Judiciária de Braga terá nova casa em 2023
A Polícia Judiciária (PJ) de Braga vai instalar-se na antiga sede da Associação Industrial do Minho (AIMinho), um edifício com três pisos localizado numa área central da cidade que o Ministério da Justiça adquiriu por dois milhões e meio de euros

Carla Lima Vieira integra direcção do Conselho dos Arquitectos Europeus
Mipim 2024 recebe conferência ‘Housing Matters!”
Politécnico de Bragança investe 17,9M€ em três residências para estudantes
Worx com venda exclusiva de edifício de escritórios na Tomás Ribeiro
Lisbon Heights inicia construção com 65% de unidades vendidas
Geberit lança novo sistema integrado de lavagem para sanitas
Exposição: 24 projectos para conhecer a arquitectura do Centro
MAP Engenharia com nova responsável de marketing e comunicação
Espaço Guimarães distinguido com Prémio Coração Verde
Siemens aposta na digitalização industrial
Deverão estar concluídos no próximo ano os trabalhos de reconversão das instalações da extinta Associação Industrial do Minho (AIMinho), edifício que, a partir do próximo ano, vai funcionar como a nova sede da Polícia Judiciária de Braga, um investimento de 2,5 milhões de euros promovido pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça.
A Polícia Judiciária (PJ) de Braga, que tem um dos maiores Departamentos de Investigação Criminal do país, vai assim mudar para novas instalações em 2023, um dado confirmado pela ministra da Justiça que, por ocasião do Roteiro para a Justiça, recorda a precaridade das condições em que estão a operar actualmente os operacionais daquela unidade de investigação criminal. Em declarações aos jornalistas, após visitar as actuais e as futuras instalações da PJ de Braga, Catarina Sarmento e Castro assumiu que “são instalações que albergam um dos maiores Departamentos de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, onde trabalham cerca de 90 pessoas, e trabalham numa situação muito deficitária. São instalações muito exíguas”, declarou a governante.
“As instalações ainda vão precisar de obras de beneficiação, mas o espaço é muito bom, já está previsto o orçamento e, portanto, contamos durante o próximo ano conseguir fazer essa mudança”, adiantou Catarina Sarmento e Castro. O ministério da Justiça diz que “existe um investimento estimado no valor de 2,5 milhões de euros, que será financiado por fontes de investimento, nas quais se incluem fundos na área da eficiência energética do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”.
O Ministério da Justiça adquiriu, em 2021, as antigas instalações centrais da associação empresarial, naquela que é a concretização da “satisfação de uma necessidade há muito tempo sinalizada e que a breve trecho permitirá a instalação dos recursos humanos e materiais daquele departamento da PJ”, lê-se na nota publicada pela PJ na sua página na internet. “Com uma área total de 5.991 metros quadrados, vai permitir a instalação plena do Departamento de Investigação Criminal de Braga, bem como o desenvolvimento de meios e capacidades de resposta, no âmbito das respectivas competências, ao serviço da justiça”, enfatiza a mesma entidade.
Aposta na Justiça
Do ponto de vista do investimento no sector da Justiça, o Orçamento de Estado para 2022 prevê uma verba de “87,6 milhões de euros, dos quais 38,6 milhões de euros dizem respeito ao Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), destinados essencialmente ao financiamento de obras e/ou construção em edifícios do Ministério da Justiça (tribunais, estabelecimentos prisionais, instalações da Polícia Judiciária, entre outros), e 30,3 milhões de euros dizem respeito às verbas orçamentadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.
O orçamento assume “o compromisso da requalificação e modernização das Infraestruturas da Justiça, designadamente dos estabelecimentos prisionais, tutelares educativos e de reinserção”. “Estamos a redefinir uma estratégia de futuro, que se quer também orientada por ferramentas tecnológicas que permitam bem gerir, seguindo critérios de racionalidade que deverão ser, igualmente, antecipatórios, devendo ser criada uma ferramenta partilhada de gestão”, afirmou. Para o efeito, o Governo avançará com “a construção de novas infraestruturas, e, concomitantemente, não será descurada a promoção das acessibilidades nos diversos tribunais, e a realização de múltiplas outras intervenções”, mobilizando o Fundo para a Modernização da Justiça e recorrendo a fundos ambientais e de eficiência energética. “A recuperação de infraestruturas permitirá” – conforme refere – “que se assuma o compromisso prioritário com a dignificação das condições de privação da liberdade no sistema prisional e de reinserção”.