“Queremos afirmar a cidade do Porto como o coração criativo do País”
Carla Maia, responsável de marketing da Exponor, abre as portas da Concreta de 2019 e fala de uma edição que será o espelho de “um novo fôlego que as empresas e os profissionais estão a vivenciar” Que expectativas tem a organização para a edição deste ano da Concreta? Dois anos depois, a Concreta regressa à… Continue reading “Queremos afirmar a cidade do Porto como o coração criativo do País”
BOMO Arquitectos assinam reconversão de casa rural em Silves (c/ galeria de imagens)
O expectável aumento do volume de investimento na hotelaria europeia
Roca apresenta “Sparking Change” na Fuorisalone
Habitação: Câmara de Lagos aprova investimento de 9,4M€ na compra de terrenos
Vila Galé inaugura hotéis na Figueira da Foz e Isla Canela
Prémio Nacional do Imobiliário 2024 distingue empreendimentos do sector
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
Carla Maia, responsável de marketing da Exponor, abre as portas da Concreta de 2019 e fala de uma edição que será o espelho de “um novo fôlego que as empresas e os profissionais estão a vivenciar”
Que expectativas tem a organização para a edição deste ano da Concreta?
Dois anos depois, a Concreta regressa à Exponor, de 21 a 24 de Novembro, com uma ambiciosa missão: afirmar a cidade do Porto como o coração criativo do país.
Posicionando-se como um fórum de ideias e tendências, que integra novas disciplinas criativas, como o design, sustentabilidade e inovação, o objectivo maior passa pela criação de pontes de contacto entre os vários agentes da indústria, entre a arquitectura e a engenharia, entre os nomes consagrados e os novos talentos, entre os profissionais e as marcas, cruzando visões e sinergias.
Na edição anterior testemunhamos vários casos práticos de parcerias que se concretizaram em projectos e é essa interacção que queremos continuar a alimentar.
Que particularidades destaca face à edição de 2017?
Perante a edição anterior, a Concreta apresenta um renovado formato de exposição que permite uma nova experiência de visita. Foram idealizados percursos que obrigam a passagem pelas mais de 25 “Praças Concreta”: espaços de criação e inovação, que dão palco a disciplinas periféricas, mas que cada vez mais interagem com o universo da construção e da arquitectura, como o design, a ilustração, a fotografia e o vídeo. Estes espaços são eles próprios uma expressão artística assinada pelos autores convidados.
Estarão em exposição várias propostas provocadoras como é exemplo o projecto “Get Hands Dirty” da artista portuguesa Cristiana Felgueiras, que promove a criação e construção com as próprias mãos e soma mais de 520.000 subscritores no seu canal de Youtube. Também o arquitecto e ilustrador Vasco Mourão (Mister Mourão) terá uma Praça dedicada, onde irá apresentar o seu mais recente trabalho, uma obra que se situa entre a escultura e o desenho bidimensional.
Outra das novidades é o Ponto Ora, um espaço que procura dar a conhecer projectos das pequenas indústrias, marcas ou serviços das áreas criativas. Com curadoria de Ana Resende e Teresa Ribeiro, este será o ponto de encontro com o estúdio de encadernação Alfaiate do Livro, os têxteis estampados à mão da Atelier Karaka, o mobiliário de cortiça modular da COMO, as propostas upcycling da Elleonor, as criações em papel 2D e 3D do Estaminé Studio, os objectos de design contemporâneo da Madre, as soluções de reciclagem de plástico da Precious Plastic, as técnicas de impressão da gráfica Saúde & Sá ou os originais estilos de caligrafia e tipografia do Xesta Studio.
Que leitura faz do mercado agora que se abrem as portas da edição deste ano da feira?
Entendemos que o mercado atravessa um período de grande ebulição. Por um lado, pela elevada procura, tanto na área da reabilitação como da nova construção, por outro, pela necessidade de adopção de novos princípios de construção sustentável e novos materiais de construção.
Prevemos que esta 29ª edição será, portanto, o reflexo desta mudança de paradigma e de um novo fôlego que as empresas e os profissionais estão a vivenciar.
A Concreta pretende impulsionar a área da construção, da arquitectura, do design e da engenharia do futuro, tanto no contexto nacional como ainda tendo em vista os mercados externos. Deste modo, serão apresentadas novidades técnicas e tecnológicas, novas soluções e novos materiais. No que toca às tendências, o evento destaca a arquitectura colaborativa – conceito vem dar espaço a colaborações entre arquitectos, de diversos países, com diferentes visões e em alguns casos simbioses perfeitas entre jovens arquitectos e os mais experientes, mas também entre os arquitectos e os profissionais de outras áreas complementares à arquitectura – e a economia circular – que promove o uso sustentável dos recursos e rejeita a constante extracção, transformação, consumo e descarte intensivos dos recursos naturais, gerando resíduos.
Empresas mais optimistas? Em termos de expositores, confirma-se esse optimismo?
Sentimos que as empresas estão a acompanhar o ritmo acelerado a que o sector evolui e que se preocupam, cada vez mais, em se adaptarem às novas tendências e necessidades do mercado. Na Concreta, os profissionais vão encontrar as ferramentas necessárias para reavivarem o seu negócio, conhecerem novos modos de actuar e as tendências a disseminar. Até ao momento, temos a confirmação da presença de 380 expositores.
Quais vão ser os grandes destaques em termos de iniciativas paralelas?
Idealizamos uma diversificada agenda de actividades paralelas que conta com reputados especialistas das áreas da arquitectura, engenharia e construção.
Destacamos a exposição madrilena Astral Bodies, do Enorme Studio by FINSA – WOW. Trata-se de uma exibição de corpos celestes – peças de painéis de MDF com as mais exuberantes cores, texturas e acabamentos – que convocam à exploração do território desconhecido dos corpos astrais e do papel reflexivo da arquitectura.
Os holofotes estarão também apontados para o momento da conferência do aclamado arquitecto Francis Kéré, vencedor do “Prémio Aga Khan de Arquitectura” em 2004, pelo seu primeiro edifício – uma escola na sua terra natal, no Burkina Faso, que não só projectou, como liderou a recolha de fundos e a sua construção, em colaboração com a comunidade local. Actualmente baseado em Berlim, tornou-se um dos grandes nomes da arquitectura contemporânea, pela sua abordagem comunitária e pelo compromisso com materiais e processos de construção sustentáveis. A conferência decorrerá no primeiro dia da Concreta, dia 21 de Novembro, às 18h00.
A Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto irá ainda demonstrar, ao vivo, uma construção em terra – uma tradição secular nas aldeias e vilas alentejanas – com recurso a materiais naturais, renováveis e reutilizáveis, com vista à construção mais sustentável.
Destaque ainda para a 2ª edição do Prémio Concreta Under 40 by CIN, que tem como objectivo premiar a criatividade e o pensamento disruptivo, distinguindo um projecto assinado por um arquitecto até aos 40 anos de idade. No concurso, serão avaliadas obras construídas em território nacional, da autoria de arquitectos portugueses que se destacam pela capacidade criativa e de inovação, aliadas à qualidade técnica. Num momento pós-crise, queremos incentivar os jovens arquitectos, construindo-lhes pontes de comunicação e reenquadrando-os no campo mais prático e técnico da arquitectura. Quem ganha o prémio Concreta, ganha reconhecimento e divulgação do trabalho construído que poderá resultar em projectos futuros.