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    Paulo Barros Trindade, presidente AVASAL – Associação Profissional das Sociedades
    de Avaliações

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    Avaliações imobiliárias sem pausa, mesmo com pandemia

    Em Portugal as avaliações de imóveis nunca pararam durante a quarentena, mas o presidente da AVASAL alerta que ainda há perigos para o sector

    Manuela Sousa Guerreiro

    Paulo Barros Trindade, presidente AVASAL – Associação Profissional das Sociedades
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    Avaliações imobiliárias sem pausa, mesmo com pandemia

    Em Portugal as avaliações de imóveis nunca pararam durante a quarentena, mas o presidente da AVASAL alerta que ainda há perigos para o sector

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    Manuela Sousa Guerreiro
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    Paulo Barros Trindade, presidente AVASAL – Associação Profissional das Sociedades
    de Avaliações

    A evolução da pandemia e o atraso na retoma económica podem pôr em risco a actividade
    imobiliária. Em Portugal, o sector nunca esteve parado e as últimas semanas dão mostra de
    sinais de retoma. Uma retoma que a evolução da pandemia e o consequente atraso na retoma
    económica podem colocar em risco. Em entrevista ao CONSTRUIR, Paulo Barros Trindade,
    presidente da Associação Profissional das Sociedades de Avaliações (AVASAL) analisa os
    desafios da actividade

    Como tem evoluído a AVASAL e, em concreto, a actividade de avaliação de imóveis e
    negócios?

    A ASAVAL comemora este ano 10 anos de existência. A associação agrega cerca de 30
    sociedades de avaliação e aproximadamente 200 peritos avaliadores individuais. Em Portugal,
    existe uma classe profissional de peritos avaliadores, sendo que as sociedades de avaliação,
    constituídas e lideradas na sua maioria por peritos avaliadores, concentram a maioria das
    avaliações imobiliárias realizadas para o sector financeiro. A maior parte dos peritos
    avaliadores que exercem actividade no sector financeiro dedicam-se em exclusivo à profissão,
    sendo maioritariamente licenciados em engenharia, arquitectura e economia/gestão, com pós-graduação em avaliação imobiliária.

    De que forma as actividades de avaliação de imóveis e negócios foi afectada durante estes
    meses de pandemia? Houve paragem total?
    Durante a 2ª quinzena de Março e até à 1ª quinzena de Maio, a actividade ficou mais
    condicionada devido ao Estado de Emergência. A ASAVAL propôs, em Março, algumas soluções
    a reguladores e bancos para impedir que a actividade ficasse suspensa, sendo que a CMVM
    emitiu orientações em meados de Março no sentido de ser estabelecido um protocolo de
    segurança para as inspecções a realizar aos imóveis, que consistia na utilização de meios
    tecnológicos do tipo videochamada, sempre que não existiam condições mínimas de segurança
    para se realizar a inspecção ao interior do imóvel ou nas situações em que os clientes se
    recusavam a receber os peritos avaliadores no interior dos imoveis. Ainda que a actividade
    tenha sofrido uma redução superior a 30% nesse período, nunca existiu paragem total e o
    empenho e profissionalismo dos peritos avaliadores permitiu que a actividade de crédito
    hipotecário pudesse continuar nesse período.

    Como é que correu essa adaptação ao teletrabalho? É possível fazer avaliações à distância?
    Ou a tecnologia é uma aliada?
    Também na nossa actividade as sociedades adaptaram-se ao teletrabalho. Não obstante a
    possibilidade de se usar a videochamada para realizar a inspecção pelo interior do imóvel,
    durante o estado de emergência, a realidade é que as avaliações realizadas desta forma não
    constituíram a maioria das situações, tendo continuado a ser realizadas inspecções físicas ao
    interior dos imóveis, tendo sempre presente o cumprimento quer das regras de
    distanciamento mínimo, quer do uso de máscaras, luvas de protecção e desinfectante, como
    recomendado pela DGS.
    As avaliações à distância constituem uma solução de recurso para situações como a que
    vivemos durante o estado de emergência, sendo fundamental que num contexto normal, o
    perito avaliador realize uma inspecção física dos imóveis, para que possa identificar
    correctamente todos os factores que influenciam uma avaliação imobiliária.
    Relação com sector financeiro é incontornável

    Menos avaliações, menos créditos bancários. Como tem sido esta relação com o sector
    financeiro neste período? Qual o peso deste na actividade de avaliações?
    O sector financeiro é um dos principais clientes dos peritos avaliadores de imoveis e
    obviamente que existindo alguma retracção nas operações de crédito imobiliário, isso irá
    traduzir-se numa redução do volume de avaliações realizadas.

    Apesar do contexto, no sector imobiliário não se registam alterações significativas dos preços
    dos imóveis. A pandemia em nada mudou nas avaliações que são feitas ou muito por que o
    sector foi evoluindo à ‘boleia’ dos negócios que estavam na calha e já projectados? Como vê
    que a situação venha a evoluir até ao final do ano?
    Estes últimos meses foram muito alimentados por negócios que já estavam em pipeline. No
    entanto já se verificam algumas novas transacções e o mercado começa a ter alguns sinais de
    actividade. Não creio que o mercado imobiliário venha a ter uma retracção considerável,
    existindo, no entanto, algum ajustamento dos preços pedidos pelos proprietários e, sobretudo,
    uma maior disponibilidade para negociar o preço final. Julgo que esta realidade só irá ter
    alterações significativas se os cenários de retoma da economia não se concretizarem ou se a
    retoma for demasiado prolongada no tempo.

    Acreditando que a actividade de avaliação não seja estática. O que é que o actual contexto
    irá influenciar nos critérios de avaliação?
    Como não existem muitas transacções é necessária alguma prudência na atribuição dos valores
    de mercado. Infelizmente, em Portugal a maioria das avaliações baseiam-se em analises
    realizadas sobre amostras de asking price, uma vez que os preços das transacções não são
    divulgados de forma clara e expedita, como acontece com outros países. A ASAVAL tem
    procurado sensibilizar as entidades com competências nesta área para a necessidade de se
    alterar este contexto e tornar pública e de acesso expedito a informação sobre as transacções.

    As normas europeias de avaliação de negócios são recentes o que é que este novo normativo
    trouxe de novo e qual o será o seu impacto?
    As EBVS – Normas Europeias de Avaliação de Negócios destinam-se a normalizar a avaliação de
    negócios e empresas e são uma mais valia criada pelo TEGoVA (Grupo Europeu de Associações
    de Avaliadores), associação à qual pertence a ASAVAL e que já publicava as EVS – Normas
    Europeias de Avaliação, aplicadas aos imóveis. As EBVS editadas pelo TEGoVA e que se
    encontram a ser traduzido para Português pela ASAVAL, são um referencial de grande
    qualidade para os peritos avaliadores de negócios. No médio prazo será a base para que possa
    existir em Portugal uma acreditação internacional deste tipo de peritos avaliadores, como já
    existe para os peritos avaliadores de imóveis, que têm ao seu dispor a possibilidade de
    obterem as acreditações internacionais de REV (Recognised European Valuer) e TRV (TEGoVA
    Residential Valuer) criadas pelo TEGoVA e, em Portugal, atribuídas pela ASAVAL.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    @Fernando Guerra

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    Gulbenkian: Novo Centro de Arte Moderna abre portas a 21 de Setembro

    O programa da inauguração reflecte o novo CAM, que ganhou cerca de 900 m2 de novas áreas expositivas, como um espaço aberto à comunidade e uma programação de live arts, com nomes internacionais e nacionais que marcam a cena artística

    Exposições, performances, música, conversas, maratonas fotográficas, oficinas, e outras iniciativas de entrada livre vão marcar a festa de abertura do novo Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, após uma ampla renovação projectada pelo arquitecto Kengo Kuma, em harmonia com o novo jardim desenhado pelo paisagista Vladimir Djurovic.

    O programa reflecte o novo CAM como um espaço multidisciplinar     aberto à comunidade, apresentando várias exposições em simultâneo — o edifício ganhou cerca de 900 m2 de novas áreas expositivas— e uma programação de live arts, com nomes internacionais e nacionais que marcam a cena artística contemporânea. Haverá também actividades e visitas para dar a conhecer os novos espaços, as exposições e as obras da colecção.

    Em 2005, a Fundação Gulbenkian adquiriu dois hectares de jardim contíguos ao seu amplo parque desenhado, no final da década de 1960, por Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto. Em 2019, abriu um concurso internacional, por convite, para a apresentação de projectos que repensassem a relação do edifício do CAM com o novo jardim, dotando-o de novas valências e de um reposicionamento mais central desta área a Sul com uma nova entrada na Rua Marquês de Fronteira.

    Inspirado no conceito de Engawa, um elemento da arquitectura tradicional japonesa que estabelece uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior, Kengo Kuma, um dos mais notáveis arquitectos da atualidade, foi o vencedor do concurso.

    Kuma recriou o edifício original de betão do CAM, inaugurado em 1983, da autoria do arquitecto britânico Leslie Martin, aumentando a transparência a sul e acrescentando-lhe uma impressiva pala de 100 metros de comprimento, com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas, produzidas em Portugal.

    Trabalhando em estreita colaboração com Kuma, Djurovic criou uma “mata urbana”, definindo uma nova frente paisagística da Fundação Gulbenkian, a Sul, com um elevado índice de biodiversidade, criando habitats para a vida selvagem e estabelecendo uma transição subtil, muito natural, com o jardim original.

    No conjunto das iniciativas, Leonor Antunes é a artista em destaque, apresentando uma impressiva instalação escultórica intitulada da desigualdade constante dos dias de leonor* (21 Setembro 2024 — 17 Fevereiro 2025), que ocupa todo o espaço da Nave e que é apresentada em diálogo com um conjunto de obras da colecção do CAM, escolhidas pela artista.

    A exposição Linha de Maré inaugura a nova Galeria da Colecção, dando a ver um importante conjunto de obras que questiona a relação do ser humano com o mundo natural, desde o final do século XIX até aos dias de hoje.

    O Espaço Engawa — que o novo projecto arquitectónico transformou num lugar com luz natural que entra pelas novas janelas sobre o jardim — vai acolher O Calígrafo Ocidental (21 Setembro — 20 Janeiro 2025), uma mostra que revela a relação do artista Fernando Lemos com o Japão.

    Serão ainda apresentadas várias exposições enquadradas na Temporada de Arte Contemporânea Japonesa, iniciativa lançada no ano passado para celebrar os 40 anos do CAM e o novo edifício, que foi buscar o título Engawa ao projecto de Kengo Kuma. Go Watanabe apresenta uma obra site-specific M5A5 (21 Setembro — 04 Novembro 2024), e Chikako Yamashiro terá a partir de Novembro a exposição Song of the Land (29 Novembro — 13 Janeiro 2025). Yasuhiro Morinaga inaugura a nova Sala de Som, com a instalação inédita The Voice of Inconstant Savage (21 Setembro — 13 Janeiro 2025), uma encomenda do CAM ao artista.

    No átrio do CAM, estará instalada uma sala de vídeo itinerante — a H BOX — concebida pelo artista luso-francês Didier Faustino, onde o público terá acesso a um conjunto de vídeos de artistas internacionais, tais como Rosa Barba e Cao Fei, entre outros.

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    Toni Pons abre primeira loja de rua em Portugal com a Savills

    Segundo Maria Luísa Branco, retail associate da Savills, a chegada da Toni Pons a Portugal, e concretamente a Lisboa, espelha a “dinâmica da marca a nível internacional”

    A Toni Pons, reconhecida marca espanhola de calçado de corda artesanal, as famosas “alpercatas” abriu a sua primeira loja de rua em Portugal numa operação assessorada pela equipa de retalho da Savills. Localizada em plena Baixa de Lisboa, no número 143 da Rua Áurea, o novo espaço tem uma área superior a 240 m2, dos quais 127 m2 estão alocados à área comercial.

    Com a nova loja situada no coração da capital portuguesa, a marca espanhola concretiza assim a sua aposta no mercado nacional, onde passa a ter disponível a sua oferta de calçado feita à mão, de inspiração tradicional e mediterrânica, mundialmente reconhecida.

    Segundo Maria Luísa Branco, retail associate da Savills, a chegada da Toni Pons a Portugal, e concretamente a Lisboa, espelha a “dinâmica da marca a nível internacional”.

    “Esta é com toda a certeza uma marca que vem agregar valor à oferta existente na Baixa de Lisboa pela qualidade e atractividade que imprime às suas alpercatas cheias de glamour mediterrânico”.

    A Toni Pons iniciou a sua história na cidade de Girona, na região da Catalunha, em Espanha, em 1946 e desde então tem vindo a apresentar um crescimento sustentado. Actualmente a marca tem 46 pontos de venda, 29 dos quais fora de Espanha.

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    Blue Tagus e investidor internacional desenvolvem projecto de uso misto

    Os mais de 80 mil m2 de terreno, em Oeiras, estrategicamente localizado junto à A5, apresentam “potencial comercial” para retalho, espaços de escritórios e outros serviços

    A Blue Tagus, em joint venture com um Family Office internacional, tem o prazer de anunciar a aquisição de um terreno com uso misto, abrangendo mais de 80 mil metros quadrados (m2), estrategicamente localizado nas proximidades do World Trade Center, em Oeiras. Situado numa micro-localização de grande visibilidade junto à A5, e que está no início de uma significativa requalificação, este empreendimento tornar-se-á um activo-chave na revitalização do eixo Carnaxide-Miraflores.

    Este projecto oferece uma oportunidade única para empresas e investidores fazerem parte de um espaço dinâmico que integrará, harmoniosamente, habitação e actividades económicas. A componente comercial do projecto apresenta grande potencial para retalho, espaços de escritórios ou outros serviços, proporcionando a localização ideal para empresas que desejam crescer no eixo empresarial Lisboa – Oeiras.

    “Como parte de nossa estratégia de investimento e gestão de activos, estamos comprometidos em desenvolver um conceito inovador que atenda não apenas à comunidade local, mas também promova a atividade económica,” disse Katja Pazelskaya, partner da Blue Tagus. “O nosso objectivo é criar um espaço vibrante e sustentável que se torne parte da longa história de sucesso de Oeiras, melhorando a qualidade de vida dos residentes e apoiando a economia local”.

    A Blue Tagus é uma promotora imobiliária dedicada ao desenvolvimento urbano com foco na inovação e sustentabilidade e na criação de espaços que promovam o crescimento económico e o bem-estar da comunidade

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    Macolis reúne parceiros na 3ª edição do MacoDestaques

    Com o tema ‘Técnicos do Futuro…soluções e desafios no Horizonte: A Mão de Obra em Climatização e Canalização’, o evento terá lugar dia 21 de Setembro na Quinta do do Paul em Ortigosa, Leiria

    Enquadrado nas celebrações do seu 40º aniversário, a Macolis, que comercializa soluções de climatização, canalização e energias renováveis, realiza a terceira edição do MacoDestaques, que terá lugar a 21 de Setembro na Quinta do Paul em Ortigosa, Leiria.

    Este evento, destinado a clientes profissionais instaladores, registou na sua última edição, uma participação de mais de 500 profissionais da área, sendo que na edição deste ano, conta com a participação de mais de 30 expositores nacionais e estrangeiros, em representação das principais marcas parceiras da Macolis.

    Agendadas para este dia, estão diversas dinâmicas, desde apresentações de gamas de produtos e novidades, dinâmicas comerciais e destaque para a realização de um colóquio com o tema ‘Técnicos do Futuro…soluções e desafios no Horizonte: A Mão de Obra em Climatização e Canalização’ e que reunirá representantes das marcas, das empresas instaladoras, e ainda de associações inerentes ao sector.

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    Governo anuncia novo objectivo para oferta de habitação

    Até 2030, o Governo espera construir 58 993 casas. Para o efeito, está previsto um reforço total de 2,8 MM de euros, verba que será financiada pelo Orçamento do Estado

    O Governo anunciou um novo objectivo para a oferta pública de habitação, que irá mais do que duplicar a oferta inicial prevista de 26 mil casas. Desta forma, até 2030, o Governo espera construir 58 993 casas que irão integrar a bolsa do programa 1º Direito e da Habitação a Custos Controlados (HCC), em vez das 26 mil inscritas pelo anterior Executivo no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Para este efeito, está previsto um reforço total de 2,8 mil milhões de euros, verba que será financiada pelo Orçamento do Estado.

    Em comunicado, no âmbito da deslocação do Governo a Alcanena para a entrega de mais fogos, foi reforçada a ideia de que “a dotação financeira inscrita no Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, no âmbito do PRR, não acautelou as reais necessidades de habitação do País”.

    Há ainda cerca de 10 mil casas que não irão cumprir os prazos estabelecidos para conseguirem ter o apoio do PRR. Neste sentido, e de forma a não perder o financiamento previsto de 1,4 mil milhões de euros, estas vão ser retiradas do Plano e substituídas por outras 10 mil cujos projectos já se encontram numa fase mais adiantada, mas cujo financiamento não estava contemplado no PRR.

    Assim, serão retirados do Orçamento de Estado um total de 2,8 mil milhões de euros. 845 milhões foram aprovados no último Conselho de Ministros e serão para financiar até 100% as 10 mil casas retiradas dos prazos de execução do PRR e que migram para o financiamento do 1º Direito. O reforço agora anunciado, de 2.011 milhões de euros restantes serão aprovados numa fase posterior, mas destinam-se a viabilizar a construção das 32.993 casas que concorreram aos apoios do PRR, além das 26 mil casas inicialmente previstas.

    Para as próximas semanas está previsto a apresentação de um novo pacote de medidas para o sector da construção, que garantirá mais mão-de-obra, com vista à prossecução de todas as obras que Portugal tem pela frente, desde a habitação às infraestruturas.

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    Documentário ‘Body-Buildings’ passa na Saraiva + Associados

    A obra conceptual que tem por base a relação da arquitectura com o corpo, através de seis coreografias para seis obras de arquitectura, em seis locais de Portugal, é exibido a 18 de Setembro

    No dia 18 de Setembro, próxima quarta-feira, o atelier de arquitectura Saraiva + Associados exibe, no auditório da S+Academy, o premiado filme-documentário, “Body-Buildings”, uma obra conceptual que tem por base a relação da arquitectura com o corpo.

    ‘Body-Buildings’ reúne dança, arquitectura e cinema, misturando identidades e conceitos. Seis coreografias para seis obras de arquitectura, em seis locais de Portugal, onde se destaca o trabalho de alguns dos maiores coreógrafos portugueses: Olga Roriz, Vera Mantero, Paulo Ribeiro, Tânia Carvalho, Victor Hugo Pontes, Jonas&Lander.

    Um filme realizado por Henrique Câmara Pina e produzido pelo cineasta e pelos dois convidados: Maria João Soares e João Miguel Duarte, arquitectos, professores e investigadores que, no final da sessão, irão partilhar e debater este projecto, amplamente reconhecido pela sua originalidade e criatividade.

    A participação é gratuita, mas mediante a inscrição.

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    Geberit assinala os 60 anos do autoclismo de interior

    Os autoclismos de interior da marca surgiram em 1964 e estavam à frente do seu tempo e ganharam um novo impulso com a disseminação da instalação da parede auxiliar, particularmente com o estabelecimento de técnicas de drywall na década de 1980

    Com o primeiro autoclismo para instalação na parede, a Geberit fornece a tecnologia por trás da parede e abre novas opções de instalação para os profissionais da decoração de interiores, da renovação e da canalização.

    O que antes era visível tornou-se oculto: a partir de 1964, da tecnologia de descarga apenas se podia ver um botão preto sobre uma placa branca. Doze anos após a introdução do primeiro autoclismo de plástico montado à superfície, a Geberit surpreendeu novamente o sector da construção em 1964. Com o desenvolvimento de um autoclismo de plástico para ser embutido na parede, eles alcançaram uma obra-prima. O «Autoclismo de interior n.º 15.000», como foi oficialmente denominado, pretendia ser uma “unidade sanitária fiável e de funcionamento silencioso para espaços limitados”, conforme afirma o primeiro folheto. A combinação do autoclismo de interior com uma sanita suspensa resultou numa projecção de apenas 54 cm, definindo um novo padrão para a época.

    Os autoclismos de interior estavam à frente do seu tempo e inicialmente permaneceram um produto de introdução lenta, mas o impulso necessário veio apenas com a disseminação da instalação da parede auxiliar, particularmente com o estabelecimento de técnicas de drywall na década de 1980.

    O grande avanço ocorreu em 1996, com as estruturas de montagem de instalação rápida Duofix, no tradicional azul Geberit, que é hoje o elemento mais instalado na indústria das casas de banho.

    A “longevidade, a alta qualidade e a segurança” mesmo após décadas de uso contribuíram para o sucesso duradouro do autoclismo de interior da Geberit, sendo frequente encontrar autoclismos de interior dos primeiros anos que ainda estão a funcionar. Além disso, a disponibilidade de peças sobressalentes durante 50 anos garante a funcionalidade de descarga fiável e a longo prazo dos autoclismos de interior.

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    Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza mais 146 casas com rendas acessíveis

    o Executivo disponibiliza neste concurso habitações localizadas em 18 das 24 freguesias da cidade, destacando-se cerca de uma dezena e meia que estão em reabilitação em zonas históricas, nas freguesias de Arroios, Misericórdia e Santa Maria Maior, e um novo edifício em construção na zona de Entrecampos, na operação de Loteamento das Forças Armadas, freguesia das Avenidas Novas. O concurso estará aberto até ao dia 7 de Outubro

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    A Câmara Municipal de Lisboa abriu as candidaturas a um novo concurso do Programa Renda Acessível, para a atribuição de 146 habitações, a maior bolsa de atribuição desde a abertura do programa.

    “A Habitação é uma área absolutamente prioritária para este Executivo. Estamos a fazer um esforço inédito no Município de Lisboa para dar respostas concretas aos problemas que a cidade enfrenta nesta área, em diversas frentes: na construção de novas casas, na reabilitação de habitações municipais que estavam devolutas quando assumimos funções e no subsídio ao arrendamento acessível, que no nosso mandato já chegou a mais de 1500 agregados”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

    “Desde o início do mandato, já entregámos mais de 2000 habitações, garantindo assim a 2000 famílias a possibilidade de residir em Lisboa, em habitações dignas e com valores que os seus orçamentos familiares conseguem comportar. Com o concurso que agora abrimos vamos chegar a mais 146 agregados, aos quais vamos disponibilizar casas com rendas mensais a partir dos 150 euros um pouco por toda a cidade”, salienta ainda Carlos Moedas.

    Prosseguindo na resposta urgente às necessidades de habitação acessível no concelho, o Executivo disponibiliza neste concurso habitações localizadas em 18 das 24 freguesias da cidade, destacando-se cerca de uma dezena e meia que estão em reabilitação em zonas históricas, nas freguesias de Arroios, Misericórdia e Santa Maria Maior, e um novo edifício em construção na zona de Entrecampos, na operação de Loteamento das Forças Armadas, freguesia das Avenidas Novas.

    Outras freguesias contempladas neste concurso são as do Parque das Nações, Lumiar, Penha de França, Santa Clara, Ajuda, Beato, Alvalade, Marvila, Olivais, Areeiro, Estrela, Alcântara, Carnide e São Domingos de Benfica.

    A bolsa de habitações agora a concurso inclui 29 apartamentos de tipologia T0 e 44 apartamentos de tipologia T1, tendo em vista contribuir com soluções de habitação para os profissionais deslocados, designadamente os professores, mas também os enfermeiros e agentes de polícia, entre outros. Nas restantes tipologias disponibilizam-se 62 apartamentos T2, 10 T3 e 1 T4.

    Grande parte das habitações está em processo de reabilitação ou na fase final de construção, podendo os candidatos aceder a informações acerca do estado do apartamento a que se candidatam na plataforma Habitar Lisboa.

    O PRA destina-se a agregados familiares que procuram casa em Lisboa e não têm capacidade para aceder ao mercado privado. As candidaturas decorrem online, através da Plataforma Habitar Lisboa, e a atribuição das habitações é realizada através de concurso por sorteio.

    O concurso estará aberto até ao dia 7 de Outubro.

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    Fusões e Aquisições movimentam 7,9 MM€ em 2024

    Relatório mensal sobre o mercado transaccional português publicado pelo TTR Data destaca a diminuição em 2% no número de transacções, em comparação ao período homólogo. Até Agosto o sector de Real Estate foi o mais activo no período, com 52 transacções

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    Entre Janeiro e Agosto de 2024, o mercado transaccional português viu a concretização de 335 operações, totalizando EUR 7,9 mil milhões de euros. Destas, 39% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.

    Estes números representam uma queda de 26% no número de transacções em comparação com o mesmo período de 2023, no entanto, bem como uma diminuição de 24% no capital mobilizado.

    Em Agosto, foram registadas 20 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de 752,10 milhões de euros.

    Em termos sectoriais, o sector de Real Estate tem sido o mais activo em 2024, com 54 transacções, seguido pelo sector de Internet, Software & IT Services com 35 operações, o qual registou uma queda de 27% comparado a 2023.

    Reforçadas ligações a Espanha
    No âmbito Cross-Border, quanto à número de transacções, a Espanha e França, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 38 e 21 transacções, respectivamente.
    Em sentido inverso as empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Reino Unido como principal destino de investimento, com 26 e 11 transacções, respectivamente.
    As aquisições estrangeiras no sector de Tecnologia e Internet aumentaram em 34% em comparação ao mesmo período de 2023. Até Agosto de 2024, foram contabilizadas 37 transacções de Private Equity e um total de 2 mil milhões de euros.

    Em Venture Capital, foram realizadas 74 rodadas de investimentos e um total de 529 milhões de euros, representando um crescimento de 27% no capital mobilizado.
    No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 79 transacções com um valor de 2,58 mil milhões de euros, representando um aumento de 87% no valor total.

    A transacção destacada pelo TTR Data em Agosto foi a conclusão da aquisição da EuroBic pela Abanca. O valor da transacção é de 300 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios SRS Legal; Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados.

     

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    Edifícios Green Park e Arquiparque II obtêm certificação BREEAM In-Use

    Propriedade da Incus Capital, o processo de certificação foi assessorado pela equipa de ESG & Sustainability da Savills, em colaboração com as equipas de BPC & Architecture e de Property Management da consultora

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    Os edifícios de escritórios Arquiparque II e Green Park, propriedade da Incus Capital, acabam de obter a certificação BREEAM In-Use, ambos com o rating “Very Good”, num processo assessorado pela equipa de ESG & Sustainability da Savills, em colaboração com as equipas de BPC & Architecture e de Property Management da consultora.

    A mudança de paradigma no sector imobiliário que se traduz, em grande parte, na descarbonização e na reabilitação das infraestruturas urbanas existentes, é um factor que tem impulsionado o crescimento das designadas ‘certificações verdes’ que são já percepcionadas como imprescindíveis pelos investidores e proprietários de edifícios.

    Em linha com as mais recentes normas de sustentabilidade que regem o sector como a exigência de edifícios neutros em carbono até 2050 e a integração de soluções de energia verde a partir de 2030, a equipa da Savills foi responsável pela elaboração do projecto de consultoria dos dois edifícios, com o propósito de melhorar as suas instalações. Este processo culminou com a obtenção das certificações BREEAM In-Use Part 1, que diz respeito ao desempenho do próprio activo.

    “Esta certificação é um reflexo do compromisso contínuo da Incus Capital através da plataforma Station Properties com a sustentabilidade e a gestão responsável dos ativos sob gestão. Agradecemos à Savills pelo apoio e expertise na implementação das melhores práticas, que foram cruciais para alcançarmos este marco. Continuaremos a trabalhar na melhoria contínua dos nossos activos, alinhando-nos com os padrões mais exigentes do setor e contribuindo para um futuro mais sustentável”, afirma Tiago Girão, asset manager da Incus Capital.

    Já Nuno Fideles, head of Sustainability da Savills Portugal, considera que as “práticas e normas sustentáveis são hoje parte integrante do sector imobiliário”, no entanto, acrediat que Portugal tem ainda um “longo caminho a percorrer” nesta matéria, uma vez que a percentagem de activos com este selo ainda é bastante reduzida”.

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