Fundão: Plataformarq requalifica antigo Solar Tudela Castilho
Edificado por volta de 1670 e sofrendo intervenções de ampliação durante o século XVIII e XIX, o Solar Tudela Castilho está actualmente em avançado estado de degradação e será transformado em empreendimento turístico. Estima-se que a intervenção esteja concluída até 2022
Immersivus Gallery Porto acolhe exposição imersiva “A Cidade do Futuro”
Centros comerciais representaram 38% das vendas do comércio a retalho
Viúva Lamego recebe candidaturas para programa de residências artísticas
Maior central solar da EDP Renováveis na Europa entrou em operação
Setúbal lança concurso para novo pavilhão desportivo por 1,8 M€
Club Med cresce 17% em 2023
Fusões e Aquisições movimentam 1,1 MM€ nos primeiros dois meses do ano
Hikvision Masters 2024 quer formar instaladores de segurança electrónica
Indelague apresenta soluções sustentáveis e inovadores” na Light + Building
Kerakoll reforça gama de impermeabilização
papa
O atelier Plataformarq é responsável pelo projecto de requalificação do emblemático Solar Tudela Castilho, na zona da Praça Velha, no Fundão, convertendo-a no novo hotel Solar da Praça Velha, uma intervenção promovida pela Imobiliária Cunha Ribeiro.
Num trabalho liderado pelos arquitectos Paulo Borges e Pedro Leitão, o atelier da Covilhã vai intervir sobre “uma casa nobre de estilo maneirista, com planta rectangular, jardim interior, três pisos, de volume simples, sendo a fachada principal ritmada pelos vãos rectilíneos dispostos regularmente”, marcada igualmente pela sua dimensão e pelo trabalho de pedra aparente na fachada principal.
Edificado por volta de 1670 e sofrendo intervenções de ampliação durante o século XVIII e XIX, o Solar Tudela Castilho está actualmente em avançado estado de degradação.
Localizado no centro histórico do Fundão, o edifício faz a ligação entre a via e edifícios que estão na génese da cidade e os edifícios modernistas periféricos do início do sec. XX. O desafio, segundo os autores do projecto, consiste na relação entre uma construção de traçado “Filipino” ao estilo da “Arquitectura Chã” que marca a Praça Velha, e os edifícios Modernistas do início da sec. XX da Rua 25 de Abril.
À TRAÇO, os projectistas explicam que “a proposta parte da fachada principal, que se mantém e termina com uma abordagem actual na fachada do novo corpo a construir onde outrora existiam “lojas” e apoios ao edifício principal, valorizando o jardim interior”. Na descrição da intervenção, o atelier Plataformarq explica que o programa se distribui pelos três pisos. Piso térreo com áreas sociais, recepção, cafetaria, spa, zonas de serviço e uma capela a manter. Os dois pisos superiores serão ocupados por 23 unidades de alojamento e sala de reuniões. Será criado um piso parcial abaixo da cota de soleira para estacionamento. “Enfatizar os materiais existentes e assumir os novos volumes através dos contrastes definidos nos planos brancos das novas alvenarias, dos apontamentos em madeira e das caixilharias de cor antracite, numa abordagem que se pretende sóbria e actual”, acrescentam.
Avançado estado de degradação
O projecto assenta num edifício em estado avançado de degradação e com a sua estrutura comprometida, consequência dos seus três séculos de existência e do abandono a que foi exposta nas últimas décadas.
As próprias paredes interiores e exteriores ao nível do alçado tardoz, que foram edificadas com pedra ordinária assente com barro amassado e palha, estão numa fase avançada de degradação, com fissuras e empenos comprometedores. Numa análise abrangente levada a cabo pelos projectistas, a edificação existente apresenta-se muito degradada e apenas o alçado principal, aparenta estar em boas condições de ser recuperado. O trabalho da pedra de granito talhada e aparelhada minuciosamente, acabou por conferir um grau de resistência à parede que apesar dos anos desde a sua edificação, continua a ser o principal elemento de sustentação das lajes e da cobertura. Assim, fosse qual fosse a abordagem ao programa, será necessária uma profunda intervenção que passará pela demolição e recuperação quase total da estrutura existente.
Deste modo, para dar resposta aos novos usos para o edifício, e para dotar os espaços com as condições de conforto exigidas actualmente, a filosofia da intervenção passou por valorizar e recuperar a fachada principal e lateral esquerda e assumir uma intervenção nova e contemporânea para o desenvolvimento do projecto.
Enfatizar o original
Assim, a Plataformarq procurou enfatizar a construção original em pedra, dando-lhe destaque em relação a um volume recuado que se desenvolve sobre a zona posterior do solar. Esta estratégia de intervenção irá preservar a identidade original do edifício e coaduna-se com o novo volume mais discreto. Dada a dimensão do edifício e a sua localização estratégica no centro do Fundão, a proposta de intervenção para este solar, tem por base a criação de um Hotel de 4 estrelas, de forma a trazer mais turistas para a cidade do Fundão e valorizar o centro histórico da cidade. Dada a dimensão do edifício e a sua localização estratégica no centro do Fundão, a proposta de intervenção para este solar, tem por base a criação de um Hotel de 4 estrelas, de forma a trazer mais turistas para a cidade do Fundão e valorizar o centro histórico da cidade.
Plano em três pisos
O edifício proposto é constituído por 3 pisos acima da cota de soleira e um em cave destinado a estacionamento. A solução proposta tem por base uma planificação com a configuração em “L” resultante do volume existente e da ampliação dos anexos que se encontram actualmente na zona posterior do solar. Este enquadramento irá ser mantido “uma vez que pretendemos manter o conceito do edifício que possui uma varanda panorâmica sobre um jardim”, revelam os projectistas. Com a construção concentrada nos dois limites a poente, a Plataformarq propõe a valorização do jardim a nascente com acesso directo pela rua 25 de Abril. Este espaço é o local com maior notoriedade dos arranjos exteriores. Aqui pretende-se criar um jardim que aumente a qualidade e o bem-estar dos utentes do edifício. A nova volumetria que se evidencia no corpo tardoz, é marcada por um ritmo de vãos em quadrícula que correspondem a varandas, que para além de serem locais de lazer e de contemplação, criam o ensombramento necessário para proteger os grandes envidraçados previstos nestas fachadas. Esta solução permite criar uma imagem bastante leve, transparente e discreta, e que ao mesmo tempo não deixa de se afirmar como um edifício de linguagem contemporânea. A proposta parte da fachada principal, que se mantém e termina com uma abordagem actual na fachada do novo corpo, a construir, onde outrora existiam “lojas” e apoios ao edifício principal, valorizando o jardim interior. O programa distribui-se pelos três pisos. Piso térreo com áreas sociais, recepção, cafetaria, spa, zonas de serviço e uma capela a manter. Os dois pisos superiores serão ocupados por 23 unidades de alojamento e sala de reuniões. Será criado um piso abaixo da cota de soleira para estacionamento. Finalmente, de referir que para além desta nova organização e dos novos espaços propostos, existe uma capela privada que se irá manter e preservar. A capela particular de Nossa Senhora do Pilar tem dois acessos, um pelo interior e outro pelo exterior do edifício, e possui um retábulo de madeira trabalhado e uma varanda interior. Trata-se de uma pequena capela que se encontra igualmente em avançado estado de degradação, sobretudo ao nível do retábulo e do seu tecto de madeira trabalhado e pintado. Aqui apenas prevemos o reforço da estrutura do tecto e a recuperação de alguns elementos construtivos. O restauro será efectuado posteriormente por uma equipa especializada.
A solução apresentada pressupõe a reconstrução de uma parte significativa do edifício existente. Para a materialização desta proposta irá proceder-se à demolição “à mão” de modo a preservar a integridade da fachada principal e a capela interior. Estas construções serão estruturadas de modo a reforçar a sua sustentação. As zonas a ampliar serão executadas com revestimentos de imagem moderna, mantendo as relações materiais com o classicismo do existente, nomeadamente através dos elementos de madeira existentes em ambas as zonas.
Quem é a Plataformarq?
Fundada por Paulo Borges e por Pedro Leitão em 2006, a Plataformarq é uma empresa pluridisciplinar que tem como objectivo desenvolver projectos através de soluções integradas com todas as especialidades. “A nossa actividade assenta na arquitectura, urbanismo, reabilitação, consultadoria imobiliária, design, e fiscalização com vista a oferecer aos seus clientes soluções técnicas de qualidade com reconhecida viabilidade e rentabilidade para os seus investimentos, aliadas a valorização da arquitectura e da imagem do espaço público”, revelam. “Paralelamente, procurou-se partilhar com o público, recursos materiais e humanos, prestando diversos serviços nos quais se destacam a livraria de engenharia e arquitectura, impressões de pequenos e grandes formatos e venda de materiais técnicos de papelaria vocacionados para a arquitectura”, sublinham ainda.
Quem é a Plataformarq?
Fundada por Paulo Borges e por Pedro Leitão em 2006, a Plataformarq é uma empresa pluridisciplinar que tem como objectivo desenvolver projectos através de soluções integradas com todas as especialidades. “A nossa actividade assenta na arquitectura, urbanismo, reabilitação, consultadoria imobiliária, design, e fiscalização com vista a oferecer aos seus clientes soluções técnicas de qualidade com reconhecida viabilidade e rentabilidade para os seus investimentos, aliadas a valorização da arquitectura e da imagem do espaço público”, revelam. “Paralelamente, procurou-se partilhar com o público, recursos materiais e humanos, prestando diversos serviços nos quais se destacam a livraria de engenharia e arquitectura, impressões de pequenos e grandes formatos e venda de materiais técnicos de papelaria vocacionados para a arquitectura”, sublinham ainda.