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    Especial Janelas, Portas e Caixilharia: “Etiquetagem a ganhar peso”

    “Mais do que nunca, a eficiência energética assume-se como um factor diferenciador, profundamente valorizado pelo consumidor final”. Quem o garante é o presidente da CPCI, antecipando, de algum modo, a auscultação ao mercado por parte do CONSTRUIR. Os empresários sublinham a importância crescente da Etiquetagem energética e a maior exigência (informada) por parte do consumidor final. Mas há muitos mais desafios para os quais as empresas estão atentas

    Ricardo Batista
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    Especial Janelas, Portas e Caixilharia: “Etiquetagem a ganhar peso”

    “Mais do que nunca, a eficiência energética assume-se como um factor diferenciador, profundamente valorizado pelo consumidor final”. Quem o garante é o presidente da CPCI, antecipando, de algum modo, a auscultação ao mercado por parte do CONSTRUIR. Os empresários sublinham a importância crescente da Etiquetagem energética e a maior exigência (informada) por parte do consumidor final. Mas há muitos mais desafios para os quais as empresas estão atentas

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    “Nos dias de hoje, a discussão está centrada na sustentabilidade e na eficiência energética. Está em causa o conforto das populações e uma gestão inteligente dos recursos naturais.
    Estes são aspectos que terão de estar sempre presentes, quando abordamos de uma forma integrada a construção e a Reabilitação Urbana.” Quem o garante é Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário que, por ocasião do IV Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas, promovido pela ANFAJE, sublinha que “o imobiliário está a viver uma conjuntura favorável, alicerçada no investimento estrangeiro, nas baixas taxas de juro e na pouca atractividade dos produtos financeiros oferecidos pela Banca”. “Mais do que nunca, a eficiência energética assume-se como um factor diferenciador, profundamente valorizado pelo consumidor final”, assegura o também presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas.

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    Momento optimista
    Mas, em rigor, de que modo é que estes conceitos estão a ser geridos pelas empresas que actuam neste segmento específico de mercado? No entender de Cátia Nunes, “o mercado está a viver um momento optimista e expansivo, que os indicadores nos levam a crer que se prolongará pelo menos até 2020”. De acordo com a responsável de Marketing e Comunicação da Reynaers Aluminium Portugal, além da maior disponibilidade financeira, deve-se em grande parte “aos incentivos em vigor, que visam a requalificação energética dos edifícios, por via da renovação de materiais hipoteticamente responsáveis pelo bom desempenho térmico dos edifícios, como os sistemas em alumínio”. Para Cátia Nunes, é fundamental este clima positivo para “sensibilizar e democratizar a etiquetagem”. Segundo a responsável de Marketing da Reynaers, “é necessário esclarecer o instalador, do mais pequeno ao de maior dimensão, sobre a importância de aconselhar o cliente a escolher um sistema com corte da ponte térmica, entre outros factores que contribuem para um desempenho energético que satisfaça (ou supere) os padrões de conforto e energéticos da actualidade”. Depois, diz, Cátia Nunes, “é necessário sensibilizá-lo para a correcta instalação dos sistemas. E por último, é necessário que a etiquetagem seja um processo fácil e sem custos, e demonstrar-lhe as suas vantagens para o negócio. Por exemplo, que ele pode vender mais, se com a etiqueta provar que vende melhor”. A pensar nestas questões, Cátia Nunes sublinha que a Reynars é pioneira “na adesão ao sistema de etiquetagem Classe+ em Portugal, entre outras certificações de sustentabilidade, ambientais e de conformidade dos nossos sistemas”. “A nível digital, dispomos de várias plataformas que informam os nossos diferentes públicos acerca da performance dos nossos sistemas, contribuindo desta forma para a informação do mercado e de escolhas informadas, energeticamente conscientes”, acrescenta.

    Recuperação de mercado
    Já segundo José Santos, “a recuperação do mercado é evidente. Portugal para além de impulsionar a reabilitação urbana está a voltar à realização de novos projectos e isso reflecte-se em todos os intervenientes envolvidos no mercado da construção”. O responsável comercial da Cortizo Portugal considera que “o mercado da construção sustentável ou com consumo quase nulo exige soluções de caixilharia com coeficientes de transmissão térmica muito baixos. Para o efeito, cada vez mais há uma aposta em janelas com perfis de maior profundidade, incorporando espumas isolantes no interior dos perfis”. José Santos assegura, igualmente, “que se está a trabalhar em novos materiais para a rotura térmica que permitam reduzir a transmissão térmica recorrendo a uma menor largura de rotura”. No entender do responsável comercial da Cortizo em Portugal, “no caso dos sistemas de PVC, a inclusão de um maior número de câmaras nos perfis, ou das referidas espumas, permitem melhorar ainda mais as suas excelentes prestações. É o que temos aplicado, por exemplo, na série A84 Passivhaus, que lançamos há uns meses. Um sistema batente de PVC com 84 mm de profundidade e com perfis de 6 câmaras interiores, com espumas isolantes inseridas tanto no aro como na folha, que permitem alcançar um valor de transmissão térmica desde apenas 0,66 W/m²K”. Questionado sobre as novidades que a companhia está a promover no mercado nacional, José Santos revela ao CONSTRUIR que “o mercado exige sistemas de elevadas prestações térmicas e acústicas, no âmbito da construção sustentável, e exige ainda que estas soluções de alumínio e PVC se apresentem em consonância com a arquitectura actual, com tendência para linhas minimalistas”. Nesse sentido, diz, “na CORTIZO lançámos este ano a janela de PVC A84 Passivhaus HI, certificada para climas frios e temperados pelo prestigiado instituto Passivhaus como a que dispõe de melhores prestações térmicas do mercado”. José Santos revela ainda que “brevemente, teremos também a A84 Passivhaus 1.0 para climas quentes e temperados. Por outro lado, em alumínio, em consonância com estas linhas minimalistas, acabamos de lançar o sistema batente COR 80 FOLHA OCULTA”. “Trata-se”, segundo aquele responsável, “de uma janela com uma transmissão térmica desde 0,8 W/m²K, na qual a folha se encontra oculta pelo aro fixo e na qual se pode incorporar o puxador ARCH INVISIBLE, instalado no tubular do perfil, imperceptível na vista frontal. Uma solução inexistente até ao momento no mercado. Para além disto, o nosso departamento de I+D+i continua a desenvolver novas soluções de janelas, portas, fachadas, etc, adaptadas às realidades construtivas de todos os mercados em que nos encontramos envolvidos”.

    Novo paradigma
    Elena Adán, responsável de Marketing da Kömmerling, revela ao CONSTRUIR que a estratégia passa, em grande medida, pela Construção. “O nosso objectivo é ambicioso, uma vez que nos propomos a ser parte activa da alteração de paradigma na Construção, iniciado em 2016 e que prolongamos em 2017”. “O tempo tem demonstrado a necessidade de uma mudança e este é o momento para os profissionais da construção se envolvam num novo modelo onde a sustentabilidade se converta numa aspiração real em todas as fases de um projecto de obra”. Adán explica que a Kömmerling lançou um desafio aos arquitectos: a possibilidade de desenharem um Edifício de Consumo Nulo de Energia com um custo economicamente viável. “O novo Edificio Zero da Kömmerling será o resultado destes esforços e hoje, mais de 100 gabinetes de arquitectura responderam ao nosso desafio”, adianta Elena Adán, acrescentando que em breve haverá novidades. Sobre as novidades mais concretas, a responsável de Marketing da Kömmerling explica que “o nosso objectivo não é inovar no papel mas sim que esta inovação passe, de uma maneira real, para o mercado e, inclusivamente, para os espaços, com soluções sustentáveis em todas as fases do processo, desde a fase de fabrico padronizada e optimizada, até à distribuição e colocação em obra.
    Tendo esta premissa como base, Elena Adán explica que a Kömmerling tem apostado, nos últimos dois anos, no novo sistema Kömmerling76, com junta central que veio marcar, segundo a responsável de Marketing da companhia, “um antes e um depois nas soluções em PVC”. Este sistema, diz, “é revolucionário graças aos novos sistemas que se adaptam à carteira de produtos, nomeadamente ao AluClip Zero, 76MD Zero e PremiDoor76. Desde logo, a multinacional promove as vantagens do sistema Kömmerling76, uma solução que na sua versão padrão consegue valores de transmissão térmica das janelas desde 0,79 W/m2K, com uma transmissão térmica dos perfis do caixilho 1,00 W/m2K, tudo num sistema visualmente ligeiro. Em comunicado, a empresa revela que conta com dois sistemas ideais para dar resposta a projectos passivhaus e a edifícios com necessidades quase nulas de energia, tanto ao nível da reabilitação como construção nova. A juntar a isso, a empresa promoveu o sistema 76MD Zero, solução que conta com um desenho estilizado em que a folha permanece oculta à vista, conseguindo, de acordo com a Kömmerling, “uma elegante estética de folha oculta, optimizada em custos e mantendo todas as prestações técnicas do sistema Kömmerling76. A juntar a isso, o sistema AluClip Zero, sistema de carpintaria mista para janelas e portas com o qual se procura conciliar a estética do alumínio com as prestações do PVC. Este sistema de 76mm e junta central tripla combina as prestações técnicas do sistema Kömmerling76 com o acabamento metálico.

    Instalação é crucial
    “A etiquetagem energética veio para ficar. Trata-se de um sistema com o qual o cliente final já está familiarizado quando adquire outro tipo de produtos (lâmpadas, electrodomésticos, …) e serve para facilmente comparar várias opções disponíveis no mercado e decidir de forma consciente e informada qual a solução que lhe oferece a melhor relação eficiência/preço”. A garantia é deixada ao CONSTRUIR por Rui Salgueiro Alves, Industry Business Unit Manager da Soudal, para quem “as empresas estão progressivamente a adaptar-se, havendo inclusivamente algumas já a posicionar-se bem acima daquilo que o mercado actualmente exige em termos de etiquetagem energética – por exemplo as empresas aderentes ao programa ‘Class+’”. Para Salgueiro Alves “este posicionamento acaba por exercer um efeito positivo de contágio junto das outras empresas que demorariam mais tempo a reagir e a adaptar-se, puxando a qualidade e a eficiência energética das janelas para padrões mais elevados”. O Industry Business Unit Manager da Soudal explica, no entanto, que “a correcta instalação é crucial para garantir a qualidade do trabalho final. Constatamos que o mercado das janelas evoluiu tremendamente nos últimos anos, mas ainda se instalam janelas como há 20 anos atrás”. Rui Salgueiro Alves diz ao CONSTRUIR que “é necessária uma mudança de mentalidades quer junto dos instaladores, quer do cliente final, ou mesmo dos prescritores”, acrescentado que “é necessária uma maior exigência e informação sobre os novos produtos, novos sistemas e técnicas de instalação mais fáceis e mais eficientes”. “As novas técnicas de instalação incorporam produtos e sistemas que acompanham e aumentam o valor acrescentado que uma janela eficiente traz consigo”, diz aquele responsável, para quem “o cliente que está disposto a pagar por uma janela eficiente deve exigir que a sua instalação seja também feita de forma eficiente”. A empresa está a apostar fortemente em soluções integradas, querendo estar presente em todas as fases da cadeia de valor: na indústria do vidro duplo com soluções completas ao nível do seu fabrico; em conjunto com os detentores dos sistemas de alumínio, PVC e madeira de forma a melhorar o desempenho energético dos seus produtos; com os fabricantes de janelas desenvolve soluções que permitem melhorar os seus produtos do ponto de vista energético, acústico e de reforço estrutural; para os instaladores das janelas, apresenta o mais completo conjunto de soluções para garantir a correcta instalação da janela e o seu melhor desempenho do ponto de vista de isolamento térmico, acústico e estanquidade à água e ao ar – o “Soudal Window System”. Este sistema aborda a janela propriamente dita e a sua área envolvente como um todo, apresentando a melhor solução para cada tipo de janela e instalação. Segundo adianta Rui Salgueiro Alves, fada a especificidade do mercado português, a Soudal desenvolveu e adaptou 3 tipos de sistemas de instalação: “Basic”, “Plus+” e “Premium” e está a divulgar massivamente junto dos clientes finais e dos decisores/prescritores a melhor forma de se informarem com os seus fornecedores de janelas sobre os benefícios de instalar correctamente janelas eficientes. “Ao promover as suas soluções junto dos clientes finais, a Soudal garante que estes poderão assim escolher de modo informado e consciente o sistema que mais lhe convém e simultaneamente aferir sobre quem são os instaladores melhor preparados para o instalar”, conclui.

    Segundo adianta ao CONSTRUIR o gerente da Rotofer, “o sector está a sofrer uma forte revolução tecnológica com uma forte aposta dos empresários, apoiados por políticas públicas e programas de apoio como é o caso do IFFRU 2020 e o Casa Eficiente 2020 que têm um impacto positivo nas empresas do sector, conduzindo a um maior rigor, profissionalismo e competência que só beneficiam o resultado final do produto acabado e consequente oferta das soluções ao cliente”. De acordo com Eduardo Cacho, “as empresas estão cada vez mais informadas e preocupadas com a etiquetagem energética, esta informação / preocupação levou a que as empresas do sector alterassem a mentalidade e o modus operandi na fabricação dos caixilhos, resultando numa melhoria bastante significativa do produto acabado”. Para aquele responsável, “a etiqueta energética sendo uma ferramenta de apoio muito importante na tomada de decisão do consumidor, ajuda na escolha dos produtos energeticamente mais eficientes, permite a caracterização do desempenho energético e da comparação entre produtos”.
    Eduardo Cacho explica que a Rotofer “aposta muito na divulgação de sistemas vanguardistas que visam uma melhoria significativa do produto acabado que é a caixilharia”. Entre os produtos diferenciadores, Cacho destaca dois Sistemas: Roto Patio INOWA e Roto Tilt First. No que respeita ao Roto Tilt First, trata-se de um sistema de ferragem com puxadores de Segurança em Janelas de PVC que inclui, no entender do gerente da Rotofer, “bom isolamento acústico, sistema de ferragem ROTO, permitindo uma abertura em segurança, chamada de abertura lógica, no fundo uma solução iIdeal para quem tem crianças em casa, e também para edifícios públicos (hospitais e escolas), onde é exigida segurança acrescida”. “Com este sistema, poderá desfrutar da sua casa ou estabelecimento sem ter que se preocupar se alguém irá abrir as janelas, evitando assim graves acidentes”, acrescenta.

    Valor acrescentado
    Giorgio Grillo, director geral da Deceuninck España, explica ao CONSTRUIR que “a etiquetagem energética é um certificado de garantia e de qualidade que vem acrescentar valor aos nossos produtos e serviços, promovendo e defendendo a produção nacional de janelas onde a eficiência energética é um fator relevante e distintivo”. No entender daquele responsável, “a regulamentação relativa à eficiência energética traduz-se numa informação ao consumidor que permite comparar o desempenho de produtos, informar sobre a qualidade, o conforto térmico, o nível de atenuação acústica, o nível de permeabilidade ao ar e as características do vidro, reduzir a fatura energética sem prejuízo do seu conforto e incluir a informação técnica de cada janela no certificado energético da casa ou do edifício”. A Deceuninck aposta em novos sistemas de perfis para janelas e portas de alta eficiência térmica. A ThermoFibra, união do PVC com fibra de vidro contínua, permite atingir valores de transmissão térmica (Uf) abaixo de 1,0 w/m2.K de modo que, de série, as janelas fabricadas com estes perfis cumprem os requisitos dos Edifícios de Consumo Quase Nulo (ECCN) e PassivHaus (PH). Além disso, a ThermoFibra permite aligeirar o peso dos perfis em 40%, de forma a que a utilização de vidros triplos não afecte o bom funcionamento das dobradiças das janelas. A ThermoFibra permite revolucionar as secções dos perfis, tornando-as mais estreitas. Por exemplo, o sistema deslizante Islid#neo apresenta uma secção central de apenas 35mm, 60% menor que os sistemas convencionais em soluções de PVC.
    Entre os novos sistemas de janelas e portas, a Zendow#neo Premium e Legend estão certificados como componentes PassivHaus e 100% recicláveis. A isto, acresce a oferta de uma ampla gama de cores lacadas, metalizadas, texturadas, em acabamentos de madeira e lisos, para além da gama RAL.

    Apoio aos fabricantes
    Ao CONSTRUIR, Manuel Morales enaltece o “bom trabalho que a ADENE e a ANFAJE estão a fazer na difusão da nova etiqueta energética Classe +, que está a ter efeito no consumidor final, mas ainda há muito trabalho por ser feito nos próprios fabricantes de janelas”. Sobre os desafios que se colocam às empresas que actuam neste mercado, o gerente da Salamander em Espanha e Portugal, explica que “tão importante quanto a fabricação de uma janela, é a sua instalação no local. Para que a janela possa oferecer ao cliente final todas as suas prestações, é necessário um conhecimento específico na sua colocação. Sabemos que uma instalação óptima é um aspecto a melhorar para o qual estamos a realizar cursos de formação aos nossos clientes”. A companhia, que está apostada no crescimento no mercado português, promove fortemente o sistema bluEvolution 82 MD, certificado pelo Instituto Passivhaus como o único sistema de janelas que atinge valores de isolamento térmico estabelecidos por este Instituto para zonas de climas temperados, sem a necessidade de reforços especiais.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Primeira ‘Meet Up Zome’ convida a ‘pensar” o presente e o futuro do imobliário

    A conferência, que acontece no âmbito do 5º aniversário, tem data marcada para dia 20 de Março, na sede do BPI, no Saldanha, em Lisboa

    CONSTRUIR

    No âmbito do 5º aniversário da Zome, a rede mediadora vai realizar a primeira ‘Meet Up Zome’. A conferência com o tema “2024 e o Imobiliário: Pensar o futuro, a olhar para o presente”, irá acontecer no dia 20 de Março, na sede do BPI, no Saldanha, em Lisboa e que conta com um painel representativo de diferentes segmentos.

    Patrícia Barão, vice-presidente da APEMIP e directora da WIRE, Bernardo Matos de Pinho, administrador executivo da Tecnoplano e vogal da Direcção da Associação Portuguesa Projectistas e Consultores (APPC) e Márcia Passos, advogada da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados e ex-deputada e coordenadora da 6ª Comissão Parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, são os oradores convidados para esta iniciativa e irão responder a questões como: De que forma podem ser implementadas medidas inovadoras, priorizando o direito à habitação? De que forma se podem garantir condições dignas de habitação? Como é que, reestruturando o regime fiscal e investindo em transporte coletivo e infraestrutura elétrica, se pode promover a sustentabilidade e a inclusão social?

    Esta ‘talk’ vai centrar-se na crise habitacional em Portugal, com foco na necessidade de soluções inovadoras. A falta de oferta resultou em preços imobiliários inacessíveis, especialmente em Lisboa e Porto, afectando principalmente os jovens e os idosos. A demora na conclusão de obras e políticas habitacionais desalinhadas agravam a situação. O objectivo é “debater de que forma o Governo pode tomar medidas pragmáticas para equilibrar oferta e procura, considerando uma abordagem integrada, que integre temas prementes como empregabilidade e mobilidade urbana”.

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    Domus Social lança concurso público para a construção de 48 casas nas Eirinhas

    O Município do Porto, através da Domus Social, lançou, hoje, em Diário da República, o concurso público para a contratação da empreitada que vai permitir a construção de 48 habitações nas Eirinhas. Todas as casas terão como destino o arrendamento apoiado e prevê-se que a obra, orçamentada em 7,2 milhões de euros, possa iniciar já no final do primeiro semestre

    CONSTRUIR

    A empreitada de “Construção dos Edifícios de Habitação a Custos Controlados nas Eirinhas”, freguesia do Bonfim, contempla a edificação de quatro edifícios autónomos compostos pelo mesmo número de fogos, mas que incluem tipologias de habitação diferentes. No total, serão contruídas 30 habitações T1, 12 T2 e 6 T3.

    O projecto assinado pelo arquitecto José Gigante prevê a instalação de elevadores nos quatros edifícios, garantindo, assim, que todos os fogos sejam totalmente acessíveis. Tendo em conta a percentagem de população idosa e o número de pessoas com mobilidade reduzida, a acessibilidade no parque de habitação municipal é, actualmente, uma preocupação e uma prioridade transversal a todos os projectos de construção e de reabilitação geridos pela Domus Social.

    Para além de reforçar a oferta do parque do Município com mais 48 casas, a construção de edifícios de habitação nas Eirinhas vem promover a renovação e transformação desta zona da cidade. Ao nível do espaço público essa é já uma realidade materializada com a recente conclusão da obra gerida pela empresa municipal GO Porto.

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    Lançado concurso para Linha Violeta

    O preço base deste procedimento é de 450 milhões de euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor, cofinanciando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por verbas do Orçamento do Estado

    CONSTRUIR

    O Metropolitano de Lisboa lançou esta sexta-feira, 15 de Março, o concurso público internacional, com publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE), nos termos do regime fixado no Código dos Contratos Públicos, para a construção do Sistema de Metro Ligeiro de Superfície entre Loures e Odivelas, também conhecido como linha Violeta.

    O concurso público destina-se à contratação das seguintes componentes do empreendimento: concepção e construção da infraestrutura do Sistema de Metro Ligeiro e do reordenamento urbano envolvente, fornecimento de veículos tipo LRV-Light Rail Vehicle e prestação de serviços de manutenção da infraestrutura ferroviária e dos veículos.
    O preço base deste procedimento é de 450 milhões de euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor, cofinanciando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por verbas do Orçamento do Estado.

    Os concorrentes têm um prazo de 120 dias para a apresentação de propostas, contado da data do envio do anúncio para publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE). O objectivo é que até ao final deste ano, principio de 2025, a obra esteja adjudicada e que os trabalhos comecem ainda no início do próximo ano, de forma a que a Linha esteja em funcionamento no segundo semestre de 2026.

    O modelo do concurso é semelhante ao usado na Linha Vermelha,  com quatro critérios de avaliação, preço, vector ecológico, de garantia dos trabalhos e qualidade. Contudo, ao contrário do anterior, o concurso da Linha Violeta engloba o fornecimento dos 12 comboios que vão circular entre as 17 estações, mas que o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, desvaloriza enquanto potencial factor de entrave à participação de empresas portuguesas no concurso.  “Do conjunto de especialidades que o concurso tem a única coisa que poderá colocar algumas dificuldades aos concorrentes nacionais é o fornecimento dos comboios, porque não temos fabricantes nacionais. É o único factor, mas este representa uma pequena parte no conjunto de trabalhos, de infraestruturas, sinalização, fornecimento de energias, construção de edifícios, que são valências das boas empresas portuguesas de construção”, afirmou.

    Na sessão de lançamento do concurso teve ainda lugar a assinatura de um protocolo de colaboração entre o Metropolitano de Lisboa e os Municípios de Loures e Odivelas, que tem como objecto a formalização do reconhecimento do modelo de contratação pública deste sistema de Metro Ligeiro e a definição de responsabilidades de cada uma das partes nas tarefas envolvidas nas fases de preparação e tramitação do procedimento de contratação pública e na fase de implementação e execução do contrato.

    O lançamento do concurso da empreitada de concepção e construção da linha Violeta é um novo passo neste empreendimento, que tem concluídas as fases de diagnóstico, viabilidade, estudo prévio e estudo de impacte ambiental, tendo obtido da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) decisão favorável resultante do Procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (DIA).

     

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    Marca Climalit da Saint-Gobain com nova identidade

    Através da nova identidade, pretende-se que todas as marcas da Saint-Gobain possam ser “comunicadas de forma coerente e harmoniosa”, através de uma “imagem gráfica alinhada com a da insígnia”

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    Depois de em 2022 terem sido apresentados novos logótipos para as marcas comerciais da empresa Isover, Placo e Weber, chega agora a vez do Climalit sofrer um refresh da sua identidade sob o mesmo claim: “Nova Imagem, os mesmos valores”.

    Através da nova identidade, pretende-se que todas as marcas da Saint-Gobain possam ser “comunicadas de forma coerente e harmoniosa”, através de uma “imagem gráfica alinhada com a da insígnia”.

    Foi mantida uma das cores originais do logótipo, o azul, para assegurar o reconhecimento da marca Climalit, tendo sido utilizado um símbolo gráfico associado ao anterior que espelha um gato e representa o conforto que as soluções em vidro proporcionam. Já o tipo de letra, com linhas modernas e redondas, reflecte a inovação inerente ao Grupo Saint-Gobain reforçando os seus princípios, além de estar alinhado com a identidade gráfica das restantes marcas.

    O novo logótipo será, também, aplicado à marca Climalit Plus e a outras que, entretanto, surjam para classificar soluções de vidros isolantes.

    “A Saint-Gobain trabalhou incansavelmente para definir uma imagem inovadora e moderna para as suas marcas, que ao mesmo tempo espelhe a sua missão de ser líder mundial em construção leve e sustentável. Este é, por isso, mais um momento único para nós: uma celebração que queremos amplificar em Portugal”, sublinha Jéssica Lourenço, coordenadora de Comunicação Externa da Saint-Gobain Portugal.

    Além desta mudança de logo, a marca Climalit Ecológico, que oferece soluções de vidro duplo com capas que têm como vidro base o Oraé, o primeiro vidro no mundo com emissões de carbono reduzidas, passa a designar-se de Climalit Oraé, alinhado com a tipologia de vidro utilizada para esta solução.

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    Arliz investe 11M€ no empreendimento Conde Redondo Residences

    “O Empreendimento Conde Redondo é particularmente importante para o Grupo Arliz. Este investimento permitiu-nos reforçar a nossa presença no mercado imobiliário de luxo e, simultaneamente, contribuir para as dinâmicas da cidade e dos seus habitantes, recuperando um edifício centenário e possibilitando que nele se instalem 25 famílias”

    CONSTRUIR

    O Grupo Arliz está a construir e a promover um empreendimento de luxo, localizado a escassos metros do Marquês de Pombal, em Lisboa.

    Resultante de um investimento de 11 milhões de euros, Conde Redondo Residences é constituído por 25 frações, com tipologias T0, T1 e T2, cujos preços de comercialização variam entre 321 e 855 mil euros. A informação foi avançada pelo próprio Grupo Arliz, que está já na fase final da comercialização. De acordo com a empresa, uma boa parte dos imóveis já está vendida, mas ainda existem algumas opções disponíveis no empreendimento para quem se quiser instalar numa das zonas mais nobres da capital: a Rua Conde Redondo.

    Para Domingos Correia, CEO do Grupo Arliz, este investimento foi um passo importante para reforçar a presença do Grupo no mercado de luxo e, simultaneamente, contribuir para a recuperação do edificado lisboeta e para a oferta imobiliária da cidade, que se tem revelado um mercado apetecível para compradores e investidores.

    “O Empreendimento Conde Redondo é particularmente importante para o Grupo Arliz. Este investimento permitiu-nos reforçar a nossa presença no mercado imobiliário de luxo e, simultaneamente, contribuir para as dinâmicas da cidade e dos seus habitantes, recuperando um edifício centenário e possibilitando que nele se instalem 25 famílias”, declara. Os futuros moradores poderão beneficiar de uma localização estratégica, próxima de locais de referência, como a Avenida da Liberdade e o Parque Eduardo VII, bem como de comércio e serviços. A construção está numa fase final de acabamentos, estando a sua conclusão prevista para o final do primeiro semestre de 2024.

    De referir todos os apartamentos deste empreendimento contam com excelentes acabamentos, interiores espaçosos e acolhedores e grandes janelas, que oferecem vistas edílicas sobre a cidade. As cozinhas são em open space e estão equipadas com electrodomésticos encastráveis de marcas premium.

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    Wolf Group estabelece um marco no setor com a inauguração da primeira fábrica de espuma em Espanha

    A Wolf Group, líder mundial na produção de espumas de poliuretano e produtos químicos para a construção, deu um passo importante na sua estratégia de expansão com a inauguração da primeira fábrica de espumas de poliuretano em aerossol na Península Ibérica. Esta nova central, situada em Gavà, representa um marco na indústria, consolidando a posição da Wolf Group como uma referência mundial no sector.

    Brand SHARE

    As únicas espumas projetáveis fabricadas em Espanha

    Esta conquista destaca a inovação da empresa e representa um avanço considerável para a  indústria nacional de materiais de construção.  

    A Wolf Group torna-se na primeira e única fabricante de espumas de poliuretano em  spray no país, incluindo a Espuma Projetável EasySpray.  

    A nova instalação, equipada com tecnologia de última geração, consolida a posição da Wolf  Group como uma referência no sector e reforça a estratégia de crescimento da empresa no sul  da Europa.

    Inovação e Tecnologia de Ponta

    A inauguração da fábrica constitui um importante impulso para o desenvolvimento da  marca Penosil do grupo. Equipada com tecnologia de ponta, a fábrica tem capacidade para  produzir mais de 70 formulações de espuma, incluindo espumas Low-MDI, Non-MDI e espumas  tradicionais. 

    Este amplo espetro de produtos responde às crescentes exigências do mercado, assegurando  soluções versáteis e eficientes para uma variedade de aplicações na construção e na indústria. 

    O produto emblemático da marca é a Espuma Projetável Penosil EasySpray, com a qual  iniciaram a produção nas novas instalações.

    Compromisso com a Sustentabilidade e a Qualidade

    A Wolf Group é mundialmente conhecida pelo seu compromisso com a sustentabilidade e a  qualidade no fabrico de todos os seus produtos. A nova unidade de produção foi concebida com  as mais recentes inovações em termos de eficiência energética e práticas sustentáveis.  Isto posiciona a empresa como líder em tecnologia e uma referência em responsabilidade  ambiental.

    Perspectivas de Futuro

    A Wolf Group continua a posicionar-se como uma referência mundial na indústria da construção.  Com estas novas instalações, a empresa continua o seu caminho em direção a soluções  construtivas avançadas e sustentáveis e contribui para o desenvolvimento e crescimento do  mercado espanhol de produtos de construção para profissionais.

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    Imobiliário

     Century 21 comercializa Telhal 72 Liberdade

    Promovido pela Overseas, o projecto de reabilitação conta com construção da Engcon e com projecto de arquitectura da GCCM Arquitectos

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    O empreendimento Telhal 72 Liberdade, promovido pela Overseas, encontra-se a ser comercializado pela Century 21 Portugal. Com construçãp da Engcon e com projecto de arquitectura da GCCM Arquitectos, este é um projecto de reabilitação urbana, numa das “zonas mais privilegiadas” de Lisboa. A conclusão da obra está prevista Agosto de 2024. 

    O novo empreendimento consiste num edifício de seis pisos, que integra 16 apartamentos de diversas tipologias, desde T0 a T3+1 duplex, todos com cozinhas totalmente equipadas, com eletrodomésticos de gama superior. Com áreas entre os 47m2 e os 309 m2, os apartamentos destacam-se pelo aproveitamento” inteligente” de cada espaço, para “proporcionar amplitude e aumentar a usabilidade das habitações”.

    Outro aspecto a salientar são os materiais e acabamentos, que foram “criteriosamente seleccionados” para criar a atmosfera de “elegância e modernidade” que impera nas áreas habitacionais do empreendimento.

    O Telhal 72 Liberdade é também um edifício inteligente, dotado de um conceito construtivo que optou pela tecnologia e sustentabilidade.

    Além dos estacionamentos, totalmente equipados para veículos eléctricos, as habitações contam com sistemas de domótica para assegurar maior comodidade e eficiência de utilização, através da gestão remota dos equipamentos de climatização e eletrodomésticos, a partir de um telemóvel ou tablet, em qualquer momento e em qualquer lugar.

    No Telhal 72 Liberdade, os moradores têm, ainda, acesso a um jardim privativo e serviços de concierge.

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    Arquitectura

    NBS traz a Portugal o arquitecto paisagista Kongjian Yu

    O arquitecto paisagista Kongjian Yu é presença confirmado do NBS Summit Urban Edition, o evento organizado Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV) e que irá decorrer entre 23 e 24 de Maio

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    Doutorado pela Harvard GSD (1995), decano da College of Architecture and Landscape Architecture Peking University e fundador da Turenscape, um dos mais proeminentes estúdios de arquitectura paisagista da China com mais de 500 colaboradores, Yu tornou-se numa das mais importantes e visionárias figuras da transformação urbana das cidades contemporâneas. A par da sua vasta prática projectual que procura integrar soluções conjuntas entre elementos tradicionais e contemporâneos chineses, Yu é igualmente reconhecido por ter desenvolvido o conceito de design ecológico Sponge City.

    Yu é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho inovador na criação de espaços urbanos que harmonizam de forma única a natureza e a função humana nomeadamente pelo conceito Sponge Cities que visa enfrentar os desafios de inundações urbanas e escassez de água por meio de infraestruturas naturais e sustentáveis.

    As suas investigações sobre Ecological Security Patterns (1995) e Ecological Infrastructure, Negative Planning and Sponge Cities (2003) foram adotadas pelo Governo Chinês (2013) como directrizes para as campanhas de protecção e restauração ecológica. Tendo ajudado na transição das políticas ecológicas chinesas a nível nacional e tendo sido implementadas em mais de 200 cidades. Esta passagem de um urbanismo centrado no desenvolvimento económico para um urbanismo ecologicamente prudente deveu-se às mais de 600 palestras que Yu dirigiu a ministros, presidentes de câmara, e técnicos, assim como às numerosas cartas dirigidas aos principais dirigentes chineses.

    O conceito de Sponge Cities centra-se na problemática das inundações urbanas aceleradas pelas alterações climáticas, introduzindo zonas infra-estruturais em grande escala, como zonas húmidas construídas, vias verdes, parques, coberturas ajardinadas, entre outras, que actuem como dispositivos “esponja”, retendo a água em vez de drená-la. Através desta metodologia de Yu, é expectável que até 2030, 80% das cidades onde a estratégia foi implementada, sejam capazes de absorver 70% da sua precipitação.

    Ao longo de sua carreira, Kongjian Yu tem sido um defensor incansável das soluções baseadas na natureza, acreditando firmemente no poder transformador que têm para criar cidades mais sustentáveis, resilientes e habitáveis.

    Com o apoio do Município do Porto através da Águas e Energia do Porto, o evento decorre de 23 e 24 de Maio na Super Bock Arena, reunindo líderes, especialistas, investigadores e profissionais comprometidos com o avanço das Soluções Baseadas na Natureza (NBS) e do desenvolvimento urbano sustentável.

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    Engenharia

    Siemens e a digitalização ‘taylor made’ da indústria

    A Siemens promoveu, durante dois dias, um périplo por unidades industriais de diversas áreas do ‘food and beverage’, em Espanha, promovendo assim um conjunto de soluções à medida voltadas para a digitalização e informatização dos processos industriais. Os modelos escolhidos, distintos entre si até mesmo ao nível das dimensões, atestam a versatilidade do portfolio da Siemens no domínio da digitalização do chão de fábrica

    Ricardo Batista

    Por mais que muitas organizações já tenham a noção da importância da recolha e análise de informações, algumas empresas ainda têm dificuldades em entender como realmente aplicar esse conhecimento e assentar a estratégia em dados concretos. “O futuro será sustentável e digital”. Quem o garante é José Ramon Castro, o director geral de Digital Industries da Siemens para Portugal e Espanha que, numa iniciativa que reuniu dezenas de jornalistas em Espanha, recordou a pressão que existe sobre o tecido industrial, muito graças ao preço das matérias e ao preço da energia, abrindo assim portas à importância de encontrar formas de responder aos desafios. “Mais não fosse porque o consumidor está, também ele, mais desperto para a pegada ecológica”, sublinha, assegurando que a “pressão sobre a indústria é cada vez mais evidente e os dados são ferramentas fundamentais para se poder agir”. “Mas não basta obter dados”, acrescenta aquele responsável da Siemens. “É importante dar-lhes expressão, contexto, e encontrar formas de assegurar a melhor tomada de decisão”, conclui José Ramon Castro.

    Produção indoor de lúpulo
    O mote serviu de base para um circuito por várias unidades industriais da área alimentar e de bebidas, repartidas por Madrid, Sevilha e Córdoba, fábricas essas que contam com o apoio estratégico da Siemens.
    Na primeira paragem, ficou claro que a dimensão do negócio pode ser um conceito subjectivo quando falamos de digitalização e automação. Fundada por Ana Sáez, Antonio Rojas, Inés Sagrario e Javier Ramiro, esta start-up está agora numa “missão para salvar as cervejas do Mundo”. Pioneira no vertical farming em Espanha, começaram há 5 anos a trabalhar nos cultivos hidropónicos mais típicos da agricultura em ambiente controlado – alfaces e ervas aromáticas, mas após vários anos de pesquisa em diferentes abordagens, decidiram experimentar algo que nunca havia sido feito. Após realizar diversos testes com cultivos de alto risco climático, a equipa da Ekonoke conseguiu optimizar o cultivo hidropónico do lúpulo em um ambiente 100% controlado, unindo tecnologia e conhecimento científico para proporcionar resiliência climática e sustentabilidade a uma espécie gravemente ameaçada pela emergência climática. O lúpulo, a par do malte e da cevada, é um dos ingredientes chave no fabrico de cerveja. Além de contribuir para o sabor amargo da cerveja é ainda importante para a formação de uma boa espuma e para evitar a deterioração da bebida, evitando a formação de microrganismos devido ao seu poder antisséptico.

    Resumindo, sem lúpulo não há cerveja… pelo menos como a conhecemos. O lúpulo é uma planta trepadeira, que pode chegar aos 15 metros de altura, embora o mais comum seja medir entre quatro e nove metros. Consegue resistir a temperaturas de até 30 graus negativos, mas é a meio do Verão que cresce mais rapidamente: até 50 centímetros por semana. As alterações climáticas estão a colocar em risco o cultivo do lúpulo, considerando que se trata de uma planta com características e exigências especiais. Inés Sagrario, co-fundadora da Ekonoke e CEO da empresa, explica que “necessita de muita luz no Verão, temperaturas amenas e muita água”, sublinhando que as alterações climáticas já levaram, por exemplo a quebras de produção na Alemanha na ordem dos 28%, remontando a dados de 2022 (Alemanha, a par dos Estados Unidos, é responsável por 80% da produção Mundial de lúpulo). E pior: as quebras de qualidade da matéria final rondam os 60%. Tendo estes dados em consideração, a Siemens é parceira da Ekonoke no desenvolvimento de um sistema vertical de cultivo das trepadeiras de lúpulo, recorrendo a sensores ligados às folhas, raízes e caules das plantas trepadeiras que medem vários parâmetros, desde a humidade até aos níveis de CO2, enquanto diferentes comprimentos de onda das luzes LED fazem os armazéns parecerem uma discoteca.

    O cultivo de lúpulo em interiores cumpre este conjunto de requisitos ao combinar a renúncia aos pesticidas, a proximidade das cervejarias e a independência das condições climáticas. Este método de cultivo leva a um consumo de água até 95 por cento menor e ao uso exclusivo de energia renovável. A estratégia concertada com a Siemens também melhora a eficiência: enquanto no exterior é possível uma colheita por ano no campo, no cultivo indoor podem ser alcançadas até quatro colheitas por ano, um salto que, a par da qualidade da matéria-prima, desperta o interesse das cervejeiras um pouco por todo o Mundo. A Estrella Galicia já recorre ao lúpulo produzido pela Ekonoke.

    Coca Cola
    A Coca-Cola Europacific Partners (CCEP) é o maior engarrafador independente Coca-Cola Company. Produz, comercializa e distribui os seus produtos na Europa Ocidental, Austrália, Indonésia e Ilhas do Pacífico. Todo o grupo tem dois milhões de clientes em 29 países diferentes. A Unidade de Negócios Iberia da CCEP, que inclui Espanha, Portugal e Andorra, possui sete fábricas engarrafadoras de refrigerantes e quatro fábricas de água mineral. Em Espanha, a CCEP tem mais de 270.000 clientes, atendendo a mais de 130 milhões de consumidores potenciais. Em 2022, a CCEP gerou vendas de 17,3 milhões de euros, um aumento de 26 por cento em comparação com o ano anterior. No âmbito do clima, a CCEP definiu o objectivo de se tornar uma empresa neutra em carbono até 2040 em toda a sua cadeia de valor na Europa, dez anos antes do objectivo da União Europeia. Para alcançar este objectivo, a CCEP estabeleceu uma trajectória que inclui a redução da sua pegada de carbono em todas as áreas de actividade através do controle do consumo de energia, água, matérias-primas e, claro, a redução de CO2. A Coca Cola Europacific Partners tem aumentado seus investimentos em soluções capazes de monitorar e reduzir os gastos com energia e água. A unidade de Sevilha, que a comitiva visitou, mantém, desde 2019, valores similares de consumo desses dois insumos nos processos de engarrafamento mesmo após a expansão da sua linha.

    “São bons números, porque nós temos uma nova linha de embalagens retornáveis, que consome mais água e electricidade, e pudemos incluir essa nova tecnologia sem consumo extra desses insumos”, diz Belén Barreiro, directora geral da fábrica da CCEP em Sevilha. A fábrica de Sevilha possui, ao todo, 12 linhas de produção para o enchimento de garrafas retornáveis, PET, latas e outras. O software Energy Manager PRO da Siemens foi implementado para monitorizar o consumo de energia na unidade de Sevilha, o que permite monitorar os KPIs relevantes, possibilitando uma análise de mercado completa do local. A gestão da empresa pode, assim, analisar esses dados directamente, assim como monitorizar os consumos de água, energia eléctrica, vapor, gás natural, CO2 e ar comprimido. Em última instância, esses dados vão permitir aos responsáveis da fábrica uma melhor gestão de cada uma das linhas, reorganizando o ciclo de bebidas como a Coca-Cola, Aquarius, Fanta pela linha mais eficiente. O primeiro passo foi modernizar e digitalizar a fábrica de Sevilha, tendo para isso sido instalados 225 pontos de medição na fábrica. Esta tecnologia também está a ser implementada em parte da Alemanha e do Benelux. O objectivo do sistema de gestão de energia é obter dados estratégicos para tomar decisões lucrativas e sustentáveis para a empresa. Para isso, a Siemens oferece serviços ao cliente que incluem um serviço de design abrangente, suporte de ferramentas e análise de dados. O objectivo é fornecer as melhores soluções de digitalização detectando anomalias atempadamente e assim permitir uma gestão eficaz dessas anomalias.

    “Na Coca-Cola Euro Pacific Partners (CCEP) [em Sevilha], a Siemens está a implementar o seu Energy Manager Pro Software que monitoriza os consumos energéticos e de água para alcançar poupanças significativas – aqui em Espanha, convencemos o cliente através de um projecto-piloto, uma prova de conceito, que ao utilizar este software poderia alcançar uma redução do consumo na ordem dos 10%”, contextualiza José Ramón Castro. “Com base nisso, estão a avançar para a aplicação desta tecnologia em mais de 30 instalações na Europa [Portugal incluído]. Bom para Espanha, bom para a Siemens, que nos permite mostrar ao mercado que somos capazes de alcançar esta poupança.”

    Digital é como o azeite
    Começando por uma start-up e passando por uma multinacional, por onde passou ainda o percurso? Passou por Córdoba, também no Sul de Espanha, para se perceber o papel da digitalização numa indústria mais tradicional como a da produção de azeite. A Deoleo, tal como a Coca-Cola tem preocupações ao nível da eficiência energética e consumo de água. Sem grande expressão em Portugal, a Deoleo é actualmente o maior produtor, engarrafador e comercializador internacional de produtos de azeite do Mundo. A empresa comercializa marcas como Bertolli, Carapelli, Carbonell, Koipe e Figaro e emprega mais de 600 pessoas em todo o Mundo. Em 2022, a Deoleo gerou vendas de 827 milhões de euros, aumentando as vendas em 18 por cento em comparação com o ano anterior. Os objetivos de sustentabilidade e fabricação da Deoleo requerem um sistema digital eficiente que forneça uma plataforma centralizada para analisar e comparar as diferentes variáveis ao longo de toda a cadeia de valor.

    Para atender a esse requisito, a Deoleo implementou o software Opcenter do portfólio Siemens Xcelerator. Além disso, o produtor de azeite utiliza o software Siemens Opcenter RD&L (Pesquisa, Desenvolvimento e Laboratório) como plataforma para agilizar, optimizar e alinhar toda a gestão de dados para produtos formulados e permitir uma transição perfeita dos dados e definições do produto ao longo de todo o processo de fabricação, integrando laboratórios de P&D com plantas. A Deoleo tem uma sólida trajetória em melhorias de sustentabilidade. Como resultado de seu compromisso contínuo e da implementação da tecnologia da Siemens, a empresa reduziu suas emissões de dióxido de carbono (CO2) de Escopo 1 e 2 em mais de 2.350 toneladas em 2022 em comparação com o ano anterior. Isso representou uma redução de 66 por cento. A Deoleo continua comprometida em liderar o desenvolvimento sustentável em seu sector, destinando 36 por cento de seus investimentos a iniciativas de sustentabilidade em 2022.

    *O jornalista viajou a convite da Siemens

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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