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    Coronavírus: Bienal de Arquitectura de Veneza adiada para Agosto

    Portugal estará presente nesta 17.ª edição da bienal com o projecto In Conflict, do colectivo de arquitectos depA, do Porto, que pretende responder à pergunta colocada pelo curador, Hashim Sarkis, sobre “Como vamos viver juntos?”

    Ricardo Batista
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    Coronavírus: Bienal de Arquitectura de Veneza adiada para Agosto

    Portugal estará presente nesta 17.ª edição da bienal com o projecto In Conflict, do colectivo de arquitectos depA, do Porto, que pretende responder à pergunta colocada pelo curador, Hashim Sarkis, sobre “Como vamos viver juntos?”

    Ricardo Batista
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    A inauguração da Bienal de Arquitectura de Veneza, prevista para Maio, foi adiada para Agosto, por causa da epidemia de Covid-19 em Itália, anunciou a organização, segundo a qual as novas datas foram estabelecidas na sequência das recentes medidas de prevenção em matéria de mobilidade de pessoas, por causa da propagação do novo coronavírus.

    Descrita como “uma complexa exposição internacional, envolvendo arquitectos e instituições de mais de 60 países”, a Bienal de Arquitectura será, assim, encurtada três meses, passando a realizar-se de 29 de Agosto a 29 de Novembro, data inicialmente prevista para o encerramento.

    Portugal estará presente nesta 17.ª edição da bienal com o projecto In Conflict, do colectivo de arquitectos depA, do Porto, que pretende responder à pergunta colocada pelo curador, Hashim Sarkis, sobre “Como vamos viver juntos?”.

    Adiando a abertura por três meses, a organização recorda que a Bienal de Arquitectura será inaugurada praticamente dias antes do Festival de Cinema de Veneza, marcado para 2 de Setembro. “A Bienal oferecerá a Veneza e ao mundo, no final do Verão, um período de grande interesse cultural e apelo internacional”, refere.

    O surto de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram.

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    Fundão recebe o New European Bauhaus Festival

    O festival decorre nos dias 9 e 10 de Abril, com o tema The Future is now: Redesigning Priorities e que junta convidados das mais diversas áreas multidisciplinares, como o mundo académico, o tecido empresarial, tecnológico e inovador e jovens arquitectos

    Nos dias 9 e 10 de Abril, a cidade do Fundão recebe o New European Bauhaus Festival, uma iniciativa satélite do The Festival of the New European Bauhaus, que decorrerá entre 9 e 13 de Abril, em Bruxelas, com transmissão online para todo o mundo. O evento terá lugar na Sala Multisusos da Incubadora do Fundão.

    A Ordem dos Arquitectos e os seus parceiros propõe um Programa de uma representatividade interdisciplinar, com participantes de áreas disciplinares distintas, como Masslab e Carrilho da Graça, entre tantos outros oradores convidados.

    The Future is now: Redesigning Priorities é o tema central do programa que, através da realização de quatro mesas, junta convidados das mais diversas áreas multidisciplinares, como o mundo académico, o tecido empresarial, tecnológico e inovador, não descurando as perspetivas mais jovens, seja na visão ainda académica e estudantil, ou a partir da prática de jovens arquitectos.

    Esta iniciativa é uma parceria entre a Ordem dos Arquitectos, a Câmara Municipal do Fundão e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e a Secção Regional Centro da Ordem dos Arquitectos.  A participação é livre, contudo sujeita a inscrição.

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    Encontro de Urbanismo do CIUL regressa com ‘Há Vida no Meu Bairro’

    O programa “Há Vida no meu Bairro” pretende avaliar e planear a oferta das funções de proximidade à escala do Bairro e intervir no espaço público, com o objectivo de promover uma cidade mais humana, uma cidade mais próxima

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    Promovido anualmente, desde 2013, o ciclo de conferências sobre urbanismo regressa este ano com uma reflexão sobre Lisboa. Tendo como mote “Há Vida no Meu Bairro”, o ciclo irá abordar, ao longo de seis sessões, um conjunto de temas, com um painel de técnicos e especialistas convidados a apresentar experiências e perspectivas sobre as temáticas lançadas, abrindo-se espaço ao debate e à troca de ideias.

    O programa “Há Vida no meu Bairro” pretende avaliar e planear a oferta das funções de proximidade à escala do Bairro e intervir no espaço público, com o objectivo de promover uma cidade mais humana, uma cidade mais próxima.

    A estratégia enquadra-se no conceito de ‘Cidade dos 15 minutos’, uma forma de organizar os centros urbanos que permite que todos os serviços e necessidades básicas dos moradores – escolas, espaços verdes, comércio local, lazer, desporto, saúde – estejam à distância de uma deslocação de 15 minutos, a pé ou de bicicleta.

    Propõe-se, desta forma, melhorar o conforto e a qualidade de vida de quem habita a cidade, reforçando as dinâmicas de proximidade, criando espaços de encontro, reduzindo desigualdades no acesso a serviços e na utilização do espaço público e, simultaneamente, promovendo um maior envolvimento e participação das pessoas na construção da cidade.

    A primeira sessão, com o tema ‘Lisboa, Há Vida no Meu Bairro’, que dá nome às iniciativas, tem lugar já no próximo dia 9 de Abril, pelas 18h, no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL). Neste encontro participam Paulo Pardelha (Câmara Municipal de Lisboa/Departamento de Planeamento Urbano), como moderador, e Joana Almeida (Vereadora do Urbanismo, dos Sistemas de Informação e Cidade Inteligente, e da Transparência e Prevenção da Corrupção), Alfonso Vergara (Fundação Metropoli – Espanha) e João Ferrão (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) como oradores.

    As restantes sessões têm lugar a 18 de Abril (Como implementar a Cidade de 15 minutos?), a 2 de Maio (Que mobilidade queremos no bairro?), a 16 de Maio (Cuidar do espaço público e dos espaços verdes do bairro), a 6 de Junho (A importância do comércio e dos equipamentos de bairro) e a 27 de Junho (O que é uma cidade saudável? E um bairro saudável?).

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    Tokyo Japan 1998

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    ‘Alpi’ de Armin Linke introduz os grandes temas da Trienal 2025

    O documentário combina uma série de tecnologias contemporâneas de processamento de imagem para esbater a fronteira entre ficção e realidade, lança o repto para a primeira apresentação em Portugal de How Heavy is a City? (Quão pesada é uma cidade?), a investigação conduzida desde finais de 2022 pela dupla britânica Territorial Agency para a 7ª edição da Trienal de Lisboa

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    O documentário ‘Alpi’, de Armin Linke, fotógrafo e cineasta, que combina uma série de tecnologias contemporâneas de processamento de imagem para esbater a fronteira entre ficção e realidade, lança o repto para a primeira apresentação em Portugal de How Heavy is a City? (Quão pesada é uma cidade?), a investigação conduzida desde finais de 2022 pela dupla britânica Territorial Agency para a 7ª edição da Trienal de Lisboa.

    Após a exibição do filme, a curadoria da Trienal 2025 junta-se a Armin Linke para uma conversa que vai revelar as três principais linhas da investigação que moldam o programa do fórum internacional (2 de Outubro a 8 de Dezembro de 2025).

    Tendo como ponto de partida o “complexo conjunto de transformações contemporâneas da cidade e do seu contexto”, revelando uma nova figura emergente com uma magnitude planetária, a Trienal 2025 explora formas emergentes de cooperação e mutualidade, estabelecendo uma nova unidade para avaliar a arquitectura e reformular o seu papel enquanto motor de debate.

    “A Terra está a transformar-se: intensificações climáticas, novos modos de coabitação, esperanças, tecnologias e sistemas. No entanto, esta figura que está a emergir é uma figura sobrecarregada com as complexas convulsões da contemporaneidade: extinções, inércia, guerra e acumulação de poder. Como conceber projectos, imaginar novas cidades, construir em conjunto modelos diferentes? Estas são interrogações que multiplicam a pergunta que abre a Trienal de Lisboa como plataforma de investigação: Quão pesada é uma cidade?, refere a Territorial Agency.

    No quadro do programa New Temporality, apoiada pela União Europeia, este momento público antecede as sessões preparatórias com o conselho consultivo da próxima Trienal, onde se vai confrontar a dimensão planetária dos espaços humanos contemporâneos, e traçar os fluxos de informação, materiais e energéticos para idealizar caminhos para uma transformação da tecnosfera que seja de alta energia e elevada reciclagem.

    Esta investigação conta com a participação de Jan Zalasiewicz, geólogo, paleontólogo e estratígrafo membro do Anthropocene Working Group, de Francesca Bria (New European Bauhaus), John Tresch (The Warburg Institute), Lucia Pietroiusti (Serpentine London) e Matthias Hauser (Media Solutions Center).

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    Grupo Navarra apresenta Sistema Minimalista N25500

    O Sistema Minimalista N25500 apresenta excelentes resultados de eficiência térmica e acústica, posicionando-se como produto preferencial em projetos de arquitetura em que as considerações estéticas e de luminosidade se assumem como como elementos fundamentais

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    É um sistema de caixilharia de correr, com vista em alçado de apenas 21 mm ao centro, permite, através da utilização de vidro estrutural, a execução de vãos de grande dimensão.

    O Sistema apresentou muito bons resultados nos ensaios, ao nível da permeabilidade ao ar, na estanquidade à água e resistência ao vento. É um Sistema com vista de apenas de 21 mm, o que permite elevados níveis de luminosidade.

    Em resposta às tendências da arquitetura contemporânea, o sistema permite a realização de vãos com enchimentos até 38 mm, onde a vista de 54 mm nas ombreiras, soleiras e padieiras se incorpora na construção, resultando em elevados níveis de luminosidade, sem descurar a funcionalidade. A integração da caixilharia nos sistemas construtivos enfatiza a relação entre o interior e o exterior, possibilitando uma vista ilimitada, inclusivamente no ângulo de abertura total do vão em remates de canto.

    O sistema minimalista N25 500 irá oferecer um sistema de piso integrado, ocultando toda a parte inferior do caixilho, criando uma harmonia entre o caixilho e a arquitetura.

    Com apenas 12mm de vista de trilho, o acabamento é possível remover para facilitar a limpeza e manutenção. Oferece um sistema de drenagem das águas pluviais.

    representação do sistema minimalista N25500

     

    Para os fabricantes de janelas, este sistema destaca-se pela simplicidade na montagem

     

     

    Soluções ecológicas para uma construção e arquitetura mais sustentáveis

    O caráter de sustentabilidade dos produtos Navarra® é potenciado pelo facto do alumínio ser um produto 100% reciclável, por sucessivas vezes, reduzindo os consumos energéticos da obtenção da matéria-prima em 95% – e da necessidade praticamente inexistente de manutenção.

    Existe um esforço contínuo na procura de soluções que promovam o desenvolvimento sustentável do Grupo, refletindo-se na responsabilidade ambiental e social.

    O cumprimento com rigor de procedimentos e a utilização das mais avançadas tecnologias no processo de extrusão e tratamento de superfície de perfis de alumínio, garantem certificações e licenças de utilização de marcas internacionais na área da qualidade, ambiente e de processos produtivos.

    Conheça todas as soluções de alumínio para arquitetura https://navarraaluminio.pt/arquitetura/produtos

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    Savills desenvolve conceito e projecto da nova sede da Sacyr Somague

    A multinacional espanhola, que actua no sector de infraestruturas e concessões, mudou a sua sede para o Centro Empresarial Torres de Lisboa, que permitiu dar resposta às necessidades de adaptação a um novo modelo de trabalho, conciliando zonas de gabinetes individuais com a integração de uma área em open space, a par de novas áreas informais e colaborativas

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    papa

    Após ter desenhado os escritórios da Sacyr Somague na Rua Castilho, o departamento de BPC & Architecture da Savills volta a desenvolver o conceito e projecto da nova sede da empresa, localizada no Centro Empresarial Torres de Lisboa.

    A multinacional espanhola, que actua no sector de infraestruturas e concessões viu, neste parque de escritórios, a oportunidade perfeita para desenvolver as suas operações em território nacional. Através deste novo espaço, pretende dar resposta às necessidades de adaptação a um novo modelo de trabalho, conciliando zonas de gabinetes individuais com a integração de uma área em open space, a par de novas áreas informais e colaborativas.

    Segundo a consultora, “a imagem corporativa da Sacyr serviu como inspiração e fio condutor para o design da intervenção” neste espaço de aproximadamente 600 metros quadrados (m2). Neste sentido, “foi privilegiada a sua palete de cores bem como as formas geométricas do logótipo que pontuam o espaço, tanto no pavimento como nas divisórias e elementos diferenciadores”.

    “Procurámos ter na nova sede um espaço inovador, mais colaborativo, confortável, clean, agradável, com espaços pensados no bem-estar e adaptado às necessidades de todos os colaboradores. Pressionados pelo pouco tempo de realização do projecto, a Savills esteve sempre disponível e foram incansáveis em todo o processo”, sublinha Rita Santos, responsável de Recursos Humanos e Serviços Gerais da Sacyr em Portugal.

    Também Pedro Gomes, architecture associate da Savills Portugal, destacou o projecto “desafiante e gratificante”, em que a aposta em “espaços colaborativos que transmitissem bem-estar” foi a tónica de todo o processo. “A equipa Savills teve, mais uma vez, a capacidade de agilizar todo este processo de forma célere, entregando ao cliente um resultado que foi ao encontro das suas expectativas”, salientou.

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    MASSLAB vence concurso público para a redesenhar etar de Bragança

    MASSLAB ganha concurso para dar nova vida à Estação de Tratamento de Águas de Bragança com um novo espaço público para actividades lúdicas e educativas numa cobertura de 6.800 m2

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    Entre a arquitectura, o paisagismo e a engenharia, o projecto da autoria do escritório de arquitectura MASSLAB para a nova cobertura da ETAR de Bragança vai permitir a utilização pública desta infraestrutura que, até agora, tinha como função apenas o tratamento de águas. O projecto ilustra como é possível acrescentar valor a infraestruturas existentes com a adição de funções recreativas.
    O projecto vencedor do concurso público lançado pela Câmara Municipal de Bragança, foca-se na reabilitação urbanística integral da paisagem, com a incorporação de uma cobertura com carácter temático de relevância para o município. Entendida a importância de alterar a percepção negativa associada às ETARs através das necessidades básicas de desinfecção e desodorização, os arquitectos sentiram necessidade de transformar esta estrutura num elemento participativo na cidade, capaz de promover novas zonas lúdicas, educativas e de lazer, com o objectivo de educar e despertar o interesse na preservação e no tratamento das águas.

    “Se pensarmos que quando se cria uma cobertura, criam-se também novas oportunidades de uso desta cobertura, aumentamos as possibilidades do uso de cada construção, criando valor acrescentado praticamente com o mesmo investimento”, afirma Duarte Ramalho Fontes, sócio do escritório MASSLAB.

    Mais do que desenhar “o 5º alçado” com a preocupação de integrar o ambiente construído na paisagem existente junto ao castelo de Bragança, dotar a cobertura de novos usos que não existiam foi a premissa chave no repensar o projecto para a ETAR.

    Com a intenção de fazer da cobertura da ETAR um espaço de atracção educacional, turística e de utilização pública, o projecto prevê múltiplos pontos de acesso ao terreno. A flexibilidade dos espaços permite a realização de visitas escolares ou eventos, oferecendo diferentes possibilidades de uso e transformando simples caminhos em locais de encontro e intera ção social.

    Através da relação visual entre o interior na operação do tratamento de águas e a cobertura acessível e ajardinada, com um objectivo didáctico, cria-se uma dinâmica entre o espaço privado da infraestrutura e o espaço público. Para melhor integrar a ETAR à paisagem, os acessos existentes foram preservados e enriquecidos com novos elementos, como miradouros e ligações pedonais para caminhadas. Um destaque especial foi dado à criação de um percurso pedonal ao longo do Rio Fervença, que, além de valorizar os caminhos já existentes, conecta directamente a ETAR ao percurso natural da água, promovendo uma contínua interacção entre a o ambiente construído e o ambiente natural.

    A nova cobertura inclui a optimização da estrutura através de formas geométricas quadrangulares, interligadas e integradas com nova vegetação, contribuindo para uma solução tanto estética quanto prática. Estes quadrados permitem uma grande variedade de possibilidades de ocupação do espaço, que pode ser mais fixa ou mais temporária, de acordo com as necessidades do município. A estrutura em betão simples, com fundações em estaca, é desenhada para interferir minimamente na construção existente e no vale, enfatizando uma abordagem económica e com o menor impacto possível na paisagem natural existente. Através de entradas de luz que promovem uma conexão visual entre o interior e a cobertura, cria-se uma dinâmica entre o espaço privado da infraestrutura e o espaço público.

     

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    Aprovada a proposta final para a operação de reabilitação da Quinta do Ferro

    A versão final da Operação de Reabilitação Urbana sistemática da Quinta do Ferro, um passo essencial para a resolução de um dos maiores desafios urbanísticos da cidade de Lisboa ao longo das últimas décadas, foi aprovada por unanimidade em reunião da Câmara Municipal de Lisboa

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    Este modelo resulta de um processo com cerca de dois anos, que incluiu reuniões privadas e sessões públicas de esclarecimento com os moradores, com associações e com os proprietários, e cuja fase mais recente foi a discussão pública da Operação de Reabilitação Urbana Sistemática, que decorreu entre 17 de Outubro e 28 de Novembro de 2023.

    Depois de ser analisadas e ponderadas as diversas participações, foram acolhidas duas sugestões e duas reclamações, e foram respondidas todas as questões suscitadas nos pedidos de informação e esclarecimento. Na sequência das participações, foram revistas as peças desenhadas e rectificadas questões que provocaram dúvidas, tornando mais clara e compreensível a leitura.

    O modelo urbano proposto para a intervenção permite criar habitação acessível, espaços verdes e estacionamento, para além de estimular a reabilitação urbana através de incentivos previstos na Operação de Reabilitação Urbana.

    “Hoje demos um passo decisivo, que nos vai permitir, finalmente, depois de muitos anos de indefinição e de intervenções falhadas, dar início à regeneração da Quinta do Ferro. Vamos reabilitar esta zona central, respondendo aos anseios da comunidade local, e abri-la à cidade”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “Lisboa é feita para todos e não podemos tolerar que continue a existir uma cidade esquecida”, acrescenta Carlos Moedas, lamentando o abandono a que a Quinta do Ferro e os seus moradores foram votados durante décadas.

    “Esta resolução só foi possível graças ao trabalho incansável do Urbanismo da Câmara de Lisboa, que liderou um longo trabalho de diálogo e concertação com os moradores e proprietários da Quinta do Ferro, sem nunca impor soluções pré-definidas”, sublinha por sua vez a vereadora do Urbanismo da Autarquia. A vereadora Joana Almeida salienta ainda que este processo poderá servir de inspiração para o futuro: “Este é um verdadeiro exemplo da nossa forma de fazer cidade. O processo participativo na Quinta do Ferro foi exemplar e consideramos que será um modelo a seguir em outros processos complexos”.

    Após esta aprovação em reunião da Câmara Municipal de Lisboa, a proposta será submetida à Assembleia Municipal para discussão e votação. O passo seguinte será o lançamento do concurso de empreitada até ao final de 2024, permitindo avançar com a primeira fase da operação.

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    OA e APAP estudam possibilidade de Ordem Profissional conjunta

    Ordem dos Arquitectos e Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas pretendem colaboração mais próxima para responder aos desafios contemporâneos. Protocolo, que será assinado esta quinta-feira, inclui possibilidade de Ordem Profissional conjunta

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    tagsAPAPOA

    A Ordem dos Arquitectos (OA) e a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP) assinam esta quinta-feira, 21 de Março, em Lisboa, um protocolo com vista a trabalharem em conjunto sobre a possibilidade de “num futuro próximo” apresentarem ao legislador proposta para uma Ordem Profissional conjunta.

    “Deste modo, desejando a Ordem dos Arquitectos reabrir o processo do seu Estatuto, melhorando aspectos organizacionais e de salvaguarda da qualidade da arquitectura e do urbanismo, e pretendendo a Associação dos Paisagistas Portugueses valorizar e definir de forma clara o âmbito dos actos do arquitecto paisagista – ambas na defesa estrita do interesse público – tornou-se fundamental a elaboração e subscrição de um documento agregador”, justificam ambas as instituições.

    Neste protocolo de colaboração, as entidades aceitam também colaborar nos serviços e processos de encomenda e concursos de projecto, que lhes sejam solicitados pela administração pública ou por entidades privadas, visando a complementaridade das suas competências profissionais e a defesa do interesse público. E concordam em desenvolver eventos e formações conjuntas, que contribuam para a qualificação profissional e a prestação de serviços dos seus membros e associados, assim como promover programas, projectos e acções tendo em vista um planeamento e desenho urbano mais “verde e azul”.

    “Os desafios de futuro no nosso território e nas nossas cidades assentam na capacidade de incorporarmos o vastíssimo conhecimento que existe nos nossos profissionais. Essa valia tem de ser direccionada para encontrar soluções para os problemas contemporâneos. Nesse sentido é fundamental, hoje mais do que nunca, que os arquitectos sejam promotores de uma actividade colaborativa e multidisciplinar. A presença próxima dos arquitectos paisagistas, do seu conhecimento e da sua prática traz enormes benefícios para o interesse público, nomeadamente num contexto em que um desenho urbano e paisagístico muito qualificado é imprescindível. Assim, esta ligação entre as nossas disciplinas é decisiva para responder a estes desafios e beneficiará tanto a APAP como a OA”, considera Avelino Oliveira, Presidente da Ordem dos Arquitectos, para quem “o futuro comum será o que os membros de ambas as entidades pretenderem”.

    “Desde a sua génese, a Arquitectura Paisagista entende a paisagem como um sistema, portanto, muito mais do que o somatório das partes. Perante os desafios globais que hoje se apresentam, mais do que nunca é essencial trazer a paisagem e as suas componentes para o ordenamento do território e para um novo desenho das cidades, capaz de um olhar sobre a relação complexa do homem e de todos os seres vivos em equilíbrio com os factores físicos do meio e que hoje é a pedra de toque da luta contra a perda da biodiversidade, e das doutrinas da neutralidade climática e da gestão racional dos recursos”, refere João Ceregeiro, presidente da APAP.

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    Immersivus Gallery Porto acolhe exposição imersiva “A Cidade do Futuro”

    A galeria de arte imersiva desafiou alunos da licenciatura de Multimédia da Escola Superior de Media, Artes e Design a desenvolverem sete experiências artísticas multimédia que reflectem a visão dos jovens artistas sobre o futuro da humanidade

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    A partir de 23 de Março, a Immersivus Gallery, localizada na Alfândega do Porto, vai acolher a exposição multimédia “Immersivus X: Cidade do Futuro”, um conjunto de sete projecções a 360º graus que transportam o público, com todos os seus sentidos, para os futuros idealizados por 28 estudantes do segundo ano da licenciatura de Multimédia da ESMAD do Politécnico do Porto (P.Porto).

    Desenvolvida no âmbito do projecto “Immersivus X”, que pretende dar palco e visibilidade a talentos emergentes no domínio da arte multimédia, a exposição aborda diferentes perspectivas, partindo da tumultuosa realidade actual para criar interpretações artísticas impactantes, disruptivas e totalmente imersivas acerca do rumo da humanidade, dos espaços que esta habitará e das formas de vida que prevalecerão no planeta.

    Através desta iniciativa, os jovens artistas, na sua maioria entre os 19 e os 21 anos, vão poder aprofundar os seus conhecimentos ao nível da idealização, concepção e implementação de experiências imersivas e apresentar, pela primeira vez, os seus trabalhos a um público mais abrangente. “Immersivus X: Cidade do Futuro” terá uma duração total de cerca de 25 minutos e, no final, os visitantes poderão votar na sua projecção favorita, através de um QR Code.

    Para Edoardo Canessa, produtor executivo da Immersivus Gallery, “em plena era digital, é fundamental dar voz a novos talentos e conhecer o seu contributo não só para a arte, mas também para a reflexão acerca do rumo da humanidade e do futuro que eles próprios vão vivenciar. Nesta exposição é possível perceber claramente o impacto que as nossas acções já estão a ter na vida nos jovens e na forma como eles encaram o futuro, e sobre as quais é muito importante reflectir. Mas esta mostra é, acima de tudo, uma celebração do talento das novas gerações e um contributo para a construção do seu percurso artístico no contexto da Arte Digital, em Portugal e no mundo”, afirma.

    Para Rui Rodrigues, professor e um dos docentes da disciplina onde se desenvolveu este projecto, a par do professor Luís Félix, “cada vez mais é importante envolver os estudantes das universidades nas dinâmicas das cidades e na sua actividade artística/cultural. Esta iniciativa acaba por dar uma oportunidade única aos nossos estudantes da Licenciatura de Multimédia da ESMAD de pensar e desenvolver um projecto desde o seu início, e ao mesmo tempo mostrar a um público mais abrangente os resultados desta reflexão. O tema das Cidade do Futuro torna-se neste caso o mote para que os estudantes exibam, através de uma experiência imersiva, as suas inquietações, cenários e impacto das nossas acções num futuro que pode ser mais ou menos longínquo. Os jovens são o presente e o futuro de qualquer sociedade e é importante dar-lhes voz para que as suas preocupações ecoam e nos façam questionar constantemente”, sublinha o docente.

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    NBS traz a Portugal o arquitecto paisagista Kongjian Yu

    O arquitecto paisagista Kongjian Yu é presença confirmado do NBS Summit Urban Edition, o evento organizado Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV) e que irá decorrer entre 23 e 24 de Maio

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    Doutorado pela Harvard GSD (1995), decano da College of Architecture and Landscape Architecture Peking University e fundador da Turenscape, um dos mais proeminentes estúdios de arquitectura paisagista da China com mais de 500 colaboradores, Yu tornou-se numa das mais importantes e visionárias figuras da transformação urbana das cidades contemporâneas. A par da sua vasta prática projectual que procura integrar soluções conjuntas entre elementos tradicionais e contemporâneos chineses, Yu é igualmente reconhecido por ter desenvolvido o conceito de design ecológico Sponge City.

    Yu é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho inovador na criação de espaços urbanos que harmonizam de forma única a natureza e a função humana nomeadamente pelo conceito Sponge Cities que visa enfrentar os desafios de inundações urbanas e escassez de água por meio de infraestruturas naturais e sustentáveis.

    As suas investigações sobre Ecological Security Patterns (1995) e Ecological Infrastructure, Negative Planning and Sponge Cities (2003) foram adotadas pelo Governo Chinês (2013) como directrizes para as campanhas de protecção e restauração ecológica. Tendo ajudado na transição das políticas ecológicas chinesas a nível nacional e tendo sido implementadas em mais de 200 cidades. Esta passagem de um urbanismo centrado no desenvolvimento económico para um urbanismo ecologicamente prudente deveu-se às mais de 600 palestras que Yu dirigiu a ministros, presidentes de câmara, e técnicos, assim como às numerosas cartas dirigidas aos principais dirigentes chineses.

    O conceito de Sponge Cities centra-se na problemática das inundações urbanas aceleradas pelas alterações climáticas, introduzindo zonas infra-estruturais em grande escala, como zonas húmidas construídas, vias verdes, parques, coberturas ajardinadas, entre outras, que actuem como dispositivos “esponja”, retendo a água em vez de drená-la. Através desta metodologia de Yu, é expectável que até 2030, 80% das cidades onde a estratégia foi implementada, sejam capazes de absorver 70% da sua precipitação.

    Ao longo de sua carreira, Kongjian Yu tem sido um defensor incansável das soluções baseadas na natureza, acreditando firmemente no poder transformador que têm para criar cidades mais sustentáveis, resilientes e habitáveis.

    Com o apoio do Município do Porto através da Águas e Energia do Porto, o evento decorre de 23 e 24 de Maio na Super Bock Arena, reunindo líderes, especialistas, investigadores e profissionais comprometidos com o avanço das Soluções Baseadas na Natureza (NBS) e do desenvolvimento urbano sustentável.

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