Marketbeat 2018: Volume de transacções pode chegar aos 3,5 M€
De acordo com o Marketbeat Portugal 2018, o volume de investimento nos meses de Janeiro e Fevereiro já contabilizado em 800 milhões de euros
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A 10 meses do final do ano, a consultora Cushman & Wakefield aponta que 2018 deverá fechar com um volume de transacções que poderá variar entre os três e os 3,5 milhões de euros.
Os dados, divulgados agora no Marketbeat Portugal de 2018, lançados anualmente pela consultora, destacam o sector do retalho, assim como o dos escritórios, como aqueles que deverão captar maior parcela de investimento em 2018. Os portefólios de uso misto e hotéis registarão igualmente elevado interesse.
A actividade de investimento manteve-se extremamente dinâmica ao longo de 2017, tendo sido atingido um novo recorde em termos de volume, cerca de €2,1 mil milhões de investimento, distribuídos por mais de 60 operações. Em 2018 a forte actividade vai continuar a registar-se, estando o volume de investimento nos meses de Janeiro e Fevereiro já contabilizado em 800 milhões de euros. Este valor corresponde na sua quase totalidade a negócios de retalho nos quais se incluem: a compra por parte da Immochan do portfolio de centros comerciais da Blackstone (Forum Sintra, Sintra Retail Park e Forum Montijo) e a aposta da AXA Real Estate no maior centro comercial do país, Dolce Vita Tejo.
Segundo Marketbeat Portugal 2018, para os próximos anos perspectiva-se um novo arranque na actividade de promoção, com os projectos de escritórios previstos para os próximos três anos na Grande Lisboa a totalizarem 100 mil m2. Contabilizando projectos em fases mais prematuras bem como intenções de remodelações de espaços desadequados dos requisitos da procura actual, o valor da nova oferta para os próximos três anos quase que triplica.
O sector de retalho manteve em 2017 o forte crescimento que vinha a registar-se desde 2015. De acordo com a amostra reunida pela Cushman & Wakefield, o sector do retalho vai manter a trajectoria positiva que tem registado desde 2015. Os centros comerciais foram responsáveis pelo maior número de aberturas, mas o dinamismo do comércio de rua, que surgiu há poucos anos como um sector renascido, é confirmado pelos dados da procura: ao longo do último ano ocorreram 300 novas aberturas no formato de rua.
2017 foi também um ano excelente para o sector turístico em Portugal, tendo-se mantido a evolução positiva que se regista desde 2014. Os proveitos de hotelaria cifraram-se nos 3,39 mil milhões de euros, traduzindo um impressionante aumento de 16,6%. O bom comportamento do sector turístico resultou numa aposta do sector no alargamento da oferta. Até 2019 perspetiva-se a abertura de cerca de 115 unidades hoteleiras com mais de 9.500 novos quartos.
O mercado residencial em Portugal continua a demonstrar a forte actividade que se tem vindo a registar desde 2013. O aumento dos volumes transaccionados e dos valores praticados manteve-se ao longo de 2017, alimentado em parte por compradores estrangeiros. Também ao longo do ano passado, foi notório o interesse de vários promotores no desenvolvimento de projectos residenciais de gama média, mercado que deverá registar um crescimento durante 2018.
O mercado imobiliário Industrial em Portugal não tem reflectido até à data a forte actividade ao nível empresarial, mas os dados de procura relativos a 2017 apontam para uma possível viragem do ciclo, com um aumento do volume de espaços transaccionados. No ano passado foram identificados na Grande Lisboa 28 negócios que envolveram 115.000 m2 de área contratada.