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    Arquitectura

    Especial Cozinhas e Casas-de-banho: Bonitas e funcionais

    Sustentabilidade com design. Em tons mais escuros e com forte preponderância para o aspecto de pedra natural. Não se trata, necessariamente, de uma regra ou uma verdade insofismável mas há, pelo menos, uma tendência identificada por parte das empresas que actuam no segmento de Cozinhas e Casas-de-banho

    Ricardo Batista
    Arquitectura

    Especial Cozinhas e Casas-de-banho: Bonitas e funcionais

    Sustentabilidade com design. Em tons mais escuros e com forte preponderância para o aspecto de pedra natural. Não se trata, necessariamente, de uma regra ou uma verdade insofismável mas há, pelo menos, uma tendência identificada por parte das empresas que actuam no segmento de Cozinhas e Casas-de-banho

    Ricardo Batista
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    Ricardo Batista
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    papa

    Sendo áreas aparentemente tão díspares, cozinhas e casas-de-banho apresentam algumas semelhanças, desde logo pela importância que assumem no contexto da vivência de uma casa. Desde logo são hoje encaradas como áreas de fruição, mais do que meros espaços funcionais, assumindo assim uma vertente mais social, de contemplação, relaxamento. Basta perceber, por exemplo, que em relação aos espaços de banho há hoje uma tendência crescente de eliminação da barreira entre a área de banho e o quarto, havendo assim uma sensação de prolongamento do espaço e fluidez de transição entre as áreas. A casa-de-banho de 2019 tem a estética de um spa. A ideia é simples: conseguir um espaço descontraído, potenciado pelo recurso ao mármore ou a pedra natural que conferem uma sensação de pureza e potenciam a sensação de um espaço limpo e simples.

    RODI
    Para Diogo Marques, responsável de Marketing da Rodi, “a banca da cozinha é um espaço cada vez mais preponderante na cozinha, fruto da forma como as pessoas vivem esse espaço da casa no seu dia-a-dia. A cozinha é o coração da casa, um espaço de criatividade, de convívio e de partilha, que se quer bonito e funcional”, assegura, acrescentando que “nos grandes centros urbanos, as casas tendem a ter cozinhas pequenas e a versatilidade é a palavra-chave. Deste modo, a rentabilização do espaço disponível é fundamental”. Para Diogo Marques, “a banca da cozinha é cada vez mais utilizada para a preparação das refeições e o lava-louça assume um grande destaque no espaço, pois pode ser o complemento ideal para facilitar estas tarefas”. A este respeito, a Rodi apresenta uma gama de cubas individuais e lava-louças de linhas minimalistas, que se complementam com acessórios de diferentes tipos (escorredores de alimentos, escorredores de louça, tábuas de corte), permitindo executar várias tarefas do dia-a-dia num pequeno espaço da cozinha.

    “O segredo”, diz, “está na combinação das diversas soluções disponíveis, que são perfeitamente adaptáveis às necessidades de cada cozinha e de cada família”. Neste domínio, a empresa promove o Invictus, um lava-louça premiado internacionalmente, que se destaca pelo seu design vanguardista, com 0 mm de raio, misturadora retrátil e escorredor, que pode ser utilizado com diferentes acessórios ou como cuba complementar. Uma solução elegante e extremamente funcional. A Rodi aposta ainda no conceito de cuba de linhas rectas, com modelos de diferentes dimensões, adaptável às necessidades de cada espaço. Pode ser complementado com diversos acessórios, como tábua de corte, escorredor de alimentos, etc. “Continuamos a investir no design diferenciador dos nossos produtos, como é o caso da gama Invisible. Um conceito de lava-louça diferente, que quando aplicado por baixo do tampo, pode passar completamente despercebido no ambiente da cozinha, pois a sua misturadora é retráctil”, acrescenta o responsável de marketing da Rodi.

    Miele
    Ana Ferreira, responsável de comunicação da Miele Portuguesa revela ao CONSTRUIR que identificaram, nos últimos tempos, duas tendências, sobretudo na área da cozinha. Para aquela responsável, “por um lado, há quem queira que os electrodomésticos passem o mais despercebidos possível, mas há também quem os procure enquanto objectos de design”. Para as duas vertentes, diz Ana Ferreira, a “Miele tem apresentado soluções na área dos encastráveis que transmitem ambas as possibilidades. Electrodomésticos sem puxadores ou nas cores mais comuns dos móveis de cozinha são um exemplo da nossa preocupação enquanto fabricante de electrodomésticos premium”. Além disso, acrescenta, “a cozinha é um local onde a tecnologia segue omnipresente, e onde a conectividade reina. É evidente a conexão da cozinha à internet e a dispositivos móveis (tablet, telemóveis…), onde nos permite ligar electrodomésticos em rede. “As inovações disponíveis nos electrodomésticos definem novos padrões na tecnologia aplicada e redefinem a nossa vida diária. Por isso, na Miele trabalhamos para que os produtos façam a diferença e produzam um impacto positivo na vida de cada consumidor”, considera a responsável de comunicação da companhia em Portugal. A este respeito, Ana Ferreira revela ao CONSTRUIR que acabaram de promover o maior lançamento da história da Miele – a Geração 7000 -, uma inovadora gama de encastrar que inclui fornos e placas, fornos a vapor, micro-ondas, aparelhos combinados, máquinas de café, gavetas aquecedoras, uma gaveta de vácuo e máquinas de lavar louça.

    A Geração 7000 conta com quatro novas linhas de design, que oferecem inspiração para quase todos os estilos de decoração: PureLine, conta com um visual moderno com um puxador sólido, uma aplicação de aço inoxidável discreta e uma frente de vidro em Obsidian Black. VitroLine, destaca o seu estilo integrador com um puxador na cor do aparelho. ArtLine dispensa completamente o clássico puxador da porta, num sentido minimalista e, ContourLine destaca-se com uma estrutura de aço inoxidável marcante, onde o foco está no design do aparelho e na sua tecnologia. Praticamente todos os aparelhos da Geração 7000 já têm um módulo WiFi integrado, que fornece um leque de novas funções práticas adicionais através da ligação à app Miele@mobile. As novas máquinas de lavar louça da Geração 7000 com AutoDos e PowerDisk, por exemplo, funcionam autonomamente quando os tempos de início são programados. Um aparelho ligado em rede também pode ser iniciado ou parado por tablet ou smartphone. Outra novidade é a função RemoteService, que permite que as actualizações de software sejam facilmente instaladas no aparelho através da transmissão de dados. “A inovação contínua mantém-se como um elemento chave da nossa estratégia de produto. Temos de oferecer soluções perfeitas para as necessidades individuais de cada consumidor. E o nosso mais recente lançamento, Geração 7000, demonstrar isso mesmo e posicionamo-nos como a marca de referência no nosso sector”, conclui Ana Ferreira.

    Electrolux
    Ao CONSTRUIR, Ângela Pereira, responsável de Marketing da Electrolux, que entre outras representa marcas como a AEG, salienta que no que se refere especificamente a cozinhas, e sendo actualmente este o espaço de eleição dos consumidores para o convívio com amigos e família, “a tendência é que a cozinha seja um espaço acolhedor, onde o design está aliado à funcionalidade”. De acordo com Ângela Pereira, para a AEG o design “consiste em criar formas de acordo com os atributos do objecto e que isso revele as vantagens das novas tecnologias.” Seguindo esta filosofia de Peter Behrens, arquitecto e consultor artístico da AEG no início do século XX a AEG tem vindo a lançar produtos esteticamente interessantes, mas sem nunca descurar a sua funcionalidade. “Mas porque a forma e a função também evoluem, os produtos AEG apresentam tecnologias inteligentes e um design responsivo, desenhados com o foco nas necessidades do consumidor. Isto requer ouvir o consumidor, pelo que antes de lançarmos um novo produto no mercado, este tem de ter recolhido a preferência de pelo menos 70% dos consumidores inquiridos comparativamente à oferta dos principais concorrentes”, acrescenta. A responsável de marketing da Electrolux sublinha ainda que tanto ao nível do sabor como do cuidado da roupa, o factor “experiência” é o que diferencia a marca AEG face ao que existe no mercado. “O nosso departamento de Pesquisa & Desenvolvimento trabalha diariamente para apresentar ao produtos com inovações pertinentes para o consumidor”, sublinha aquela responsável, adiantando que “o recente lançamento da Mastery Range é um exemplo disso mesmo, apresentando produtos com tecnologia de ponta em todas as categorias, com inovações que vêm contribuir para o bem-estar dos consumidores nas suas casas e nas suas cozinhas”.

    Alguns exemplos são a máquina de lavar loiça ComfortLift, que permite elevar o cesto inferior para facilitar a tarefa de colocar e retirar a loiça da máquina, um produto único que vem revolucionar o mercado. Na categoria de fornos apresentamos uma gama repleta de inovações tecnológicas, desde cozinha a vapor a funções de cozedura assistida, com a ajuda da mais avançada sonda térmica. Na categoria de roupa, os secadores com bomba de calor e a máquina de lavar roupa com tecnologia SoftWater, que faz um pré-tratamento da água, assegurando os melhores resultados de lavagem a temperaturas mais baixas e garante o menor desgaste das fibras da roupa e ainda os recentes modelos com conectividade e AutoDose. “Num futuro próximo, a nossa estratégia de diferenciação passa por continuar a investir no desenvolvimento de inovações valorizadas pelo consumidor, que lhes permitam ter experiências excepcionais”, diz Ângela Pereira, que considera que “essas inovações deverão reforçar os lançamentos de produtos com conectividade, permitindo um nível superior de interacção com os produtos”.” Poderá ser possível controlar os cozinhados remotamente ou simplesmente solucionar problemas sem ter de recorrer à assistência técnica. No entanto, acreditamos que o que fará a diferença será a capacidade de integrar estas novas funcionalidades ao serviço de uma cada vez melhor experiência. É este objectivo que continuará a guiar a AEG”, conclui.

    Barbot
    Sofia Miguel, directora de Marketing da Barbot, explica ao CONSTRUIR que a empresa está atenta às tendências de interior e a apresentar soluções criativas no que diz respeito a cores, fórmulas, etc. “Quanto às cores, temos uma panóplia de opções para todos os gostos, no entanto destacamos nos tons mais quentes como o amarelo ou o vermelho ou cores que transmitam tranquilidade às divisões, por exemplo o azul e o coral”, diz, adiantando que “tanto no caso das casas de banho como das cozinhas a mármore ou a pedra natural são muito utilizadas, conferem uma sensação de pureza e potenciam a sensação de um espaço limpo e simples, por isso fica sempre bem uma cor de contraste quem é adepto de ambiente menos monótonos, para quem quer manter a simplicidade os tons neutros são sempre uma boa opção”. Além das cores, “temos produtos que apelam à criatividade como o Ardósia, que permite a todos os habitantes da casa dar ‘asas’ à imaginação e fazer desenhos a giz, esta tinta é perfeita para aplicar nas cozinhas, seja numa parede seja para revestir a porta de um frigorífico, por exemplo”, reforça Sofia Miguel, que adianta que “a tinta íman é aquilo que o nome indica, tem efeito íman e permite-nos decorar as pareces com fotografias, desenhos, mensagens… Por fim, temos a tinta Infinity que pode ser aplicada em várias superfícies como madeira, metal, vidro, cerâmica ou PVC”.

    “No portefólio da Barbot temos a tinta para cozinha e casas de banho, uma tinta aquosa, 100 acrílica, com bom poder de cobertura e óptima lavabilidade”, refere ainda aquela responsável. Já sobre as novidades em que a empresa está a trabalhar, a responsável de marketing da Barbot indica que “a Barbot procura sempre soluções que nos coloquem na vanguarda. Recentemente lançamos a tinta Dioplaste Eco, a primeira tinta sem biocidas a chegar ao mercado ibério. Primeiramente, esta estava apenas disponível em branco, mas sendo esta uma tinta do interior, pensada para toda a família e em proporcionar um ambiente mais saudável, quisemos alargar as opções de cor e acabamos de lançar o novo catálogo com 56 cores”. “Ainda este ano também lançamos duas tintas inovadoras: a Promapaint – SC3 e SC4. Este produto tem como principal característica o facto de ser intumescente de base aquosa, oferecendo protecção passiva contra o fogo em estruturas metálicas. Em caso de incêndio, cria uma espuma isolante protectora”, conclui Sofia Miguel.

    Sanindusa
    “A grande tendência assenta em propostas dirigidas ao segmento da decoração.” É desta forma que a responsável de comunicação da Sanindusa enquadra o cenário das tendências que se verificam nestes segmentos de mercado. Elsa Gala salienta que a empresa, de modo a responder a esta perspectiva, “já apresentou algumas novidades com especial enfoque em novas cores e acabamentos, quer para o segmento das cozinhas, quer para o das casas de banho”. No entender desta responsável, na cozinha as soluções passam pela oferta de novos acabamentos, nos lava-louças o preto mate e nas torneiras de cozinha o inox, o bronze, o inox escovado e o bronze escovado, todas elas alinhadas com as tendências mais actuais da decoração. “Nas casas de banho, as soluções vão desde os tons vibrantes a neutros, os efeitos mate a brilho e as combinações bicolores e texturas”, salienta Elsa Gala, acrescentando que “nos lavatórios Morfys a oferta foi alargada com as novas cores de efeito espelhado: ouro, cobre e rainbow. Já os Round apresentam-se com uma nova palete de cores, privilegiando o acabamento mate: branco /ouro, ouro, branco e preto”. Nos sanitários suspensos Sanlife oferecem-se duas alternativas ao tradicional branco brilho, surgindo agora na cor taupe e em branco mate texturado. Os acabamentos metálicos, como o bronze ou ouro brilho, encontram o seu espaço em elementos como acessórios ou torneiras”, salienta aquela responsável.

    Sanitana
    Quem também se manifestou a propósito das tendências na área das Cozinhas e Casas-de-banho foi a Sanitana. Ao CONSTRUIR, a responsável de comunicação da empresa constata uma “preocupação com a sustentabilidade e a procura de uma relação mais saudável com o meio ambiente”. Lina Sousa revela que “ao nível dos espaços, isto tem-se traduzido em organizações mais simples – onde menos é mais – e uma procura de elementos orgânicos e naturais, como a pedra, a madeira natural e o uso de plantas, que transportam para dentro da casa o mundo exterior”. “Pensando nestas novas formas de viver as casas, temos trabalhado em soluções tecnologicamente mais aptas a poupar recursos naturais, como é o caso da poupança de água nas torneiras, e temos escolhido desenvolver mobiliário com madeiras nobres”, salienta a responsável de comunicação da empresa. Lina Sousa recorda que a Sanitana lançou recentemente duas novas banheiras freestanding, a Aman e a Zaha, “que acreditamos serem propostas verdadeiramente interessantes para todos aqueles que têm um pouco mais de espaço e procuram uma experiência mais premium de bem-estar. Iremos também brevemente lançar uma nova cabina de hidromassagem, com um leque de funcionalidades na vanguarda da tecnologia e com um design muito apelativo”. “Estamos igualmente a trabalhar no desenvolvimento de uma nova gama de lavatórios em solid surface, com um desenho mais orgânico e medidas que irão permitir uma maior liberdade na hora de escolha de ocupação dos espaços”, conclui.

    Erix
    Os responsáveis da Erix, fabricante de produtos sanitários, consideram que “quando falamos em edifícios residenciais, cozinhas e casas-de-banho ocupam um papel importante no dia-a-dia de uma família e são determinantes para a valorização de uma habitação, tanto em termos de funcionalidade, conforto como em termos de eficiência hídrica e energética”. Ao CONSTRUIR, Iris Correia salienta, noutra perspectiva, que “quando falamos em edifícios não residenciais, como hotéis, escritórios ou centros comerciais, as cozinhas e casas de banho são igualmente decisivas para uma gestão eficiente da água e energia, além de existir também uma grande preocupação com a funcionalidade e o conforto dos espaços”. A responsável de marketing da empresa entende que há, hoje em dia, uma grande preocupação com a poupança, seja de energia ou água. “Já há algum tempo que a Erix tem vindo a apostar no alargamento da sua oferta de produtos nesta área, com o desenvolvimento de autoclismos e torneiras com classe hídrica A++.

    Mais recentemente, aplicou a tecnologia das torneiras automáticas dos espaços públicos, às torneiras de casa de banho da linha OÁSIS – accionamento automático e manual- e às torneiras de cozinha da linha PRESENCE – accionamento por aproximação ou toque-, facilitando o uso racional da água também em espaços domésticos”, diz. Iris Correia revela igualmente que a última novidade foi o lançamento da colecção GREEN, composta por torneiras, secadores de mão e urinóis que têm características e desempenhos que promovem a responsabilidade ambiental e a construção sustentável, sem comprometer conforto e design. As torneiras – temporizadas, electrónicas e residenciais – são totalmente diferenciadoras no sentido de que estão equipadas com perlatores de alta eficiência em economia de água permitindo caudais desde 1,8 lts/min. Esta colecção tem vindo a responder também à crescente procura por soluções que contribuem para o processo global de certificação de um edifício, como a certificação LEED ou BREEAM. Identificamos igualmente a certificação de edifícios, em termos de sustentabilidade como uma tendência”. A responsável de marketing da Erix acrescenta ainda que a empresa está a promover a colecção SOLID, constituída por lavatórios e bases de duche fabricadas num composto mineral e Gel Coat sanitário que permite obter produtos antiderrapantes, antibacterianos e resistentes aos raios UV e aos produtos químicos. Além destas características, “a versatilidade é uma das mais-valias, já que os lavatórios e as bases de duche podem ser feitos à medida para optimizar o espaço na casa de banho e podem ter várias cores, texturas e formatos, permitindo satisfazer requisitos específicos de arquitectura e design.

    Revigrés
    Para a Revigrés, há uma tendência em torno das madeiras que importa não descurar. O Conselho de Gerência da empresa diz ao CONSTRUIR que “nas casas de banho, o efeito da madeira natural é muito valorizado para tornar a atmosfera mais acolhedora”. De modo a responder a essa lógica, a Revigrés lançou a colecção Nordik, “revestimentos e pavimentos cerâmicos que reproduzem a nobreza das madeiras nórdicas num formato inovador: 180cm”. Disponível em 4 cores e 5 formatos, esta solução vem reforçar a nossa oferta de coleções que reproduzem o efeito deste material natural, aliado à maior resistência, durabilidade e fácil manutenção da cerâmica. De acordo com a mesma fonte, “as paredes da casa de banho continuam a ser idealizadas em tons claros, uma vez que estes tons facilitam a decoração e dão a sensação de mais luz e espaço. A este nível, nos revestimentos, observa-se uma tendência para tons neutros, como bege, branco e cores terra”. Em resposta a esta tendência a empresa apresentou a colecção de revestimentos Elements, com quatro cores neutras e estruturas que conferem elegância estética aos espaços e promovem interiores minimalistas.

    “Na cozinha, caminhamos a passos largos para que este se torne um espaço multiusos: por um lado, de convívio e lazer para toda a família, por outro, de trabalho. Existe, por isso, uma maior preocupação com a decoração desta área, onde as cores vivas são uma opção cada vez mais frequente”, assegura o Conselho de Gerência da Revigrés, que aposta na colecção Revival, com revestimentos cerâmicos que assinalam o regresso do tijolo tradicional com brilho e uma palete de 9 cores contemporâneas. “Mais recentemente, lançámos também a coleção Season, revestimentos com cores e texturas que recriam o efeito do têxtil e promovem ambientes envolventes e acolhedores que apelam às novas sensações que resultam das histórias que se escrevem neste espaço”, conclui. Os responsáveis da empresa destacam ainda o sistema DECK SMART, um deck cerâmico para espaços exteriores de fácil encaixe, adequado para aplicação em piso sobrelevado. “A montagem desta solução é simples e rápida, através do encaixe e fixação de peças com linguetas, sobre uma estrutura. Esta estrutura pode ser aplicada em vários tipos de piso, como asfaltos, betão, compósitos, madeiras e isolamentos, entre outros”, recordam, sublinhando que “uma vez que é removível, DECK SMART facilita ainda a substituição de peças e o acesso a sistemas ocultos, como tubagens”.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Immersivus Gallery Porto acolhe exposição imersiva “A Cidade do Futuro”

    A galeria de arte imersiva desafiou alunos da licenciatura de Multimédia da Escola Superior de Media, Artes e Design a desenvolverem sete experiências artísticas multimédia que reflectem a visão dos jovens artistas sobre o futuro da humanidade

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    A partir de 23 de Março, a Immersivus Gallery, localizada na Alfândega do Porto, vai acolher a exposição multimédia “Immersivus X: Cidade do Futuro”, um conjunto de sete projecções a 360º graus que transportam o público, com todos os seus sentidos, para os futuros idealizados por 28 estudantes do segundo ano da licenciatura de Multimédia da ESMAD do Politécnico do Porto (P.Porto).

    Desenvolvida no âmbito do projecto “Immersivus X”, que pretende dar palco e visibilidade a talentos emergentes no domínio da arte multimédia, a exposição aborda diferentes perspectivas, partindo da tumultuosa realidade actual para criar interpretações artísticas impactantes, disruptivas e totalmente imersivas acerca do rumo da humanidade, dos espaços que esta habitará e das formas de vida que prevalecerão no planeta.

    Através desta iniciativa, os jovens artistas, na sua maioria entre os 19 e os 21 anos, vão poder aprofundar os seus conhecimentos ao nível da idealização, concepção e implementação de experiências imersivas e apresentar, pela primeira vez, os seus trabalhos a um público mais abrangente. “Immersivus X: Cidade do Futuro” terá uma duração total de cerca de 25 minutos e, no final, os visitantes poderão votar na sua projecção favorita, através de um QR Code.

    Para Edoardo Canessa, produtor executivo da Immersivus Gallery, “em plena era digital, é fundamental dar voz a novos talentos e conhecer o seu contributo não só para a arte, mas também para a reflexão acerca do rumo da humanidade e do futuro que eles próprios vão vivenciar. Nesta exposição é possível perceber claramente o impacto que as nossas acções já estão a ter na vida nos jovens e na forma como eles encaram o futuro, e sobre as quais é muito importante reflectir. Mas esta mostra é, acima de tudo, uma celebração do talento das novas gerações e um contributo para a construção do seu percurso artístico no contexto da Arte Digital, em Portugal e no mundo”, afirma.

    Para Rui Rodrigues, professor e um dos docentes da disciplina onde se desenvolveu este projecto, a par do professor Luís Félix, “cada vez mais é importante envolver os estudantes das universidades nas dinâmicas das cidades e na sua actividade artística/cultural. Esta iniciativa acaba por dar uma oportunidade única aos nossos estudantes da Licenciatura de Multimédia da ESMAD de pensar e desenvolver um projecto desde o seu início, e ao mesmo tempo mostrar a um público mais abrangente os resultados desta reflexão. O tema das Cidade do Futuro torna-se neste caso o mote para que os estudantes exibam, através de uma experiência imersiva, as suas inquietações, cenários e impacto das nossas acções num futuro que pode ser mais ou menos longínquo. Os jovens são o presente e o futuro de qualquer sociedade e é importante dar-lhes voz para que as suas preocupações ecoam e nos façam questionar constantemente”, sublinha o docente.

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    NBS traz a Portugal o arquitecto paisagista Kongjian Yu

    O arquitecto paisagista Kongjian Yu é presença confirmado do NBS Summit Urban Edition, o evento organizado Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV) e que irá decorrer entre 23 e 24 de Maio

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    Doutorado pela Harvard GSD (1995), decano da College of Architecture and Landscape Architecture Peking University e fundador da Turenscape, um dos mais proeminentes estúdios de arquitectura paisagista da China com mais de 500 colaboradores, Yu tornou-se numa das mais importantes e visionárias figuras da transformação urbana das cidades contemporâneas. A par da sua vasta prática projectual que procura integrar soluções conjuntas entre elementos tradicionais e contemporâneos chineses, Yu é igualmente reconhecido por ter desenvolvido o conceito de design ecológico Sponge City.

    Yu é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho inovador na criação de espaços urbanos que harmonizam de forma única a natureza e a função humana nomeadamente pelo conceito Sponge Cities que visa enfrentar os desafios de inundações urbanas e escassez de água por meio de infraestruturas naturais e sustentáveis.

    As suas investigações sobre Ecological Security Patterns (1995) e Ecological Infrastructure, Negative Planning and Sponge Cities (2003) foram adotadas pelo Governo Chinês (2013) como directrizes para as campanhas de protecção e restauração ecológica. Tendo ajudado na transição das políticas ecológicas chinesas a nível nacional e tendo sido implementadas em mais de 200 cidades. Esta passagem de um urbanismo centrado no desenvolvimento económico para um urbanismo ecologicamente prudente deveu-se às mais de 600 palestras que Yu dirigiu a ministros, presidentes de câmara, e técnicos, assim como às numerosas cartas dirigidas aos principais dirigentes chineses.

    O conceito de Sponge Cities centra-se na problemática das inundações urbanas aceleradas pelas alterações climáticas, introduzindo zonas infra-estruturais em grande escala, como zonas húmidas construídas, vias verdes, parques, coberturas ajardinadas, entre outras, que actuem como dispositivos “esponja”, retendo a água em vez de drená-la. Através desta metodologia de Yu, é expectável que até 2030, 80% das cidades onde a estratégia foi implementada, sejam capazes de absorver 70% da sua precipitação.

    Ao longo de sua carreira, Kongjian Yu tem sido um defensor incansável das soluções baseadas na natureza, acreditando firmemente no poder transformador que têm para criar cidades mais sustentáveis, resilientes e habitáveis.

    Com o apoio do Município do Porto através da Águas e Energia do Porto, o evento decorre de 23 e 24 de Maio na Super Bock Arena, reunindo líderes, especialistas, investigadores e profissionais comprometidos com o avanço das Soluções Baseadas na Natureza (NBS) e do desenvolvimento urbano sustentável.

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    “Arquitecturas provocadas pela transição” dão o mote à 13ª edição da Open House

    Na sua 13.ª edição, a Open House Lisboa pretende ajudar a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências

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    Olhando para a transição como o processo que enquadra a mudança, qual o impacto que provoca na arquitectura, quando esta se expressa através de renovações, que abarcam diversas funções e valorizam a versatilidade e o hibridismo espacial? Esta é a questão que o Open House Lisboa levanta na sua 13.ª edição e que pretende ajudar a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências.

    Com data marcada para o fim-de-semana de 11 e 12 de Maio, a iniciativa, que inclui um programa de visitas e passeios, desvenda os primeiros espaços já confirmadas para a edição deste ano. São eles o campus do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil que ocupa uma área de 22 hectares, classificado Monumento de Interesse Público, a Capela de Santo Amaro. Desenhada pelo autor do claustro do Convento de Cristo em Tomar, é uma obra renascentista classificada Monumento Nacional, o palacete do século XVIII Santa Clara 1728 reconvertido em hotel pelo arquitecto Manuel Aires Mateus, o Palácio Sinel de Cordes, um espaço que já foi casa, embaixada e escola, passando agora a sediar um pólo cultural dedicado à arquitectura, uma livraria e uma cafetaria vegana com um projecto de reabilitação do atelier FSSMGN Arquitectos, o Centro Ismaili. Situado nas Laranjeiras, é um templo religioso de arquitectura imponente e jardins sumptuosos, da autoria de Frederico Valsassina Arquitectos e Raj Rewal Associates, o Teatro Thalia transformado num espaço multiuso, é reconhecível pelo seu corpo massivo de betão pigmentado de terracota da autoria de Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitectos e o antigo Hotel Vitória, actual sede do Partido Comunista Português, é um edifício da autoria do arquitecto Cassiano Branco que conjuga a solidez sóbria do Modernismo com o Art Deco. A lista, conhecida até agora, conta para já com duas novidades: a Galeria Avenida da Índia — Galerias Municipais, um amplo espaço de carácter industrial que foi recuperado em 2015 pela EGEAC para acolher uma programação de artes visuais e, o “ambicioso” Plano de Drenagem de Lisboa, que inclui uma visita à escavação do primeiro túnel que liga Monsanto-Santa Apolónia, preparando a cidade para os desafios futuros e das alterações climáticas

    Habitações criadas de raiz para outro fim; edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis; novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais; edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas actividades; ou ainda conventos, mosteiros e palácios que, ao longo da sua existência, tiveram inúmeras utilizações, mostrando a sua plasticidade funcional e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo são alguns dos géneros de espaços a visitar.

    Entretanto, encontra aberta a ‘chamada’ ao voluntariado, que está aberta até 20 de Abril e que integra um programa de intercâmbio europeu que dá oportunidade a quem participa nesta 13.ª edição de viajar até Bilbao (5 e 6/10), Barcelona (26-27/10), Tessalónica (por anunciar) e conhecer outras formas de fazer cidade.

    A rede de cidades do Open House Worldwide continua a crescer, passando em 2024 a incluir mais cinco cidades: Miami, Berna, Murcia, Hong Kong e Zaragoza.

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    Francisco Lobo e Romea Muryń

    Arquitectura

    Locument escolhido para curadoria da 11ª edição do Arquiteturas Film Festival

    Francisco Lobo e Romea Muryń são os rostos do estúdio de pesquisa, sediado no Porto, que combina cinema, arquitectura e investigação urbana. O AFF acontece entre os dia 27 a 30 de Junho

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    O estúdio de pesquisa, sediado no Porto, que combina cinema, arquitectura e investigação urbana, Locument são os curadores convidados para a 11ª edição do Arquiteturas Film Festival (AFF). Com o tema “Aprender a Desaprender” e através de um programa de filmes, debates, instalações e passeios, o AFF irá reflectir sobre questões prementes como a justiça social, a crise ecológica e a descolonização, que acontece de 27 a 30 de Junho, no Porto. 

    Partindo de cenários contemporâneos, o colectivo viaja para locais únicos para desenvolver os temas da sua pesquisa. “Mergulhando nas histórias que reflectem problemas com ressonância global, o seu trabalho centra-se na recriação de enredos complexos escondidos sob a superfície do espectro visível”, destaca a organização do AFF.

    Fundado em 2015 por Francisco Lobo e Romea Muryń, os trabalhos dos Locument foram exibidos internacionalmente em exposições e festivais de cinema como a 15ª Exposição Internacional de Arquitectura – La Biennale di Venezia, em Itália; a 25ª Bienal de Design Ljubljana, na Eslovénia; Arquitecturas Film Festival, em Portugal; Archstoyanie Festival Festival no Nikola-Lenivets Art Park, na Rússia; In-Between Conditions Media Art Festival Tbilisi, na Geórgia; Commiserate Chicago Media Art Festival, nos EUA e no Architecture Film Festival, em Roterdão, entre outras colaborações.

    A par da curadoria, são também já conhecidos os realizadores convidados para a edição de 2024 do AFF. Focando o seu interesse sobretudo no modo como o ambiente construído molda e influencia a vida quotidiana, Ila Bêka e Louise Lemoine têm desenvolvido uma abordagem única e pessoal, que pode ser definida, seguindo o autor francês Georges Perec, como uma “antropologia do ordinário”. Apresentados pelo The New York Times como “figuras de culto do meio arquitectónico europeu”, o trabalho de Bêka & Lemoine tem sido amplamente aclamado como “uma nova forma de crítica” que “mudou drasticamente o modo como vemos a arquitectura”.

    O Arquiteturas Film Festival é organizado pelo Instituto e dirigido pelo arquitecto Paulo Moreira. Fundado em 2018, o Instituto é uma plataforma sediada no Porto para discutir e divulgar a arquitectura e as suas intersecções com as artes visuais e espaciais, o pensamento crítico e as colaborações interdisciplinares.

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    Crédito: Tom Welsh // Pritzker

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    Riken Yamamoto, o arquitecto que define ‘comunidades’, vence o Pritzker de 2024

    “Pela forte e consistente qualidade dos seus edifícios, ele visa dignificar, melhorar e enriquecer as vidas dos indivíduos – desde crianças até idosos – e as suas conexões sociais”, afirmou ainda o júri. “Para ele, um edifício tem uma função pública mesmo quando é privado.”, acrescenta a nota do júri que reconhece, pela nona vez, a arquitectura japonesa

    Ricardo Batista

    Está encontrado o nome do vencedor do Prémio Pritzker de 2024. A distinção deste ano de um dos mais prestigiados galardões da área da arquitectura vai ser entregue ao japonês Riken Yamamoto, arquitecto “que promove o sentido de comunidade” e que, segundo o júri, consegue produzir arquitectura tanto como pano de fundo quanto como primeiro plano para a vida quotidiana, confundindo as fronteiras entre as suas dimensões públicas e privadas, e multiplicando oportunidades para as pessoas se encontrarem espontaneamente por entre estratégias de design precisas e racionais”.

    Yamamoto torna-se assim o nono arquitecto japonês a vencer esta distinção, o que coloca o Japão como a nação com maior número de galardoados, superando assim os Estados Unidos. Para Alejandro Aravena, presidente do júri e vencedor do troféu em 2016, “uma das coisas de que mais precisamos no futuro das cidades é criar condições através da arquitectura que multipliquem as oportunidades para as pessoas se reunirem e interagirem. Ao esbatermos cuidadosamente a fronteira entre público e privado, Yamamoto contribui de forma positiva para além do objetivo, permitindo a formação de comunidade”, pode ler-se na nota justificativa da escolha de Yamamoto. “Pela forte e consistente qualidade dos seus edifícios, ele visa dignificar, melhorar e enriquecer as vidas dos indivíduos – desde crianças até idosos – e as suas conexões sociais”, afirmou ainda o júri. “Para ele, um edifício tem uma função pública mesmo quando é privado.”, acrescenta a mesma nota.

    Em declarações à Fundação Pritzker a partir de Yokohama, onde está sediado, Yamamoto afirmou que se sentia orgulhoso e “surpreendido” por ganhar o prémio, visto como o Nobel da arquitetura, nesta fase da sua carreira. “Em breve farei 79 anos”, disse. “Este prémio é um momento importante para mim. No futuro próximo, penso que muitas pessoas me ouvirão muito atentamente. Talvez eu possa expressar a minha opinião mais facilmente do que antes.” O arquiteto explicou que a sua arte não é apenas desenhar edifícios, mas desenhar no contexto dos seus arredores e, esperançosamente, impactar também esses arredores.

    Um dos exemplos mais paradigmáticos da linguagem arquitectónica de Yamamoto é o quartel da corporação de Bombeiros de Hiroshima Nishi, projetado em 2000, com uma fachada, paredes interiores e pisos feitos de vidro. O edifício convida o público a experienciar as actividades diárias dos bombeiros, algo que raramente se vê. O resultado encoraja os transeuntes “a observar e interagir com aqueles que protegem a comunidade, resultando num compromisso recíproco entre os funcionários públicos e os cidadãos que servem”, afirmaram os organizadores. Normalmente, explicou Yamamoto, uma estação de bombeiros seria construída em betão. Ele tinha uma perspectiva diferente, que apresentou num concurso com outros arquitetos.

    “Propus uma ideia muito radical,” disse Yamamoto. “A ideia era que a estação de bombeiros deveria ser o centro da comunidade. Não apenas o seu trabalho de combate a incêndios, mas a sua vida diária deveria ser o centro, porque eles vivem no local e durante 24 horas têm atividades.” Ele descreveu os bombeiros a treinar com cordas e escadas num átrio central visível do exterior.

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    Arquitecto chileno Iván Bravo em conferência no Porto

    Sob o título ‘Obra/Obra’, Iván Bravo, marca presença em mais um ciclo de conferências ‘Matéria: conferências brancas [Matter: the white conferences]’, que terá lugar esta quinta-feira, dia 7 de Março, às 18h30, no Auditório Fernando Távora da FAUP

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    O arquitecto chileno Iván Bravo vai marcar presença em mais um ciclo de conferências ‘Matéria: conferências brancas [Matter: the white conferences]’. A sessão está agendada para esta quinta-feira, dia 7 de Março, às 18h30, no Auditório Fernando Távora da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP).

    Sob o título ‘Obra/Obra’, Iván Bravo reflectirá sobre a identidade da prática do seu atelier, com o mesmo nome, enquanto apresenta um conjunto de obras recentes, associadas ao tema do habitar, de diferentes escalas, do processo de projecto ao resultado construído.

    “Seja pictórico, musical, literário ou arquitectónico, o conceito de obra significa a realização de um processo criativo realizado por um artista. Pelo contrário, os projectos realizados por um arquitecto raramente são chamados de “obra”, mas sim pelo programa a que respondem: casa, cabana, edifício. Poderíamos dizer que, ao contrário de outras disciplinas criativas que se consagram quando realizadas como obras de arte, a arquitectura é uma obra, no seu sentido artístico, que é, simultaneamente, entendida como um artefacto em construção, um mecanismo vivo feito de matérias-primas e governado apenas por restrições estruturais e técnicas de construção”, afirma o arquitecto.

    Iván Bravo é arquitecto e mestre em fotografia e dedica-se à prática da arquitectura desde 2002, sobretudo com projectos de pequena e média escala, em cujo desenvolvimento se combinam materiais e práticas de diferentes disciplinas artísticas.

    Iván Bravo complementa a prática em atelier com a prática académica, em diferentes universidades do Chile. O seu trabalho foi apresentado, em conferência, em diferentes países da América do Sul, e em exposição, nomeadamente, nas Bienais de Arquitectura e Design do Chile e de Buenos Aires. Foi publicado nas revistas Domus, Arquitetura Viva e Summa+, entre outras.

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    CCB debate habitação e construção ‘comum’

    Para aprofundar os argumentos em torno da propriedade e dos cuidados não especulativos no âmbito da exposição Habitar Lisboa, o CCB convidou o filósofo francês Pierre Dardot, que conta com a participação dos arquitectos Joanne Pouzenc e Alex Römer, do Construlab

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    Perante a grave crise de habitação e as sérias consequências da privatização da terra, como subverter o sistema convencional de propriedade para implementar uma propriedade coletiva de bens comuns? Como podem os arquitectos contribuir para qualificar a compreensão da produção e do cuidado do habitat colectivo? Pode o design reforçar a pertença à comunidade e aumentar o sentido de lugar?

    Para aprofundar os argumentos em torno da propriedade e dos cuidados não especulativos no âmbito da exposição Habitar Lisboa, o CCB convidou o filósofo francês Pierre Dardot para desenvolver a actividade prática do Comum e articular a forma como o Comum se tornou o princípio definidor e uma ferramenta conceptual crítica para os movimentos políticos alternativos no século XXI.

    A mesa-redonda, que acontece dia 17 de Março, no Centro de Arquitectura / Garagem Sul, junta, ainda, a Dardot, os arquitectos Joanne Pouzenc e Alex Römer, do Construlab, que defendem que a união pode ser fomentada através do design e que o nosso objectivo deve ser o de construir terrenos não apenas comuns mas também de convívio. A conversa é moderada pela crítica e curadora Julia Albani.

    Esta conversa é a primeira de uma série de eventos em torno do Comum, iniciada e organizada pelo Institut Français du Portugal e pelo Goethe-Institut Portugal, em parceria com o Centro de Arquitectura / Garagem Sul, desenvolvida no âmbito do programa paralelo da exposição Habitar Lisboa (comissariada por Marta Sequeira), por ocasião do próximo festival “Uma Revolução Assim — Luta e Ficção: A questão da habitação”, uma iniciativa do Goethe-Institut Portugal, em parceria com a Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos, com curadoria de Julia Albani.

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    Guia dá a conhecer a arquitectura bioclimática e eficiência energética nos Açores

    Na primeira parte do Guia é abordado a arquitectura e o clima em mudança, com passagem pela arquitectura bioclimática e a eficiência energética, Já na segunda parte, são reunidos contributos que oferecem uma visão sobre o ambiente construído e os edifícios, face às exigências de um clima instável e de recursos naturais limitados

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    A Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos (SRAZO), apresentou o ‘Guia de Formação em Arquitectura Bioclimática e Eficiência Energética nos Açores’. Um documento que contou com a colaboração de profissionais das áreas da ecologia do ambiente construído, da arquitectura bioclimática e das eficiências energética e que, segundo o arquitecto Nuno Costa, resultou do “convite” do departamento da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas do Governo dos Açores.

    Este Guia, desenvolvido no âmbito do projecto “Planclimac”, que procura promover a Macaronésia como um laboratório de estudos sobre as alterações climáticas, destina-se, sobretudo, a profissionais de arquitectura e engenharia, sendo o seu principal objetivo “permitir o desenvolvimento das suas competências na execução de projectos que melhorem o comportamento térmico, a eficiência energética e a circularidade ao longo de toda a vida dos edifícios, permitindo a redução de emissões poluentes, especialmente de CO2”.

    Atentos à crescente importância que temáticas como o ambiente e as alterações climáticas têm vindo a ter junto da sociedade, mostrando-se a arquitectura como um importante contributo para a melhoria da qualidade e sustentabilidade do ambiente construído, este documento tem como objectivo divulgar uma “visão informada e crítica” sobre o edificado, a infraestrutura e a prática da arquitectura, num momento de reencontro com os princípios da arquitectura bioclimática, condicionado por um quadro regulamentar da construção denso e evolutivo no domínio do desempenho energético dos edifícios.

    São, assim, abordados no Guia os desafios energéticos e climáticos glocais no ambiente construído; os princípios de arquitectura bioclimática; a térmica de edifícios; e, os requisitos de contenção e eficiência energética. Na primeira parte do documento é feita uma introdução à arquitectura e ao clima em mudança, seguida de breves textos sobre arquitectura bioclimática e sobre eficiência energética, em edifícios e nos Açores. Na segunda parte, são reunidos contributos que oferecem uma visão sobre o ambiente construído, e os edifícios, face às exigências de um clima instável e de recursos naturais limitados.

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    Broadway Maylan assina renovação do Hotel Mundial

    O projecto de requalificação, que visa recuperar o glamour dos anos 60, terá uma duração prevista de três anos. Além da renovação dos quartos, o ponto central do projecto será a abertura da entrada original, criando uma conexão ao bar do hotel. No primeiro andar, irá ser remodelado o terraço exterior, criando ligação directa com o restaurante

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    Marcado pelo movimento modernista de meados do século XX, o Hotel Mundial, em Lisboa, vai ser objecto de uma profunda remodelação para responder “à crescente procura de alojamento turístico de alta qualidade na cidade”.

    Gerido pela PHC Hotels – Portuguese Hospitality Collection, o “icónico” hotel foi projectado por Porfírio Pardal Monteiro, que com a sua “vincada e distinta” personalidade, marcou a trajectória estética citadina. Desde a sua inauguração, em 1958, o hotel foi alvo de quatro extensões diferenciadas. Para 2024 está previsto o início do projecto de requalificação, numa visão totalmente integrada e que visa recuperar o glamour dos anos 60 e cuja “missão” foi atribuída à Broadway Malyan.

    “O Hotel Mundial ocupa um lugar importante na transformação de Lisboa numa cidade moderna e global e estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Broadway Malyan, para garantir que o hotel continue a fascinar e a encantar os seus hóspedes e clientes durante muitos anos. Estamos a trabalhar no presente e a preparar o future”, afirma Miguel Andrade, director geral de Operações da PHC Hotels.

    Como parte do projecto, a Broadway Malyan irá remodelar as áreas comuns do hotel, incluindo a recepção, lobby e bar, que vai passar a ter esplanada e que apresenta um novo conceito de restauração. No piso 1, toda a área de restauração vai ganhar uma nova disposição, tirando maior partido da luz natural e da vista para a futura Praça do Martim Moniz. Ainda neste piso nasce uma área de reuniões e eventos que de seis passam oito salas, todas com luz natural.

    “O Hotel Mundial era diferente de tudo o que existia na cidade quando foi inaugurado há 65 anos, criando um marco contemporâneo impressionante num dos bairros mais históricos de Lisboa. Nos últimos anos, a cidade registou uma explosão de investimento, com a Baixa Pombalina a emergir como um dos bairros mais vibrantes da cidade, e estamos muito entusiasmados por ter a oportunidade de ajudar a transformar o Hotel Mundial e recuperar a sua posição como um dos principais destinos hoteleiros da cidade”, destaca Margarida Caldeira, directora global hospitality da Broadway Malyan e responsável pelo escritório de Lisboa.

    As obras de requalificação, com uma duração prevista de três anos, terão início nos pisos 0 e 1 e nos seguintes anos com a renovação dos seus quartos, que passam a ser 317, com 10% de suites nos pisos 8 e 9 e 10% comunicantes.

    O ponto central do projecto será a abertura da entrada original, criando uma conexão ao bar do hotel, que ajudará a potenciar uma nova ligação entre a unidade e a sua localização urbana privilegiada e que vai permitir criar uma relação de maior proximidade entre as áreas do lobby/recepção e bar.

    No primeiro andar, o Hotel Mundial irá remodelar o terraço exterior, criando ligação directa com o restaurante, bem como um centro de negócios com uma nova recepção para um conjunto de salas de reuniões. Está, ainda, previsto a criação de um jardim no pátio já existente.

    Além do Hotel Mundial, o portfólio da PHC Hotels inclui o Portugal Boutique Hotel e a My Suite Lisbon Guest House – Príncipe Real, e, recentemente, o Convent Square Hotel Vignette Collection. Todas localizadas no coração de Lisboa, cada unidade hoteleira tem a sua própria identidade e conceito diferenciador.

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    Recém inaugurada Ala Álvaro Siza recebe primeiras exposições

    As exposições C.A.S.A Colecção Álvaro Siza – Arquivo e Anagramas Improváveis abrem ao público este Sábado, dia 24 de Fevereiro

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    A Fundação de Serralves inaugura esta semana um conjunto de exposições que inauguram a Ala Álvaro Siza. Assim, a partir deste Sábado, dia 24 de Fevereiro, ficam patentes a Colecção Álvaro Siza – Arquivo e Anagramas Improváveis.

    A exposição C.A.S.A – Colecção Álvaro Siza – Arquivo, centra-se, assim, no Arquivo Álvaro Siza da Fundação de Serralves, particularmente nas experiências seminais das primeiras casas, bem como nos projectos de habitação social do pós-revolução que arrebataram a Europa, e na criação de uma espécie de Casa para a Cidade, na inacabada Avenida da Ponte, ou de uma Casa para a Nação, no então vazio Pavilhão de Portugal. Mais tarde, Siza proporia Casas para a própria Arquitectura, uma não construída na sua terra natal, Matosinhos, outra recentemente concluída no Parque de Serralves.

    A mostra incluirá um amplo espectro de projectos para lá dos muros de Serralves, outras Casas de Cultura, Casas de Conhecimento, Casas de Fé, Casas de Lazer, Casas de Comércio, Casas de Família, Casas do Povo, Casas de Trabalho. O escritório de Siza é, por vezes, mais a sua casa do que o apartamento onde habita e por isso os noves segmentos da exposição, um para cada década da sua vida, serão complementados pela arte que o arquitecto produz à parte, por puro prazer, e que generosamente doou à Colecção de Serralves.

    Já ‘Anagramas Improváveis’ é a primeira exposição apresentada na recém-inaugurada extensão do Museu, a Ala Álvaro Siza, dedicada a acolher no futuro todas as mostras da colecção, ou dedicadas à arquitectura e aos vários arquivos depositados na Fundação de Serralves.

    Embora concebido pelo arquitecto que desenhou o Museu de Serralves inaugurado há 25 anos, este novo edifício propõe uma experiência de circulação muito diferente, na medida em que a permite aos curadores pensarem numa exposição que desafia quaisquer percursos ou ideias pré-definidas sobre a Colecção de Serralves, apostando em relações inéditas e intrigantes entre obras de artistas de diferentes gerações e nacionalidades.

    A partir da figura do anagrama, pensou-se uma exposição que contivesse em si mesma uma grande pluralidade de possibilidades de escrita e de leitura. Ao mesmo tempo, o seu título remete para uma das características principais da arte contemporânea portuguesa – a relação com a linguagem – e para um grupo de artistas (nomeadamente Ana Hatherly e E.M. de Melo e Castro) que tiveram, através da Poesia Experimental, um papel fundamental na eclosão e desenvolvimento da contemporaneidade artística portuguesa.

    ‘Anagramas Improváveis’ contempla a ancoragem da Colecção de Serralves nestes movimentos artístico-literários dos anos 1960–70 – bem como na mítica exposição portuguesa Alternativa Zero (1977) e na exposição-manifesto que inaugurou o Museu e Serralves, Circa 1968 (1999), mas olha para o passado com os olhos do presente, nomeadamente, através de diálogos entre obras produzidas em tempos e geografias muito distantes.

    Assim, além de uma encomenda (a artista portuguesa Luísa Cunha produziu uma peça sonora especificamente para o novo edifício), apresenta-se uma série de obras adquiridas recentemente de artistas relativamente jovens (Martine Syms, Juliana Huxtable, Korakrit Arunanondchai, Zanele Muholi, Julie Mehretu, Arthur Jafa, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Alexandre Estrela, Trisha Donnelly, entre outros), algumas adaptadas ao espaço com a cumplicidade dos seus autores, lado a lado com obras de artistas pertencentes a gerações mais antigas, ou considerados históricos (exemplos de Joan Jonas, Lourdes Castro, Lothar Baumgarten, Cabrita, Julião Sarmento, Paula Rego, Lygia Pape, Ana Jotta e Marisa Merz, entre muitos outros).

    Recorde-se que a Ala Álvaro Siza, constitui um marco na história da Fundação de Serralves, ao mesmo tempo que presta uma merecida homenagem ao seu autor, assinalando a relação próxima entre Serralves e o genial arquitecto, há mais de três décadas. Tendo-se iniciado com a construção do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 1999, que celebra este ano o seu 25º aniversário, a que se seguiram, a construção da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, em 2019, a recuperação da Casa de Serralves, em 2021, a construção da Casa dos Jardineiros, também em 2021 entre muitos outros projectos realizados em estreita colaboração.

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