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    “Este ano prevemos chegar aos 150 milhões de euros em volume de negócios”

    A Home Tailors Real Estate fechou 2021 com um volume de vendas de 78 milhões de euros, o que se traduziu no “melhor ano de sempre” da marca. Mas, com um plano de expansão, que visa chegar às 30 lojas até 2023, a expectativa é que este montante duplique

    Cidália Lopes
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    “Este ano prevemos chegar aos 150 milhões de euros em volume de negócios”

    A Home Tailors Real Estate fechou 2021 com um volume de vendas de 78 milhões de euros, o que se traduziu no “melhor ano de sempre” da marca. Mas, com um plano de expansão, que visa chegar às 30 lojas até 2023, a expectativa é que este montante duplique

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    Ao CONSTRUIR, David Carapinha, CEO e founder da Home Tailors Real Estate explica-nos de que forma a marca pretende colocar em prática o seu plano de expansão e quais as zonas prioritárias, cujo investimento é de 4,5 milhões de euros. Direccionados para o cliente do segmento médio / alto, assim como para o cliente estrangeiro, o responsável da marca sentiu que com a pandemia houve uma necessidade de se adaptarem aos mercados e à procura mais fora dos centros urbanos

    A Home Tailors teve início há cerca de cinco anos e tem cinco lojas. São todas em sistema de franchising?
    Neste momento temos duas agências próprias, as de Lisboa, Areeiro e Telheiras, e as restantes são em regime de franchising. Neste momento já chegamos as seis lojas. Abrimos recentemente a agência de Braga. As outras lojas que temos estão localizadas em Sesimbra, que foi a nossa porta de entrada para o distrito de Setúbal. Uma loja junto à praia que tem trabalhado muito o mercado internacional, um mercado bastante sazonal e que tem sido uma descoberta daquele que é o mercado da Margem Sul. Depois estamos em Mafra e na Ericeira.

    São localizações muito distintas. Quando fala que têm como objectivo chegar às 30 lojas quais as principais cidades onde pretende instalar-se?
    O objectivo é que a Home Tailors chegue de Norte a Sul do País e ilhas inclusive. Nesta primeira fase iremos reforçar a zona da grande Lisboa, com mais agências em Lisboa e na Margem Sul e no próximo ano contamos chegar à região Norte, depois de Braga chegar ao Porto, ao Centro e também no próximo ano chegar ao Algarve.

    Até 2023?
    Exactamente. O nosso plano de expansão, que já está em curso, que tem já várias unidades em análises, será para que este ano cheguemos às 15 agências e no próximo surjam novas 15 agências Home Tailors pelo País.
    Dependendo da zona onde a loja se encontra, o objectivo será que cada loja se especialize num determinado mercado ou público específico?
    Na verdade, há sempre uma adequação ao cliente tipo da região. O nosso target é cliente do segmento médio / alto. Ainda assim, a estratégia de comunicação em cada região é que irá ser adaptada ao tipo de cliente. Nós trabalhamos muito o cliente internacional, que representa quase metade do nosso volume de vendas, mas também trabalhamos bastante as famílias portuguesas e a classe média, daí que para nós seja importante o papel das construtoras, como das agências imobiliárias dar a conhecer Portugal no sentido de que o País não se limita apenas a Lisboa, Porto e Algarve. Nós conseguimos estar no Centro do País em muito pouco tempo e ajudar a descobrir outras regiões para estes clientes internacionais. Por outro lado, com a pandemia tivemos o outro fenómeno das famílias a querem afastarem-se dos centros urbanos. Embora estes continuem a ser o ponto de maior interesse e onde existe o maior volume de vendas, mas a procura para fora dos grandes centros urbanos também aumentou bastante, o que nos faz também adequar o nosso plano de expansão para estar próximo desses novos pontos de interesse.

    É possível fazer o paralelismo do que era o mercado antes da pandemia e o que é agora? Houve uma diferença tanto em termos de mercado, como de produto disponível é isso?
    O mercado adaptou-se. Nunca deixamos de trabalhar na pandemia, na verdade 2020 foi o nosso melhor ano, no qual tivemos um crescimento de 200%. Superou as expectativas muito por essa necessidade de adaptação que as famílias tiveram e que os investidores também acabaram por fazer. A ideia de que as pessoas iriam fugir todas para o campo acabou por não acontecer, mas acredito que pela primeira vez as pessoas viveram verdadeiramente as suas casas e isso fê-las perceber as necessidades que tinham de mais um quarto, uma sala maior, uma varanda ou terraço maior e por isso mesmo dentro dos centros urbanos houve esse fluxo de mudança. E após o Verão de 2020, quando todos nós percebemos que isto do Covid não ia ser algo que iria passar tão rápido como todos pensámos. Em 2021 essa diferença de procura foi muito marcante. Este fluxo de procura para casas com características diferentes levou com que os investidores tenham que fazer procuras diferentes, quem procura para reabilitar para colocar no mercado de venda ou arrendamento tem que dar resposta a esta procura. Ainda não podemos dizer que a maior procura é fora dos centros urbanos, não é verdade. Os investidores estrangeiros principalmente continuam focados nos pontos como Lisboa, Porto e algumas zonas do Algarve, mas umas das razões prende-se com a facilidade de infraestruturas, nomeadamente no que toca por exemplo aos transportes e rede viária, ou até saúde e cultura. Se estas estruturas de apoio não existirem não depois um grande investimento nessas regiões.

    Mas os estrangeiros continuam a procurar mais as grandes cidades ou notam-se uma mudança neste paradigma com a pandemia e uma maior procura pelo interior do País?
    Na verdade, depende do tipo de estrangeiro. Se for investidor ainda continua muito a apostar nos centros urbanos, mas surge cada vez mais o comprador estrangeiro que pensa ter o seu refúgio em Portugal e ai já começa claramente a procurar zonas como o Alentejo ou o Ribatejo, zonas até mais a Norte, próximas da fronteira com Espanha. Portanto, se for por uma questão se segurança do investimento ainda se olha para os centros urbanos de maior dimensão, quando pensamos na procura de um espaço para a reforma e para a qualidade de vida, uma segunda habitação, aí sim, o investidor estrangeiro que pensa um dia vir morar para Portugal já não está tão preocupado em estar no centro da cidade, pelo contrário.

    Qual o investimento previsto para o plano de expansão da Home Tailors?
    Se falarmos no plano de expansão completo estamos a falar num investimento na ordem de 4 milhões de euros, e grande parte passará pelo reforço da nossa comunicação e estruturas necessárias para que a rede se expanda. Ainda é uma rede bastante jovem, com cinco anos e a nossa estratégia de comunicação está em curso. Vamos chegar brevemente à televisão. E por outro lado, também pela formação das equipas, para que estas estejam preparadas numa maior escala de Norte a Sul do País.

    Qual a perspectiva de crescimento para este ano?
    2021 fechou com um volume de vendas de 78 milhões de euros e com crescimento de 21% face a 2020 e este ano vamos superar esse valor. Foi uma surpresa termos crescido tanto em 2020 e em 2021 voltar a crescer. No 1º trimestre deste ano já atingimos quase os resultados que tivemos no ano passado todo e se o mercado se mantiver como está, tudo indica que vamos duplicar esse valor este ano.
    Primeiro porque teremos mais unidades em funcionamento, e por isso é uma consequência, porque a marca está a expandir-se e, portanto, o volume de clientes também aumenta e porque, este ano, se espera que seja um ano de retoma do investimento internacional, que não tendo parado, ainda assim, abrandou no seu ritmo e nas decisões e que agora começam a normalizar-se.
    Obviamente, que a guerra na Ucrânia está a tornar os processos mais lentos, mas é um efeito normal perante uma situação destas, pelo menos ao nível das decisões por parte do cliente estrangeiro que está a observar com atenção o que se está a passar na Europa.

    Internamente, a Home Tailors tem criado uma Academia para facultarem essa formação. Como é que se processa essa formação e o que é que a distingue?
    Desde o primeiro dia da empresa apostámos sempre na formação, uma formação variada e de qualidade. Há dois anos surgiu a nossa Academia. Aliás, pouco tempo antes da pandemia surgir construímos um espaço com todas as condições e infraestruturas necessárias e quatro meses fomos para casa e tivemos que nos adaptar e em 10 dias a nossa Academia passou toda para o formato online. Nós temos formação interna e trabalhamos com muito outsourcing. este ano foi o ano em que atingimos o maior número de horas de formação – 600 horas – com uma clara aposta na área de vendas e de atendimento ao cliente, mas há depois muita formação na área legal, na imagem, no marketing, nas redes sociais, até no home staging e na área da motivação. É importante também referir que é muito trabalhado também o conceito de luxo e a forma como é vendido o imóvel.

    Para quem queira abrir uma loja da Home Tailors como é que se processa e que tipo de apoio é que a marca dá?
    No que diz respeito ao franchising, abrimos candidaturas em determinadas zonas e quando existe um processo de candidatura, com um business plan, com um apoio na área financeira, o candidato propõe-nos um ou dois espaços e depois existe todo o acompanhamento desde o plano de negócios até à montagem da unidade e o lançamento dessa unidade. Após a unidade estar em funcionamento, existe um acompanhamento permanente do Master e um estágio em lojas que já se encontram em funcionamento. Todos os funcionários passam por estágio pela nossa loja escola e onde, ao mesmo tempo, é iniciada a formação das equipas comerciais, com uma componente online e, numa fase inicial, também presencial.

    Uma vez que trabalham muito com o cliente estrangeiro, a recente alteração do programa Golden Visa tem vos direccionado para outras zonas do País ou para outro tipo de produtos?
    Existe mais procura do que oferta. muitas vezes essa é a dificuldade. E por isso é que é importante que exista realmente um estímulo para que os construtores e os promotores se instalem nestas regiões e que desenvolvam essas infraestruturas. Mas mais uma vez quem tem procurado imóveis no âmbito deste programa em regiões diferentes dos centros urbanos é na perspectiva de vir morar para Portugal, o que terá sido também a ideia do programa em si quando foi criado, para gerar riqueza e não apenas como um canal de entrada para a Europa. Acredito que este programa suscita realmente o interesse pelas regiões mais interiores para quem quer residir em Portugal, mas falta informação ainda. É certo que é uma mudança ainda muito recente e como tal não há ainda muita informação. Até porque o investidor estrangeiro não vê grande diferença quando lhe dizem que só pode investir fora dos centros urbanos e que essas áreas ficam apenas a 1h30, porque para o estrangeiro isso não é muito longe, por exemplo, para um brasileiro ou para um americano, o que falta efectivamente são infraestruturas, como os transportes, cuidados de saúde e de apoio que ajudem a fixar as pessoas.

    Apesar da importância do mercado estrangeiro para a Home Tailors, o cliente nacional continua a ter um peso considerável. Sentem que o constante aumento do preço médio da habitação tem-se reflectido no vosso negócio?
    A verdade é que com o aumento do preço da habitação nova, também o preço dos usados se torna mais competitivo e tende a acompanhar esta tendência. Ainda assim continua a existir uma procura muito superior à oferta e aqui é o mercado a auto regular-se e por isso os preços acabam por se balizar por cima. No caso da construção nova, a escassez de mão de obra qualificada, a falta de materiais ou os prazos de entregas muito prolongados têm sido um problema. Já em 2019, havia situações em que a construção usada atingia valores da construção nova. O comprador acabava por optar pela casa nova, com cinco anos de garantia. Actualmente, o preço aumentou porque a margem que os construtores tinham foi engolida para suprir o aumento dos custos dos materiais.

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    Logicor conclui nova plataforma logística em Santo Tirso

    Com mais de 30 mil m2 de ABL, as instalações incluem cerca de 29 mil m2 de armazém e cerca de 1.600 m2 de escritórios, divididos em quatro unidades de aproximadamente 7.500 m2 cada

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    Foi concluída a construção do empreendimento da Logicor no Parque Logístico da Ermida, no Grande Porto, reforçando ainda mais a presença da empresa no imobiliário logístico europeu.

    Com mais de 30 mil metros quadrados (m2) de Área Bruta Locável (ABL), as instalações incluem cerca de 29 mil m2 de armazém e cerca de 1.600 m2 de escritórios, divididos em quatro unidades de aproximadamente 7.500 m2 cada.

    “O Parque da Ermida é um empreendimento altamente sustentável e bem localizado que apoiará o crescimento dos nossos clientes, desempenhando também um papel importante no fluxo do comércio, essencial para a vida diária”, afirma André Machado, director of Asset Management da Logicor Portugal.

    Com um forte compromisso com a sustentabilidade, o Ermida Park tem certificação BREEAM Very Good, tendo sido tomadas medidas para melhorar a eficiência energética, reduzir o impacto ambiental do empreendimento e reduzir o consumo de água. O edifício está, também, equipado com uma central fotovoltaica de 235 kW.

    Situado na zona do Grande Porto, apenas a 29 km do centro da cidade, o Parque Logístico da Ermida oferece um acesso fácil às principais vias de comunicação nacionais, estando nomeadamente a 3 km da A3, a 9 km da A7 e apenas a 28 km do aeroporto.

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    Renovação de escritórios: custos de “fit out” na Europa registaram um aumento de 4%

    Lisboa é das localizações mais caras do Sul da Europa para renovação de um escritório de categoria “alta qualidade”, ficando à frente das principais cidades espanholas. Apenas Paris, Milão e Roma batem a capital portuguesa

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    As cidades do Reino Unido e da Alemanha são as localizações da região EMEA com custos de fit out de escritórios mais elevados, uma vez que os ocupantes dão prioridade a ambientes que promovam a colaboração e a produtividade e apoiem objectivos de sustentabilidade, de acordo com um novo relatório da Cushman & Wakefield.

    O “EMEA Office Fit Out Cost Guide 2024” da empresa global de serviços imobiliários analisa 43 cidades-chave na Europa, Médio Oriente e África, estabelecendo os custos médios de obras de adaptação, de vários níveis de qualidade, com o intuito de ajudar os ocupantes a definir os orçamentos de relocalização dos escritórios.

    O custo médio por cidade mostra que as localizações na Alemanha e no Reino Unido ultrapassam de longe as de outras partes da região EMEA. Londres ocupa o primeiro lugar, com uma média de 2.629€/m² para a adaptação de escritórios. Hamburgo, a segunda na lista geral, foi a cidade mais cara da região do Norte da Europa, com

    2.463€/m². Praga (1.252€/m²) foi a cidade mais cara da Europa Central e de Leste, enquanto Paris liderou no Sul da Europa (1.190€/m²). O Cairo (1.759€/m²) e Riade (1.650€/m²) foram as cidades mais caras de África e do Médio Oriente, respectivamente. Lisboa aparece como uma das cidades mais caras no que respeita a renovações de “alta qualidade” quando comparada com as restantes cidades do Sul da Europa analisadas.

    Os custos de fit out em toda a região EMEA aumentaram em média 4% (em euros) durante o último ano, com uma média actual de 2.295€/m² em processos “chave na mão”. Os elevados custos de adaptação no Reino Unido e na Alemanha estão a ser ainda mais impulsionados pelas elevadas expectativas nestas regiões em termos de sofisticação do design, soluções tecnológicas e qualidade do fit out.

    “O mercado de escritórios está a passar por uma mudança estrutural significativa, numa altura em que a economia global enfrenta ventos contrários, que são cíclicos e resultam no escrutínio dos orçamentos de despesas de capital. Se acrescentarmos a necessidade de ter em conta os ciclos de mercado subjacentes, é fácil compreender por que razão muitos acreditam que o actual contexto nunca foi tão complexo. Sem desvalorizar a escala destas questões, podem ser resumidas em custos, carbono e cultura. Os escritórios desempenham um papel importante em cada uma destas áreas, promovendo um ambiente no qual os colaboradores podem ser produtivos, inovar e ter uma relação positiva com os colegas; ao mesmo tempo que criam valor e ajudam a atingir os objectivos de sustentabilidade e inclusão da empresa”, afirma Nic Wilkinson, chair of Project & Development Services EMEA da Cushman & Wakefield.

     É esperado que se mantenha a tónica na melhor qualidade do espaço de escritórios. Com menos opções de desenvolvimento, alguns inquilinos poderão optar por renovar ou prolongar o seu contrato de arrendamento, caso não consigam assegurar o espaço adequado. A conjugação dos factores macroeconómicos e da procura de escritórios sugere que a pressão mais severa sobre os custos de construção já foi ultrapassada. De acordo com o Eurostat, o aumento dos preços da construção na zona euro atingiu os 12% em 2022, tendo diminuído para 6% em 2023.

    O mesmo responsável acrescenta que “temos assistido a uma crescente procura de espaços de escritório de qualidade e esperamos também este comportamento na contratação de empresas de construção. Embora as necessidades globais de espaço possam ter diminuído em relação ao ano passado, espera-se que os principais operadores continuem a registar uma procura saudável dos seus serviços. Além disso, acreditamos que a tipologia de adaptação também precisa de evoluir. Quem procura escritórios está a dedicar uma maior proporção do espaço ao trabalho colaborativo e ao bem-estar dos colaboradores, sendo esta última uma área que, ao longo dos últimos anos, tem registado pontuações consistentemente baixas em termos de experiência no local de trabalho”, afirma.

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    ‘Living’ europeu com cerca de 63 M€ de intenções de investimento até 2026

    De acordo com um inquérito realizado pela Savills Investment Management e pela consultora imobiliária internacional Savills, que envolveu investidores imobiliários com um total de activos sob gestão (AuM) superior a 700MM€, deverão ser alocados 63,8 MM€ ao segmento Living europeu nos próximos três anos

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    Quase metade (48%) dos inquiridos prevê que a proporção dos seus AuM alocados a este segmento do mercado imobiliário europeu aumente significativamente até 2026. Este valor representa um incremento em relação aos 41% dos inquiridos no ano passado. 54% esperam ter mais de 50% dos AuM investidos neste sector até 2026, enquanto 41% esperam ter mais de 75% dos seus AuM.

    As maiores prioridades para os investidores são: Habitação multifamiliar, 84% (73% no ano passado); PBSA, 63% (65%) e Residências unifamiliares, 49% (43%). Na quarta posição surge o Coliving, 39% (51%) e em quinta posição o Investimento privado em habitação a preços acessíveis, 39% (38%).

    “É compreensível que os investidores estejam concentrados nos sectores da habitação e reconheçam os consideráveis desequilíbrios entre a oferta e a procura e as consequências para o crescimento, bem como os fortes impulsionadores subjacentes dos respetivos segmentos. Os investidores poderão também focar-se nos segmentos de Living mais maduros, nomeadamente residências multifamiliares e PBSA”, considera Andrew Allen, global head of Research, Product Strategy and Development, Savills Investment Management

    Por sua vez, Marcus Roberts, head of Europe – Savills Operational Capital Markets, refere que “os sectores de Living tornaram-se o maior mercado de investimento imobiliário na Europa em 2023 e esperamos que continue a aumentar a sua quota de investimento total nos próximos anos”. Segundo o mesmo responsável, “dado o volume de capital inerente ao sector e a quantidade limitada de stock de alta qualidade disponível, os investidores continuarão a competir pelos activos de maior qualidade nas melhores localizações. Prevemos também que os investidores tirem partido dos reajustamentos de preços de certos activos”.

    Portugal tem registado uma forte dinâmica em praticamente todos os segmentos Living, e em particular no student housing, a par da actividade de muitos operadores de Senior Living e Flex Living. “Nos últimos 5 anos, o investimento em PBSA, por exemplo, somou um volume total de cerca de 721 milhões de euros, reflectindo um claro interesse por parte dos investidores neste mercado e que tem sido decisivo para alavancar este segmento alternativo do imobiliário”, considera Luís Clara, capital markets associate, Savills Portugal.

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    CBRE reforça aposta em sustentabilidade e ESG

    A área de ESG da CBRE está em franco crescimento, impulsionada pelo aumento da procura por soluções ESG e pela necessidade de cumprir regulamentação, minimizar o risco dos activos e responder ao desafios de ocupantes e stakeholders

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    A CBRE iniciou o ano de 2024 com uma aposta reforçada na área de sustentabilidade e ESG. “A área de ESG da CBRE está em franco crescimento, impulsionada pelo aumento da procura por soluções ESG e a necessidade de cumprir regulamentação, minimizar o risco dos activos e responder ao desafios de ocupantes e stakeholders”, sublinha Francisco Horta e Costa, managing director da CBRE Portugal. Como resultado desse crescimento, a equipa da consultora tem vindo a expandir-se significativamente.

    Com as recentes contratações e crescimento da equipa dedicada à sustentabilidade, a CBRE possui uma multiplicidade de valências, abrangendo diversas áreas como estratégia e reporting ESG, energia e descarbonização e certificação de edifícios sustentáveis. A consultora indica ainda que está comprometida em oferecer soluções abrangentes e especializadas aos clientes, com o objectivo de promover a sustentabilidade e reduzir o impacto ambiental das operações imobiliárias em Portugal.

    acrescenta que “Nesta área, o papel dos investidores e ocupantes é fundamental, não esquecendo que a regulamentação comunitária tem vindo a criar cada vez mais requisitos ESG. O direito está cada vez mais existente ditando regras ao mercado que obriga os proprietários e outros stakeholders a comprometerem-se com métricas e metas sustentáveis, adaptando a sua operação e fazendo evoluir os seus activos na direcção de um futuro melhor para as gerações vindouras”, sublinha Liliana Soares, directora de Sustentabilidade e ESG da consultora.

    Actualmente é Liliana Soares, com mais de 16 anos de experiência no desenvolvimento de produtos imobiliários sustentáveis, que lidera a área de negócio. A equipa dedicada a ESG e Sustentabilidade da consultora em Portugal conta com oito elementos e reúne um conjunto de competências que coloca à disposição dos seus clientes: Eficiência energética, auditorias de descarbonização e energias renováveis como estudos de potencial fotovoltaico; Estratégia e minimização de riscos ESG, Data Management de sustentabilidade e ESG Due Diligence; Avaliação e condução de processos de certificação BREEAM, LEED e WELL bem como SmartScore e WiredScore; Consultoria em projectos urbanísticos e comunidades sustentáveis, estratégias de energia quase zero (NZEB) para todo o tipo de usos e infraestruturas.

     

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    Recuperação das vendas eleva expectativas no imobiliário

    Depois da tendência predominante de compressão em 2023, as expectativas sobre as vendas e a procura de habitação iniciaram 2024 em assinalável recuperação, conforme mostra o mais recente inquérito de confiança ao mercado residencial português, o Portuguese Housing Market Survey (PHMS), realizado pela Confidencial Imobiliário em parceria com o RICS

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    Os resultados de Janeiro deste inquérito contrastam com o dos meses antecedentes, dado a maioria dos indicadores de mercado apresentar uma melhoria, visível não só ao nível da actividade actual como das expectativas para a sua evolução.

    Os indicadores de procura e vendas registaram as maiores recuperações, regressando a terreno positivo após um longo período sob pressão. No caso da procura por parte de novos compradores, passou de um saldo líquido de respostas de -30% em Dezembro para +2% em Janeiro, o que significa ter entrado em terreno positivo pela primeira vez desde 2022. Em termos de vendas, a leitura respeitante ao volume de vendas acordadas passou de -28% em Dezembro para+2% em Janeiro, o mesmo se verificando quanto às expetativas de vendas para os próximos 3 meses. Neste caso, o saldo líquido de respostas evoluiu de -19% em Dezembro para +7% em Janeiro.

    Esta retoma da actividade é acompanhada por uma sustentação dos preços no momento actual e acaba por animar, de forma mais expressiva, as perspectivas quanto à sua evolução. Em relação ao momento actual, o saldo líquido de respostas quanto à evolução dos preços atingiu +4%, recuperando face aos -4% de Dezembro. Sem prejuízo de sinalizar uma variação residual dos preços no mês em questão, o facto é que o indicador regressa a terreno positivo. Em relação às expectativas para a evolução dos preços a 12 meses, a inversão é bastante assinalável, com o actual saldo líquido de respostas de +28% a contrastar com o de -1% registado em Dezembro. Na prática, tal traduz um importante fortalecimento das expectativas quanto a um possível aumento dos preços ao longo deste ano.

    Em relação à oferta, o PHMS de Janeiro mostra que há uma tendência para a estabilização dos fluxos de novas instruções de venda, mas ainda assim mantendo-se em terreno negativo, atingindo-se um saldo líquido de -5% em Janeiro.

    “Há uma série de factores a influenciar positivamente a procura e as expectativas quanto à sua evolução. Desde logo, a tendência positiva prevista para o crescimento da economia, desemprego e inflação, bem como a antecipação no corte das taxas de juro. Apesar do momento de instabilidade política que atravessamos, muitos operadores consideram que este conjunto de factores irá permitir uma recuperação progressiva da procura e que os compradores expectantes tomem as suas decisões de compra. Esta recuperação da procura continua, contudo, a ocorrer num cenário de falta de oferta de casas acessíveis ao rendimento das famílias, pelo que deverá ser um factor de aceleração dos preços a curto-prazo”, refere Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    Também Tarrant Parsons, Senior Economist do RICS, frisa que “depois de um período prolongado de adversidade, a actividade do mercado imobiliário parece estar a recuperar, o que está correlacionado com o fortalecimento do desempenho económico do Portugal. As condições económicas a nível global também parecem estar a melhorar e isso deverá dar sustentação ao quadro económico nacional, esperando-se que o aumento do rendimento e do consumo ganhem tracção no próximo ano”.

    O Portuguese Housing Market Survey (PHMS) é um inquérito mensal de confiança desenvolvido pela Confidencial Imobiliário em parceria com o RICS, o qual reflecte o sentimento de promotores e mediadores imobiliários que operam no mercado residencial.

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    BEI reforça apoio em Portugal às empresas e à transição ecológica

    Em 2023, Portugal beneficiou de mais de 2,1 MM€ em novos compromissos financeiros assumidos pelo BEI. Um investimento que se traduziu num aumento de mais de 25% em relação ao ano anterior

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    tagsBEI

    Em 2023, Portugal beneficiou de mais de 2,1 mil milhões de euros em novos compromissos financeiros assumidos pelo Grupo Banco Europeu de Investimento (Grupo BEI). Um investimento que se traduziu num aumento de mais de 25% em relação ao ano anterior, tendo cerca de metade desse montante sido canalizado para pequenas empresas e empresas de média capitalização (Midcaps).

    O Grupo, constituído pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI), também direccionou o seu apoio para a energia sustentável, os recursos naturais, as tecnologias digitais, a inovação e as regiões de coesão.

    “O Grupo BEI apresentou excelentes resultados em Portugal em 2023. Os nossos investimentos estão a contribuir para o reforço da competitividade da economia portuguesa e têm um impacto concreto no terreno, aumentando a coesão social e promovendo uma economia verde”, afirmou Nadia Calviño, presidente do BEI.

    “Estamos a reforçar o nosso apoio às pequenas e médias empresas, que estão no centro da economia portuguesa, tornando-as o motor de crescimento económico, de criação de emprego e de desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

    Portugal manteve-se entre os sete principais beneficiários do apoio do Grupo BEI em termos de produto interno bruto, tendo o financiamento concedido no ano passado representado 0,8 % do PIB português. As operações apoiadas pelo Grupo permitiram mobilizar um financiamento total de cerca de 7,7 mil milhões de euros.

    No ano passado, o BEI autorizou 1,8 mil milhões de euros para o financiamento de projectos de grande dimensão que melhoram as infraestruturas, contribuem para a empregabilidade e para o crescimento sustentável do País e, ao mesmo tempo, promovem a acção climática e a sustentabilidade ambiental. Por seu lado, o FEI contribuiu com 366 milhões de euros para estimular a inovação e o crescimento das empresas.

    O apoio do Grupo BEI às PME, bem como às Midcaps, ascendeu a 1,02 mil milhões de EUR, o que representa mais do dobro do montante concedido em 2022.

    Mais de 19 mil empresas portuguesas, tanto as PME como as Midcaps, receberam apoio no âmbito desta linha de acção. Em 2023, o BEI assinou contratos com o Santander, o Novobanco e o Millennium bcp que visam mobilizar 2,3 mil milhões em novos financiamentos para aumentar a competitividade das empresas portuguesas.

    Por seu lado, o FEI assinou operações no total de 366 milhões de euros, mobilizando cerca de 1,2 mil milhões de euros em financiamento. 90% dos investimentos assumiram a forma de garantias e titularizações.

    Portugal beneficiou de um aumento de mais de 70 % no investimento do BEI dedicado a projectos em matéria de inovação, digitalização e capital humano, que ascendeu a 282 milhões de euros, onde se destaca o financiamento de 99 milhões de euros que faz parte da segunda tranche do empréstimo-quadro assinado com o Governo português no âmbito do Acordo de Parceria entre Portugal e a UE para a execução dos Fundos Estruturais Europeus.

    O apoio do Grupo BEI à energia sustentável e aos recursos naturais totalizou 604 milhões de euros. Os diferentes projectos nesta área incluem o acordo de financiamento de 115 milhões de euros com a The Navigator Company para apoiar a construção e a operação de uma caldeira de recuperação de alta eficiência no complexo industrial de Setúbal. Este investimento reduzirá as emissões directas de CO2 em cerca de 136 mil toneladas por ano.

    Também no âmbito de políticas públicas para as cidades e regiões sustentáveis, o BEI investiu, em 2023, 209 milhões de euros. Na realidade, o financiamento ‘verde’ em Portugal aumentou mais de 4% do que no ano anterior.

    Um bom exemplo deste financiamento é a operação de titularização com o Santander para apoiar o financiamento da eficiência energética na reabilitação de edifícios e na construção de edifícios sustentáveis. No âmbito desta operação, o BEI concede ao Santander uma garantia de 81 milhões de euros que lhe permitirá financiar novos investimentos em eficiência energética no valor total de 162 milhões de euros.

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    JLL coloca i-charging em edifício icónico do Porto

    “A recuperação deste edifício icónico corresponde à nossa visão de sustentabilidade, aliada à eficiência energética das infraestruturas, através instalação de painéis solares fotovoltaicos e à possibilidade de carregar os veículos da nossa frota que é 100% eléctrica”, afirmou Pedro Silva, CEO da I-Charging

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    A equipa de Markets da JLL no Porto, colocou a I-Charging, empresa especializada em soluções para infraestruturas da mobilidade eléctrica, no edifício Marechal 50. Resultado da reabilitação de um edifício já existente com 695 metros quadrados (m2), o Marechal 50 apresenta características arquitectónicas “únicas”, assim como a construção de um novo edifício contíguo com 1.017 m2.

    O edifício foi alvo de uma total remodelação, para garantir todas as condições de conforto para os novos inquilinos, e o novo prevê espaços de escritórios em open-space, gabinetes com fachada envidraçada aberta para os jardins e, ainda, uma recepção. Este projecto tem espaço para incluir, ainda, vários tipos de amenities como é o caso de cafetaria, ginásio ou outros espaços de relaxamento, além de beneficiar de luz natural em abundância

    “No Porto, a recuperação de edifícios antigos tem sido uma das vias mais eficazes para dar resposta à procura por espaços de escritório, que tem vindo a crescer largamente nos últimos tempos”, destaca Cristina Almeida, Markets & Capital Markets Porto director na JLL.

    “Estamos entusiasmados por a i-charging integrar a sua sede num dos locais mais icónicos da cidade do Porto.  Com o negócio em expansão e com visão para o futuro, sentimos a necessidade de oferecer aos nossos colaboradores um espaço de qualidade que possa acomodar as nossas operações em constante evolução, bem como os recursos necessários para o desenvolvimento da nossa actividade. A verdade, é que a recuperação deste edifício icónico corresponde à nossa visão de sustentabilidade, aliada à eficiência energética das infraestruturas, através instalação de painéis solares fotovoltaicos e à possibilidade de carregar os veículos da nossa frota que é 100% eléctrica”, afirmou Pedro Silva, CEO da I-Charging.

    A localização privilegiada é outra das mais valias deste projecto, com rápida ligação às principais vias (A1, A28 e VCI), a 15 minutos do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e próxima de um vasto leque de serviços e rede de transporte público.

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    Hotelaria: ADENE, Turismo de Portugal e Turismo do Algarve lançam Selo para promover eficiência hídrica

    Durante o evento, a vice-Presidente da ADENE, Ana Paula Rodrigues, sublinhou o compromisso da Agência para a Energia em promover práticas sustentáveis no setor do turismo, tendo apresentado as 60 medidas que os empreendimentos turísticos podem implementar para reduzir em 15% o volume de água consumido pelo setor urbano, onde se inclui o setor turístico

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    A ADENE, o Turismo de Portugal e o Turismo do Algarve lançaram, esta segunda-feira, o Selo “Save Water”, uma iniciativa inovadora que visa promover a eficiência hídrica no setor do turismo da região do Algarve.

    O selo, apresentado numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, no âmbito do 54.º aniversário da região de turismo, tem por objetivo distinguir os empreendimentos turísticos que implementem medidas concretas para reduzir o consumo de água.

    Durante o evento, a vice-Presidente da ADENE, Ana Paula Rodrigues, sublinhou o compromisso da Agência para a Energia em promover práticas sustentáveis no setor do turismo, tendo apresentado as 60 medidas que os empreendimentos turísticos podem implementar para reduzir em 15% o volume de água consumido pelo setor urbano, onde se inclui o setor turístico.

    Entre as propostas apresentadas, Ana Paula Rodrigues, destacou a substituição de equipamentos por modelos mais eficientes, a redução do uso de água em áreas verdes e a adoção de práticas de paisagismo adaptadas ao clima regional.

    A ADENE, que criou uma plataforma para acompanhamento e monotorização dos consumos, irá também monitorizar a implementação das medidas de eficiência hídrica nos empreendimentos turísticos aderentes e que demonstrem o seu compromisso com a eficiência hídrica, contribuindo para a conservação deste recurso vital para a sustentabilidade ambiental da região.

    Durante o evento foi igualmente lançada a campanha de sensibilização associada ao selo “Save Water” que procura consciencializar os turistas para a importância da preservação da água durante a sua estadia na região.

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    Centros comerciais representaram 38% das vendas do comércio a retalho

    Um estudo conjunto da consultora CBRE e da APCC revela que apesar do crescimento do e-commerce, as compras em loja representaram 92% das vendas realizadas em 2022. O estudo destaca ainda o papel dos centros comerciais, os quais receberam mais de 600 milhões de visitantes em 2023

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    A CBRE e a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) desenvolveram em conjunto um estudo que analisa o impacto dos centros comerciais em Portugal. Este estudo revela que os centros comerciais evoluíram ao longo das décadas para se tornarem verdadeiros centros multifuncionais, oferecendo experiências de compra integradas, iniciativas sociais, entretenimento e apoio a causas comunitárias. Os centros comerciais de hoje são o resultado de uma crescente evolução no sentido de se adaptarem às novas realidades sociais e económicas.

    O estudo revela ainda, que apesar do crescimento acentuado do e-commerce, os consumidores portugueses têm ainda preferência pela experiência presencial, sendo que em 2022 as compras online totalizam 4.169 milhões de euros (8%), e as compras em loja representam 47.306 milhões de euros (92%) .

    O sector conta com mais de 3.8 milhões de metros quadrados de área brutal locável em Portugal, distribuídos por 173 centros comerciais em operação.

    Em termos de desempenho, as vendas no retalho organizado em 2023 superaram os números pré-pandemia de 2019, mas também os de 2022, com um aumento de 10% em relação a 2019 e 11% em relação a 2022, denotando assim uma tendência positiva nas vendas. O estudo também destaca o crescimento das vendas a clientes estrangeiros, representando 12% do total em 2023, um aumento de 7% em relação a 2022. Além disso, as transacções nos centros comerciais ocorrem principalmente durante os fins de semana (34%) e durante o período pós-laboral (39%), ressaltando a importância e impacto da prática de horários alargados no mercado português, por comparação com outros países europeus onde os centros comerciais estão abertos apenas em horário laboral.

    Em 2023, Portugal registou um aumento de footfall nos centros comerciais, com um crescimento de 10% quando comparado com o ano anterior, totalizando mais de 600 milhões de visitantes.

    Os centros comerciais representaram 38% das vendas do comércio a retalho em Portugal em 2022, empregando cerca de 368.000 pessoas, o que equivale a 80% da força de trabalho do comércio a retalho e 7% do total do emprego nacional. Considerando o contexto europeu, e o ano 2023, o estudo mostra que o investimento em retalho organizado representou 45% do investimento total em imobiliário de retalho.

    Este estudo destaca o papel crucial dos centros comerciais na recuperação económica de Portugal, tendo este formato contribuído para o aumento do consumo privado e, consequentemente, no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A disponibilidade, flexibilidade horária, estratégias de oferta integradas e medidas de sustentabilidade, bem como a responsabilidade social são identificadas como factores-chave para o sucesso do sector. Espera-se um futuro de prosperidade e inovação para o sector de centros comerciais em Portugal, impulsionado pela resiliência e adaptabilidade demonstradas ao longo dos anos e que se espera que se mantenha.

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    Fusões e Aquisições movimentam 1,1 MM€ nos primeiros dois meses do ano

    O número de transacções mantém se estável em comparação com 2023. O sector Real Estate foi o mais activo no período, com 20 transacções e o volume de transacções em Venture Capital subiu registou um crescimento de 52%

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    Nos primeiros dois meses de 2024 o mercado transaccional português viu a concretização de 107 operações, que totalizaram 1,1 mil milhões de euros. Destas, 35% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data. Estes números representam um crescimento de 1% no número de transacções em comparação com o mesmo período de 2023, assim como um aumento de 6% no capital mobilizado.

    Em Fevereiro, foram registadas 39 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de 881,49M de euros. Em termos sectoriais, o sector de Real Estate foi o mais activo no período, com 20 transacções, seguido pelo sector de Internet, Software & IT Services com 15 operações, o qual registou um crescimento de 36% comparado a 2023.

    Âmbito Cross-Border
    No âmbito Cross-Border, quanto à número de transacções, a Espanha e Singapura, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 14 e 10 transacções, respectivamente. No sentido inverso, as empresas portuguesas escolheram a Espanha e Estados Unidos como principal destino de investimento, com oito e três transacções, respectivamente.

    As aquisições estrangeiras no sector de Tecnologia e Internet aumentaram em 137% em comparação ao mesmo período de 2023. Até Fevereiro de 2024, foram contabilizadas oito transacções de Private Equity, representando um crescimento de 100% no número de operações em comparação ao mesmo período de 2022.
    Em Venture Capital, foram realizadas 29 rodadas de investimentos e um total de 85 milhões de euros, representando um crescimento de 52% no número de operações.

    No segmento de asset acquisitions, foram registadas 29 transacções com um valor de 842 milhões de euros, representando uma queda de 14% no número de operações.
    A transacção destacada pelo TTR Data em Fevereiro de 2024, é a aquisição pela Rainergy de quatro mini-hídricas no norte de Portugal, detidas pela Mirova. O valor da transacção é de 39,45 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios Costa Pinto & Associados, Sociedade de Advogados, e a Linklaters Portugal.

    Ranking de consultores financeiros e jurídicos
    O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até Fevereiro de 2024 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a actividade dos assessores é reflectida pelo número de transacções e pelo valor total.
    Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transacções lidera ao longo de 2024, o escritório CCA Law Firm, com seis transacções. Em valor, lidera o escritório Linklaters Portugal contabilizando um total de 359,45 milhões de euros.
    No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transacções e valor lidera o Houlihan Lokey com uma operação e contabilizando 320 milhões de euros.

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