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    “Não haverá capacidade instalada caso não se tomem medidas drásticas”

    Ao CONSTRUIR, Bernardo Matos de Pinho (CEO) e Pedro Matos de Pinho (Administrador Executivo) da Tecnoplano, reclamam a adopção de medidas urgentes sob pena de o bom momento que se vive na economia e no sector, em particular, poder resultar na falta de capacidade das empresas em responder aos desafios que se colocam

    Ricardo Batista
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    “Não haverá capacidade instalada caso não se tomem medidas drásticas”

    Ao CONSTRUIR, Bernardo Matos de Pinho (CEO) e Pedro Matos de Pinho (Administrador Executivo) da Tecnoplano, reclamam a adopção de medidas urgentes sob pena de o bom momento que se vive na economia e no sector, em particular, poder resultar na falta de capacidade das empresas em responder aos desafios que se colocam

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    Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente executivo da Tecnoplano, Bernardo Matos de Pinho, e o Administrador Executivo da companhia, Pedro Matos de Pinho, falam das significativas alterações no mercado nos últimos anos e a estratégia para consolidar o papel da Tecnoplano, quer internamente quer nos mercados externos.

    Que radiografia traçam sobre o actual momento do mercado nacional, na perspectiva de uma empresa com as vossas características e muito ligada a serviços na área da engenharia?
    Bernardo Matos de Pinho (BMP): A Tecnoplano já está no mercado desde 1966, tendo já passado por vários ciclos de crescimento e recessão, mas a história ensina-nos, mas não se repete como o nosso pai fazia questão de realçar por diversas ocasiões.
    Caso não haja uma crise vinda do exterior, a política do Banco Central Europeu tem sido de manter as taxas de juros baixas com uma inflação entre 0 e 1%, que os agentes económicos já se têm vindo a habituar e que será difícil de alterar. Isto vai fazer com que o imobiliário em Portugal continue a ser uma opção para investidores estrangeiros, que conjugado com a dinâmica turística impulsionada pelo novo aeroporto do Montijo, focado no lowcost (city breaks) e a ainda grande disponibilidade do Aeroporto do Porto, novos produtos hoteleiros continuem a surgir. Isto para o sector da Tecnoplano é positivo desde que os Clientes valorizem o Projecto, a Gestão e Fiscalização de qualidade, pois o período da Troika habituou os clientes a contratar pelo critério do preço mais baixo. Por outro lado, os investimentos em infra-estruturas públicas tardam a arrancar, mas tememos que os dois níveis de investimento em simultâneo criem um stress sobre a Fileira da Construção, pois não haverá capacidade instalada caso não se tomem medidas drásticas em linha com a capacidade instalada e a procura que surgirá.
    Aqui deverá haver por parte do Governo uma política de investimento alinhada com a capacidade de execução da Fileira da Construção.

    Há uma crítica recorrente nos últimos anos, ligada à forma como estão a ser promovidos investimentos públicos, nomeadamente o facto de “favorecerem” em grande medida grandes grupos como os espanhóis, por exemplo. Concorda com estas críticas? Em que medida isso pode ter consequências para o que se espera que seja a consolidação do tecido empresarial?
    Pedro Matos de Pinho (PMP): No sector da Consultadoria, as Empresas estrangeiras já tiveram mais peso. No entanto, actualmente, deixaram de o ter. Isto é um sinal para os investidores privados e públicos do nível de comprometimento com o país destas empresas.
    Lembro-me dos meus tempos em Londres em que um grupo de Engenheiros reunia-se regularmente com Membros do Parlamento para clarificar as necessidades e impactos de políticas e investimento público no sector, um pouco à semelhança da figura do extinto Conselho Superior de Obras Públicas. Um tema recorrente era a avaliação da capacidade interna de produção alinhada com o investimento público previsto. Havia uma preocupação de não desalinhar as políticas de investimento com a sustentabilidade do mercado. Com o início da crise em 2010, Portugal travou a pés juntos o investimento em obras públicas, não tendo até à data reposto o normal nível de investimento no sector. O sector é crítico para o país, pois cria emprego directo e constrói os alicerces de um Portugal moderno e dinâmico para que a restante Economia possa florescer.
    Para 2020 antevê-se o início de programas de investimento em diversos sectores de obras públicas desalinhados com a capacidade nacional. Obviamente que grupos estrangeiros estarão atentos.

    Olhando para o mercado nacional, que desafios se colocam a empresas como a Tecnoplano?
    BMP: Um dos grandes desafios será a da contratação de quadros técnicos para fazer face à crescente procura, e essa contratação deverá ter uma estratégia de coaching e formação interna para que esses mesmos novos quadros entrem na cultura e modus operandi da empresa. Por outro lado, grande parte das empresas de engenharia sofrem de um problema crónico de balanções frágeis, o que dificulta a capacidade de resposta aos ciclos de crescimento. Felizmente na Tecnoplano sempre fomos conservadores na distribuição de dividendos e por essa razão temos um grupo capitalizado e preparado para novos desafios. O Mercado nacional continua a libertar margens incapazes de fazer face aos riscos da actividade, pelo que teremos de persistir na exportação de serviços com margens que permitam compor o resultado final.

    A Tecnoplano tem já presença internacional em mercados como o belga, angolano ou brasileiro. O que vos torna competitivos nesses mercados e, eventualmente, se haverá novos mercados em equação nos próximos anos?
    BMP: A Tecnoplano em Portugal já é uma das grandes há algum tempo e uma empresa de referência quando se fala em empresas de Engenharia. Mas no Mercado externo somos uma microempresa com excepção de Angola onde temos um grande peso e reconhecida reputação. O que nos diferencia é a capacidade de adaptação aos diferentes Mercados, às suas regulamentações, usos e costumes, com a flexibilidade e agilidade que nos caracteriza, conseguimos corresponder aos desafios que nos têm colocado.
    Estamos qualificados num contrato quadro da Comissão Europeia por um período de 4 anos, onde prestamos serviços de consultadoria em diversos países onde a União Europeia investe, e continuamos a olhar para outros Mercados que tradicionalmente funcionem em contraciclo com as geografias onde actuamos.

    Angola foi, até há algum tempo, uma “tabua de salvação” para muitas empresas portuguesas. Qual é a vossa exposição a esse mercado neste momento?
    PMP: Para a Tecnoplano, Angola nunca foi abordada como uma “tabua de salvação”, mas sim uma oportunidade. A internacionalização quando imposta por necessidade de sobrevivência normalmente acaba mal. O “time-to-market”, preparação, vocação e capacitação são factores imprescindíveis para o sucesso especialmente quando se aborda mercados de risco. A nossa entrada em 2007 foi bem preparada, na altura certa e com meios ajustados permitindo-nos ter um reconhecimento no mercado altamente benéfico. Algumas empresas portuguesas só se viraram para o mercado Angolano após o início da crise económica em Portugal. Com a retaguarda debilitada e a ressecção avassaladora em Angola, foi a tempestade perfeita.
    Actualmente, a Tecnoplano mantém-se com actividade em Angola, no entanto com um volume modesto em relação a anos anteriores. A exposição tem sido uma preocupação gerida para que esta não ponha em causa a autonomia financeira.

    Têm vários projectos no Brasil e estão ligados a outros tantos. Que condições deve ter uma empresa, num plano global, para poder ser bem sucedida num mercado como o brasileiro? Têm interesse em reforçar a presença nesse mercado?
    BMP: A Tecnoplano tem trabalhado no Brasil desde 1976 em diversos projectos isolados, mas só em 2011 é que constitui a Tecnoplano Brasil. Tem sido uma curva de aprendizagem complexa e por vezes não muito clara, pois a única semelhança que temos é a língua e por vezes mesmo essa tem interpretações diferentes. No Brasil iniciamos pelo Rio de Janeiro, pois era um Estado pouco maior em termos populacionais que Portugal e com uma forte comunidade Portuguesa instalada, ou seja, mais à nossa escala. Só agora ao fim de 8 anos começarmos a explorar o Mercado de São Paulo de uma forma global e, aproveitando o know-how Aeroportuário adquirido no Santos Dumont e Galeão, estamos a abordar novas concessões no Brasil recentemente adjudicadas. O Brasil é um Mercado substancialmente maior do que o nosso, e as empresas concorrentes consequentemente maiores. Isto obriga-nos a focar em nichos e gradualmente escalar o negócio, que acreditamos poder vir a representar um peso significativo no volume global do Grupo Tecnoplano a breve trecho.


    Que estratégia está delineada para 2020?


    Não fazemos estratégias a um ano. Somos uma empresa familiar com estratégias de posicionamento a longo prazo, pelo que não incutimos pressões sobre resultados imediatos, mas sim num crescimento sustentável. Acima de tudo, a estratégia passa pela manutenção da Tecnoplano como uma referência nacional e pela consolidação nos mercados externos onde operamos. Dada a natureza da Tecnoplano, o nosso maior activo são os nossos colaboradores, pelo que continuaremos a investir na sua formação como pilar fundamental para o crescimento. Existe uma clara necessidade de crescer para que a nossa competitividade e leque de serviços aumente para níveis mais sustentáveis a médio-longo prazo. Actualmente está em marcha uma reestruturação do Grupo, colocando as diversas empresas debaixo de uma sociedade de gestão de participações sedeada em Portugal. Esta restruturação estará concluída no primeiro semestre de 2020. Isto permitirá uma protecção contra contaminações entre mercados e, desta forma, dá-nos mais segurança na tomada de posições de risco em determinados mercados e sectores. Felizmente, o Grupo apresenta rácios financeiros sólidos o que nos permite abordar o crescimento de forma mais agressiva.

     

     

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Segurança de trabalhos em altura no sector da construção

    O Instituto Electrotécnico Português (IEP) promove no próximo dia 4 de Abril de 2024, no Porto, uma formação em ‘Segurança de Trabalhos em Altura’. Estes continuam a ser um dos principais riscos do sector responsáveis pelo maior número de mortes e feridos graves 

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    Este curso teórico-prático, direccionado a trabalhadores que tenham a seu cargo a realização de trabalhos em altura, tem como objectivos “dotar os participantes dos conhecimentos que lhes permitam efectuar com segurança trabalhos em altura; conhecer o enquadramento legal na área de segurança e saúde no trabalho; utilizar correctamente os EPI e proceder à respectiva verificação; conhecer a sinalização de segurança e a sua correcta utilização; saber avaliar as condições envolventes da obra (traçados de energia, telecomunicações etc)”.

    Os trabalhos em altura representam um risco significativo no sector da construção, com as “quedas” a representarem uma das principais causas de acidentes graves e fatais.

    De acordo com dados da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) em 2023 morreram 119 mortes em acidentes de trabalho, dos quais 25% (29 casos) foram causados por quedas em altura. Registaram-se 449 acidentes de trabalho graves, dos quais 18% (81 casos) envolveram quedas em altura.

    Entre 2020 e 2023, houve uma redução de 10% no número total de mortes por acidentes de trabalho; e uma redução de 15% no número de acidentes de trabalho graves. Apesar da redução, as quedas em altura continuam a ser uma das principais causas de morte e de acidentes graves no trabalho. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com o objectivo de analisar os exames médico-legais de vítimas de acidentes de trabalho graves na região Norte de Portugal, concluiu que as quedas em altura, a par dos acidentes de viação foram as principais causas de acidentes graves e as principais vítimas são Homens, entre 25 e 45 anos, que trabalham na construção, operação de máquinas, serviços gerais e no comércio, são as principais vítimas.

    O planeamento e a avaliação de riscos são preponderantes para evitar acidente, nomeadamente, elaborando um plano de trabalho específico para cada actividade em altura, incluindo a identificação de todos os riscos potenciais e as medidas de controlo a serem implementadas. É ainda importante a realização de uma análise de segurança do trabalho antes do início da actividade, considerando as condições climáticas, o estado dos equipamentos e a qualificação dos trabalhadores. Os Equipamentos de Protecção Individual/Coletiva (EPIs e EPCs) são também elementos cruciais para a prevenção e segurança de trabalhos em altura.

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    Câmara de Setúbal vai reabilitar Palácio do Quebedo por valor superior a 2 M€

    A empreitada “tem por objecto a requalificação profunda de um único edifício vetusto”, com a criação de aprtamentos T0 e T1, devendo “as soluções arquitectónicas e o desenvolvimento das diferentes especialidades de projecto” ser “executadas por um único empreiteiro

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    A Câmara Municipal de Setúbal vai avançar com a reabilitação do Palácio do Quebedo, tendo aprovado, na última reunião pública, a abertura de um concurso público. Com um preço base que ultrapassa os dois milhões de euros (acrescido de IVA à taxa legal em vigor), a obra tem como objectivo “proporcionar habitação temporária a pessoas em situação de sem-abrigo”.

    A proposta aprovada refere que o Palácio do Quebedo vai ser reabilitado no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH) para “proporcionar uma habitação temporária à pessoa em situação de sem-abrigo, apoiada por um conjunto diversificado de serviços básicos e de apoio social, em estreita ligação com outros recursos da comunidade e com o apoio técnico adequado, no sentido de promover a inserção social e a autonomização”.

    Vão ser criados apartamentos de tipologias T1 e T0 para serem utilizados como alojamento temporário, sendo a integração ou a permanência das pessoas em situação de sem-abrigo definida em função da avaliação técnica de cada situação em concreto”, embora “tendencialmente” aconteça por um período de entre três e seis meses.

    Os apartamentos vão poder acolher “entre o mínimo de uma pessoa e o máximo de duas pessoas, considerando o número de quartos disponíveis, mediante avaliação fundamentada da situação, e respeitando as normas de habitação e as condições de higiene e segurança em vigor”.

    Além da abertura do concurso público, fundamentado na impossibilidade de satisfação da necessidade com recursos próprios da autarquia, foram ainda aprovados o programa do procedimento, o caderno de encargos e o projecto, bem como a fixação em 30 dias do prazo para a apresentação das propostas.

    A não adjudicação por lotes tem como fundamentos, entre outros, o facto de a separação das prestações causar “graves inconvenientes para a entidade adjudicante” e para a segurança de veículos e de peões, além de a gestão de um único contrato ser “mais eficiente” para a autarquia e de beneficiar da “redução de preços decorrente da economia de escala, que no valor da empreitada em causa já será relevante”.

    É ainda sublinhado que a empreitada “tem por objecto a requalificação profunda de um único edifício vetusto”, devendo “as soluções arquitectónicas e o desenvolvimento das diferentes especialidades de projecto” ser “executadas por um único empreiteiro, dadas as condições do edifício em causa e a extensão da reabilitação prevista”.

    A adjudicação da empreitada tem como critério a proposta economicamente mais vantajosa, determinada através da modalidade multifactor, na qual o preço da proposta tem um peso de 60 por cento e o prazo da proposta de 40.

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    Futura Estação de Metro de Alcântara

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    TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha

    O contrato referente à execução da Empreitada de concepção e Construção da Extensão da linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara do Metropolitano de Lisboa recebeu visto prévio por parte do Tribunal de Contas

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    Este contrato, assinado a 22 de Dezembro de 2023 com o Agrupamento Complementar de Empresas METRO S. SEBASTIÃO ALCÂNTARA, ACE, constituído pelas agrupadas Mota-Engil  Engenharia e Construção e SPIE Batignolles Internacional, Sucursal em Portugal, com o preço contratual de 321.888.000,00€ (trezentos e vinte e um milhões, oitocentos e oitenta e oito mil euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, aguardava decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa quanto ao levantamento do efeito suspensivo automático decorrente da acção interposta por um dos concorrentes no concurso (FCC Construcción, Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves).

    O contrato foi assinado no estrito cumprimento e respeito pelo regime fixado no Código dos Contratos Públicos, decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente legalmente estabelecida. Com a decisão agora conhecida do Tribunal de Contas, o contrato estaria em condições de iniciar a sua vigência.

    O custo total elegível previsto para o prolongamento da linha Vermelha da estação São Sebastião a Alcântara, é de 405,4 milhões de euros. Encontra-se previsto no Plano de Recuperação Resiliência 2021-2026, e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões de euros.

    O prolongamento da linha Vermelha a Alcântara irá servir zonas com forte atracção e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara. Terá uma extensão de cerca de 4 km e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao Concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

    Estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos actuais utilizadores do transporte colectivo. A procura captada ao segmento dos actuais utilizadores de transporte individual representa 11,8%, correspondendo a menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente, com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos actuais utilizadores. Considerando a análise a 30 anos, as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2, as poupanças energéticas ascenderão a 29,2 mil tep (Toneladas equivalentes de Petróleo).

    Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o Metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil t de CO2 equivalente (CO2) no 1º ano de operação.

     

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    Depois de obra feita no sector da reabilitação, o futuro da Mexto passa agora, também, pelo turismo residencial. Meco, Melides e Monte Gordo são as novas localizações

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    Consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro

    Segundo a mais recente Síntese Estatística da Habitação, da AICCOPN o consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro, em comparação com igual período do ano transacto. Na região Oeste, onde o número construções novas cresceu 17,1% é a região em destaque

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    No mês de Janeiro de 2024, o consumo de cimento no mercado nacional totalizou 339 milhares de toneladas, o que traduz um crescimento de 23,6%, em termos homólogos.
    Relativamente ao licenciamento municipal de obras de construção nova ou de reabilitação de edifícios residenciais, verificou-se uma redução de 6,5%, face ao mesmo mês do ano anterior. Quanto ao número de fogos licenciados em construções novas, verifica-se, também, um decréscimo, em termos homólogos, apurando-se uma variação de -16,4%, para um total de 2.394 alojamentos.

    Em Janeiro, verifica-se um acréscimo homólogo de 24,7% no volume de novo crédito à habitação, excluindo renegociações, concedido pelas instituições financeiras, que totalizou 1.184 milhões de euros. A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou- se em 4,66%, nesse mês, o que traduz um aumento de 2,47 pontos percentuais, face ao verificado no mesmo mês do ano anterior.

    No que concerne ao valor mediano de avaliação de habitação para efeitos de crédito bancário, em Janeiro, observou-se uma valorização de 4,4%, em termos homólogos, em resultado de variações de 3,2% nos apartamentos e de 6.1% nas moradias.

    Na sua análise mensal a AICCOPN destaca a região centro, onde o número de fogos licenciados em construções novas nos doze meses terminados em Janeiro de 2024, cresceu 17,1%, totalizando 4.321 alojamentos licenciados. Destes, 13% são de tipologia T0 ou T1, 26% são de tipologia T2, 47% de tipologia T3 e 14% de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação, verificou- se, nesta região, uma variação homóloga de 3,8% no mês de Janeiro.

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    Dst ganha obra de 5M€ para Volkswagen Autoeuropa

    A Dst vai construir a nova estação de tratamento de águas residuais industriais na Autoeuropa num valor de negócio equivalente a 5 milhões de euros

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    A Dst foi a empresa escolhida pela Volkswagen Autoeuropa para a construção de uma nova ETARI (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais) totalmente autónoma, em substituição da antiga, bem como a sua interligação com a rede de esgotos existente, em Palmela, num valor de negócio equivalente a 5 milhões de euros.

    O arranque dos trabalhos já foi dado, estando neste momento em execução as fundações em betão armado. O edifício a construir terá uma forma geométrica rectangular regular, com 60m de comprimento por 30m de largura, medidos entre eixos de pilares, com pórticos de 12x10m e uma altura de 7,5m, sob a corda inferior da viga.

    A Dst prevê que até Setembro deste ano, todo o processo relativo à obra civil, bem como todos os trabalhos de segurança contra incêndios, seja concluído. Para a sua execução conta com a parceria de várias empresas do domínio do Dstgroup, nomeadamente a tgeotecnia, a tagregados e a tbetão.

    “A vasta experiência da Dst, bem como a competência dos nossos quadros, são os factores que nos diferenciam face a outros concorrentes. Este cliente tem vindo a depositar bastante confiança no trabalho da Dst, comprovando-se com a adjudicação de diversas obras. Estamos, inclusivamente, neste momento, com outro projecto em curso, bastante desafiante”, afirma Bruno Martins, director de produção desta obra.

    Este segundo projecto em questão trata-se da construção da Fundação da Nova Prensa PXL para a Volkswagen Autoeuropa, onde já se encontram concluídos os trabalhos de demolição, contenção de solos com execução de colunas de microestacas secantes e escoramento metálico, a actividade de movimento de terras, muros e maciços de betão armado. Um dos grandes desafios desta obra foi a betonagem superior a 1000m3, em contínuo, da laje de fundo, estando nesta fase a serem executadas a laje superior e a estrutura metálica.

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    Investimento de 7,5M€ para novo museu em Albergaria

    No Dia Mundial da Água, o município de Albergaria-a-Velha apresentou o projecto do novo Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, que irá ocupar as antigas instalações da Fábrica de Papel de Valmaior. O projecto tem um investimento previsto é de 7,5 milhões de euros

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    O novo equipamento vai ser constituído por uma zona de acolhimento, núcleo museológico com espaço expositivo, depósito e arquivo (840 m2), sala de leitura, espaços técnicos, gabinetes de trabalho, um pátio interior e uma zona verde nas margens do Rio Caima. De acordo com o estudo prévio desenvolvido pelo AnC Arquitectos, vai haver ainda um espaço museológico relacionado com a actividade da fábrica e uma praça central exterior para o usufruto da comunidade, com uma construção bruta de 2300 m2. O novo equipamento vai ser constituído por uma zona de acolhimento, núcleo museológico com espaço expositivo, depósito e arquivo (840 m2), sala de leitura, espaços técnicos, gabinetes de trabalho, um pátio interior e uma zona verde nas margens do Rio Caima.

    “Será um espaço de enriquecimento cultural e também de preservação ambiental”, resumiu Delfim Bismarck, vice-presidente do município de Albergaria-a-Velha.

    A construção do Museu e Arquivo Histórico, será precedida da reabilitação do Rio Caima, numa extensão de 7 km, com a criação de cordões ecológicos, que respeitem o ecossistema da zona ribeirinha, bem como a construção de um trilho pedestre. A nora vai ser também reposicionada na margem, que terá um anfiteatro e uma área pedagógica com “jogos de água”, numa área que pretende estreitar a relação da comunidade com o rio. Os trabalhos deverão estar concluídos ainda este ano.

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    Antigo Seminário da Encarnação na Madeira reabilitado por 15M€

    O icónico edifício de 1905, que se encontrava em avançado estado de degradação, vai receber o International Sharing School – Madeira. A intervenção esteve a cargo dos arquitectos Saraiva e Associados e do estúdio dinamarquês Rosan Bosch Studio

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    O Sharing Education Group anunciou que o International Sharing School – Madeira vai mudar-se para o antigo Seminário da Encarnação, um icónico edifício de 1905 que se encontrava em avançado estado de degradação.

    O investimento global, avaliado em 15 milhões de euros, vai permitir acolher o dobro dos alunos, dos actuais 250 para 500, e aumentar o corpo docente de 40 para cerca de 70 colaboradores.

    As obras tiveram início recentemente após várias semanas de trabalhos preparatórios, dotando o histórico edifício de todas as infraestruturas necessárias para receber uma escola do século XXI.

    As intervenções estão a cargo dos arquitectos Saraiva e Associados e do estúdio dinamarquês Rosan Bosch Studio, especialista em criar ambientes de aprendizagem diferenciadores, que trabalhou já com o Sharing Education Group na International Sharing School – Taguspark.

    O novo campus, que será inaugurado já em Setembro deste ano, tem como objectivo atrair mais famílias madeirenses para este modelo educativo inovador, tendo em conta que actualmente 60% dos alunos são estrangeiros e apenas 40% locais.

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    Mota-Engil apresenta Declaração de Sustentabilidade

    O Grupo Mota-Engil publica pela primeira vez um Relatório Único, com toda a informação financeira e de sustentabilidade, reforçando desta forma o compromisso do Grupo definido no seu Plano Estratégico Building 26, em que a Sustentabilidade é um dos eixos principais

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    A partir deste ano o Grupo Mota-Engil passa a incluir o Relatório de Sustentabilidade anual no Relatório Único. Carlos Mota Santos, Chairman e CEO do Grupo Mota-Engil reconhece que: “temos um grande caminho a percorrer, mas continuamos ambiciosos e com os olhos postos no futuro do nosso planeta, das pessoas e do negócio.”

    O Grupo Mota-Engil tem metas claras, estando focado na acção e na medição do respectivo impacto, estando também todas as empresas do Grupo empenhadas em contribuir para o cumprimento dos objectivos, mas com a plena consciência que o caminho só poderá ser feito em parceria com os stakeholders da Mota-Engil.

    Na estratégia do Grupo foram assumidos objectivos de ESG e as respectivas metas, com base nos tópicos considerados materiais para a Mota-Engil, alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas, nomeadamente os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), reforçando-os com planos de acções específicos.

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    Metropolitano “estuda” prolongamento do Metro Sul do Tejo até à Costa de Caparica

    “Experiência nacional e internacional”, assim como a “natureza do projecto” e o seu “grau de complexidade” justificam a escolha do Metro de Lisboa para realizar os estudos necessários

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    O Metropolitano de Lisboa vai elaborar os estudos, levantamentos e demais trabalhos necessários à contratação do prolongamento do Metro Sul do Tejo à Costa de Caparica. O projecto visa promover uma ligação rápida e estruturante entre o Campus Universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a Costa de Caparica, estendendo-se num corredor que servirá a Trafaria, São João da Caparica, Quinta do Torrão, Quinta de Santo António e Costa de Caparica.

    Esta decisão decorre da Portaria n. 410/2024/2, subscrita pela Secretária de Estado do Orçamento e pelo Secretário de Estado da Mobilidade Urbana e publicada no Diário da República 2.ª série, de 21 de março de 2024, e que indica o pagamento ao Metropolitano de Lisboa do montante de 1, 650 milhão de euros, acrescido do IVA à taxa legal em vigor.

    De acordo com o Metropolitano de Lisboa, a escolha prende-se com a “experiência nacional e internacional” que a empresa tem neste domínio e “atendendo à natureza do projecto, o grau de complexidade dos trâmites inerentes à concretização dos investimentos em sistemas de transporte colectivo em sítio próprio (TCSP) de elevada capacidade e os prazos associados ao financiamento” no âmbito do Programa Acção Climática e Sustentabilidade (PACS).

    O prolongamento do sistema de metro ligeiro de superfície da margem sul do Tejo à Costa de Caparica é um dos projectos de sistemas de TCSP na Área Metropolitana de Lisboa considerados prioritários pelo Estado e conta com enquadramento no PACS, que conta com uma dotação prevista de 3,1 mil milhões de euros, financiados pelo Fundo de Coesão, destinados ao financiamento de projectos enquadrados nas prioridades definidas para este Programa, entre as quais se contam a mobilidade urbana sustentável.

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