Claude Kandiyoti, CEO Krest Reat Estate Investment
Imobiliário

“Queremos replicar o conceito de “Live, Work and Play” nos nossos projectos futuros”

Na corrida para neutralidade carbónica, Claude Kandiyoti, CEO da Krest Real Estate Investments considera que o sector imobiliário tem uma grande responsabilidade. É por isso que, desde a escolha dos materiais de construção até às opções alternativas de mobilidade, a Krest se propõe promover empreendimentos de acordo com conceitos de sustentabilidade e inseridos na comunidade. São mais de 200 M€ a investir nos próximos quatros anos para que projectos como estes possam surgir no Porto, Oeiras e na Margem Sul

Cidália Lopes
Claude Kandiyoti, CEO Krest Reat Estate Investment
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“Queremos replicar o conceito de “Live, Work and Play” nos nossos projectos futuros”

Na corrida para neutralidade carbónica, Claude Kandiyoti, CEO da Krest Real Estate Investments considera que o sector imobiliário tem uma grande responsabilidade. É por isso que, desde a escolha dos materiais de construção até às opções alternativas de mobilidade, a Krest se propõe promover empreendimentos de acordo com conceitos de sustentabilidade e inseridos na comunidade. São mais de 200 M€ a investir nos próximos quatros anos para que projectos como estes possam surgir no Porto, Oeiras e na Margem Sul

Cidália Lopes
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Claude Kandiyoti, CEO Krest Reat Estate Investment

Em Portugal desde 2010, a Krest Real Estate Investment começou a dar os primeiros passos de uma forma algo tímida. Primeiro com a construção de um armazém em Paços de Ferreira e depois com a aquisição de um portefólio de 11 imóveis Estado. Mas só a partir de 2016, com a aquisição de dois terrenos no Parque das Nações, onde actualmente estão o hotel Moxy Lisboa Oriente e o edifício de escritórios, ainda em construção, K Tower, se começaram a ‘desenhar’ os primeiros projectos da promotora belga. A primeira aposta no residencial deu-se só em 2019 com o Jardim Miraflores, ainda em construção, e depois no Algarve, onde tem em desenvolvimento dois projectos. Mas mais do que promover um empreendimento, a Krest Real Estate Investment pretende que os seus projectos fiquem associados a um conceito que passa por criar espaços dinâmicos, sustentáveis, de usos mistos e em que a chave principal é a mobilidade. O novo projecto ‘mixed-use’ que a promotora já anunciou para a zona de Campanhã, no Porto é disso exemplo. “Um bairro” que pretende “mudar a forma de fazer cidade” e cujo projecto está a cargo de Souto de Moura e da Metro Urbe. É também com esta mesma lógica de sustentabilidade e de conceito que a Krest prepara dois novos investimentos – um em Oeiras e outro na Margem Sul. Projectos ainda em fase inicial de licenciamento mas que Claudio Kandiyoti, CEO da promotora, promete que vão ser totalmente diferentes em termos de sustentabilidade e que dado o seu potencial multifacetado irão permitir também introduzir a promotora nos segmentos de built to rent e coliving. Contas feitas são mais de 200 milhões de euros que a Krest pretende investir em Portugal nos próximos quatro anos. Com projectos a longo prazo para o nosso País, Claudio Kandiyoti assumiu ao Construir que, contudo, a morosidade dos licenciamentos dos projectos é um desafio e um problema difícil de entender, assim como a alteração em torno dos ‘Vistos Gold’, que considera apenas “uma decisão politica”. Veja aqui a entrevista.

A pandemia veio, de alguma forma, atrasar ou adiar alguns dos vossos projectos?

De todo. Foi o ano em que vendemos mais apartamentos em Portugal. Ao nível do mercado houve uma grande estimulação em parte devido ao anúncio dos apoios comunitários, como a “bazuca” europeia.

Porque é que isso aconteceu nesta fase?

Terá sido um conjunto de factores. Por um lado, o facto de estarem mais tempo em casa, mais tempo com a família e perceberem que a casa onde estão não tem o espaço suficiente, por vezes nem sequer uma varanda. A possibilidade de ter pequeno espaço fora de casa para apenas “respirar” ganhou uma grande importância. E as pessoas começaram a procurar o que estava disponível no mercado de nova construção e a perceber que, hoje em dia, já não é assim tão difícil ter um espaço com mais qualidade e maior a um preço mais acessível.

Outro aspecto, é que os bancos continuam bastante ansiosos para dar empréstimos e com condições muito vantajosas, nomeadamente juros baixos. Um terceiro aspecto, é que, exactamente pela consistência do mercado, o sector imobiliário ainda é o melhor investimento. Podemos comprar um apartamento, ter 8% de juros e um spread de 0.90%, por exemplo. Portanto, se tivermos um pouco de dinheiro para investir o mercado imobiliário ainda é o melhor. E isto apesar dos preços terem descido um pouco, como é o caso de Lisboa, em que desceram cerca de 5%.

Forte Novo (Quarteira)

Quais são os projectos que a Krest tem a desenvolver actualmente em Portugal?

Mantemos o portefólio que comprámos à Estamo que está alugado. Depois temos o Moxy Hotel, cuja construção terminamos no ano passado, já em plena pandemia, e junto ao qual estamos a desenvolver o edifício de escritórios K Tower, que já está totalmente arrendado.

No sector residencial temos três projectos neste momento. Um em Miraflores, o Jardim Miraflores, que já está 85% vendido, tendo começado a construção apenas há dois meses e dois no Algarve, um em Vilamoura (Lakes 24), com 70% já vendido e outro em Quarteira (Forte Novo), que é um último terreno de frente de mar e com uma forte vertente de sustentabilidade, com 229 apartamentos, que está a aguardar pela licença.

Estamos também a desenvolver um projecto mixed-use no Porto, com assinatura do arquitecto Souto de Moura, em conjunto com a Metro Urbe, que é o nosso primeiro projecto com o conceito de “Live, Work and Play” em Portugal. Este é um conceito totalmente novo com base na mobilidade e numa forma forma de viver a cidade e que queremos trazer para Portugal e para projectos futuros.

Outro aspecto que é para nós muito importante é aproveitar esta nova forma de ‘fazer cidade’ para contribuirmos para atingirmos o mínimo de emissões de gases possível para a atmosfera e, sendo o sector da construção um dos mais poluentes, queremos adoptar técnicas de construção mais sustentáveis e que contribuam para mudarmos os hábitos das pessoas. Queremos que os nossos empreendimentos sigam o conceito ESG (Environmental, Social, and Governance) e EW (Environment of Work).

K Tower (Lisboa)

Quando fala de mobilidade e numa forma de viver a cidade fala como se fossem cidade sem carros dentro do próprio empreendimento…

É exactamente isso que queremos. Isso não é totalmente possível em Portugal porque os portugueses adoram os seus carros, mas é possível encontrar formas de reduzir a utilização do carro e uma das formas é ter a habitação, o trabalho, as escolas, os restaurantes e os supermercados e as lojas perto umas das outras. Isso foi também o que tentamos fazer com o Moxy Hotel e o K Tower. A ideia foi mostrar que o cliente não precisa usar o seu carro, já que o escritório é mesmo ao lado do hotel e, além disso, tem acesso a um conjunto de transportes. O acesso à mobilidade é muito importante para que este conceito resulte. Por isso, actualmente procuramos localizações que nos permitam implementar este conceito e que se a pessoa quiser pode trabalhar onde quer que esteja sem se deslocar, mas que permita ter acesso, ao mesmo tempo, a um conjunto de funcionalidades, que reduza em muito as deslocações rodoviárias.

A Krest anunciou o ano passado a intenção de investir em dois novos projectos. O que pode avançar sobre esses investimentos?

Ainda muito pouco. Um deles será em Oeiras e outro na margem sul do Tejo, mas não queremos para já avançar mais pormenores porque estão ainda em fase de aprovação de licenças e de PDM. Ambos os projectos vão ser concebidos de acordo com conceitos de sustentabilidade e para isso vamos realizar uma parceria com uma empresa belga, a Revive, que é especialista em fazer projectos sustentáveis. Isto porque um dos principais problemas é que nós temos o dinheiro para investir no tipo de projecto que queremos mas sendo o mercado imobiliário e a construção um dos maiores emissores de CO2 para a atmosfera nós temos a obrigação de fazermos parte da mudança climática, temos a obrigação de reduzir essas emissões e para isso queremos fazê-lo com quem tem o conhecimento e a experiência e com quem já trabalhamos na Bélgica e na Polónia e nós vamos trazer esse conhecimento para o mercado nacional. Sempre que se tenta fazer um projecto totalmente sustentável torna-se sempre muito mais caro, mas o nosso objectivo é que os edifícios sustentáveis consigam ser suficientemente acessíveis para o mercado português.

Moxy Hotel (Lisboa)

Nesse caso, em que áreas preveem investir nos próximos anos e qual o montante previsto?

O que podemos confirmar é que nos próximos quatro anos pretendemos investir mais 200 milhões de euros, neste tipo de projectos sustentáveis, que sejam acessíveis para os clientes portugueses, onde se inserem também respostas para o segmento de coliving. Ao mesmo tempo iremos dar resposta à problemática da falta de habitação para classe média, de acordo, também, com os objectivos propostos para a neutralidade carbónica nos quais os edifícios são os principais responsáveis.

Embora os vossos projectos não dependem dos Vistos Gold, considera que as recentes alterações nesta matéria poderão vir a ter efeitos adversos para o sector?

Antes de mais considero que se trata de uma decisão política. Eu entendo a decisão mas não considero que seja uma boa decisão. Por muito que não se queira Portugal depende em muito do investimento estrangeiro, mais de 90% do investimento imobiliário é investimento estrangeiro, mas apenas uma pequena parte provém através dos Vistos Gold. Mas são os investimentos estrangeiros que tem permitido reocupar novamente o centro histórico das cidades, porque os portugueses não querem viver nestas zonas ou não conseguem. Por isso quando dizem que os Vistos Gold estão a tirar a possibilidade de os portugueses viverem no centro das cidades não acredito que seja isso. Os Vistos Gold têm sido uma forma de chamar a atenção de Portugal para grandes investimentos, mas não são esses que tiram os portugueses dos centros das cidades. Quando vim para Lisboa pela primeira vez a cidade era cinzenta, por isso acho que voltar atrás nessas medidas é um erro. Entendo porque o estão a fazer, mas não me parece que vá resultar e o País vai continuar muito dependente do investimento estrangeiro em matéria de imobiliário e de reabilitação urbana.

Então se é mais uma decisão politica como afirma e se a resposta está na habitação para a população o que está a falhar?

O acesso das pessoas à habitação e a uma habitação mais acessível em Lisboa tem sido muito falada ultimamente. Mas para isso é preciso que hajam terrenos e parcerias com o sector privado e que essa seja uma situação vantajosa para todos, o que ainda não é totalmente claro. Toda a burocracia, a lentidão da aprovação dos projectos também dificulta este processo e a questão que se coloca aos municípios é: Querem criar uma cidade que responda realmente às questões da habitação (ao criar habitação acessível, ao disponibilizar terrenos, ao criar processos mais rápidos quanto a licenças) ou o objectivo é criar um mercado especulativo, que como se torna tão difícil construir em Lisboa, torna-se num mercado onde haverá sempre investidores mas que em vez de promoverem e desenvolverem projectos vão continuar a especular? Porque é isso é que nós vemos no mercado hoje em dia.

As pessoas vão continuar a vir para Portugal, porque Portugal é um dos melhores países para investir na Europa, mas o facto é que existe muito pouca oferta no mercado porque é muito complicado desenvolver projectos aqui. E esse é o grande desafio hoje em dia. Nós estamos aqui a longo prazo e vamos continuar a promover projectos, mas é preciso ter um sistema melhor. Não é aceitável termos um sistema em que os pedidos de aprovação de projectos demoram tanto tempo como a construção do próprio empreendimento. Essa é a verdadeira questão… por isso haverá interesse em responder à problemática da habitação, ao criar mais habitação, ao criar um sistema de licenciamento mais rápido? Na teoria existe essa intenção, mas na realidade isso não acontece. Ou, por outro lado, querem continuar com um mercado especulativo, em que mesmo cortando com o golden visa, vai continuar, porque a maioria dos estrangeiros que vêm para Portugal não vem pelo golden visa vem pela qualidade de vida.

A questão dos licenciamentos é um problema em todos os países da Europa, não é só em Portugal, mas há que haver prazos e cumprir esses prazos. Em Portugal, cada Câmara funciona à sua maneira e por vezes nem se consegue falar com os departamentos respectivos. Na Bélgica, a partir do momento em que o projecto entra na câmara existem prazos muito específicos.

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Fogos licenciados para construções novas cresce 28,3%

Fogos licenciados em construções novas aumentam 28,3%, novo crédito à habitação totaliza 3.214 M€ e licenças para construção nova e reabilitação habitacional sobem 9,5% até Fevereiro. São os números mais recentes da Síntese Estatística de Habitação da AICCOPN

De acordo com a AICCOPN, até Fevereiro, o consumo de cimento no mercado nacional atingiu 623,2 milhares de toneladas, traduzindo-se numa quebra de 3,6% em comparação com o período homólogo.

No que respeita ao licenciamento municipal para a construção e reabilitação de edifícios habitacionais, constatou-se um aumento homólogo de 9,5%, nos dois primeiros meses deste ano. Relativamente ao número de fogos licenciados para construções novas, observou-se um crescimento de 28,3%, para 6.641 novas habitações.

Quanto ao montante do novo crédito à habitação, excluindo renegociações, concedido pelas instituições financeiras, este apresentou um acréscimo de 35,4%, totalizando 3.214 milhões de euros, em Fevereiro. No que concerne à taxa de juro do crédito à habitação, a mesma fixou-se em 3,83% nesse mês, reflectindo uma redução de 81 pontos base face ao período homólogo.

Em Fevereiro, o valor mediano da habitação, calculado para efeitos de avaliação bancária, apresentou uma valorização homóloga de 16%, em resultado de variações de 16,7% nos apartamentos e de 9,5% nas moradias.

A Grande Lisboa é a região em destaque na análise, onde de Fevereiro de 2024 até Fevereiro deste ano foram licenciados 5.084 fogos em construções novas, o que representou um incremento de 16,2% face aos 4.375 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores. Desse total, 9% corresponderam a tipologias T0 ou T1, 33% a T2, 40% a T3 e 18% a T4 ou superior. Relativamente ao valor de avaliação bancária da habitação, constatou-se, nesta região, uma variação homóloga de 16,3% no segundo mês deste ano.

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Lisboa aprova delimitação da Unidade de Execução Marvila-Beato

A área de intervenção, nas freguesias de Marvila e do Beato, é um conjunto de “vazios urbanos” com uma área superior a 278 mil metros quadrados (m2) para onde estão previstos 1427 fogos e mais de 119 mil m2 em espaços verdes e equipamentos

A delimitação da Unidade de Execução (EU) Marvila-Beato foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa, esta quarta-feira, dia 30 de Abril. A proposta, que visa “optimizar os efeitos da estruturação da terceira travessia do Tejo, reforçar a coesão territorial e potenciar a atracção de emprego”, vai estar em discussão pública.

A área urbana sobre onde se pretende intervir, nas freguesias de Marvila e do Beato, é um conjunto de “vazios urbanos” com uma área de reconversão superior a 278 mil metros quadrados (m2), para onde estão previstos 1427 fogos, 119.437 m2 em espaços verdes e equipamentos, 2852 lugares de estacionamento privado, mais 246 lugares públicos.

O projecto localiza-se em áreas qualificadas como sensíveis e classificadas como de Interesse Público, nomeadamente, a Zona Geral de Protecção do Antigo Convento do Beato António, a Zona Geral de Protecção do Palácio dos Duques de Lafões e a Zona Geral de Protecção da Fábrica “A Nacional”.

Na reunião da CML foi, ainda, aprovada a cedência de espaços não habitacionais “para exercício de actividades sem fins lucrativos com fundamentado interesse público”, às entidades Rimas ao Minuto Associação, Associação Desportiva Pastéis da Bola; Associação Fazer por Marvila, Associação Lisboa Juntos pelo Desporto, Associação Africandé, GlocalDecide – Associação para a Democracia, a Cidadania e o Desenvolvimento e a Associação Porta do Mais.

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Politécnico de Leiria consigna empreitada para residência nas Caldas da Rainha

A obra de renovação da Residência Mestre António Duarte visa a recuperação integral do edifício, com vista à melhoria do conforto e à promoção da eficiência energética, assim como uma readaptação de espaços e uma otimização do seu funcionamento

O Politécnico de Leiria celebrou a consignação da empreitada de renovação da Residência Mestre António Duarte, nas Caldas da Rainha, e da obra de construção da nova residência de estudantes naquela cidade, num investimento de 3,7 milhões de euros, financiados pelo Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior (PNAES) – Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com a concretização destas duas empreitadas, que se juntam à obra de reabilitação da Residência Rafael Bordalo Pinheiro, cuja inauguração está prevista para breve, Caldas da Rainha passará a ter, em 2026, um total de 289 camas para os estudantes.

A obra de renovação da Residência Mestre António Duarte visa a recuperação integral do edifício, com vista à melhoria do conforto e à promoção da eficiência energética, assim como uma readaptação de espaços e uma otimização do seu funcionamento. O edifício contemplará um total de 56 quartos, dois destinados a utilizadores com mobilidade condicionada, num total de 104 camas. A obra tem uma duração de 150 dias, estando a reabertura prevista para o início do próximo ano letivo.

No que se refere à construção da residência ‘Nova Caldas’, a ser edificada num terreno adjacente à Residência Mestre António Duarte, a mesma oferecerá 68 novas camas, contemplando, além do alojamento, zonas de refeição, áreas de estudo e de convívio, lavandaria, espaços de apoio ao funcionamento da residência, entre outros.

“Esta obra proporcionará um aumento significativo do número de camas disponíveis na cidade de Caldas da Rainha, que anualmente recebe entre 1.500 e 1.700 estudantes da nossa Escola Superior de Artes e Design”, afirmou o presidente do Politécnico de Leiria, recordando que a instituição teve nove candidaturas aprovadas no âmbito do PNAES, para renovação, reabilitação e construção de residências de estudantes, contemplando 13 edifícios, localizados em quatro cidades (Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e Pombal).

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Empresas portuguesas marcam presença na BATIMATEC Expo 2025

Organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), a participação reforça a aposta das empresas portuguesas no mercado argelino, uma porta estratégica para os mercados de África e do Médio Oriente

A BATIMATEC Expo 2025, um dos mais antigos certames dedicados à construção, decorre de 5 a 8 de Maio em Argel, e Portugal marcará presença com uma delegação de seis empresas do sector. Organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), através do projecto Business on the Way (BOW), a participação reforça a aposta das empresas portuguesas no mercado argelino, uma porta estratégica para os mercados de África e do Médio Oriente.
A feira, referência na indústria da construção, materiais, rochas ornamentais, tecnologias e maquinaria, é uma oportunidade única para as empresas consolidarem contactos e explorarem o potencial da região. “Esta é a sexta participação da AEP na BATIMATEC, um reflexo da importância da Argélia como mercado de alto potencial de crescimento”, destaca Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEP.

A Argélia, o maior país em área geográfica e o segundo mais populoso do Norte de África, tem investido na diversificação económica e na atracção de investimento estrangeiro. Com planos ambiciosos nas áreas da saúde, ambiente, turismo, agricultura, energias renováveis e, sobretudo, obras públicas, o país oferece novas oportunidades para o tecido empresarial português.

A delegação inclui as empresas Abílio Carlos Pinto Felgueiras (Carfel), Arcen Engenharia, ILMAR – Fábrica de Máquinas para Artigos de Cimento, Jormax Indústria, Metalúrgica do Tâmega e Metalcértima.
Com esta iniciativa, a AEP reforça o compromisso de apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, promovendo parcerias e negócios num mercado em franca expansão.

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BdP adquire nova sede por 191,99 M€

A concretização da transacção está prevista para o final de 2027, mas o contrato-promessa de compra e venda foi assinado esta sexta-feira pela Fidelidade e o Banco de Portugal. A nova sede, em Entrecampos, terá 32 mil m2 e um valor de venda de 191,99M€ 

A Fidelidade, através da sua subsidiária Fidelidade – Property Europe, assinou hoje, 2 de Maio, com o Banco de Portugal o contrato-promessa de compra e venda de um dos edifícios nos terrenos da antiga Feira Popular em Entrecampos.

Esta aquisição, permitirá ao Banco de Portugal concentrar todos os seus serviços de escritórios, hoje dispersos por quatro localizações em Lisboa. O imóvel tem uma área bruta de construção de cerca de 32 mil metros quadrados e representará um investimento de 191,99 milhões de euros, que segundo a o BdP “corresponde ao limite inferior das avaliações independentes realizadas” e, assim, “protegendo da melhor forma o interesse público”. A concretização final da transacção prevista para o final de 2027. A nova sede “vai ao encontro das necessidades do Banco de Portugal nos planos funcional e institucional e representa o culminar de um processo com mais de quatro décadas de procura de uma localização única na cidade de Lisboa. A concentração de serviços permitirá reduzir os custos operacionais anuais em mais de cinco milhões de euros. A posterior alienação de património imobiliário do Banco de Portugal financiará uma parte substantiva do investimento”, afirma a instituição no seu site.

Para a Fidelidade, o projecto de EntreCampos, localizado nos terrenos da antiga Feira Popular, representa uma visão revitalizadora daquela área central de Lisboa. EntreCampos foi distinguido como “Best New Mega Development” nos MIPIM Awards 2025, um prémio que reconhece a sua abordagem inovadora e sustentável ao desenvolvimento urbano.

Concebido para se fundir com a cidade, EntreCampos promove a integração da comunidade local através de zonas de passagem e espaços públicos inseridos na malha urbana. Com amplas áreas verdes que fomentam a biodiversidade, o projeto valoriza a qualidade de vida e cria uma nova centralidade que articula habitação, trabalho e lazer. Além disso, alia eficiência energética ao uso pioneiro da geotermia e beneficia de uma localização privilegiada, num dos pontos de Lisboa mais bem servidos em termos de mobilidade.

 

 

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Conhecidos os candidatos aos European Responsible Housing Awards; Portugueses entre os finalistas

Desde cooperativas lideradas por inquilinos e reabilitações de carbono zero até à integração de assistência social e iniciativas de segurança lideradas por jovens, os 25 finalistas reflectem o “poder da habitação para transformar vidas e comunidades”

São 25 os finalistas do European Responsible Housing Awards (Prémios Europeus de Habitação Responsável), que destacam os promotores de habitação que vão além das estruturas físicas, defendendo a acessibilidade, a equidade social, a segurança da posse, a acção climática, a codecisão dos inquilinos e a governação colaborativa. Os vencedores serão anunciados no dia 5 de Junho, em Dublin, na Irlanda, durante o Festival Internacional de Habitação Social.

Seleccionados entre 12 países e em cinco categorias de prémios, estes finalistas reflectem o crescente reconhecimento de que a habitação não é apenas uma questão de abrigo, é um elemento-chave na construção de comunidades mais fortes e inclusivas.

Desde cooperativas lideradas por inquilinos e reabilitações de carbono zero até à integração de assistência social e iniciativas de segurança lideradas por jovens, estes projectos demonstram o poder da habitação para transformar vidas e comunidades.

As categorias a concurso são cinco: ‘Management excellence for housing affordability’ (Excelência na gestão para a acessibilidade à habitação), ‘More than a roof” – supporting communities of equal opportunities’ (Mais do que um telhado” – apoiar comunidades de igualdade de oportunidades), ‘Agents of green transition, leaders of innovation’ (Agentes da transição verde, líderes da inovação). ‘Building strategic alliances, fostering community participation’ (Construir alianças estratégicas, fomentando a participação da comunidade) conta com duas participações portuguesas, nomeadamente, com a figura de ‘Entrance Manager’ (Gestor de Entrada), em Matosinhos, que visa reforçar a inclusão social através da gestão participativa e a criação de uma assembleia de moradores através do Programa Viva o Bairro, em Braga. Também na categoria ‘Going the extra mile for safe and sound living’ (Ir mais além para uma vida segura e saudável), o programa Lotes ComVida, em Lisboa e que visa envolver os moradores na gestão cooperativa das habitações municipais através de formação e estruturas participativas.

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Carteira de encomendas da Reabilitação Urbana com crescimento “expressivo”

O mais recente inquérito realizado pela AICCOPN junto das empresas que actuam no segmento da Reabilitação Urbana reforça a tendência de crescimento “expressivo” da carteira de encomendas e sublinha a estabilização da actividade

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Em Março de 2025, os resultados do inquérito realizado pela AICCOPN junto das empresas que operam no segmento da Reabilitação Urbana evidenciam uma evolução positiva do mercado, com uma melhoria expressiva na percepção dos empresários quanto às encomendas e uma estabilização da actividade, revela o mais recente Barómetro da Reabilitação Urbana.

Assim, o Índice de Carteira de Encomendas registou um crescimento de 8,7%, em termos homólogos, reforçando o forte dinamismo que este indicador tem vindo a apresentar nos últimos meses.

Relativamente ao índice que mede a opinião dos empresários quanto ao Nível de Actividade, apura-se uma variação nula face ao mesmo mês do ano anterior.

No que respeita à Produção Contratada, indicador que mede o tempo médio de trabalho assegurado a um ritmo normal de execução, registou-se uma variação marginal, passando de 9 meses em Fevereiro para 8,9 meses em Março, traduzindo, na prática, uma estabilização deste indicador.

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Obra do Edifício da Escola Superior de Saúde em Setúbal entregue ao Grupo NOV

A construção do Edifício da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal foi entregue à NOV Pro Construções. A empreitada tem o valor de cerca de 7,7 milhões de euros e deverá estar concluída em meados do próximo ano 

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O Instituto Politécnico de Setúbal consignou a “Empreitada de Construção do Edifício da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal”,  à NOV Pro Construções. O valor da obra é de cerca de 7,7 milhões de euros e deverá estar concluída em meados de 2026.

O edifício contará com três pisos, dois acima e um abaixo da cota de soleira, interligados de forma fluida e funcional. A nova infraestrutura será implantada num terreno com cerca de 11.000 m², localizado no campus de Setúbal do IPS.

O projecto contempla a construção de salas de aula, laboratórios, biblioteca e áreas de estudo. Estão igualmente previstas zonas administrativas e de apoio, incluindo escritórios, salas de reuniões, secretaria, gabinetes e espaços de descanso. Para responder às exigências específicas da área da saúde, o edifício integrará também instalações especiais como salas de simulação, laboratórios e salas de enfermagem.

A concepção do edifício teve como base princípios de sustentabilidade e eficiência energética, prevendo-se a adopção de soluções de design passivo, como uma adequada orientação solar, utilização de luz natural e ventilação cruzada, com o objectivo de reduzir o consumo energético e promover o bem-estar de todos os utilizadores.

A NOV Pro Construções, sedeada em Leiria, é uma empresa do Grupo NOV Engenharia e Construções, sendo a mais internacional das sete unidades de negócio existentes. Com presença consolidada em Portugal Continental e Ilhas, destaca-se ainda por um vasto portfolio de obras em África e na América Latina.

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Grândola emite parecer desfavorável ao projecto Mina da Lagoa Salgada

A autarquia considera que o projecto apresenta “evidentes e significativos efeitos negativos” para a população, território, paisagem e ambiente, “comprometendo o desenvolvimento sustentável do concelho”

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A Câmara Municipal de Grândola emitiu parecer desfavorável ao projecto da Mina da Lagoa Salgada, no âmbito da consulta pública que termina a 30 de Abril.

A Câmara considera que o projecto viola o Plano Director Municipal, ao “ignorar zonas protegidas pela Estrutura Ecológica Municipal, ameaça recursos hídricos, coloca em causa a saúde pública, devido a poeiras, ruído e vibrações de explosões subterrâneas, destrói a biodiversidade e coloca em causa a qualidade de vida da população, principalmente a que reside nos aglomerados rurais de proximidade, cujo desenvolvimento fica, também, seriamente comprometido”.

O projecto tinha como objectivo a exploração de depósitos minerais metálicos de cobre, chumbo, zinco e outros metais, sendo ainda exploradas mineralizações secundárias, como estanho, prata e ouro

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Larry Yuen (Midea) e Oliver Müller-Marc (Teka)
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Asiática Midea conclui aquisição do Grupo Teka

Esta transacção permitirá o reforço da estrutura organizacional e das três marcas registadas do Grupo Teka: Teka, Küppersbusch e Intra, enquanto alavanca operações globais e a capacidade de investigação e desenvolvimento da Midea

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O Grupo tecnológico Midea concluiu o processo de aquisição do Grupo Teka (com excepção da Teka Rússia LLC). Esta operação, inicialmente comunicada em Junho de 2024, “fortalece a competitividade global” do Grupo Teka e posiciona-o para uma “rápida expansão” em novas categorias de produto e mercados.

Esta aquisição combina a liderança tecnológica, inovadora e a escala industrial do Grupo Midea, com a herança centenária das marcas do Grupo Teka e a sua robusta presença na Europa, Ásia e América Latina. “Juntas, estas duas organizações disponibilizarão aos consumidores em todo o Mundo soluções ainda mais abrangentes e inovadoras para a casa”, indica o Grupo em comunicado.

Esta transacção permitirá o reforço da estrutura organizacional e das três marcas registadas do Grupo Teka: Teka, Küppersbusch e Intra, enquanto alavanca operações globais e a capacidade de investigação e desenvolvimento da Midea, de forma a criar sinergias.

Esta transacção “solidifica”, também, a estabilidade financeira do Grupo Teka, a sua “eficiência” operacional e liderança de mercado, factores cruciais no actual contexto económico.

O Grupo Midea, fundado em 1968, ocupa o 277º lugar na lista Fortune Global 500 de 2024, sendo, por isso, uma das maiores empresas fabricantes de equipamentos para a casa, cujos negócios vão para lá dos electrodomésticos inteligentes.

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