Obras de construção da nova Secundária de Cascais arrancam em 2023
Com a construção da nova escola, o Município de Cascais assume, assim, o objectivo de modernização da infraestrutura e equipamentos da Escola Secundária, que vai poder acolher um maior número de alunos e dispor de melhores serviços
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Está em marcha o concurso público, promovido pela Câmara de Cascais, com vista à construção da nova escola secundária, um procedimento avaliado em 24,5 milhões de euros que vai, desde logo, dar uma solução definitiva às antigas instalações, provisórias há mais de 40 anos.
Eu reunião de câmara, o executivo liderado por Carlos Carreiras assegura que este será “um passo importante”, mas ressalvando que “após este passo ainda muitos outros virão”. Apesar de ter as instalações muito deterioradas, “é a escola pública do concelho melhor valorizada nos rankings nacionais”, garantem os responsáveis autárquicos.
Para atingir este objectivo e na sequência de um programa preliminar elaborado em estreita articulação entre a Câmara Municipal de Cascais e a Comunidade Educativa que, como refere o presidente da autarquia, “foi essencial ser o mais participativo possível, ou seja, neste caso, em concreto, ouvindo a comunidade escolar, desde professores aos alunos, aos pais em sessões de esclarecimento”, nas quais estiveram presentes “os próprios técnicos e a comunidade escolar para manifestarem as suas sensibilidades”.
Com a construção da nova escola, o Município de Cascais assume, assim, o objectivo de modernização da infraestrutura e equipamentos da Escola Secundária, que vai poder acolher um maior número de alunos e dispor de melhores serviços, permitindo a esta comunidade escolar usufruir de um programa educativo contemporâneo com as respectivas valências.
Se tudo correr como previsto, a obra iniciar-se-á no final do primeiro trimestre 2023, em simultâneo com as actividades lectivas, e decorrerão dois anos até que o edifício escolar esteja concluído (primeira fase). Seguir-se-á uma segunda-fase com cerca de ano e meio de duração, para demolição da escola existente, construção do pavilhão desportivo e arranjos exteriores que englobam o pinhal adjacente, o qual ficará disponível para usufruto da população.
Esta operação de requalificação decorre em paralelo com o processo de recuperação de outras escolas: Fernando Lopes Graça, Parede, S. João do Estoril e Ibn Mucana, Alcabideche.
Projecto de Matos Gameiro
O concurso agora lançado vai materializar um projecto assinado pelo arquitecto Matos Gameiro e Bugio II, que ganharam, em 2019, o concurso de ideias promovido pelo município.
O júri que avaliou as propostas destacou a “grande coerência tipológica e morfológica, apresentando uma clara separação dos núcleos funcionais, mantendo uma forte e eficaz ligação entre a totalidade os espaços”. O Júri acrescenta ainda que “a aparente simplicidade da proposta – baseada num pátio central, com galerias exteriores em torno deste, através das quais se acede às salas de aulas nos pisos superiores – é enriquecida pela disposição dos volumes no piso térreo onde se instalam as áreas comuns”.
De acordo com o projectista, a estratégia de projecto funda-se na criação de um páteo que se constitui como o centro da escola – um espaço quadrangular de 60x60m, definido por um corpo elevado de dois pisos que revela e enfatiza um conjunto arborizado que, em boa verdade, já existe e aqui se salvaguarda. Este conjunto de plátanos, emoludurado, é assim reinventado, ganhando uma nova e muito intensa vivência, possibilitando a sombra e o resguardo e dando enquadramento ao páteo.
Por outro lado, as copas frondosas contribuirão para a vibrante reflexão de luz indirecta nas salas, suscitando um ambiente plácido e vívo, favoráveis a uma atmosfera colhedora a tranquilizante.
E se o páteo se funda como o novo centro da escola, originando a principal área de recreio e de distribuição do edifício, também o facto de poder facilmente abrir-se à comunidade contribui para que a escola, no seu conjunto, se constitua como a nova centralidade urbana desta área. Pela natureza própria do desenho do edifício e pela permeabilidade que dele resulta, o páteo central poderá converter-se numa praça do bairro, assim a circunstância o suscite. Nessas ocasiões todo o páteo poderá comunicar com as ruas adjacentes, gerando um amplo espaço público e aproximando a escola e as suas actividades da vida da comunidade.
Quando assim ocorrer, o carácter introspectivo do páteo e o seu desenho garantirão, ainda assim, a privacidade e a autonomia dos espaços de ensino, com assinaláveis vantagens para a gestão do edifício e controle de segurança.