MELOM assina novo espaço da Fábrica de Conservas Portugal Norte
A Companhia das Conservas Bistrô & Store é o novo espaço, projectado pelos arquitectos Maria João Correia, David Trindade e Rita Rodrigues
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A Companhia das Conservas Bistrô & Store é o novo espaço da conserveira matosinhense Portugal Norte, projectado e desenvolvido pela unidade da rede MELOM sediada no mesmo concelho – a MELOM Power.
O desafio foi lançado pela fábrica centenária, através de um concurso de ideias, com o objectivo de remodelação de uma área já existente, tornando-a num espaço inovador de degustação e venda de conservas, projectado pela equipa de arquitectos Maria João Correia, David Trindade e Rita Rodrigues.
Maria João Correia, responsável pela unidade, destaca: “O facto de se tratar de uma conserveira centenária influenciou totalmente o projecto. Estudámos a história, a evolução e os processos inerentes à actividade, procurando sentir, de perto, o amor que a conserveira e todos os que nela trabalham têm às marcas de conservas. Daí surgiu a ideia e o conceito que hoje definem o espaço.”
O desafio de retratar o mundo conserveiro resultou numa loja/bistrô com cerca de 70 m2 em que estão presentes elementos marcantes da arquitectura da fábrica, como as corrediças (que advêm da forma como o peixe é transportado para enlatamento) e outras referências materiais à arquitectura industrial e fabril, tais como cerâmicos brancos biselados, um grande vão de ferro e pavimento alusivo ao mosaico hidráulico.
João Carvalho, director-geral da MELOM, comenta que “Este foi um desafio muito estimulante e que atesta todas as nossas valências, tanto do ponto de vista da arquitectura, como de construção ou remodelação de imóveis. A visibilidade e os pormenores estéticos deste projecto, bem como o rigor exigido no cumprimento dos prazos, são exemplos de como vemos o serviço que prestamos e que foram exemplarmente seguidos pela MELOM Power.”
Concebido para integrar as funções de venda e degustação, o novo espaço surge com um elemento central, criado a partir da forma tradicional da lata, que alberga as funções de cozinha/copa e balcão. A zona de degustação central é ainda marcada pelo elemento tapete que corre sobre o balcão, no qual o visitante pode escolher a conserva e entregá-la ao chef que a tornará uma experiência gourmet – esta corrediça móvel simboliza igualmente o dinamismo de todo o processo da fábrica de conservas. O balcão é definidor de uma diagonal central que, em complemento com as mesas, possibilita que o espaço albergue 25 pessoas sentadas.
A restante área que circunda o balcão e que culmina nas paredes envolventes é local de exposição e armazenamento de produtos – divididos por estantes, ora escondidos, ora revelados por painéis móveis que transmitem uma sensação de clareza e conferem amplitude espacial. Os painéis, de diversas materialidades – desde o inox, à lousa e à madeira – publicitam, em ‘suspensão’, as marcas comercializadas pela Portugal Norte e remetem à história da Conserveira.
A montra, composta por três largos vãos para a rua, é totalmente permeável às vivências interiores, sendo igualmente marcada por elementos decorativos e marcantes para a fábrica, tais como cordas, iluminação suspensa e máquinas antigamente usadas no processo conserveiro.