Escritórios: Primeiros oitos meses do ano com ocupação recorde em Lisboa
Ainda a quatro meses do final do ano, o take-up acumulado de 207.300 m2 já faz de 2022 o melhor ano dos últimos dez, para o mercado de Lisboa. No Porto o desequilíbrio face à oferta tem levado a um crescimento mais contido

CONSTRUIR
Bondstone apoia primeira Cátedra em “Sustentabilidade de Ecossistemas Subterrâneos – Loulé”
Grupo Pestana reforça aposta no Algarve com projecto premium
Universidade da Beira Interior faz parceria na China para formar 1.200 engenheiros
Corum reforça oferta com fundo direccionado para activos ESG
Panasonic lança Aquarea Home para “controlo total” da casa
Município do Porto lança concurso para requalificar Praça Pedro Nunes por 2,5M€
Setúbal adquire 24 imóveis à Hipoges para arrendamento municipal
Micro-rede resiliente salva FCTUC do apagão ibérico
Geberit lança nova sanita bidé ao “alcance de todos”
Garcia Garcia relança programa de estágios de Verão para estudantes universitários
O mercado de escritórios de Lisboa atravessa o melhor momento de sempre, registando até Agosto uma ocupação acumulada de 207.300 m2, revela a JLL no seu mais recente relatório mensal deste sector. Ainda a quatro meses do final do ano, este take-up já torna 2022 como o melhor ano dos últimos dez, para o mercado de Lisboa.
“Ao longo do ano, foram negociados uma média de 25.000 m2 de escritórios por mês em Lisboa. A manter o ritmo que vimos até agora, a ocupação até final do ano tem condições para ultrapassar os 230.000 m2”, sublinha Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL. “Para mais”, acrescenta a responsável, “não temos qualquer expectativa de que o mercado perca dinâmica. A procura está elevadíssima e é muito direccionada para áreas de grande dimensão. O único desafio à absorção de mais espaço tem sido a falta de capacidade da oferta em responder. Daí que uma boa parte dos negócios sejam num modelo de ocupação futura, com várias operações de pré-arrendamento e de ocupação-própria”.
De acordo com o Office Flashpoint de Agosto, o ano soma já 141 operações em Lisboa, com uma área média de 1.470 m2, sendo o Parque das Nações o destino mais procurado (32% do take-up acumulado) e as empresas de Serviços Financeiros as que mais absorveram espaço (4442% do take-up). Agosto contribuiu com 20.500 m2 para o take-up anual, igualmente liderado pelo Parque das Nações (53% da ocupação mensal), mas com protagonismo das empresas de TMT’s & Utilities (83% do take-up mensal).
No Porto, Agosto foi um mês de pouca actividade, com cerca de 1.000 m2 ocupados, dos quais 63% na zona CBD-Boavista e 88% ocupados pelas empresas de TMT’s & Utilities. Em termos acumulados, o mercado do Porto soma 33.400 m2, volume que supera em 30% o absorvido em igual período do ano passado. Até Agosto concretizaram-se 42 operações, com uma área média em torno dos 800 m2. No acumulado do ano, a zona do CBD-Baixa é líder (40% do take-up anual) e a procura teve especialmente ativa entre as empresas de TMT’s & Utilities (50% da área).
Sofia Tavares sublinha que “não há falta de procura no Porto, onde sentimos muita pressão de empresas em busca de novos escritórios. Neste mercado é ainda mais evidente o desequilíbrio face à oferta, o que tem levado a um crescimento mais contido. Mas existem diversos projectos novos a vir para o mercado e o próximo ano vai ser particularmente importante para o take-up do Porto”.