Câmara Municipal e Startup Lisboa desafiam jovens a encontrarem soluções para a habitação em Lisboa
O HACKATHOME pretende reunir nos dias 28 e 29 de Maio, no Hub Criativo do Beato, a maratona de ideias tecnológicas, inovadoras e sustentáveis que deem resposta ao desafio de dar nova vida às 48 mil casas vazias da cidade
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Numa iniciativa em que convidam jovens universitários a dar resposta ao desafio das mais de 48 mil casas vazias na cidade, a Câmara Municipal de Lisboa e a Startup Lisboa, incubadora de empresas na área da tecnologia, uniram-se para lançar o HACKATHOME.
Nos dias 28 e 29 de Maio decorrerá no Hub Criativo do Beato, a maratona de ideias tecnológicas, inovadoras e sustentáveis que deem resposta ao desafio de dar nova vida às 48 mil casas vazias da cidade, que, actualmente, não estão a servir a sua função habitacional. Neste contexto, é urgente apelar ao conhecimento e dinamismo do ecossistema empreendedor para definir políticas públicas apoiadas na cocriação com os cidadãos.
“A colocação à disposição dos munícipes destas casas é uma missão urgente que precisa de respostas rápidas e à altura da era tecnológica que vivemos. Envolver os jovens neste desafio tem como objectivo fazer com que esta geração participe na tomada de decisão, ao mesmo tempo que beneficiamos da sua capacidade de inovar tecnologicamente”, explicou Filipa Roseta.
A apresentação pública realizou-se com a presença de Filipa Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Gil Azevedo, o novo director executivo da Startup Lisboa, Frederico Santos, em representação da Microsoft, entidade parceira, entre outros, durante a qual foi traçado o diagnóstico da crise de habitação em Lisboa e explicado o processo de desenho da Carta Municipal de Habitação, a primeira a ser implementada no município e que está a ser desenvolvida em regime de plena cocriação com os cidadãos e prevê-se concluída no final deste ano.
“Com base nos dados disponíveis dos Censos 2021, percebemos que das 320 mil casas identificadas em Lisboa, há um universo de 242 mil de residência habitual, a que acrescem 30 mil de residência secundária. Com esta informação, chegámos à incógnita das 48 mil casas classificadas como vagas. É este potencial que queremos explorar com o Hackathon”, destacou Margarida Maurício, arquitecta do gabinete da vereadora Filipa Roseta.
Sobre o contributo da tecnologia para as políticas de habitação, Marco Rodrigues sublinhou “a ausência generalizada de dados eficientes sobre o tema e a necessidade de promover uma cultura de inteligência urbana, destacando o papel dos jovens universitários na procura de soluções e na sua sensibilização para a temática da habitação”.
Serão selecionadas até 15 equipas com diferentes perfis de tecnologia, gestão, engenharia ou arquitetura, com a missão de pensar soluções digitais sustentáveis que possam ser implementadas na cidade para ajustar a oferta e a procura de habitação.
A última etapa do programa é a apresentação da solução desenvolvida ao júri, composto por elementos da autarquia, da Startup Lisboa, parceiros e convidados. O primeiro prémio tem um valor monetário de 7 mil euros, o segundo de 2 mil euros e o terceiro lugar de mil euros.