Coimbra candidata-se a 500M€ do próximo quadro comunitário
Se no caso da nova maternidade de Coimbra tudo está a correr tal como previsto no cronograma, já na área da justiça o presidente da Câmara aponta críticas à ausência de respostas do Governo para alguns investimentos fundamentais na cidade. “Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça
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A Câmara Municipal (CM) de Coimbra tem intenções de investimento de cerca de 500 milhões de euros para o próximo quadro comunitário, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, que assumiu funções há um ano.
Na página do município na Internet, que cita uma entrevista de José Manuel Silva à Lusa, o autarca sublinha que “há uma diferença significativa relativamente ao passado. Ao PT2020, a Câmara de Coimbra apresentou projetos no valor de 100 milhões de euros. Ao PT2030, a Câmara de Coimbra apresentou projetos no valor de 500 milhões de euros”, disse à agência Lusa José Manuel Silva, que tomou posse como presidente da CM de Coimbra há um ano. Segundo o presidente da Câmara de Coimbra, a autarquia tem “muitos projetos diferenciadores para a cidade”, sendo agora necessário “começarem as negociações” com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
“Algo que também é consensual na CIM [Comunidade Intermunicipal] é de que o desenvolvimento de Coimbra é fundamental para o desenvolvimento da região. É importante que Coimbra se assuma como motor de desenvolvimento de toda a região e, nesse sentido, os projetos são fundamentais para alavancar o desenvolvimento de toda a região”, realçou. Entre os projetos previstos, está um “plano Marshall” para a Baixa da cidade de aquisição e requalificação de prédios naquela zona da cidade, o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e a transformação do antigo Pediátrico num espaço com valência de residências artísticas, mas que também acolha associações do concelho.
Nesse último caso, José Manuel Silva salientou que há abertura “total” do Governo para a transferência da dominialidade daquele antigo hospital para a Câmara de Coimbra. Questionado sobre a criação de um pavilhão para eventos de maiores dimensões, o autarca assumiu que Coimbra tem essa necessidade, mas a ideia inicial de o localizar “no espaço intramuros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova” poderá não avançar face aos condicionamentos de utilização de parte daquele monumento para um projeto hoteleiro. Outra possibilidade, notou, será na construção da nova estação intermodal de Coimbra, já que o projeto inicial do arquiteto catalão Joan Busquets que o atual executivo recuperou previa “uma nave de eventos naquela zona”.
Em entrevista à agência Lusa, José Manuel Silva disse que a relação com o Governo tem sido “excelente”, apesar de não receber acolhimento de tudo o que é pedido pela autarquia.
Se no caso da nova maternidade de Coimbra tudo está a correr tal como previsto no cronograma, já na área da justiça o presidente da Câmara aponta críticas à ausência de respostas do Governo para alguns investimentos fundamentais na cidade. “Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça e não aceitaremos que Coimbra esteja à espera deste projeto há 50 anos e que o Governo considere na área da justiça qualquer outra obra prioritária que não o Palácio”, protestou. Relativamente à Prisão de Coimbra, o autarca também não aceita que a sua deslocalização seja “relegada para segundo plano”.
Questionado sobre o acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra com a Associação Académica – Organismo Autónomo de Futebol, o presidente da Câmara referiu que, na revisão do acordo, que termina em 2024, estará “em debate o modelo de exploração” daquele espaço, nomeadamente um maior uso da infraestrutura para grandes eventos culturais e musicais. “Isso implica, desde logo, encontrar uma solução alternativa para a pista de ‘tartan’ e estamos a trabalhar nisso, num processo de triangulação com a Universidade de Coimbra e uma possível valorização do Estádio Universitário”, referiu.