Setúbal: Proposta para a Avenida Júlio Santos privilegia a “relação com o lugar”
Proposta de Elói da Silva Gonçalve destaca-se pela “solução de continuidade visual” e “relação com os espaços exteriores”
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A “relação com o lugar privilegiando uma solução de continuidade visual” valeu ao atelier de Elói da Silva Gonçalves o primeiro lugar no concurso para um conjunto habitacional a desenvolver em Setúbal, na Avenida Júlio Santos. O projecto foi desenvolvido em coordenação com o arquitecto Mário David Serrano.
O júri considerou que, dos quatro trabalhos apresentados no concurso, e conforme o Relatório Final, a proposta vencedora da autoria de Elói da Silva Gonçalves, destaca-se “pela relação com o lugar privilegiando uma solução de continuidade visual.
No seu relatório final, o júri destaca, ainda, a funcionalidade do conjunto e a forma natural como este se integra no local, nomeadamente, no que se refere à “relação com os espaços exteriores bem como a organização funcional e a privacidade dos pisos habitacionais”.
A opção de elevar os edifícios do solo, permite, também, criar “uma permeabilidade que valoriza a extensão do espírito paisagístico”, refere o júri em comunicado.
Localizado no Plano Integrado de Setúbal, entre a avenida do mesmo nome, a Avenida Mário Ventura Henriques, a Rua do Festroia e um lote propriedade do IHRU, o projecto foi pensado para uma área de intervenção de 6500 m2, onde serão construídos edifícios com um máximo de cinco pisos acima da cota de soleira, a que acrescerão pisos enterrados para estacionamento e arrecadações.
Habitação a custos controlados
A intervenção prevê um total de 48 fogos, a que corresponderá uma área bruta de construção acima do solo de 5.053 m2. O empreendimento destina-se a criar condições para o aumento da oferta de arrendamento acessível e deverá cumprir as disposições do regime da habitação a Custos Controlados.
O valor estimado da construção é de cerca de 6, 4 milhões de euros, sendo o investimento total do IHRU nesta operação poderá ascender aos 8,3 milhões de euros, montante que já inclui o valor do terreno.
Em segundo lugar ficou a proposta da autoria dos Fala Atelier, que se evidencia “pela solução de fachada que prevê uma leitura modular conseguida através de um conjunto de varandas sustentadas no sistema estrutural visível”. Os ensombramentos, efectuados por painéis deslizantes, proporcionam uma imagem alternada entre opacidade e transparência quando estão encerrados.
A proposta classificada em terceiro lugar, da autoria de Vitor Hugo – Coordenação e Gestão de Projectos, apresenta “uma abordagem de volume compacto que se adapta à topografia do lugar, privilegiando a organização do espaço no interior do quarteirão e criando limites bem definidos com a pré-existência”.
Promovido pelo IHRU, o concurso contou com a assessoria técnica da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo e o apoio institucional da Câmara Municipal de Setúbal.