Embaixador de Portugal no Senegal chama a atenção para as oportunidades no País
A relação comercial entre Portugal e estes países africanos aumentou significativamente nos últimos anos, segundo o diplomata, que destaca as “enormes oportunidades para as empresas portuguesas” que queiram apostar na região
CONSTRUIR
‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
FEP traz a Portugal economista David D. Friedman
António Fragateiro assume direcção de Real Estate para Portugal do Numa Group
Habitação: Mais de 200 ideias integram nova versão da Carta Municipal
Bison Bank lança solução de crédito à habitação para não residentes
Projecto “Baterias 2030” concluído
Escritórios em Lisboa e Porto aceleram face a 2023
O Wolf Group e a Penosil estarão presentes na TEKTÓNICA 2024
papa
O embaixador Vitor Sereno, responsável diplomático em mercados como a Costa do Marfim e Senegal, chama a atenção para as oportunidades existentes no Senegal, naquela que considera ser “uma das economias em mais rápido crescimento e com estabilidade política e segurança jurídica”.
Por ocasião da atribuição do Prémio da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) para o diplomata económico do ano, premiando o trabalho em sete países da África Ocidental, o diplomata enaltece os 12 mil milhões de euros em investimentos ao abrigo do plano Senegal Emergente, “que são oportunidades para os empresários portugueses na construção e obras públicas, agroindústria, metalomecânica, energia e infraestruturas logísticas”, sublinhando igualmente a estabilidade política que se vive no País.
“A Costa do Marfim e o Senegal são das economias mais fortes do continente, o Senegal em 2019 foi a quinta maior a crescer em África e vai entrar no top 3 de certeza”, disse, destacando que “como diz o ministro dos Negócios Estrangeiros local, no Senegal vota-se ao domingo e trabalha-se normalmente à segunda-feira”.
Para o diplomata, a entrega do prémio mostra “uma mudança de paradigma geracional” e o reconhecimento do trabalho de “lóbi” feito pela embaixada.
“Nós trabalhamos, o lóbi institucional, nós, representações internacionais de Portugal, não temos de ter medo de dizer que fazemos lóbi todos os dias pelas empresas portuguesas na região”, defendeu Vitor Sereno, que antes de ir para Dacar, em Setembro de 2018, já esteve destacado nas missões portuguesas em Roterdão, Macau e Hong Kong e Estugarda, entre outras.
A relação comercial entre Portugal e estes países africanos aumentou significativamente nos últimos anos, segundo o diplomata, que destaca as “enormes oportunidades para as empresas portuguesas” que queiram apostar na região.
“Entre 2018 e 2019, o investimento directo português nestes países passou de 74 milhões de euros para 180 milhões de euros, representando um aumento de 143%, e o volume de negócios aumentou de 80 milhões de euros em 2018 para 190 milhões no ano passado, ou seja, subiu 237%”, destacou o diplomata, não escondendo que, apesar das oportunidades, a região tem riscos.
“Há quatro grandes riscos na minha zona, desde logo a presença em força de grandes economias, como a China, a Turquia, e a França, que é incontornável, as dificuldades aduaneiras em certos produtos, como o vinho, o elevado preço do crédito bancário e um desconhecimento generalizado destes mercados pelas empresas portuguesas”, que Vitor Sereno pretende melhorar com a organização de missões empresariais e a presença em feiras e exposições de carácter comercial.