Aquisições? “Estamos a olhar para o mercado”
“Estamos a olhar para o mercado. Para determinados nichos no mercado em que não temos competências próprias internamente e consideramos que num futuro próximo poderá existir aqui margem de progressão”

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Estamos perante a iminência de uma oportunidade perdida? Uma entrada significativa de empresas no mercado nacional com outro tipo de dimensão que possam um espaço que, em situações naturais, poderia ser preenchido por empresas portuguesas?
O facto de estas empreitadas e de estas obras terem, de certa forma, de ser lançadas grandes volumes de obra ao mesmo tempo, porque de outra forma não há hipótese de cumprir os calendários previstos, vai levar grupos internacionais a olharem para o mercado português. E isso não apenas na área do projecto como da construção. Há um outro problema: o sector da consultoria e da engenharia está muito fragmentado. Nós, que somos uma das maiores empresas de projecto de engenharia, mas se nos compararmos com a dimensão das empresas com que temos de ombrear, nomeadamente no mercado externo, estas são 10, 20 ou 100 vezes maiores que a Coba. Se as empresas portuguesas de engenharia se juntassem, iriamos ter uma empresa de média dimensão se comparadas com as grandes internacionais. Isto é um facto. O que poderá acontecer, e já aconteceu com outras empresas, é que o futuro pode trazer-nos alguma apetência dos grandes grupos internacionais para virem às compras. É uma forma fácil e rápida de entrar no mercado. Quanto mais concentração houver, mais prejudicado fica o mercado. Nós temos essa noção, mas são as leis do mercado.
Têm em cima da mesa a hipótese de ganharem dimensão pela aquisição de empresas em Portugal?
Estamos a olhar para o mercado. Para determinados nichos no mercado em que não temos competências próprias internamente e consideramos que num futuro próximo poderá existir aqui margem de progressão. Existem áreas de negócio que nós consideramos, internamente, como novas áreas de actividade, em que temos duas formas de crescer: ou adquirimos empresas com essas competências ou por via de um crescimento orgânico, que seria mais lento. Ambas são hipóteses em cima da mesa. Quando surgir a oportunidade e sempre que identificamos alguma empresa que possa vir a interessar, olharemos para esses casos.
Em que áreas isso poderá acontecer?
Diria que nas áreas ligadas à energia e à transição energética. São áreas com grande potencial. A necessidade que existe nos próximos anos a nível mundial no reforço de toda a área do sector eléctrico é gigantesco. A necessidade de armazenamento de energia, a necessidade de todos os processos e do tipo de processos associados à parte industrial, do hidrogénio, também são fundamentais. A parte dos combustíveis sintéticos…há um novo Mundo que se abriu com esta necessidade de dar resposta à transição energética e que são áreas que são completamente novas para as quais as empresas, nomeadamente a Coba, não tem experiência.