Pandemia acelerou (em 3 anos) a adoção de tecnologias digitais no setor da Construção Civil
Confinados a nossas casas durante uma boa parte do ano passado, é fácil não ter notado que alguns setores nunca pararam. Esse é o caso da Construção Civil, setor que, de acordo com dados avançados pelo Observador, cresceu 2,5% em 2020 e se prepara para obter, este ano, uma taxa de crescimento de 2,2%. Em… Continue reading Pandemia acelerou (em 3 anos) a adoção de tecnologias digitais no setor da Construção Civil

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Confinados a nossas casas durante uma boa parte do ano passado, é fácil não ter notado que alguns setores nunca pararam. Esse é o caso da Construção Civil, setor que, de acordo com dados avançados pelo Observador, cresceu 2,5% em 2020 e se prepara para obter, este ano, uma taxa de crescimento de 2,2%.
Em relação às obras públicas em edifícios não residenciais, para 2021 é esperado um crescimento de cerca de 2,0%, semelhante ao ocorrido em 2020, beneficiando da evolução muito positiva do mercado das obras públicas ao longo do ano passado, com crescimentos acentuados tanto no lançamento de novos concursos de empreitadas de obras públicas, como no volume de contratos celebrados.
Apesar da performance das obras públicas, à frente desta maré de crescimento no setor está a construção residencial que, em 2020, manteve um nível de elevada procura nacional e internacional, justificada em grande parte pela busca de casas maiores que transformassem o isolamento social e o teletrabalho mais tolerável, e continuou a beneficiar de um enquadramento macroeconómico marcado por taxas de juro historicamente baixas.
Vemos, assim, que a necessidade de ter mais conforto e espaço ajudou a “aquecer” o mercado imobiliário, mas aquilo que escapou ao nosso olhar foi a introdução de novas tecnologias digitais que vieram não só permitir uma aceleração dos tempos de construção, como também a entrega em tempo útil das casas ao mercado imobiliário.
Aliás, segundo um estudo global realizado pela consultora McKinsey, a pandemia veio acelerar, em pelo menos três anos, a adoção de tecnologias digitais no setor da construção, através da utilização de tecnologias tais como os drones, softwares de alta precisão, construção modular, realidade aumentada, robôs, etc.
Como referimos, a alta taxa de procura e a queda no número de imóveis disponíveis fez com que as construtoras procurassem aliados para acelerar processos e reduzir as perdas e o impacto no meio ambiente.
O maior desses aliados dá pelo nome de tecnologias digitais e, nos últimos anos, têm servido para otimizar a execução das obras e melhorar a qualidade das edificações, priorizando, simultaneamente, os prazos de entrega.
Softwares de Gestão para a Construção Civil e Obras Públicas
Outra das tecnologias que tem servido de alavanca do setor da Construção Civil e Obras Públicas são os softwares de gestão de obra.
Sabendo da necessidade de uma empresa de construção controlar rigorosamente o tempo de execução, os custos e, no caso de obras públicas, também os prazos de avaliação e apresentação de propostas, um software para construção civil permite, entre outras coisas, apresentar orçamentos e prazos rigorosos, executáveis e sem margem para derrapagens, reduzir os custos de gestão dos recursos materiais e humanos, eliminar os processos administrativos morosos, assegurar o cumprimento célere de todos os requisitos fiscais e legais e acompanhar a obra em tempo real.
BIM (Modelagem da Informação da Construção)
Entre os recursos digitais aplicados às obras residenciais, a Modelagem da Informação da Construção (BIM, em inglês) é aquela que mais se destaca. Esta metodologia permite criar soluções digitais que coordenam toda a informação relativa a uma obra e proporcionam um maior domínio sobre as atividades a serem executadas. Por exemplo, com a adoção de um BIM é possível prever os possíveis problemas e impactos do estaleiro e antecipar soluções durante a realização dos projetos.
Drones e dispositivos móveis
A tecnologia digital ao serviço da qualidade e da gestão das obras inclui ainda a utilização de drones para a monitorização dos edifícios em construção e de dispositivos móveis (tablets, por exemplo), estes últimos que permitem que engenheiros e arquitetos consigam, em tempo real, não só esclarecer dúvidas e resolver problemas técnicos, como também aceder a softwares para verificarem serviços e materiais.
Internet das Coisas (IoT)
Com a introdução gradual da IoT na Construção Civil passou a ser possível instalar dispositivos que automatizam e monitorizam o funcionamento de equipamentos eletrónicos, ar condicionados, iluminação, etc. Na prática, todos estes equipamentos estão interligados com o mundo através da Internet, para que possam facilitar a rotina pessoal das famílias.
5G
Apesar de só agora se ter concluído o leilão de 5G em Portugal, este upgrade ao 4G vai permitir, pela sua maior eficácia e velocidade, o acesso à utilização de sensores para a monitorização da matéria-prima que entra no estaleiro e que será usada na construção. Por exemplo, quando o material chegar ao estaleiro, os responsáveis poderão “ler” o material com o auxílio de tecnologias como o NFC (Near Field Communication), criando uma “memória da construção”, algo extremamente importante para a construtora e para o cliente final.
Também a área da assistência técnica pode beneficiar do 5G. A introdução de sensores de humidade, água e eletricidade geram alertas automáticos que são enviados diretamente para os profissionais responsáveis que, assim, podem resolver os problemas de forma mais rápida.
Todos estes sensores irão, necessariamente, gerar uma grande quantidade de informações/dados que terão de ser armazenados e tratados, a chamada Big Data, o que abre caminho para a utilização de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA).
Big Data e IA
A gigantesca massa de dados gerada, quando tratada e processada, pode ajudar a resolver problemas surgidos antes, durante e após a construção proporcionando, deste modo, tomadas de decisão mais exatas e assertivas, o que abre caminho para um futuro mais analítico e com cada vez menos interferência humana.
É neste cenário que entra a Inteligência Artificial. A introdução desta tecnologia na construção permite, por exemplo, que alguém chegue a casa e, ao abrir a porta, o ar condicionado já esteja ligado na temperatura ideal.
Com o auxílio da IA na análise de variáveis como a hora de saída, o tempo do trajeto com as condições do trânsito, a temperatura atual dentro da habitação e a eficiência do ar condicionado, um sistema de automação doméstica consegue, sem qualquer programação anterior, ligar o ar condicionado na temperatura ideal no momento em que alguém entra em casa (domótica).
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