Produção na Construção deve fechar o ano com crescimento de 6%
De acordo com a análise da conjuntura da FEPICOP, o segmento da construção de edifícios deverá registar o crescimento mais intenso, +7,9% em termos reais, com um acréscimo de 12,0% na produção de edifícios residenciais e uma variação de +3,6% na construção de edifícios não residenciais.
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A Federação Portuguesa da Industria da Construção e Obras Públicas estima que o ano de 2019 possa terminar com um crescimento de 6% no que respeita à produção no sector face ao apurado em 2018, reforçando, de acordo com a associação “o andamento positivo dos últimos dois anos”.
A organização liderada por Ricardo Pedrosa Gomes assinala, desde logo, o crescimento de mais de 16% do consumo de cimento até Outubro, ao passo que a Formação Bruta de Capital Fixo da Construção, calculada pelo INE, cresceu 11,7% nos primeiros três trimestres do ano, enquanto o VAB cresceu 8,4% no mesmo período, em termos homólogos.
De acordo com a análise da conjuntura da FEPICOP, o segmento da construção de edifícios deverá registar o crescimento mais intenso, +7,9% em termos reais, com um acréscimo de 12,0% na produção de edifícios residenciais e uma variação de +3,6% na construção de edifícios não residenciais. A propiciar estes acréscimos destacam-se os aumentos de 44% no número de fogos novos licenciados e de 16% na área licenciada para construção de edifícios não residenciais, ambos em 2018 e em termos homólogos, cuja concretização das respectivas obras durante o ano de 2019 veio a resultar em taxas de crescimento neste ano superiores às do ano anterior.
A associação assinala a evolução do segmento dos edifícios não residenciais, mais concretamente a componente privada, que cresceu +4,0%, em resultado da evolução da área de construção licenciada referida anteriormente, enquanto a produção da sua componente pública deverá evoluir, em termos anuais, em redor dos +3,0%.
Por seu turno, a produção de trabalhos de engenharia civil deverá vir a registar um crescimento real de 4% em termos anuais, em consequência dos crescimentos de 55% e de 3%, em 2017 e 2018 respectivamente, observados no montante de contratos de empreitadas de obras públicas celebrados nesses anos. Já em 2019 manteve-se um crescimento assinalável do montante contratado, o qual cresceu próximo dos 30% até ao final de Outubro. Em linha com as estimativas apresentadas, assistiu-se a um decréscimo significativo no número de desempregados oriundos do sector da Construção e registados nos centros de emprego do IEFP (-18% até Outubro de 2019). Ainda assim, a falta de mão-de obra qualificada manteve-se como um dos principais obstáculos à actividade das empresas do Sector, segundo as respostas dos seus responsáveis aos Inquéritos à actividade promovidos pelo INE.