Portuenses UNUM assinam novo Metyis Campus
A importância do ambiente construído e simultaneamente ao não construído ou espaço “natureza envolvente” foi o ponto de partida para um projecto que se pretendia que fosse “um modelo de construção de saúde e sustentabilidade
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O novo Centro Tecnológico da Metyis em Portugal pretende marcar de forma positiva o panorama da construção sustentável e ambiciona um novo planeamento atractivo e ecológico, trazendo ao ambiente de trabalho lógicas de ambientes verdes, centradas na sustentabilidade e no bem-estar. Localizado numa zona emergente do concelho de Gondomar, o Metyis Campus conta com assinatura do gabinete de arquitectura portuense UNUM. Neste que é o seu “primeiro grande centro tecnológico na Europa”, a Metyis solicitou à equipa de projecto da UNUM a garantia que este seu novo complexo fosse precisamente “um modelo de construção de saúde e sustentabilidade, mas também na abordagem a um novo paradigma de trabalho centrado no bem-estar dos seus utilizadores”. O investimento nesta primeira fase rondará os 10 milhões de euros e estará pronto já no final deste ano.
Nas primeiras reuniões de trabalho com a Metyis, nomeadamente com o CEO Yogen Singh, a UNUM percebeu a importância dada ao ambiente construído e simultaneamente ao não construído ou espaço “natureza envolvente”. Também como referência surgem as lógicas “Vastu e Vaastu” que na arquitectura remete para uma ciência milenar sobre o ambiente construído que explica, por exemplo, a orientação e a organização de todos os elementos modificados pela acção do homem. “A regularidade e as simetrias que surgem no projecto são decorrentes deste pensamento conceptual arquitectónico e podemos verificar, por exemplo, que a implantação dos edifícios acontece num desdobramento matemático desde o centro do terreno que, sinteticamente, define quatro eixos e a partir destes desenvolve uma matriz que desenha as formas regulares propostas. Construir um conjunto de edifícios com estes princípios potenciam um ambiente benéfico para o bem-estar, numa conceptualização de materiais de construção, orientação solar, relações espaciais e espaços exteriores, todos pensados para esse propósito”, explica Miguel Ibraim da Rocha, fundador da oficina de arquitectura UNUM.
Importância das vivências
As vivências assumem, também, um carácter importante em todo o projecto com destaque na procura pela escala humana, “num ambiente de trabalho muito humanizado, mas sempre muito interligado com o espaço natureza exterior, grande transparência e espaços multidisciplinares de apropriação”.
Pensado para um total de 1.000 trabalhadores, o projecto prevê, ainda, a plantação de cerca de 2.000 árvores no Campus que irão “abraçar os diversos edifícios projectados”. “Este é um ponto positivo do projecto e pouco usual”, refere Miguel Ibraim, já que “além de embelezarem toda a área” permitem, também, “absorver o carbono da atmosfera, transformando-o”.
Todo o Metyis Campus está pensado para peões e não circularão carros, excepto num pequeno espaço reservado a visitas, pelo que se pretende um conjunto de edifícios com zero emissões de carbono. Além de dispor de diversos serviços, tais como ginásio, zonas de estar e de convívio interno e externo, bem como outros espaços verdes, terá também transportes eléctricos de deslocação interna.
O novo centro será, também, baseado em tecnologias de inteligência artificial (IA) e equipamento de baixo impacto de carbono, alimentado quase na totalidade por energia renovável.