Tribunal do Comércio de Lisboa confirma insolvência da Opway
O edital fixa em 30 dias o prazo para reclamação de créditos
TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha
Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos
A estratégia da MAP Engenharia, as casas impressas pela Havelar, o ‘novo’ rumo da Mexto e a TRAÇO no CONSTRUIR 503
Consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro
Encontro de Urbanismo do CIUL regressa com ‘Há Vida no Meu Bairro’
Autódromo Internacional do Algarve desenvolve CER com SES Energia
Rita Bastos assume direcção da Sekurit Service e da Glassdrive Portugal
Dst ganha obra de 5M€ para Volkswagen Autoeuropa
IP conclui intervenção no Viaduto Duarte Pacheco
Hydro produz primeiro lote de alumínio reciclado com pegada de carbono quase nula
O Tribunal do Comércio de Lisboa “oficializou” a insolvência de uma das mais emblemáticas construtoras nacionais. Autora, entre outras obras, da empreitada de construção da nova sede da Policia Judiciária, o edifício do Aeroporto de Beja ou o Data Center da PT, na Covilhã, viu assim a Comarca de Lisboa proferir a sentença de declaração de insolvência, como consta do anúncio publicado no portal Citius que reitera uma decisão já proferida em Abril. Em Maio, no entanto, o tribunal revogou a sentença e a construtora voltava ao estatuto de empresa em recuperação, no âmbito do plano aprovado pelos credores há quatro anos. As metas propostas não foram, todavia, atingidas.
Segundo o documento, a que o CONSTRUIR teve acesso, José Luís Caetano Marques é designado administrador de insolvência, a quem os devedores da Opway deverão entregar as prestações em dívida a que estão obrigados, e a quem os credores devem comunicar a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem. O anúncio revela igualmente que está agendada para o dia 4 de Outubro a reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório. O edital fixa em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.
O Grupo Opway nasceu em Janeiro de 2008 na sequência da aquisição da SOPOL pela OPCA, dando início a um novo universo empresarial. Na página da companhia, na Internet, pode ler-se que o” posicionamento da empresa em consórcios concorrentes ao financiamento, construção e exploração de todos os grandes investimentos em construção previstos realizar até 2017, garante que a Opway permanecerá, no futuro, na primeira linha de todos os grandes investimentos estruturantes a concretizar em Portugal”.
A realidade acabou por ser, no entanto, distinta. A insolvência fora requerida em Dezembro pela Medway, um operador ferroviário e logística que figurava na extensa lista de credores. A Opway Engenharia lidava então com 130 acções judiciais de fornecedores que preferiam a liquidação da empresa em vez da sua recuperação. Pelo meio surge venda da construtora à Nacala Holdings no final de 2017, alienação revertida em Maio deste ano em favor dos anteriores accionistas, que formavam a equipa de gestão liderada por Almerindo Marques, e que voltaram a deter a Opway.