“Alterar as regras para quem já investiu é inqualificável”, garante CEO da Vanguard
O novo pacote de medidas vem, ainda, “reforçar a nossa imagem de que somos instáveis do ponto de vista legislativo”, considera o CEO da Vanguard Properties. “Alterar as regras para quem já investiu é inqualificável”, afirmou, referindo-se ao fim dos novos ARI e dos alojamentos locais nas cidades de Lisboa e Porto

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“Negativas” e “não irão resolver o problema da procura”. É desta forma que José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, vê as recentes medidas anunciadas pela Governo, que, de uma forma geral, “não promovem a reabilitação em larga escala e construção nova” e cuja intervenção “altamente agressiva” irá, também, “irá inviabilizar por muito tempo o investimento no mercado do arrendamento”. As 25 mil novas unidades necessárias em três anos parecem, também, cada vez mais difíceis, na medida em que “o Estado não tem capacidade de produção e porque os preços a que se proporá pagar estão abaixo da realidade do mercado da construção”.
E ainda que tenham sido apresentadas medidas para simplificar o licenciamento, estas são “extremamente genéricas” e levantam muitas dúvidas na sua “efectiva aplicabilidade” e não resolver o verdadeiro problema da habitação. Para José Cardoso Botelho, esta questão prende-se com “a falta de poder de compra dos portugueses, fruto de um crescimento insignificante ao longo de mais de 22 anos”. “Mesmo com uma mediana de preço por m2 das avaliações bancárias a rondar os 1.400 euros (provavelmente abaixo do custo de desenvolvimento em muitas cidades nacionais) a maioria dos portugueses, especialmente os mais jovens, não tem acesso ao mercado”. E explica: o percentil 90% é atingido com 1400 euros líquidos por mês o que não permite comprar nenhum imóvel em Lisboa.
O novo pacote de medidas vem, ainda, “reforçar a nossa imagem de que somos instáveis do ponto de vista legislativo”, considera o CEO da Vanguard Properties. “Alterar as regras para quem já investiu é inqualificável”, afirmou, referindo-se ao fim dos novos ARI e dos alojamentos locais nas cidades de Lisboa e Porto.