Porto: Câmara discute projecto do futuro Parque da Alameda de Cartes
A construção do Parque da Alameda de Cartes “vai coser o que está fragmentado, responder às necessidades da população, e preparar o território para os desafios climáticos”
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Estão reunidas as condições para a materialização do projecto de criação Parque da Alameda de Cartes. É desta forma que a Câmara do Porto classifica a última reunião do executivo, onde foi discutida a criação de um espaço verde que nascerá na zona oriental da cidade, naquela que é encarada como uma aposta na consolidação das necessidades das pessoas, tanto ao nível da mobilidade pedonal, como de intervenção na infraestrutura verde, dando prioridade a soluções de base natural.
A construção do Parque da Alameda de Cartes “vai coser o que está fragmentado, responder às necessidades da população, e preparar o território para os desafios climáticos”.
O projecto do Parque da Alameda de Cartes, um investimento estimado em 1,2 milhões de euros e que já tinha sido abordado anteriormente, foi apresentado em pormenor aos vereadores, tendo merecido rasgados elogios.
Num território que tem merecido atenção particular – estão em curso ou serão lançados projectos como o Matadouro, o Terminal Intermodal de Campanhã, a Corujeira – o futuro Parque da Alameda de Cartes será mais uma peça para completar este puzzle. “Estamos a falar do território-chave da fragmentação urbana. É neste território que temos as grandes infraestruturas viárias, como a VCI, a A43, a linha ferroviária, que fazem com que para muitos dos portuenses este território não pertencesse sequer ao Porto. Estas são as muralhas do século XX que acabam por gerar esta distância física, mas também esta distância psicológica”, começou por notar o arquitecto José Miguel Lameiras, na apresentação que fez aos vereadores.
“Neste território, muito motivado pelas suas características socioeconómicas, e apesar das condicionantes topográficas, anda-se muito a pé. O que torna as questões da mobilidade, e da mobilidade pedonal, absolutamente estratégicas neste contexto”, destacou o arquitecto, indicando que “um quarto da mobilidade pedonal é feita sobre a forma de caminhos de pé posto. A consolidação das necessidades das pessoas é o garante do sucesso desta proposta”.
A população colaborou em todo o processo, salientou José Miguel Lameiras: “A proposta da criação de um parque tem como característica diferenciadora a rede de caminhos ser consequência directa de todo este trabalho. Para além de ser um espaço onde as pessoas podem recrear-se, tem esta característica de coser, ligar a malha urbana. Cose grande parte destas unidades que foram surgindo de forma desconexa. É um novo tipo de espaço público da cidade do Porto, um parque de proximidade, que vai ser utilizado diariamente pelas pessoas nos seus trajectos. Isso é qualidade de vida.”