Paulo Silva: “Procura está confusa”
“Já verificámos que muitos dos projectos que vão acontecer no mercado já estão previamente colocados e não é raro que, quando alguém procura instalar-se em 5 mil ou 10 mil metros quadrados, o mesmo edifício lhe seja oferecido por três, quatro ou cinco entidades diferentes, com diferentes propósitos”
Pedro Cristino
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O director-geral da Aguirre Newman Portugal afirmou que oferta do mesmo projecto imobiliário aos inquilinos por parte de várias entidades está a gerar confusão no mercado de escritórios.
“A procura está confusa”, afirmou Paulo Silva durante a apresentação do “Estudo de Migração de Empresas”. “Já verificámos que muitos dos projectos que vão acontecer no mercado já estão previamente colocados e não é raro que, quando alguém procura instalar-se em 5 mil ou 10 mil metros quadrados, o mesmo edifício lhe seja oferecido por três, quatro ou cinco entidades diferentes, com diferentes propósitos”, explicou.
De acordo com o líder da consultora imobiliária em Portugal, esta situação “gera uma confusão tremenda nos inquilinos”, que são abordados por investidores diferentes, cada um com a sua proposta de renda.
Para Paulo Silva, “o que se passa é que estas entidades vêem o mesmo projecto por diferentes meios, com diferentes valores, porque estão todas na expectativa de ter alguém ancorado, para comprar e fazer a operação”.
Perante esta situação, “temos investidores em “standby”, à espera que os arrendatários dêem um passo para poderem comprar o projecto, e temos os arrendatários em “standby” à espera que o projecto que lhes é apresentado seja uma realidade e não esteja apenas no plano das intenções”, explica o director-geral, salientando que “isto está a gerar um impasse de mercado”.
“Não estamos a falar de um activo que está na posse de alguém que não promove, mas que já está em fase de contratação por alguém que vai promover”, esclareceu Paulo Silva, frisando que esta situação está a acontecer tanto em Lisboa como no Porto. “Temos alguns dos grandes utilizadores de espaço na cidade de Lisboa, que estão a considerar ir para o Porto – onde também há falta de edifícios de escritórios e, não raras vezes, anda tudo a mostrar os mesmos edifícios, com diferentes investidores por detrás”, concluiu o CEO da Aguirre Newman Portugal.