‘Equity-rich buyers’ ganham janela de oportunidade enquanto o mercado de escritórios abranda
O investimento nos mercados mundiais de escritórios verificou uma descida acentuada no terceiro trimestre. No entanto, no seu último relatório trimestral sobre os mercados de capitais, a Savills conclui que existe um elevado nível de capital em circulação, pronto a posicionar-se para os melhores activos

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O investimento nos mercados mundiais de escritórios verificou uma descida acentuada no terceiro trimestre. No entanto, no seu último relatório trimestral sobre os mercados de capitais, a Savills conclui que existe um elevado nível de capital em circulação, pronto a posicionar-se para os melhores activos, à medida que os compradores de dívida se retiram e outros fazem uma pausa na tomada de decisões.
A Savills relata que as suas yields dos mercados de escritórios europeus de referência foram empurradas para valores entre 10bps (em Frankfurt) e 35bps (em Madrid) no terceiro trimestre. Nova Iorque viu as yields de escritórios de referência aumentar entre 50bps para 5%, enquanto as mesmas se mantiveram estáveis para activos prime core na região da Ásia Pacífico, embora com uma grande dispersão, variando entre 1,7% em Hong Kong e 8% em Mumbai. No entanto, a consultora imobiliária internacional sublinha que o valor dos activos continua “rígido” em comparação com o custo dos empréstimos; metade dos mercados analisados neste relatório viram o custo da dívida aumentar em mais de 200bps desde o primeiro trimestre de 2022, e esperam ver potencial para mais alguma pressão sobre as yields nos próximos 12 meses, na maioria dos mercados.
“A boa notícia é que a inflação está provavelmente perto do seu auge e, consequentemente, as taxas de juro referentes ao mercado também. Mas, para evitar uma maior rectificação nos preços dos activos, as taxas têm de começar a descer. Haverá provavelmente alguma inquietação pelo caminho, mas ainda há muito capital preparado para beneficiar das circunstâncias actuais. É provável que este capital seja aplicado onde existem descontos, ou em activos core com fortes fundamentos onde o preço se mantém estável devido à escassez, e têm a vantagem através de um jogo de moeda e/ou por serem um dos poucos compradores concorrentes no mercado”, explica Oliver Salmon, capital markets analyst and director, Savills World Research.
“Quem pode mais facilmente beneficiar dos valores actuais será quem detém equity, tendo potencial para manter activos a longo prazo – muito provavelmente capital privado e evergreen funds, em particular quem não responde perante comités. Os fundos de oportunidade estão a reconhecer valor, mas não estão a precipitar-se inequivocamente, a menos que sejam capazes de identificar oportunidades muito ‘especiais’. Atingir o rendimento esperado sem dívidas requer uma severa aplicação de desconto nos activos e não estamos a assistir a isso, a menos que a garantia seja para uma recompressão acentuada das yields a curto prazo. Isto é difícil de fazer para muitos, pois é um factor de mercado que está fora do controlo do comprador e é imprevisível do ponto de vista do timing. Como a maioria destes fundos são fechados, torna-se um desafio”, refere por sua vez Rasheed Hassan, Head of global cross border investment, Savills
De acordo com a Savills, os investidores que estão activos no mercado continuam a ser impulsionados por uma robusta actividade de leasing, particularmente para os melhores escritórios da classe, com taxas de disponibilidade amplamente estáveis nos mercados das regiões EMEA e Ásia-Pacífico em 2022, justificando as avaliações actuais. As perspectivas económicas globais desafiam esta narrativa, mas até agora uma oferta insuficiente de edifícios de alta qualidade em muitas geografias, está a impedir a quebra preços.