Mértola vai ter Centro de Interpretação do Vale do Guadiana
A obra, que será executada pela Ângulo Recto Construções, resulta do aproveitamento dos antigos celeiros da Empresa Pública de Abastecimento do Cereal (EPAC), em Mértola, abandonados há 40 anos, para serem transformados numa Estação Biológica

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O Município de Mértola vai investir 3,4 milhões de euros na construção de um Centro de Interpretação do Vale do Guadiana, um espaço de interpretação da paisagem e biodiversidade em presença no território que se constitui como valência turística de relevância para a salvaguarda do património natural e para a afirmação de Mértola e do Alentejo como destinos de excelência para o turismo de natureza.
A obra, que será executada pela Ângulo Recto Construções, resulta do aproveitamento dos antigos celeiros da Empresa Pública de Abastecimento do Cereal (EPAC), em Mértola, abandonados há 40 anos, para serem transformados numa Estação Biológica.
A Estação Biológica de Mértola, que nasce de um projecto suportado pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, nomeadamente os investigadores Nuno Ferrand e Paulo Célio Alves, vai integrar investigação, residências para cientistas, um museu que junta arte, ciência e a memória histórica dos cereais, a transferência de conhecimento para a economia local e também soluções para os problemas do interior e das alterações climáticas.
Com uma componente também a pensar no público em geral, o museu chamar-se-á “Galeria da Biodiversidade Mértola: Centro de Interpretação do Vale do Guadiana” e terá características semelhantes às da Galeria da Biodiversidade do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
Já na área da investigação, o projeto, cujas obras ainda não iniciaram, tem atraído investigadores de doutoramento das Universidades de Oxford e Cambridge (Reino Unido), de Harvard (Estados Unidos), e Montpellier (França) que manifestaram interesse em desenvolver as suas teses na Estação Biológica de Mértola.
Apesar de não existir fisicamente, segundo o docente da FCUP Paulo Célio Alves, há dois anos que a Estação Biológica já começou a trabalhar no “estudo de caracterização genética da perdiz-vermelha, na monitorização das populações de coelho-bravo, em projetos de formação ou de promoção do ecoturismo e do birdwatching, em cursos de Verão, conferências, entre muitas outras atividades”. Ainda este ano, está prevista a realização de conferências internacionais e estadas de doutorandos e investigadores estrangeiros.