DR
Alojamento Local regista apenas 189 novas unidades em Abril
De acordo com a Imovendo, este é “o pior resultado dos últimos 64 meses, pelo que é necessário recuar a Setembro de 2014 para encontrar uma dinâmica tão baixa”
CONSTRUIR
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
Prospectiva e H3P supervisionam construção da Barragem do Calucuve, em Angola
Grupo Eurofred formaliza venda da sua filial Horeca Global Solutions
KEO inaugura escritório em Lisboa e duplica número de colaboradores
Twinkloo olha para o futuro do imobiliário em Portugal através de novo podcast
Geberit volta a juntar-se a Miguel Muñoz para espaço na Casa Decor 2024
Iad lança iniciativa que permite ter “estimativa realista e actualizada” dos imóveis
Os números relativos aos novos registos de Alojamento Local (AL) revelam que apenas 189 novas unidades foram abertas ao longo do mês de Abril, quando há um ano se registaram 1750 novos pedidos. De acordo com a consultora Imovendo, este é “o pior resultado dos últimos 64 meses, pelo que é necessário recuar a Setembro de 2014 para encontrar uma dinâmica tão baixa”.
“Esta é apenas uma evidência da falta de confiança que os investidores actualmente sentem e que revela também que as expectativas futuras para o turismo, em geral, e para o AL em particular, são longe de animadoras, mesmo com os programas que algumas câmaras municipais já anunciaram, como é o caso de Porto e Lisboa”, afirma Manuel Braga, CEO da Imovendo.
Para a consultora, o AL reveste-se hoje de um carácter quase-tóxico, quando era encarado, até Março, como um produto de elevada rentabilidade.
“Quem apostou no AL procura agora alternativas, como a venda de activos ou a sua colocação no mercado de arrendamento de longa duração. Quem dele dependia para escoar produto reabilitado, vê-se com activos desvalorizados e com menor procura. Quem nele pensava apostar, retrai-se agora, fruto da elevada incerteza e risco que enquadra o sector”, explica aquele responsável.
Por outro lado, apesar de Abril ter permitido uma certa melhoria dos indicadores de procura imobiliária, como é exemplo a recuperação da procura online observada, os actores que actuam no mercado antecipam uma queda abrupta na actividade do segundo trimestre, tendo o indicador de confiança da procura para este período (INE) atingido o seu valor mais baixo desde o início da série (em Março de 2001).
A grande questão que apenas os próximos meses permitirão responder é a de se saber até que ponto a recuperação que aparentemente hoje se vive no mercado imobiliário (com mais leads de procura, com mais negócios a serem realizados, e com uma dinâmica muito interessante a ser assegurada do lado comprador) não resulta apenas de um efeito de “válvula de descompressão” após mais de 2 meses de confinamento, sem sustentabilidade ao longo dos próximos meses, e que será alvo de um gradual efeito de erosão por via de quebras reais no turismo internacional, de um aumento do desemprego e sub-emprego e uma maior exigência por parte das instituições financeiras no âmbito da concessão de crédito à habitação.
“É provável que, à medida que o desconfinamento ocorra, a confiança regresse, mas a amplitude da queda de confiança dos profissionais no futuro próximo obriga a que se reflicta sobre as melhores estratégias para acelerar a recuperação e a confiança dos consumidores”, conclui Manuel Braga.