JLL: O futuro da procura de escritórios
Apesar do teletrabalho estar para ficar, espaços de trabalho menos densificados e novos padrões nas deslocações marcarão o futuro
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O futuro da procura de escritórios é um tema central de debate em todos os países, à medida que a pandemia de Covid-19 exigiu às empresas que aderissem à maior experiência de teletrabalho da história. Ao analisar tendências históricas com a pesquisa mais actual e as perspectivas dos clientes, o novo relatório da JLL The Future of Office Demand (O Futuro da Procura de Escritórios) conclui que, apesar do teletrabalho ser uma tendência, o escritório físico irá manter a sua importância enquanto espaço facilitador de inovação e colaboração e de saúde, bem-estar e produtividade dos colaboradores.
“O teletrabalho foi também estudado em Portugal e concluiu-se que existe a necessidade de reequilibrar o tempo passado a trabalhar em casa com o tempo passado no escritório. Isso vai ter implicações nos escritórios enquanto activo imobiliário, mas acreditamos que será sobretudo a nível da estruturação do espaço e na redefinição dos requisitos de localização, e não necessariamente na perda de área total ocupada. Se é claro que o teletrabalho e a pandemia exigem tendências de menor densificação no espaço de trabalho, devido às prudências do distanciamento social, também é verdade que as empresas reconhecem cada vez mais os ganhos de produtividade, colaboração e inovação que a partilha de um espaço físico traz. Isso não vai mudar”, comenta Mariana Rosa, Head of Office & Logistics Agency & Transaction Manager.
Por outro lado, os escritórios encorajam a colaboração, a inovação, o mentoring e o team building, ou seja, situações que a tecnologia tem dificuldade em replicar. De facto, o mesmo inquérito da JLL mostra que 58% dos colaboradores sentem falta do escritório, com os mais novos – até aos 35 anos – a mostrar um desejo ainda mais forte de regressar (65%). A interacção humana e a socialização com os colegas foi o que mais se sentiu falta durante a ausência do escritório (44%), seguido pelo trabalho colectivo cara-a-cara (29%), de acordo com o survey.