Metro de Lisboa: Obras de alargamento vão custar mais 222M€
Em causa está a expansão da linha Vermelha, orçada em novembro de 2020 em 304 milhões de euros (ME), valor revisto agora para 405,4 ME, e o prolongamento das linhas Amarela e Verde, tendo em vista a construção de uma linha circular, com um investimento previsto, em 2018, de 210 milhões de euros, mas que entretanto subiu para 331,4 milhões de euros

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As obras em três linhas do Metropolitano de Lisboa vão custar mais 222,8 milhões de euros do que a estimativa inicial, aumento justificado com a subida de preços, segundo duas resoluções publicadas esta quinta-feira em Diário da República.
Em causa está a expansão da linha Vermelha, orçada em novembro de 2020 em 304 milhões de euros (ME), valor revisto agora para 405,4 ME, e o prolongamento das linhas Amarela e Verde, tendo em vista a construção de uma linha circular, com um investimento previsto, em 2018, de 210 milhões de euros, mas que entretanto subiu para 331,4 milhões de euros. Os dois projetos estavam orçados inicialmente em 514 milhões de euros, verba que sobe, segundo os diplomas hoje publicados, para 736,8 milhões de euros, ao que acresce o valor do IVA, o que significa uma subida de custos de 43%.
As resoluções do Conselho de Ministros, assinadas pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, justificam a revisão do investimento, no caso da linha vermelha, com a “atualização de preços ocorrida entre a conclusão” do estudo de viabilidade, em Novembro de 2020, e “o momento em que se estima iniciar o procedimento de contratação pública da empreitada, em 2022”, o que se traduz num “acréscimo ao custo total do investimento de 101,4 milhões de euros”.
Relativamente ao prolongamento das linhas Amarela e Verde, o plano tinha um custo, segundo uma resolução do Conselho de Ministros de dezembro de 2018, de 210 milhões de euros, valor revisto em junho de 2021 para 240 ME, na sequência de “vicissitudes que determinaram um acréscimo dos custos envolvidos na concretização dos diversos empreendimentos”, fundamentado “na alteração do mercado de construção e obras públicas”, aliado “aos tempos dos procedimentos da contratação pública em causa”, o que tornou os valores anteriormente autorizados “insuficientes”.
Agora, o Governo justifica a revisão do investimento para 331,4 milhões de euros com “várias vicissitudes” no decurso das obras que não podiam ser antecipadas, “como singularidades geológicas não detectadas nas sondagens efetuadas e desconformidades entre os levantamentos cadastrais e as prospecções que antecederam as obras”, o que obrigou “a desocupações temporárias, expropriações e reforços de construções existentes”.
“Atualmente, e considerando que as dificuldades nas cadeias de abastecimento e as circunstâncias resultantes da pandemia da doença covid-19, da crise global na energia, assim como os efeitos da guerra na Ucrânia provocaram um aumento abrupto dos preços das matérias-primas, dos materiais e da mão-de-obra, com especial relevo no setor da construção, o que gerou o crescimento súbito e imprevisível dos preços, que tem consequências não só sobre a revisão de preços dos contratos em execução, mas também sobre os preços base dos procedimentos de contratação a iniciar, conclui-se que os valores autorizados são insuficientes”, justifica ainda o executivo.