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    Engenharia

    Pontes Inteligentes são o novo desafio da BERD

    O que começou por ser um spin-off da FEUP, cedo se tornou um caso sério de inovação e desenvolvimento. Depois do lançamento do sistema OPS e das pontes modulares MBS, a empresa prepara uma nova revolução na engenharia de pontes com a Bridge Intelligence

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Pontes Inteligentes são o novo desafio da BERD

    O que começou por ser um spin-off da FEUP, cedo se tornou um caso sério de inovação e desenvolvimento. Depois do lançamento do sistema OPS e das pontes modulares MBS, a empresa prepara uma nova revolução na engenharia de pontes com a Bridge Intelligence

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    A BERD, acrónimo para Bridge Engineering Research & Design, é uma empresa portuguesa que fornecesse soluções integradas de engenharia de pontes e actua na venda ou aluguer de soluções para a construção de pontes. A empresa entrou no mercado para revolucionar a indústria de construção e fê-lo à nascença com o lançamento comercial do Organic Prestressing System e da sua aplicação a cimbres autolançáveis.  “É uma tecnologia inspirada no musculo humano, é um sistema de controlo activo que envolve electrónica, engenharia mecânica e engenharia de estruturas. Mas desde então já registamos mais cinco patentes e tivemos vários ciclos de investimento”, explica Pedro Pacheco, CEO da BERD.

    A criação do OPS deu novos limites à construção de tabuleiros de pontes e viadutos, antes desta tecnologia apenas era possível construir vãos até 78 metros, com este sistema já foi batido o recorde mundial com a construção do primeiro vão de 90 metros. Este método de construção in situ levou ao desenvolvimento de tecnologias adicionais e complementares ao sistema OPS. “Recentemente, em resultado de uma parceria, com a Faculdade de Engenharia, desenvolvemos um sistema que permite avaliar o endurecimento do betão e que elimina a necessidade de testes em obra. No fim do dia, a grande vantagem é que com este sistema os engenheiros recebem um SMS no telemóvel a informar que o betão está endurecido, sem outros custos industriais adicionais”, refere Pedro Pacheco.

    A invenção, e inovação da BERD, desde cedo convenceu as empresas, de construção e as de venture capital, o que lhe permitiu arranjar financiamento para a área de investigação e desenvolvimento. Um modelo de crescimento que ainda hoje persiste.

    Em 2016, a BERD criou uma nova área de negócio relacionada com as soluções de pontos modulares MBS, a qual veio, uma vez mais, revolucionar o mercado. Uma área que foi constituída como uma spin-in da BERD e que em 2018 conquistou o concurso internacional lançado pelo ministério dos Transportes e Comunicações do Peru para o fornecimento de pontes modulares, com vãos entre os 15 e os 60 metros, no valor de 17 milhões de euros com o objectivo de responder às necessidades das ocorrências do El Niño. O mesmo projecto que este ano conquistou o prémio internacional atribuído pela EECS European Steel Bridge Awards 2022, por representarem “uma grande evolução ao nível da engenharia”, permitindo uma poupança de 20% no consumo de aço, face aos projectos convencionais, com uma redição da pegada de carbono, tendo sido emitidas menos 3240 toneladas de CO2, comparativamente à média dos projectos tradicionais, a par da evolução estética.

    “Este projecto já se encontra finalizado, mas esta é uma das áreas de negócio que mais cresceu, representando, desde 2019 mais de 50% da facturação da BERD. As pontes modelares foram essencialmente desenvolvidas por um engenheiro inglês, Donald Bailey, durante a segunda guerra mundial e eram usadas para fins militares. Esse modelo pelas suas múltiplas vantagens no tempo de montagem e na facilidade de adaptação a várias configurações começou a ser muito usado não só para fins militares, mas também para fins civis. E Este é o modelo adoptado por todos os nossos concorrentes, mas que obedece a um paradigma próprio do século XX, em que cada peça era pensada para ser transportada por quatro militares e isso condicionava o desenho, as ligações e a concepção da ponte.  Nós pegamos no tema e resolvemos pensar as pontes do zero, pensando no contexto do seculo XXI”, conta Pedro Pacheco.

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    Um salto na Inteligência

    Aos dois rounds de investimento a BERD acrescentou, recentemente, um terceiro. A entrada de um novo accionista no capital da BERD promete revolucionar a já inovadora empresa. “Há um novo investimento que vai dar origem a uma nova spin-in, mas que poderá dar origem a uma spin-off, que é a Bridge Intelligence. Esta é uma área nova que está ligada à inteligência artificial”, adianta Pedro Pacheco. O CEO da BERD prefere, para já, não desenvolver aquela que é a nova área de investigação e desenvolvimento da BERD e a qual promete ter efeitos, muito substanciais, no próximo ciclo de negócios da empresa que inicia no final de 2023.

    “Fazemos as contas por triénio porque os nossos negócios são de natureza plurianual e, portanto, fazem sentido nessa logica.  Estamos a crescer desde a origem e este triénio, até ao momento, já temos um volume de negócios contratado que já ultrapassa o triénio anterior e ainda estamos a meio deste ciclo, 2021 – 2023. Acredito que o crescimento da BERD será expressivo no final de 2023”, refere o CEO da empresa.

    Um resultado para o qual contribuem “apenas” aquelas que são as áreas de negócio actuais da empresa e ainda sem influência da Bridge Intelligence, a qual segundo Pedro Pacheco terá “um impacto expressivo, mas apenas no próximo triénio”.

    Com actividade essencialmente internacional, a BERD é hoje uma marca premium a nível mundial, líder europeu no segmento onde actua.  Com projectos desenvolvidos em cinco continentes, com clientes e projectos em dezenas de países. Neste triénio destacam-se os mercados dos EUA, Alemanha, UK, França, Países Baixos, Eslováquia, Peru, Egipto e Moçambique. A actividade em Portugal arrancou este triénio, embora continue a representar menos de 5% da facturação.

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    MAAT recebe inventário gráfico e audiovisual de barragens em Portugal

    Entre 2019 e 2022, o arquitecto chileno Eduardo Corales, visitou e documentou, em fotografia e vídeo, 30 casos paradigmáticos do sistema de infraestruturas hidroeléctricas nacional. Uma mostra que está patente no edifício MAAT Central até 5 de Fevereiro de 2024

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    O arquitecto chileno Eduardo Corales esteve, durante três anos, a fazer um inventário gráfico e audiovisual de barragens em Portugal. Entre 2019 e 2022 visitou e documentou, em fotografia e vídeo, 30 casos paradigmáticos do sistema de infraestruturas hidroeléctricas nacional. Uma investigação realizada com o objectivo de constituir o primeiro registo gráfico e audiovisual da história hidroeléctrica de Portugal, que contou com o apoio da Fundação EDP e da DG Artes, em conjunto com o centro de investigação CEACT da Universidade Autónoma de Lisboa.

    Uma parte significativa desse trabalho é agora mostrada na exposição Powerpoint, patente no edifício MAAT Central entre 1 de Novembro de 2023 e 5 de Fevereiro de 2024. Em exibição estão fotografias, maquetes tridimensionais dos elementos volumétricos e um vídeo de 20 das barragens estudadas por Eduardo Corales: Aguieira, Alqueva, Alto Lindoso, Alto Rabagão, Baixo Sabor, Bemposta, Cabril, Castelo de Bode, Foz Tua, Fronhas, Lagoa Comprida, Miranda, Picote, Pracana, Salamonde, Santa Luzia, Torrão, Varosa, Venda Nova e Vilarinho das Furnas.

    Trata-se de formar uma crónica de elementos que deram origem a uma paisagem eléctrica e que, a partir dos seus vários capítulos, podem contribuir para a compreensão das complexidades, conflitos e futuro destas infraestruturas, bem como do desenvolvimento do território e das suas mudanças. Ou seja, uma compilação de capítulos na história da electrificação nacional, do território onde se inserem e do próprio percurso da EDP.

    Esta foi a primeira vez que Eduardo Corales teve como objecto de estudo infraestruturas energéticas. Ao longo do processo, conta, surpreendeu-o “constatar o trabalho de uma geração de engenheiros, num contexto complexo em que as barragens foram tratadas como elementos de vanguarda construtiva, mas também com uma componente política”.

    “Vejo-o como uma lição para a nossa geração: é preciso responder a este tipo de problemáticas através de uma abordagem multidisciplinar e com compromisso nas futuras obras públicas, incluindo as infraestruturas”. acrescenta.

    Este foi “um primeiro passado de um projecto futuro sobre o registo da história energética em Portugal o qual poderá incluir, por exemplo, outras infraestruturas como parques eólicos e solares”, acrescenta Eduardo Corales.

    O apoio da Fundação EDP a esta investigação de Eduardo Corales enquadra-se na sua missão de “identificação, classificação e valorização” do património eléctrico nacional, nomeadamente, através de investigação histórica com vista à produção de bibliografia que contribua para aprofundar o conhecimento sobre a história do setor energético em Portugal.

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    Impacto das alterações climáticas no Alentejo

    Encontro sobre o impacto das alterações climáticas nas políticas de desenvolvimento regional promove boas práticas no Alentejo

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    O Campus do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), vai ser palco, no próximo dia 16 de Novembro do encontro “Ciência Global/Cultura Local – O Impacto das Alterações Climáticas nas Políticas de Desenvolvimento Regional” que conta com a intervenção do antigo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

    A iniciativa é promovida pelo Projecto Guardiões, fruto da parceria entre o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo) e o Fórum da Energia e Clima (FEC), e pela Academia Internacional de Marvão para a Música, Artes e Ciências.

    No âmbito deste evento vão ser apresentados vários projectos de boas práticas no combate às alterações climáticas, e que vêm sublinhar o contributo decisivo das opções de desenvolvimento regional para o sucesso da causa ambiental.

    Ricardo Campos, presidente do Fórum Energia e Clima, uma das três entidades fundadoras do Projecto Guardiões, adianta que o Campus do Politécnico vai receber as diferentes comunidades intermunicipais do Alentejo e representantes dos municípios relacionados com as temáticas em discussão, nomeadamente Ambiente, Gestão Urbanística, Planeamento, Protecção Civil e Gestão do Ciclo da água. “Esperamos poder contar com a intervenção de todos e, em particular, daqueles que têm responsabilidades ao nível do desenvolvimento regional e da transição energética”, adiantou.

     

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    Nova vida para antiga Refinaria de Matosinhos

    Os trabalhos de demolição da antiga Refinaria de Matosinhos arrancaram no final de Outubro e vão demorar, sensivelmente, dois anos e meio. Esta é a face mais visível de um processo que já leva dois anos

    A face mais visível do “processo de descomissionamento e desmantelamento” da antiga Refinaria de Matosinhos arrancou durante o mês de Outubro. O processo de desactivação teve início em 2021 e ao longo dos últimos 24 meses foi implementado “um vasto conjunto de operações preparatórias”, entre as quais se incluiu “a paragem, em segurança, das unidades processuais, bem como a limpeza e desgaseificação de todas as unidades processuais, equipamentos e tubagens de forma a garantir a eliminação de hidrocarbonetos e produtos”, explica a Galp no site dedicado ao projecto de demolição da refinaria através do qual poderá ser acompanhado o processo. Também essencial foi a separação física entre a refinaria a demolir e o parque logístico, que se mantém em funcionamento para assegurar o abastecimento da região norte do país. Trabalho que ficou concluído nos últimos meses.
    Segundo a informação disponibilizada, o plano de demolição incidirá, numa primeira fase, na zona sul (ver mapa), com a demolição dos tanques de armazenagem, que teve já parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente.

    “A complexidade do procedimento é extensível também a todo o processo de licenciamento associado a uma operação desta envergadura, incluindo todo o trabalho preparatório até à emissão das licenças de demolição (que envolveu pareceres de um conjunto significativo de entidades públicas) ou concursos para escolhas de empreiteiros”, refere a Galp.
    Os trabalhos que vão desenrolar-se durante os próximos dois anos e meio e incluem um vasto conjunto de medidas “para monitorizar, controlar e mitigar possíveis constrangimentos pontuais, sejam eles relacionados com ruídos, poeiras, odores ou movimento de viaturas”. Finalizado o “descomissionamento, desmantelamento e demolição”, seguir-se-á a fase de reabilitação ambiental dos solos, propriamente dito.

    Muito embora o processo de caracterização ambiental já tinha sido iniciado a “remedição dos solos” apenas ocorrerá após a conclusão dos trabalhos de demolição. Só nessa altura será possível ter o retracto completo sobre o estado de afectação dos solos e águas subterrâneas da refinaria. Este será um processo faseado, de longa duração, que irá ocorrer por áreas de intervenção pré-definidas. O processo de remediação dos solos e águas subterrâneas dependerá do estado de afectação dos mesmos e do seu uso futuro, que não está ainda definido. “A duração destes trabalhos dependerá também das metodologias que venham a ser consideradas adequadas para cada área de intervenção, sendo que o plano de remediação é sujeito a licenciamento pela CCDR-Norte e que as soluções de remediação e a sua calendarização serão aí estabelecidas.”

    “Nova vida” em preparação
    “Mais do que o fim de uma era, encaramos este momento como um novo começo: o da reconversão da refinaria e da concretização de uma visão de futuro, alinhada com os princípios da inovação, da transição energética e da sustentabilidade”.
    Nesta nova vida há espaço para a manutenção de algumas das infraestruturas actuais num movimento de “valorização e preservação” da memória e da história do local que é visto como um “factor diferenciador e um ponto forte do projecto de urbanização”. “As instalações a manter foram definidas em conjunto com a Câmara Municipal de Matosinhos, ponderando o seu impacto e futuro potencial de utilização, mas também as implicações sobre os trabalhos de demolição e de manutenção e conservação das estruturas a preservar, bem como da remediação ambiental do local”.

    A Galp e a Câmara Municipal de Matosinhos já chegaram a acordo sobre os princípios orientadores para o projecto de reconversão na área da antiga refinaria de Matosinhos, fundamentais para o desenho de um Masterplan. Relativamente ao futuro a informação disponibilizada no site do projecto refere que “a perspectiva macro deste projecto de reconversão assenta na capacidade de atrair investimentos mobilizadores nacionais e internacionais que garantam emprego qualificado, nomeadamente através da configuração de um hub tecnológico, estruturado num polo universitário, num parque tecnológico e em centros empresariais. A reconversão deverá também garantir uma estrutura urbana plural nas suas diferentes escalas e modos de mobilidade, aplicando princípios urbanísticos das ‘Eco Smart Cities15’, em harmonia com o ecossistema ambiental e respeitando as características específicas de frente marítima.

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    ISEL apresenta residência de estudantes “carbono zero”

    Financiada no âmbito do Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, a nova residência conta com uma verba de cerca de 7 500 milhões de euros

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    O Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) acaba de anunciar o arranque da “Residência ISEL Carbono Zero”, um projecto que se destina à construção de uma residência para alojamento de estudantes, docentes e investigadores. Financiada no âmbito do Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, com uma verba de cerca de 7 500 milhões de euros, esta residência integrará um conjunto de novas infraestruturas.

    Além de possibilitar o alojamento a custos reduzidos de estudantes deslocados nacionais e estrangeiros, com uma capacidade máxima de 230 camas, esta residência constitui-se como peça fundamental numa infraestrutura mais abrangente de um eco-campus em meio urbano, que contará também com um HUB de investigação e formação avançada, com laboratórios tecnológicos, salas de formação, zona de incubadora de startups e espaços empresariais, a desenvolver em Marvila.

    Estima-se que esta residência possa dar início ao seu funcionamento no ano letivo 2025/2026.

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    Fim-de-semana só com energias renováveis e com exportação para Espanha

    Entre a noite de sexta-feira e a manhã de segunda-feira, a electricidade consumida pelos portugueses foi integralmente produzida em Portugal, a partir de energias renováveis, com destaque para a energia eólica e hídrica

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    tagsREN

    Portugal foi autossuficiente durante quase 3 dias em produção de electricidade. E ainda exportou para Espanha. De acordo com os dados disponibilizados pela empresa Redes Energéticas Nacionais (REN), apenas foi necessário recorrer à energia de fontes renováveis, embora numa percentagem muito reduzida, entre as 22h30 de domingo e as 10h45 de segunda-feira.

    Nestes três dias, Portugal esteve permanentemente a exportar energia para Espanha, tendo realizado algumas importações por razões meramente estratégicas.

    Por exemplo, entre as 22h30 de sexta-feira e as 24h00 de sábado, foram gerados 172,5 GWh de energia (97.6 GWh de eólica, 68,3 GWh de hídrica e 6,6 GWh de solar), tendo Portugal consumido 131,1 GWh e o excedente sido exportado através da ligação com Espanha.

    A produção de energia de fontes renováveis neste fim-de-semana beneficiou das condições favoráveis de vento e chuva que se fizeram sentir. No entanto, Portugal tem vindo a destacar-se como um dos países da União Europeia com maior percentagem de energias renováveis no seu cabaz energético, enquanto é também um dos países que melhor conseguiu controlar os preços, na sequência da crise motivada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

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    “Manutenção e Gestão de Activos” discutidos no 17º Congresso Nacional

    Evento, organizado pela Associação Portuguesa de Manutenção e Gestão de Activos (APMI) acontece nos dias 23 e 24 de Novembro no Hotel Vila Galé, em Coimbra. Em simultâneo, e numa iniciativa conjunta com a Associação Angolana de Manutenção e Gestão de Activos irá decorrer o 10º Encontro de Manutenção dos Países de Língua Oficial Portuguesa

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    A Associação Portuguesa de Manutenção e Gestão de Activos (APMI) vai realizar o 17º Congresso Nacional de Manutenção nos dias 23 e 24 de Novembro no Hotel Vila Galé, em Coimbra, com o objectivo de permitir a “partilha de conhecimento e experiências” nas mais diversas áreas que marcam este sector de actividade. Em simultâneo, e numa iniciativa conjunta com a AAMGA – Associação Angolana de Manutenção e Gestão de Activos irá decorrer o 10º Encontro de Manutenção dos Países de Língua Oficial Portuguesa.

    Uma adequada e eficaz manutenção e gestão de activos são factores cada vez mais relevantes, pois são imprescindíveis para o aumento de produtividade das organizações e seu posicionamento nos mercados. Assim, neste evento serão abordados temas como a Manutenção e a sua relação com as Pessoas, a importância e abrangência da Gestão de Activos, a Sustentabilidade, Transformação Digital, e a Normalização, com foco nas tecnologias aplicadas à manutenção, transformação digital e Indústria 4.0.

    As comunicações apresentadas foram avaliadas por uma Comissão Técnico- Científica constituída por José Torres Farinha e Hugo Raposo, ambos do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC ), José Augusto Sobral do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), Luís Andrade Ferreira da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Filipe Didelet Pereira da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTS) e Ana Vieira e Isabel Lopes, ambas da Universidade do Minho.

    O evento conta já com as presenças confirmadas de Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, Diego Galar, professor catedrático da Universidade de Lulëa na Suécia, e Pedro Salvada, CEO da Innov Lean. Fernando Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, estará presente na sessão de abertura do evento.

    Nestes dois dias terá, ainda, lugar uma feira técnica, que estará em funcionamento durante as pausas para café e durante o horário de almoço, onde empresas seleccionadas irão apresentar as suas mais recentes soluções aos participantes no congresso.

    O 17º Congresso Nacional de Manutenção conta com o apoio da Meivcore Group,, a UE Systems, o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, a TDGI, a Mota-Engil – ATIV, a Total Energies, a ATM- Manutenção Total, a SKF, a Aquila Iberia, a WEGeuro e a ECEP.

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    Hidrogénio em Sines com reforço de investimento

    O consórcio internacional MadoquaPower2X, para produção de hidrogénio verde em Sines, anunciou o aumento do investimento total de 1,3 mil milhões para 2,8 mil milhões de euros, o que o torna o “maior projecto” europeu, ultrapassando a capacidade de 1GW de produção de hidrogénio verde

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    O MadoquaPower2X (MP2X), consórcio internacional Português, Dinamarquês e Neerlandês liderado pela empresa Madoqua Renewables, anunciou hoje o aumento de investimento para 2.800 Milhões de euros para as unidades de produção de Hidrogénio e Amoníaco Verdes na zona industrial de Sines.

    Apresentado publicamente em 22 de Abril de 2022, o projecto MP2X já alcançou diversos marcos importantes no seu desenvolvimento, que o posicionam como um projecto com elevado grau de maturidade, devidamente reconhecido pelas autoridades portuguesas.

    O acréscimo de 1500 milhões para segunda fase, aos já anunciados publicamente 1300 milhões para implementar a primeira fase do projecto, tornam-no no maior projecto da Europa, ultrapassando a capacidade de 1GW de produção de hidrogénio verde.

    O MP2X irá promover a cadeia de valor circular, baixar as emissões de CO2, diminuir a dependência de combustíveis fósseis, nomeadamente, reduzindo a importação de gás natural, potenciando de forma muito significativa o cumprimento dos objectivos nacionais e europeus, apresentados nas estratégias nacional (PNEC 2030) e europeia (REPowerEU) para a descarbonização da economia e na estratégia nacional para o Hidrogénio (EN-H2).

    A produção destes vectores energéticos verdes, actividade classificada como “sustentável” de acordo com a mais recente taxonomia da União Europeia, irá gerar crescimento sustentável económico para Portugal.

    O MP2X prevê ainda a construção e operação dos parques solares e eólicos que produzirão a energia renovável dedicada à unidade industrial em Sines a implementar em zonas do interior, desconcentradas, e dispersas no território português. Assim, para além do referido, este projecto contribuirá igualmente para um maior equilíbrio e coesão territorial.

    Para a CEO da AICEP Global Parques, Isabel Caldeira Cardoso, “o desenvolvimento deste investimento reflecte as ambições do projecto inicial, para o qual os promotores reservaram já 59 hectares de terreno na ZILS [Zona Industrial e Logística de Sines], o dobro dos 25 hectares da fase inicial. Todas as entidades nacionais estão muito empenhadas para o sucesso do projecto MadoquaPower2X, conscientes da sua importância na contribuição para a inevitável transição energética. É mais um estimulante desafio para a equipa da AICEP Global Parques acolher este PIN [Projecto de Interesse Nacional] na ZILS, que abraçámos desde o primeiro dia, devido à sua relevância para o cumprimento das metas da agenda 2030.”

    Esta visão estratégica de investimento privilegia a criação de 265 postos de trabalho permanentes altamente qualificados e 6.000 postos de trabalho indirectos estabelecidos através de parcerias locais e com a academia a partir de 2025.

    O projecto de interesse nacional permite a Portugal ser pioneiro na implementação deste tipo de projectos e MP2X foi oficialmente reconhecida a 10 de Maio de 2023, como parte da iniciativa “Vale do Hidrogénio” liderada pela Comissão Europeia através do programa Mission Innovation and Clean Hydrogen Partnership.

    A directora não-executiva da MadoquaPower2X, Marloes Ras, salienta a ambição do projecto assente num plano de estratégico a oito anos, e lembra que “só a primeira fase do projecto já corresponde a 20% das metas portuguesas no contexto da produção Europeia de hidrogénio verde. O MP2X é essencial para contribuir para a autonomia europeia das cadeias de valor da energia e alimentar (fertilizantes), através do consumo e produção de hidrogénio e comercialização de Amoníaco Verde”.

    O projecto inicial irá utilizar 560 MVA para produzir anualmente 50.000 toneladas de hidrogénio e 300.000 toneladas de amoníaco verdes usando energia eléctrica renovável. Com o anúncio do desenvolvimento desta segunda fase, será utilizada uma ligação eléctrica de 1400 MVA para produzir um total de 150.000 toneladas de hidrogénio e mais de 1 milhão de toneladas de amoníaco verdes anualmente. O MP2X é e continuará a ser indutor directo de outros investimentos nacionais, da cadeia de valor de produção de hidrogénio em Sines, com parcerias técnicas e comerciais, para comprar hidrogénio produzido por terceiros.

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    Metro do Porto adjudica contrato de 2,3M€ à Efacec

    Esta nova encomenda reforça a participação da Efacec na expansão da rede do Metro do Porto, atualmente em execução, na qual está já envolvida para a eletrificação da linha Amarela e nova Linha Circular

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    A Metro do Porto entregou à Efacec o fornecimento de soluções que contribuem para a fiabilidade e segurança da operação. O novo projeto assegura uma elevada qualidade do serviço prestado por este sistema de transporte público da maior importância para a área metropolitana do Porto.

    A empreitada de conceção e construção tem um valor global de 4M€, dos quais foram agora contratualizados 2,3M€ correspondentes à primeira fase do projeto. O contrato tem como objeto o fornecimento do sistema de sinalização para o novo Parque de Material e Oficinas (PMO) em construção no âmbito da extensão da linha Amarela até Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.

    Esta nova encomenda reforça a participação da Efacec na expansão da rede do Metro do Porto, atualmente em execução, na qual está já envolvida para a eletrificação da linha Amarela e nova Linha Circular.

    A solução que a Efacec vai fornecer para a gestão da circulação em segurança dos veículos dentro do PMO é baseada no sistema de sinalização “AEGIS by Efacec”. Inovadora e desenvolvida integralmente pela empresa, de acordo com os mais elevados níveis de segurança exigíveis em ambientes ferroviários, esta é a única solução do tipo produzida pela indústria portuguesa, o que reforça a inclusão de tecnologia nacional nas infraestruturas de mobilidade do país.

    Para Ângelo Ramalho, Chairman e CEO da Efacec “Este contrato reforça a confiança no nosso trabalho e know-how e permite continuar a garantir a elevada qualidade do Metro do Porto, o sistema de transporte público de grande relevância na cidade do Porto, do qual a Efacec é parceira há 20 anos”.

    O sector da mobilidade é uma das principais áreas de atividade da Efacec e o fornecimento de soluções tecnológicas para projetos metro-ferroviários tem sido desenvolvido em conjunto com importantes players internacionais e em diversos mercados, com especial foco na Europa do Norte.

    Actualmente, a empresa está a participar na construção da Linha Sydavnen do Metro de Copenhaga (Dinamarca), na renovação do Centro de Comando do Metro de Dublin (Irlanda), na extensão da Linha Amarela e nova Linha Circular do Metro do Porto (Portugal), bem como na conceção, construção e manutenção do Sistema de Mobilidade do Mondego (Portugal).

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    Projecto solar em Alcoutim conta com soluções Efacec 

     O projecto solar fotovoltaico de Alcoutim é um dos maiores projectos portugueses de energia solar, indo assegurar o fornecimento de energia a mais de 80 mil habitações e evitar a emissão de 75 mil toneladas de CO2 por ano

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    Neste projecto, promovido pela Galp, a Efacec foi responsável pela da concepção e construção da Subestação do Viçoso de 150/30 kV, que tem uma capacidade de injecção até 150MVA na rede eléctrica nacional, provenientes das Centrais Fotovoltaicas do Viçoso, São Marcos, Pereiro e Albercas.

    Esta é a segunda subestação em muito alta tensão (MAT) construída pela Efacec para a Galp, depois da Subestação de Moimenta da Beira de 400kV com capacidade para 88MVA.

    No âmbito dos trabalhos da subestação, foi igualmente desenvolvido e fornecido o Transformador Modular (Modular Systems) de 150 MVA, 150/30 kV, premiado em 2021 com um Red Dot Design Award, na subcategoria Industrial EquipmentMachinery and Automation. Este foi o primeiro projecto realizado em Portugal com esta inovadora tecnologia, que permite que um equipamento possa receber novas funcionalidades ao ritmo das necessidades do cliente, sem comprometer a performance ou arquitectura geral.

    “Através da concepção e construção da Subestação do Viçoso bem como o fornecimento do Transformador Modular de 150MVA, a Efacec assegurou a ligação deste grande projeto fotovoltaico da Galp à rede eléctrica, contribuindo para o cumprimento das exigentes metas de descarbonização do país. A Subestação do Viçoso é para a Efacec uma oportunidade de demonstrar em território nacional o trabalho que a empresa tem desenvolvido internacionalmente e pelo qual se tem destacado.” afirma Michael Silva, chief commercial officer da Efacec.

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    UC promove conferência sobre “Energia Sustentável e Clima nos Municípios”

    A iniciativa, organizada no âmbito do projecto “OwnYourSECAP”, irá decorrer no dia 25 de Outubro no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) da Figueira da Foz

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    O Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) do Departamento de Engenharia Eletroctécnica e de Computadores (DEEC) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai dinamizar, no dia 25 de Outubro, uma conferência nacional sobre “Energia Sustentável e Clima nos Municípios”. A iniciativa, organizada no âmbito do projecto “OwnYourSECAP”, irá decorrer no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) da Figueira da Foz.

    De acordo com Fernando Martins, investigador e doutorando no ISR, este evento que irá reunir especialistas, representantes governamentais e a comunidade universitária para discutir soluções e estratégias concretas que podem contribuir para um futuro mais sustentável, reveste-se de “extrema importância”.

    Durante a iniciativa serão debatidos temas como “Lei de Bases do Clima e o impacto nos Municípios”, “Eficiência e Pobreza Energética” e decorrerá uma mesa redonda técnica com a participação dos Municípios de Guimarães, Cascais, Coimbra e Figueira da Foz. No final, haverá espaço para discutir os “Desafios e Oportunidades na Implementação de Políticas Locais Energéticas e Ambientais” e ainda a “Representação de Portugal na Europa”.

    “O principal objectivo do projecto “OwnYourSECAP” é fornecer uma abordagem sistemática para o desenvolvimento e implementação de energia sustentável e planos de acção climáticos nos municípios usando os conceitos de sistemas de gestão de energia (EnMS), de adaptação climática nos municípios conforme e, não menos importante, abordagens inovadoras que envolvam todas as partes interessadas”, explica o investigador da FCTUC.

    Desta forma, “permitirá que os municípios fortaleçam as estruturas de decisão e envolvam representantes de diferentes departamentos e partes interessadas, garantam um compromisso político e mais recursos, assegurem a integração sectorial e estabeleçam metas mais ambiciosas em direcção à neutralidade e resiliência de carbono”, acrescenta.

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