Estarreja vai recuperar antiga fábrica de arroz com projecto do Asterisco
Está formalmente adjudicada a empreitada que vai permitir a recuperação da antiga fábrica de descasque de arroz de Estarreja, que será transformada em Fábrica da História, um investimento estimado em 1,2 milhões de euros
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Está formalmente adjudicada a empreitada que vai permitir a recuperação da antiga fábrica de descasque de arroz de Estarreja, que será transformada em Fábrica da História, um investimento estimado em 1,2 milhões de euros.
A empresa Carlos Dias Martins vai assim materializar o projecto concebido pelo atelier Asterisco, que recupera um edifício votado hoje ao abandono, tornando-o num equipamento de uso colectivo, procurando revitalizar uma significativa área da cidade, prolongando-a para Sudoeste, “num processo de reencontro da cidade com a Ria e com os territórios rurais que, por excelência, ali se distendem até ao Baixo Vouga Lagunar”.
O projecto está inserido numa mais vasta acção estratégica e territorial do Município de Estarreja, numa perspectiva modernizadora e sustentável, fomentando a regeneração e a contenção urbana, num território que se pretende de integração social, de reinvenção e preservação da identidade colectiva, sedimentando uma vocação própria do lugar e de criação de mais valias sociais e económicas para a envolvente, que se tem vindo progressivamente a degradar.
Esta acção estratégica é ainda consolidada, numa perspectiva museológica, através do reencontro entre as técnicas, os métodos e os saberes das actividades produtivas tradicionais do cultivo do arroz, potenciando a leitura e a interpretação da relação harmoniosa entre as actividades do homem e da natureza.
Segundo os autores do projecto, o” edifício está, a sul, fisicamente conectado a diferentes cotas a um outro edifício também de génese industrial, tendo formado este conjunto um notável momento de urbanidade industrial com características hoje de elevada densidade histórica e cultural. Este conjunto de edifícios, por estarem presentemente em elevado estado de degradação e situados em periferia urbana, geraram um espaço propício ao desenvolvimento da marginalidade e que exige ser resolvido e controlado, através de uma estratégia que discuta a produção social do espaço urbano, em matéria de urbanismo”.
A norte, existe uma zona verde desqualificada e um estacionamento que serve, de grosso modo, a estação ferroviária da cidade, e que, após análise e reflexão da envolvente, acreditamos que merece ser potenciada, no sentido de, não só aumentar a capacidade de estacionamentos para satisfazer as necessidades do futuro programa a estabelecer no edificado a intervir, mas também para servir de charneira entre o edifício e quem vem da estação ferroviária.
O projecto assenta na criação de um circuito museológico não convencional, com recurso a novas tecnologias, que permitirá aos visitantes “imergir num universo que os transporta quer para a cultura do arroz, no Baixo Vouga Lagunar, quer para a própria fábrica”, prevendo-se igualmente a criação de um estabelecimento de restauração e uma zona multifuncional.