Transacções de alojamentos superaram os 24 MM€ em 2018
Luís Lima, presidente da Apemip, considera que a construção nova está com “preços acima do que seria desejável” e não tem em conta a classe média.
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De acordo com os dados oficiais recolhidos pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), em 2018 transaccionaram-se 178.691 alojamentos familiares, mais 25.399 habitações que em 2017, o que representa um aumento de 17% face ao ano anterior.
O quarto trimestre de 2018 contabilizou 46.421 transacções de casas para habitação, representando um aumento de 9% face a igual trimestre de 2017, e fixando-se como o melhor desde que há registo.
Estes números confirmam as estimativas da APEMIP, que apontavam para um aumento entre os 15% e os 20% em 2018.
O valor das transacções de alojamentos totalizou 24,1 mil milhões de euros em 2018, mais 24,4% que em 2017, tendo o quarto trimestre registado 6,2 mil milhões de euros, tendo sido a Área Metropolitana de Lisboa atingiu as 46.067 vendas e a região Norte apresentou 22.424 transacções.
Apesar dos números positivos, Luís Lima, presidente da APEMIP, alerta para “o desaceleramento que se deverá começar a notar no primeiro trimestre de 2019”. E explica: “2018 foi um ano positivo que manteve a rota de crescimento do sector imobiliário em Portugal. Gostaria que em 2019 se mantivesse este mesmo percurso, mas temo que já no primeiro trimestre do ano possamos denotar algum decréscimo no número de transacções, que se prende essencialmente pela ausência de stock imobiliário. Há poucos activos no mercado, e os que existem não correspondem às necessidades e possibilidades das famílias portuguesas”.
Ainda assim, Luís Lima afasta a hipótese de uma bolha imobiliária. “Para haver uma bolha imobiliária é necessário que estejam reunidas determinadas condições que não estão, de todo. Dificilmente haverá uma bolha. O que há, e o problema com o que nos deparamos é essencialmente este, é um forte desequilíbrio entre a oferta e procura. Há procura, há clientes para todo o tipo de mercado, nacionais e estrangeiros, mas não há casas para vender, e as que há, sobretudo nas grandes cidades, estão a preços acima do que seria desejável” , afirma Luís Lima, que só aponta uma solução para o problema habitacional: construção nova.
Não é de agora que a Apemip apela para o aumento da construção nova como forma de “aliviar os preços do mercado e dar resposta a quem precisa”. “É preciso que haja uma renovação do stock imobiliário, dirigido para a classe média e média baixa. Não adianta dizer que está a haver construção, quando quem actua no mercado sabe bem que a que há está a ser dirigida essencialmente para um segmento de luxo. Também é necessária, mas a urgência é outra: equilibrar a oferta e a procura”, apela o Presidente da APEMIP.