área imobiliária, que opera sob a marca Pestana Residences, e que conta com um peso de 16%. As outras actividades do grupo, incluindo golfe, Pestana Vacation Club e Empresa de Cervejas da Madeira, contribuíram com 17% da receita.

    Além do desempenho financeiro sólido que tem vindo a consolidar ao longo de décadas, o Pestana Hotel Group registou, em 2023, um nível de satisfação de clientes de 87,8%, reflectindo a qualidade do serviço e o compromisso do grupo com a experiência do cliente.

    De acordo com o CEO do Pestana Hotel Group, José Theotónio, “Os resultados de 2023 reflectem a forte aposta que temos vindo a fazer nas nossas pessoas, mas também na redução da pegada de carbono e na melhoria da eficiência energética assim como no elevado investimento na transformação digital. Estamos comprometidos em continuar a crescer de forma sustentável, melhorando continuamente as condições das nossas pessoas e a qualidade dos serviços, proporcionando experiências únicas aos nossos clientes”.

    Crescimento de 20% nas remunerações e encargos

    De destacar, em 2023, o investimento realizado nas pessoas, que reflecte a política do grupo em reconhecer e recompensar o empenho dos seus colaboradores, com um crescimento de 20% nas remunerações e encargos, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

    A política salarial do Pestana Hotel Group tem sido historicamente de reforço da remuneração e dos benefícios dos seus colaboradores, tendo-se registado em 2023 um aumento médio de 12% nas remunerações base. A participação nos resultados resultou ainda numa média de dois salários extra por colaborador, totalizando 7,5 milhões de euros.

    A importância da sustentabilidade no sector da hotelaria

    Com um investimento de 12 milhões de euros previsto até 2025, o grupo está empenhado em reduzir o impacto das suas operações no meio ambiente, e desenvolver uma estratégia integrada e assente em cinco pilares – energia, água, resíduos, fornecedores e mobilidade.

    Nesse âmbito, o Pestana Hotel Group tem vindo a implementar o projecto Carbono Zero com resultados muito positivos, reflectindo-se numa diminuição de 11% nas emissões de carbono nos últimos três anos.

    Até 2030, a meta do grupo é de redução de emissões de carbono em 37% face a 2019, objectivos ambiciosos que envolvem vários projectos, tais como a implementação de um sistema de monitorização dos consumos em todos as unidades Pestana, a instalação de painéis fotovoltaicos ou os projectos de circularidade da água, como a dessalinizadora localizada em Alvor e a utilização de águas residuais da ETAR da Boavista no Algarve para rega de campos de golfe.

    Renovação e novos projectos

    A renovação de hotéis ou a aquisição de empreendimentos representou, em 2023, um investimento do grupo de 85 milhões de euros. O Pestana Hotel Group renovou os hotéis Pestana Vila Lido Madeira e Pestana Blue Alvor Beach, e adquiriu o empreendimento turístico Vila Sol, em Vilamoura, no qual já detinha a gestão operacional do hotel e do respectivo campo de golfe. Em Lisboa, o grupo concluiu a construção e abriu a Pousada Alfama e o Pestana Rua Augusta. Para este valor de investimento contribuíram ainda vários projectos na área imobiliária nas regiões do Algarve, Costa Alentejana e Madeira.

    A sustentabilidade do negócio tem sido uma prioridade do grupo ao longo dos mais de 50 anos da sua História. Ao longo de 2023, tendo em conta a volatilidade das taxas de juro, o grupo optou por amortizar antecipadamente empréstimos com taxas variáveis, mantendo a estratégia de taxas fixas, com impacto muito positivo na sua posição financeira que resultou numa evolução favorável do rácio de Dívida Líquida/EBITDA, actualmente com um valor inferior a 1, contribuindo assim para a solidez financeira do Pestana Hotel Group.

    Resultados que permitiram, já no início de 2024, prosseguir com a expansão do Pestana Hotel Group, fortalecendo a presença do grupo nos Estados Unidos, com a aquisição do Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e prosseguir com o desenvolvimento dos projectos em curso, nomeadamente a construção do eco-resort Pestana Dunas, em Porto Santo e do Pestana CR7 Paris.

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    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, que deverá estar concluído no início de 2025. Até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três empreendimentos

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    O condomínio ‘The Nine’, localizado em Vilamoura, abre portas ao andar modelo, numa altura em que a comercialização atinge os 50%. Nuno Banha, director da Vilamoura Properties, explica que “O The Nine junta-se ao Natura Village, vendido em quase 50%, e ao Vilamoura Parque, que neste momento tem apenas cinco unidades para venda. Estes projectos são muito diferentes entre si, em termos de localizações, tipologias, dimensões e preços, mas todos reflectem a qualidade da oferta de habitação que existe em Vilamoura, seja para viver, passar férias ou investir”.

    Promovido pela Norfin, sociedade gestora da Vilamoura Lusotur, o empreendimento foi projectado a pensar no “máximo aproveitamento solar”, todas as salas são viradas a Sul e prolongam-se para o exterior em jardins, varandas e rooftops privados, com áreas amplas, entre os 19 metros quadrados (m2) e os 166 m2.

    Próximo do campo de golfe, da praia e da marina e a apenas quatro minutos de distância do centro, o ‘The Nine’ conta com 48 apartamentos, dos quais 39 são T2 e nove T3. Os quartos são maioritariamente em suite, com roupeiros e closets generosos e o condomínio oferece, ainda, duas piscinas e uma zona lounge exclusiva, além de estacionamento subterrâneo privado, com postos para carregamento de veículos eléctricos.

    “Neste condomínio, cada detalhe foi cuidadosamente concebido para elevar a experiência dos ocupantes. Trata-se da fusão perfeita entre design contemporâneo e funcionalidade, oferecendo um estilo de vida dinâmico e espaços meticulosamente planeados para maximizar o conforto e a conveniência”, considera Henrique Rodrigues da Silva, COO da Norfin SGOIC.

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, sendo que até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três. Ainda em fase de construção, o projecto deverá estar concluído nos primeiros meses de 2025.

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    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024

    Um dos maiores eventos de Management e Marketing da Europa reunirá mais de 3.500 quadros médios e superiores para refletir sobre o Futuro das Organizações

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    De 2 a 4 de julho de 2024, o QSP SUMMIT está de volta sob o mote ‘Rethinking Organizations’. Com foco nas organizações e no futuro do trabalho, mais do que nunca, é tempo das organizações refletirem sobre inovação, adaptação e transformação.

    Mediante um leque abrangente de tópicos a serem explorados em torno da temática principal ‘Rethinking Organizations’, desde a importância crescente da agilidade, liderança, gestão de talento e cultura organizacional, até a questões de inovação, o impacto da IA no mundo do trabalho e as grandes tendências do futuro em certas áreas de negócio. Serão ainda alvo de debate alguns tópicos essenciais, entre eles: a importância da estratégia e da data, as tecnologias de integração de equipas, o reskilling e upskilling das equipas, o bem-estar organizacional, e outras matérias de interesse.

    Entre as primeiras novidades está Linda Hill, professora da Harvard Business School e etnógrafa americana com uma carreira distinta, especialista em desenvolvimento de liderança e inovação, mas mais nomes como Costas Markides – Professor de de Estratégia e Empreendedorismo, o especialista em tendências Rohit Bhargava, a data expert Christina Stathopoulos, entre outros, já foram anunciados. No total, o evento contará com aproximadamente 98 gurus, especialistas e profissionais das mais diversas áreas.

    O QSP SUMMIT conta também com uma área de exposição com mais de 130 marcas envolvidas e apresenta novos palcos este ano, adicionando mais sessões e novas áreas de partilha de conhecimento.

    Para mais informações ou aquisições de passes, pode consultar o website oficial do evento, em www.qspsummit.pt.

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    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”

    Do inquérito realizado aos profissionais destaca-se a exigência de 1300 euros de salário de entrada, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, melhor retribuição às horas-extra e ao estabelecimento de carreiras, com propostas distintas para projectistas e para técnicos especializados

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    Com o objectivo de “discutir e aprovar as primeiras tabelas salariais” para a arquitectura, o sindicato do sector convoca os profissionais para uma assembleia geral a realizar no dia 1 de Maio na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) no Porto.

    Para a concretização e aplicação deste seu caderno reivindicativo, o SINTARQ lançou duas iniciativas. Desde Junho de 2023, uma campanha de entrada em empresas para contactar trabalhadores e criar as primeiras estruturas sindicais nesses locais de trabalho. E no final do ano passado, um inquérito que permitiu aferir as expectativas profissionais de quem trabalha em arquitectura e confirmar, uma vez mais, o retrato de precariedade e indignidade transversal no sector, cujos resultados definitivos serão divulgados em breve.

    Da campanha de entrada em empresas, resultou a criação de doze estruturas sindicais em locais de trabalho, algumas das quais com processos reivindicativos em curso. A expectativa é a de que a aprovação do Caderno Reivindicativo agora em Maio sirva de sustentação a esses processos e ao surgimento dos primeiros Acordos de Empresa em Arquitectura.

    Do Inquérito às expectativas profissionais destacamos a ampla adesão dos trabalhadores inquiridos à exigência de 1300 euros de salário de entrada, à redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a horas-extra com melhor retribuição e maiores restrições, e ao estabelecimento de carreiras como instrumento central à elevação dos salários e ao combate à discriminação e ao assédio.

    A título de exemplo, 94% dos inquiridos defende uma carga horária semanal até 35 horas; a expectativa salarial mediana de um trabalhador com cinco a dez anos de experiência é de 1800 euros e 80% dos inquiridos declara fazer horas extra, metade dos quais sem receber qualquer compensação por isso. Segundo dados preliminares deste Inquérito, um trabalhador em arquitectura vê-se espoliado, no mínimo, em 500 a 800 euros por ano em horas extra não compensadas.

    O Caderno Reivindicativo que será submetido à discussão propõe duas tabelas salariais: uma para projectistas e outra para técnicos especializados, dividindo-se em carreiras profissionais de assistente, júnior e sénior. A progressão atende aos anos de experiência ou às funções efectivamente desempenhadas, independentemente da antiguidade. Estarão também em discussão os critérios que determinam essa progressão e que servirão para contrariar a transversal estagnação de carreiras.

    Além dos salários, carreiras e horário laboral, propõem-se reivindicações-base noutros vectores tais como: direitos na parentalidade, regulação do teletrabalho, dias de férias, garantias de segurança e saúde no trabalho e formação profissional certificada.

    É o culminar de um processo com cerca de um ano e que contou com dez reuniões abertas de discussão realizadas em Braga, Coimbra, Porto, Lisboa e Setúbal, e que agora se encerra neste último Plenário Nacional no Porto.

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    FEP traz a Portugal economista David D. Friedman

    Um dos mais “reconhecidos” economistas do mundo, David D. Friedman, apresenta a palestra “Market Failures: An argument for or against government?” no dia 29 de Abril

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    A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), em parceria com a FEP Economics Society e a Students for Liberty Portugal, vai realizar no próximo dia 29 de Abril, uma palestra com um dos mais “reconhecidos” economistas do mundo, David D. Friedman.

    Analisando o tema “Market Failures: An argument for or against government?”, David D. Friedman irá abordar os “argumentos comuns” sobre falhas de mercado, incluindo a teoria de “bens públicos”, aplicando a mesma lógica às acções e incentivos do Governo, vistos, geralmente, como a solução para estes desafios do mercado livre.

    Friedman é um dos “maiores nomes” da escola de economia de Chicago e é autor de inúmeros livros de economia e de direito. No seu livro mais famoso – “The Machinery of Freedom” – defende o sistema capitalista, apresentando a visão de como as funções que um Estado desempenha na sociedade conseguem ser desempenhadas voluntariamente pelo mercado livre, incluindo o sistema legal.

    A iniciativa faz parte do Programa de Seminários da FEP.

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    Imobiliário

    António Fragateiro assume direcção de Real Estate para Portugal do Numa Group

    A nomeação surge no âmbito da estratégia de expansão ibérica do que pretende aumentar a sua presença no país, nomeadamente em Lisboa, Porto e Funchal

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    O NUMA Group, operador europeu de uma plataforma de hotelaria totalmente digitalizada, anunciou a nomeação de António Fragateiro para a sua equipa de imobiliário. Enquanto director de Real Estate para Portugal, Fragateiro irá reforçar a presença do Grupo em Portugal e liderar a expansão do NUMA no país.

    Aliando os benefícios dos hotéis tradicionais com a conveniência e a flexibilidade dos alugueres de curta duração, como o Airbnb e o Abritel, o NUMA Group disponibiliza quartos, estúdios e apartamentos com serviços concebidos de forma revolucionária para o viajante moderno. Tirando partido das suas soluções tecnológicas inovadoras, o NUMA proporciona uma experiência de excelência aos seus hóspedes. Os alojamentos boutique do NUMA são, também, ideais para estadias prolongadas e trabalho remoto, através da disponibilização de WiFi super-rápido.

    Sediado no Porto, António Fragateiro será responsável por dinamizar o crescimento do NUMA em Portugal, país que recebeu mais de 30 milhões de visitantes só em 2023. Fragateiro tem formação em administração de empresas, finanças e vendas, bem como um vasto conhecimento do sector de turismo português. Antes de se juntar ao NUMA, António Fragateiro assumiu o cargo de director global de vendas do GuestReady Group, no qual liderou os esforços da empresa de gestão de curto prazo de propriedades na Europa e no Médio Oriente.

    Fragateiro ficará responsável por impulsionar o crescimento do NUMA no mercado português. Em Lisboa, o primeiro hotel do NUMA, o NUMA Voga será inaugurado este Verão. A propriedade, que anteriormente dava lugar à sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) representará, agora, um novo e icónico hotel na cidade. A segunda e futura localização do NUMA em Lisboa será em Alcântara, na rua dos Lusíadas, com abertura prevista para o segundo semestre de 2025.

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    Habitação: Mais de 200 ideias integram nova versão da Carta Municipal

    Com este documento, a prioridade da CML para os próximos 10 anos é “garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”. Relatório da consulta pública será submetida, em conjunto com a nova versão da Carta Municipal, à apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal

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    “A nossa prioridade para os próximos 10 anos é garantir que a propriedade pública esteja toda a uso ao serviço do aumento da oferta de habitação acessível”. Foi desta forma que Filipa Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa (CML) resume a última versão da Carta Municipal de Habitação, cujos resultados da última consulta pública foram apresentados no Conselho Municipal de Habitação de Lisboa.

    Medidas de discriminação positiva nos programas de renda acessível para residentes de longo prazo em freguesias fortemente afectadas pela pressão habitacional, a par de concursos abertos a todos foram algumas das mais de 200 ideias apresentadas durante o período de consulta pública da Carta Municipal de Habitação de Lisboa, que decorreu entre 7 de Novembro de 2023 e 2 de Fevereiro de 2024.

    “Iremos propor programas de renda acessível em que 50% das casas em concurso sejam destinadas exclusivamente a quem vive ou trabalha em Lisboa e as restantes destinadas a todos os candidatos”, avançou Filipa Roseta, naquela que foi a sétima reunião do Conselho.

    Nas cinco freguesias do centro histórico, que sofrem maior pressão habitacional, “a percentagem aumenta para 75% para quem aí vive ou trabalha”, propôs Filipa Roseta, sublinhando que esta resposta se destina a dar solução a muitos que se veem obrigados a abandonar a cidade e aos profissionais deslocados de profissões essenciais, como os enfermeiros, professores e polícias, que, por falta de habitação acessível, são forçados a recusar propostas de trabalho em Lisboa.

    Ao longo do período de consulta pública foram recebidas 73 participações individuais e 15 participações de entidades, entre as quais quatro juntas de freguesia e uma cooperativa. Destas participações resultaram mais de duzentas ideias para a Carta Municipal de Habitação, com maior destaque para os temas do alojamento local, arrendamento acessível, população idosa e cooperativas.

    Relativamente às regras do alojamento local, que deverão ser definidas em regulamento próprio após a aprovação da Carta, foi debatido o rácio médio de 5% como tecto para o AL na cidade, considerando-se que o mesmo não salvaguarda os equilíbrios entre freguesias.

    No âmbito urbanístico, foi acolhida a proposta para incorporar a delimitação de mais instrumentos de gestão territorial nos mapas da Carta, como por exemplo a representação de Unidades de Execução, Planos Urbanísticos e Área de Reabilitação Urbana.

    Mereceram, ainda, maior atenção por parte dos participantes a reabilitação de habitações municipais vagas, a construção de edifícios de habitação em terrenos municipais, a reabilitação, reconstrução e reconversão de edifícios municipais para uso habitacional e a reabilitação de edifícios degradados em bairros municipais.

    Concluído o relatório da consulta pública, o mesmo será submetido à apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal de Lisboa em conjunto com a nova versão da Carta Municipal de Habitação resultante da inclusão das propostas acolhidas.

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