Sugee Group com plano de investimento de grande escala até ao final do ano
Com dois projectos já em desenvolvimento, o grupo imobiliário indiano pretende atingir, pelo menos, “10 projectos de construção autónomos e olhar para um mix de empreendimentos de grande escala” ainda em 2021
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Fundado em 1984, o Sugee Group é um dos grandes promotores imobiliários de Mombai (Bombaim, a maior cidade da Índia e o principal centro económico do país asiático. Ao longo de mais de 30 anos de actividade, promoveu e construiu 16 projectos residenciais num total de mais de 280 mil m2 de área construída.
O grupo “chegou” a Portugal em Março de 2019 para analisar o mercado e ponderar as suas potencialidades. No final desse ano já estava a arrancar com dois projectos em Lisboa: a reabilitação de um edifício do séc. XIX no Príncipe Real — o “Royal 20” – e um projecto residencial construído de raiz – o Alcântara Vista.
Segundo os responsáveis do grupo Sugee, a entrada no continente europeu através de Portugal foi ponderada. Lisboa foi encarada como “um dos mercados imobiliários mais promissores de toda a Europa, tal como o referem as recentes tendências e projecções de especialistas”. O crescimento da indústria do turismo e políticas para atrair investidores estrangeiros estimularam novas actividades de desenvolvimento e apoiaram os aumentos de preços.
O grupo indiano ponderou estes dados, assim como constatou “a falta de stock de fracções residenciais, o que está a impulsionar o sector de investimento com yelds residenciais brutos de cerca de 6% no centro da cidade e 8% na sua periferia”. Os responsáveis do grupo foram também sensíveis ao facto de Lisboa “estar emergindo como um novo centro de tecnologia, uma capital da Europa Ocidental cada vez mais conhecida como um dinâmico centro cultural e de negócios; oferecendo para os seus residentes uma elevada qualidade de vida com um clima apelativo e um baixo custo de vida, em comparação com outras grandes cidades”, referem.
Na ponderação, pesou a maturidade e oportunidades do mercado imobiliário nacional, mas, também, as consequências inevitáveis do ‘Brexit, com a saída eminente do Reino Unido da União Europeia. Tradicionalmente a Grã-Bretanha, tem sido o destino preferencial dos investimentos indianos na Europa.
“Players de longo prazo”
Até à data, a empresa já investiu mais de 6,5 milhões de euros em dois projectos em pleno centro de Lisboa, para os quais afirma possuir uma procura significativa em todos os continentes. O grupo diz-se determinado em desenvolver esses e outros empreendimentos no próximo ano, totalizando mais de 150 milhões de euros de investimento.
Para já estão focados em trabalhar num ciclo imobiliário de mais ou menos quatro anos, sabendo que pode haver necessidade de adaptar a estratégia às condições e necessidades do mercado, mas “gostaríamos de afirmar que queremos ser players de longo prazo em Portugal”
“Viemos para ficar”, declaram peremptórios os responsáveis do Sugee Group: “temos dois projectos em franco desenvolvimento e um deles já em comercialização, e estamos a estudar novas oportunidades de investimento em Lisboa e no resto do País”.
Apostando no desenvolvimento de projectos de requalificação imobiliária de alto padrão, o Sugee Group pretende expandir a sua actividade a todo o território nacional através da sua subsidiária “The Strokes & Ground”. Com sede em Lisboa, a empresa está focada na construção e promoção de imóveis residenciais e comerciais e gestão de activos imobiliários através da venda, compra, arrendamento e aquisição.
“Para 2021, estaríamos a olhar para um mix de alguns empreendimentos de grande escala e pelo menos de 10 projectos de construção autónomos para o nosso portfolio e estabelecer a marca ‘Sugee’ no mercado imobiliário português”.
Também, por isso, a estratégia do grupo passa por diversificar.
“Preferimos o investimento em vários projectos em vez de colocar todos nos mesmo cesto”. Além do segmento residencial, a aposta vai também para hospitality, assim como para o build to rent, que o grupo considera um activo “atractivo”, seja na vertente “residencial, comercial ou alternativo”.
Além de Lisboa, o Sugee Group tem procurado desenvolver o seu negócio noutras regiões do País e para tem identificado “várias cidades estratégicas com potencial para bons retornos sobre o investimento imobiliário”. O plano de investimento está traçado e o objectivo passa por “desenvolver cerca de 50 mil metros quadrados de promoção nos próximos anos, podendo alguns desses projectos destinar-se ao mercado de arrendamento de média/longa duração para a classe média portuguesa”, garantem os responsáveis. A cidade de Setúbal, onde outro importante grupo indiano – o Grupo Pitroda – está a desenvolver a Cidade do Conhecimento, é uma das cidades já analisadas e cujo potencial pode vir a revelar-se de interesse dentro de alguns anos.
“É tudo uma questão de oferta e procura. Acreditamos fortemente que existe um espaço para investir em projectos que visem um mercado mais internacional e outros mais adaptados ao mercado nacional. No segmento residencial queremos ser equilibrados”, concluem.
FICHA TÉCNICA
Alcântara Vista
Localização: Tapada das Necessidades
10 Apartamentos
Tipologias: T2, T3 e T4
Áreas: 110 m2 – 141 m2
Em desenvolvimento
Data conclusão: Último trimestre de 2023
Royal 20
Localização: Príncipe Real (Mercês)
9 Apartamentos (1 penthouse + 2 apartamentos c/ jardim privativo)
Tipologias: T1
Em construção
Data conclusão: Final de 2021