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Bruno Soares, presidente do Conselho de Administração da Teixeira, Pinto e Soares (TPS)

Construção

A eficiência é, hoje em dia, um fio condutor”

Ao CONSTRUIR, o presidente do Conselho de Administração da Teixeira, Pinto e Soares (TPS) explica por onde passa o caminho da construtora que quer facturar, até 2025, 100 M€ apenas no mercado nacional. Bruno Soares explica, no entanto, que o caminho é sinuoso e os desafios são grandes. Desde a forma como são concebidos os projectos aos materiais escolhidos, a eficiência operacional das empresas deveria ser uma preocupação maior

Ricardo Batista

Bruno Soares, presidente do Conselho de Administração da Teixeira, Pinto e Soares (TPS)

Construção

A eficiência é, hoje em dia, um fio condutor”

Ao CONSTRUIR, o presidente do Conselho de Administração da Teixeira, Pinto e Soares (TPS) explica por onde passa o caminho da construtora que quer facturar, até 2025, 100 M€ apenas no mercado nacional. Bruno Soares explica, no entanto, que o caminho é sinuoso e os desafios são grandes. Desde a forma como são concebidos os projectos aos materiais escolhidos, a eficiência operacional das empresas deveria ser uma preocupação maior

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Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente da TPS, fala dos desafios que a empresa tem pela frente, da forma como encontrou soluções para os desafios que passaram e lamenta que haja poucas empresas, no sector, com mais de 25 anos de actividade. Bruno Soares assegura que esse é o reflexo de empresas pouco sustentáveis e operacionalmente desequilibradas. E aponta soluções

Os números de 2022 apontam para um volume de negócios na ordem dos 46 milhões de euros, um crescimento de 28% face aos 34,5 milhões de euros de 2021. O que representam estes números para a administração da TPS?

O ano de 2022 foi um ano melhor que 2021. Nesse ano, facturámos cerca de 34,5 milhões de euros e no último ano fechámos o ano com 46,8 milhões de euros, números que estão dentro do que tínhamos estimado. Foi um ano difícil, cheio de vicissitudes. Foi um ano em que tivemos de nos reinventar, tomar decisões muito rápidas e, muitas vezes, de risco elevado. No entanto, soubemos adaptar-nos ao que estava a ser o ano e acabou por ser o nosso melhor ano desde que somos TPS, não apenas em termos de facturação. Foi um crescimento significativo. Conseguimos aliar a esse crescimento e os resultados a um EBITDA de 7%, o que demonstra que o trabalho foi bem feito. Conseguimos produzir mais e sermos mais eficientes, o que acaba por ser o nosso grande desafio.

Que decisões foram essas que diz que tiveram de ser tomadas?

No início deste ano, os efeitos da pandemia ainda se fizeram sentir de forma significativa. Basta lembrar, por exemplo, que as cadeias de distribuição não estão ainda plenamente restabelecidas. E se este ano ainda se sentem estes efeitos, podemos perceber qual era a realidade no ano passado. Estes problemas obrigaram-nos a comprar com mais antecedência e a planear com maior antecedência, além de uma disponibilidade financeira muito maior do que a que tínhamos anteriormente. Avançar com aquisições de matérias-primas, muitas vezes ainda com muita incerteza sobre o projecto, era a única solução para assegurar que conseguíamos cumprir prazos. Chegámos a ter de ir ao estrangeiro levantar mercadoria, uma prática pouco habitual mas que, dadas as circunstâncias, se tornou por vezes necessário. Este contexto motivou também que trabalhássemos mais próximos dos nossos parceiros, quer fornecedores ou mesmo donos de obra. Aliado a isto, deparámo-nos com uma subida vertiginosa dos preços, um problema sentido logo no início de 2022. Em meados do ano passado, observámos um pico dos valores e, no fundo, ninguém sabia bem como agir. As obras eram planeadas e ‘vendidas’ a um determinado preço, algumas com valores de 2021 ou 2020 e, de repente, somos confrontados com uma vertiginosa subida dos preços praticados nos materiais. Não tivemos tempo para pensar nas decisões, mas tivemos de as tomar.

Como se consegue contornar este problema? Estamos a falar de um Sector que tem um ciclo de produção longo, desde a compra do terreno à própria obra, licenciamento… 

A aquisição antecipada de materiais conseguiu resolver parte dos problemas. Depois, podemos olhar para tudo isto de duas formas distintas: pela óptica dos clientes particulares e pela dos clientes públicos. No caso dos particulares, que representam uma parte significativa do nosso negócio, cerca de 40%, falámos com os nossos clientes, com todos aqueles que entendemos que fazia sentido este tipo de conversa e transmitimos o que estava a acontecer. E que eles sabiam. No fundo, o interesse de todas as partes era concluir os projectos. Em todos eles, sublinho, foi possível encontrar soluções para colmatar a adversidade dos preços dos materiais prescritos, fosse encontrando alternativas ou comprando materiais com alguma antecipação. Temos noção de que esta era uma situação difícil atendendo a que alguns dos projectos estavam já no mercado, boa parte deles vendidos e havia expectativas de quem comprou que não podíamos defraudar, além da necessidade de concluir os projectos nos devidos timings. No caso dos clientes públicos, houve um problema adicional relacionado com as datas. Muitas vezes orçamentámos obras em 2020 e a obra foi-nos adjudicada no final de 2021, por exemplo. Estamos a falar de prazos muito mais longos. Neste caso, o diálogo era mais complexo pois entendemos que os clientes públicos, não raras vezes e pelas suas características, querem tomar decisões mas estão mais limitados. Aqui, recorremos ao mecanismo da revisão de preços. Além de recorrermos igualmente à compra antecipada de produtos, tínhamos a revisão de preços ordinária. Contudo, esta figura não respondia cabalmente às subidas de preços que estávamos a verificar nas matérias-primas. Felizmente, em Maio foi lançado o decreto da revisão de preços extraordinária, mecanismo que nos ajudou significativamente a repor o equilíbrio dos nossos contratos. Estas foram ferramentas que, trabalhadas conjuntamente com os donos de obra, nos permitiram ir contornando as dificuldades. Em alguns casos, esta implementação era complexa atendendo a que estamos a falar de obras muito particulares, nomeadamente a construção de escolas, hospitais, centros de saúde, no fundo equipamentos que tinham necessariamente de estar em funcionamento dentro dos prazos estipulados.

Referiu que neste momento as cadeias de distribuição ainda não estão regularizadas. Quais são os grandes desafios que as empresas têm pela frente?

Relativamente aos preços, os valores das matérias-primas ainda estão altos mas estão estáveis. Se nós olharmos para os índices do IMPIC e analisarmos os dados mais recentes, que remontam a Janeiro deste ano e Dezembro de 2022, percebemos que há já uma notória estabilização. Já não temos propriamente problemas como os que identificámos no pico da crise, pelos quais recebemos orçamentos com prazos de validade de 12 e 24 horas. Isso acabou, os preços estão altos mas estáveis, o que nos permite olhar para o mercado e pensar: se estes são os preços que nós temos, esta é a nossa realidade. Assim sendo, trabalhemos, pois, a nossa realidade. Relativamente às cadeias de fornecimento, elas não estão todas restabelecidas. A pandemia veio destruir muitos postos de trabalho e fazer com que muita indústria fechasse. Isso causa dificuldades, seguramente. A juntar a isto, perceber que estes foram problemas que se fizeram sentir não apenas em Portugal como um pouco por toda a Europa, o que agudizou o problema e o dimensionou para uma escala global. Tudo isto obriga a planear com mais antecedência e é esse o trabalho que temos feito.

Como se consegue trabalhar com essa antecedência, atendendo a que, sobretudo ao nível dos clientes públicos, os prazos praticados não deixam, em muitos casos, grande margem de resposta?

Efectivamente, é verdade que os processos públicos são morosos, arrastam-se e depois é tudo ‘para amanhã’. Essa é a realidade que nos temos. Para isso, só há uma forma de trabalhar, pelo menos para nós: reforçando as equipas. Reforçámos a nossa equipa comercial, as equipas que elaboram as propostas e preparam os concursos, e as equipas produtivas. E tomámos algumas decisões adicionais. Num concurso público, não é certo que um relatório preliminar que nos seja favorável signifique que uma obra nos vá ser entregue, até porque depois ainda decorrem os prazos para contestações, etc, e mesmo entre o relatório preliminar e o relatório público decorre muito tempo. Até determinada altura, nós só preparávamos a obra quando esta nos era efectivamente adjudicada. Agora, sobretudo em obras de grande envergadura e complexas, alocamos meios a esses trabalhos logo a partir do relatório preliminar, desde que esse documento nos seja favorável. Claro que pode haver reclamações ou a obra não avançar e nós perdemos alguns recursos a trabalhar, mas esse é o risco que corremos. De outro modo torna-se mais difícil.

Como olha para os programas de investimentos que ora estão já no terreno, como é o caso do PRR, como o que se espera que sejam as intervenções decorrentes dos programas de habitação?

As empresas em Portugal estão preparadas para executar essas obras. A TPS, naturalmente, está preparada e interessada. Há, contudo, uma realidade à qual não podemos fugir e torna-se evidente que as construtoras deveriam ser consultadas e ser uma parte mais interveniente neste tipo de obras. Todos tínhamos muito mais a ganhar se as empresas de Construção Civil não fossem encaradas apenas como entidades executantes e fossem encaradas como parceiros para executar as empreitadas. Acho que seria vantajoso. Haveria grandes vantagens se as empresas trabalhassem quase tudo em concepção construção. No limite, se não nos dessem a arquitectura, que nos entregassem as especialidades, que nos atribuíssem a responsabilidade pelas especialidades. Todos teríamos a ganhar, projectos melhor elaborados, menos problemas no futuro e, seguramente, projectos mais económicos. Continuamos, infelizmente, a ser encarados apenas como alguém que executa e, como tal, temos de estar preparados para o que aí vem. Acreditamos que vem aí muito trabalho. Só em habitação, há imensos milhões para aplicar e num prazo já bastante apertado. No caso do PRR, por exemplo, caso não haja alguma prorrogação dos prazos, estamos a falar de um horizonte que vai até 2026, num montante muito elevado de investimentos. Temos de estar preparados para a escassez de materiais e de matérias-primas, que vai ser mais agressiva. Os prazos vão ser igualmente mais complicados e a juntar a isto o problema dos recursos humanos. Vai haver muito trabalho e temos de estar preparados para o fazer. Vai ser difícil, mas é a nossa vida.

Respondendo a essa questão dos recursos humanos, falou do reforço das equipas de trabalho. Em que condições foi feito esse reforço, considerando também que há uma escassez significativa de mão de obra num plano transversal na Construção?

Esse problema da mão de obra existe e vai agudizar-se. Nós não conseguimos formar gente para trabalhar no sector, não estamos a conseguir. Não podemos esquecer, igualmente, que estamos a falar de um Sector muito volátil. Ou seja: antecipamos que até 2030 temos boas perspectivas de trabalho, primeiro com os fundos afectos ao PRR e depois os investimentos previstos na ferrovia ou os planos de habitação que há para executar. Há, de facto, boas perspectivas para os próximos anos, mas a história diz-nos que depois de um período de franco crescimento, há uma quebra significativa. E não sabemos de que ordem de grandeza será a quebra do mercado. Os recursos humanos  acabam, com legitimidade, por se afastar, atendendo a que apostam numa determinada actividade e esperam exercê-la por muitos anos. Como estamos a contornar a situação? Para ter uma ideia, neste momento 35% dos nossos recursos humanos são estrangeiros. O departamento de prospecção fez um trabalho aprofundado junto de várias entidades no Brasil, Cabo Verde, Moçambique…tudo o que seja País lusófono foi trabalhado, graças a muitas viagens, muitas reuniões. Tudo foi feito para captar recursos e foi desta forma que conseguimos colmatar boa parte das nossas necessidades. É suficiente? Não é. Mas fazemos o que conseguimos.

Por onde passa a diferenciação da TPS?

O grande critério que pode diferenciar uma empresa neste sector é a estratégia que definimos. Nós temos o nosso caminho muito bem traçado na TPS e aliada a essa estratégia contamos com Recursos Humanos que materializam essa estratégia e respeitar o caminho traçado. Nós não somos grandes. Somos uma média empresa. A administração acompanha muito a actividade dos seus departamentos, de perto. Temos recursos humanos com muitos anos de casa, o que acaba por ser importante, gente que nos ajuda imenso. Não nos esquecemos das pessoas que trabalham connosco pois são elas que nos ajudam a atingir os objectivos. Felizmente, nas diversas áreas, temos gente que nos ajuda todos os dias. Mais do que a estratégia ou da formação das pessoas, uma das grandes lutas passa por tornar a empresa mais eficiente. Essa é a nossa preocupação, através de meios informáticos, por exemplo. Fizemos um grande investimento em sistemas de controlo de produção e outras áreas, o que reflecte as nossas preocupações. A eficiência é, hoje em dia, um fio condutor.

Estamos a falar de um sector que, caminhando a um ritmo considerável para a digitalização de processos, ainda tem muito caminho a percorrer. Como olha para os desafios que as empresas têm rumo à tal ‘Construção 4.0’? O que tem sido feito na TPS?

Existem muitos desafios na Construção, alguns deles nós encaramos como fundamentais. Um desses desafios é conseguirmos consolidar as empresas no mercado, torná-las também mais eficientes. Infelizmente, a realidade em Portugal aponta para EBITDAs extremamente baixos na nossa actividade. Há dias, olhando para um conjunto de dados, percebemos que empresas, em Portugal, acima de 25 anos são uma percentagem muito pequena. Empresas com mais de 50 anos de actividade são muito residuais. Isso é sinal de que há qualquer coisa errada e prova de que as empresas, de um modo geral, têm sérias dificuldades em se consolidar e não estão a conseguir ser eficientes. Esse, para mim, é um grande desafio que a TPS tem pela frente. Temos de caminhar no sentido dessa consolidação e ter presente a necessidade de sermos mais eficientes. Eu concordo ao máximo com as novas tendências, a construção modular, novos materiais, etc e estamos de braços abertos para receber essas novas ferramentas. Tudo o que seja para ajudar, é bem-vindo. No entanto, eu acho que antes de tudo isso, devíamos repensar e alterar a forma de projectar as construções. Esse é, a meu ver, um ponto fundamental. É importante pensar na forma como concebemos os projectos, tornando-os mais simples, que recorram a materiais de fácil manuseamento e aplicação, para que a execução seja mais rápida, para que exija menos mão-de-obra e, tão importante quanto tudo isto, que possa ser mais apelativa para a captação de novos recursos humanos. Para mim, estes são aspectos fundamentais aos quais damos ainda pouca importância. Há países e mercados mais desenvolvidos que o nosso que já deram estes passos e os resultados foram muitíssimo interessantes. Na maioria dos projectos era possível simplificar. A juntar a isto, era importante voltar a apostar na formação de recursos humanos, depois de longos anos em que essa não foi a prioridade. Àqueles que já estão a trabalhar temos, necessariamente, de continuar a formar, seja internamente nas empresas, ou mesmo académica. É fundamental aproximar as empresas das Universidades e institutos. Quanto melhor for a formação das pessoas, melhor será o ambiente para reter trabalhadores e maior a capacidade das empresas para responder a desafios mais exigentes.

Essa maior atractividade passa também pela modernização dos próprios processos construtivos?

Tem de passar por aí. O tradicional processo construtivo ao qual recorremos hoje em dia já não faz sentido neste momento. Não conseguimos atrair recursos humanos dizendo que vão andar de sol a sol, à chuva e lama a carregar baldes e com botas de água a encher uma laje de betão. Não conseguimos. Daí a importância de alterar as nossas construções. Isso não implica necessariamente que seja construção mais cara. Pelo contrário. Se pensarmos bem os projectos até podem ficar bastante mais baratos, além de que isso faria com que mais gente viesse para a Construção Civil. A Construção não é a mesma de há 20 anos, não é comparável e ainda bem. Mas temos obrigação de fazer melhor. A União Europeia, no global, está mais avançada que nós e há muito que podemos aproveitar com estes bons exemplos.

Nessa lógica de fazer melhor, de fazer diferente, definiram um patamar até 2025 de atingir os 100 milhões de euros de facturação. Como esperam lá chegar? Olham para a internacionalização ou será graças ao mercado nacional?

A internacionalização não faz parte dos nossos objectivos. Não temos dimensão para internacionalizar a empresa. Internacionalizar uma empresa, sobretudo neste sector, é um processo complexo, demorado e que assenta num orçamento muito forte. Além do mais, teríamos de estar dispostos a esperar vários anos pelo retorno, para não falar da importância de um mercado interno que sustente a operação externa. Nada disso está nos nossos horizontes. Entendemos que as metas que traçámos são alcançáveis, temos a noção do trabalho que temos nos próximos 10 anos. Até 2030, teremos bastante trabalho e acreditamos que é possível alcançar uma facturação de 100 milhões de euros em Portugal. Mais complexo será, no entanto, superar estes patamares atendendo à reduzida dimensão do mercado. Somos pequenos. Para se ter uma ideia, neste momento temos uma carteira de obras na ordem dos 150 milhões de euros, a maior de sempre na história da TPS, composta maioritariamente (60%) por obras públicas. As restantes serão particulares. Este cenário dá-nos conforto, segurança de trabalho, temos margem para trabalhar mais à vontade e as metas que propomos resultam de ponderações realistas.

Sobre o autorRicardo Batista

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Indicadores da reabilitação voltam a abrandar em Abril

O mais recente inquérito da AICCOPN junto da indústria revela um abrandamento da actividade do sector da reabilitação urbana. O nível de actividade da reabilitação urbana diminuiu 1,7% em Abril, face ao mesmo mês de 2022, e o índice relativo à carteira de encomendas recuou 2,8%, no mesmo período

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No mês de Abril, tendo em consideração a informação obtida no inquérito mensal, enviado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas AICCOPN aos empresários do sector que actuam no mercado da Reabilitação Urbana, observa-se uma variação homóloga negativa nos índices qualitativos que avaliam a evolução deste importante segmento de actividade.

No índice que mede a evolução do sentimento dos empresários quanto ao nível de Actividade, regista-se uma redução de 1,7%, e no índice relativo à Carteira de Encomendas uma contracção de 2,8%, ambos em termos homólogos.

No que concerne à produção contratada, ou seja, o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção, em Abril de 2023, fixou-se em 8,5 meses, o que traduz uma estabilização face ao apurado no mês anterior.

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Construção

Autarquia de Mondim de Basto investe 3,1M€ na reconversão de hotel inacabado em habitação

O investimento previsto é de 3,1 milhões de euros, uma verba que, segundo a autarquia, assegura a aquisição e a reabilitação do imóvel conhecido localmente como “Hotel das Rãs”, que foi adquirido pelo município

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A Câmara de Mondim de Basto vai reabilitar um edifício inacabado para a construção de 18 fogos destinados a habitação com arrendamento acessível, num investimento de 3,1 milhões de euros, foi anunciado esta quarta-feira.

“Este investimento estratégico, na área da habitação acessível, vem reforçar a oferta de alojamento no concelho, bem como resolver uma situação urbanística que se vinha arrastando há vários anos, em pleno centro da vila de Mondim de Basto, cumprindo o compromisso assumido com todos os mondinenses”, afirmou, citado em comunicado, o presidente do município, Bruno Ferreira.

O investimento previsto é de 3,1 milhões de euros, uma verba que, segundo a autarquia, assegura a aquisição e a reabilitação do imóvel conhecido localmente como “Hotel das Rãs”, que foi adquirido pelo município.

No âmbito deste projeto vão ser construídos 18 fogos destinados a dar resposta a situações habitacionais na modalidade de arrendamento acessível, no âmbito na Estratégia Local de Habitação de Mondim de Basto.

O projeto, de acordo com a câmara, “além de promover a inclusão social e territorial de pessoas e agregados familiares irá resolver, também, um problema estético já antigo”.

Trata-se de um edifício inacabado desde a década de 80 do século passado, localizado no centro da vila sede de concelho.

A intervenção vai ser feita no âmbito de uma candidatura apresentada pelo município ao programa 1.º Direito (Programa de Apoio ao Acesso à Habitação), contratada com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

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Setúbal: Requalificação da Estrada da Mitrena é “investimento prioritário”

A obra daquela que é a única via de acesso à zona industrial da Mitrena, foi adjudicada à empresa Estrela do Norte. Além do reforço do pavimento, vai criar duas novas rotundas, uma ciclovia e um passeio pedonal no lado sul, com arborização e iluminação pública

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A obra de requalificação da Estrada da Mitrena vai avançar este mês de Maio, depois da mesma ter sido asjudicada à empresa Estrela do Norte. Considerada um “investimento prioritário” para o concelho de Setúbal, a empreitada conta com um investimento de cerca quatro milhões de euros.

A obra tem como objectivo requalificar um troço de quase 6500 metros da EN 10-4, naquela que é o única via de acesso à Mitrena, uma zona com “forte implantação industrial e empresas de grande dimensão, a qual regista grande intensidade de tráfego rodoviário, de veículos ligeiros e pesados de passageiros e mercadorias, que abastecem aquelas empresas e alguns cais de embarque do Porto de Setúbal”

A empreitada prevê, ainda, que sejam acrescentadas duas novas rotundas – junto à fábrica de Santa Catarina e ao cais da Mague – e acessos e vias de serviço aos cais e às várias empresas localizadas na zona.

Abrangendo uma área entre os cais da Sapec e da Setenave, o estudo foi dividido em três lanços separados pelas novas rotundas. O projecto prevê, ainda, uma integração com os modos suaves, através da implantação de uma ciclovia e de um passeio pedonal no lado sul do traçado da EN 10-4, com arborização e iluminação pública.

Entre outras intervenções, haverá um reforço do pavimento nas vias para “o adequar aos valores do tráfego de pesados, substituição da sinalização vertical e novas marcações rodoviárias”.

Esta via era gerida pela Infraestruturas de Portugal, mas passou para a gestão municipal, que assumiu a execução da obra de requalificação.

A intervenção enquadra-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com financiamento através do fundo da União Europeia NextGenerationEU, estando previsto que à Câmara Municipal caiba suportar quase um milhão e meio de euros.

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Fazer obras em casa: das licenças ao financiamento, o que deve saber antes da remodelação

Fazer obras em casa é uma boa forma de melhorar o conforto e a funcionalidade do lar. No entanto, antes de começar a pensar em alterações estruturais, há alguns aspetos importantes que deve considerar. Desde a obtenção de licenças até ao financiamento, existem várias coisas que deve saber antes de começar a sua remodelação. Neste… Continue reading Fazer obras em casa: das licenças ao financiamento, o que deve saber antes da remodelação

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Fazer obras em casa é uma boa forma de melhorar o conforto e a funcionalidade do lar. No entanto, antes de começar a pensar em alterações estruturais, há alguns aspetos importantes que deve considerar.

Desde a obtenção de licenças até ao financiamento, existem várias coisas que deve saber antes de começar a sua remodelação. Neste artigo, iremos explorar o tema das obras em casa, desde o crédito para obras até à legislação aplicável, para que possa tomar decisões informadas antes de começar a transformar a sua casa.

O que é o crédito para obras?

O crédito para obras é um tipo de empréstimo que pode ser obtido junto de um banco ou de outra instituição financeira para financiar as despesas relacionadas com obras em casa.

Este tipo de crédito pode ser utilizado para financiar a compra de materiais, a contratação de mão-de-obra ou qualquer outro tipo de despesa associada às obras em casa.

Como funciona o crédito para obras?

Ao solicitar um crédito para obras, a instituição financeira irá avaliar a sua capacidade de pagamento e a sua situação financeira geral antes de aprovar o empréstimo. Além disso, terá que fornecer documentação sobre as obras que pretende fazer, como orçamentos e licenças, para que a instituição possa avaliar a viabilidade do empréstimo.

Como fazer obras em casa?

Antes de começar as obras em casa, é importante que o seu plano já esteja bem definido. Para isso, deve começar por definir o que quer alterar na sua casa e como pretende fazê-lo. Depois disso, deve obter orçamentos de diferentes empresas para comparar preços e escolher a melhor opção.

Depois de ter escolhido a empresa que irá realizar as obras, deve garantir que todos os documentos necessários, como licenças e autorizações, estão em ordem. É importante que esteja ciente dos prazos e das exigências legais associadas às obras em casa, para que possa evitar multas ou outras penalizações.

Horário de obras em casas particulares

O horário de obras em casas particulares varia de acordo com a legislação de cada município. Em geral, as obras só podem ser realizadas durante o horário comercial, ou seja, das 8h às 20h nos dias úteis e das 8h às 13h aos sábados. No entanto, alguns municípios têm regras mais apertadas, limitando o horário das obras para garantir o sossego e o bem-estar dos vizinhos.

Antes de começar as obras, deve informar-se sobre as regras do seu município e garantir que cumpre todas as exigências legais, nomeadamente a lei do ruído. Além disso, é importante que respeite os horários estabelecidos para evitar qualquer tipo de sanção.

Obras em casas legislação

As obras em casa estão sujeitas a várias leis e regulamentos que devem ser cumpridos. Além das regras sobre o horário das obras, existem outras normas que devem ser seguidas. Por exemplo, dependendo da dimensão das obras, pode ser necessário obter licenças específicas da câmara municipal ou outras autoridades.

Além disso, as obras devem ser realizadas de acordo com as normas de segurança e higiene no trabalho. É importante que todas as medidas de segurança sejam tomadas para evitar acidentes ou outros problemas que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física das pessoas envolvidas nas obras.

Quanto custa remodelar a casa?

O custo de uma remodelação de casa pode variar substancialmente, dependendo do tipo de obra que se pretende realizar. Por exemplo, a instalação de canalizações ou sistemas elétricos podem revelar-se bastante dispendiosos, ao passo que a pintura de paredes, ou a substituição de uma porta, pode ser mais acessível.

É importante que considere não só o preço, mas também a qualidade do serviço e a reputação da empresa. Além disso, deve-se ter em conta que podem surgir imprevistos durante as obras, pelo que é importante manter alguma margem de manobra no seu orçamento.

Um crédito para obras permite a realização imediata dos seus planos

Antes de começar a remodelar a sua casa, é importante que tenha um plano claro e bem definido  sobre o que pretende fazer e como pretende fazê-lo. Além disso, deve garantir que cumpre todas as exigências legais e que tem os documentos necessários, como licenças e autorizações.

O crédito para obras pode ser uma opção interessante para financiar as despesas relacionadas com as obras, mas deve ter em conta que existem critérios específicos que devem ser cumpridos para obter este tipo de crédito.

Com uma boa planificação e informação adequada, poderá fazer as obras na sua casa de forma segura e eficaz, transformando o seu lar num espaço ainda mais confortável e funcional.

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@Francisco Teixeira (CMM)

Construção

MatosinhosHabit lança apoio a munícipes para a realização de obras no edificado

O programa visa apoiar perto de um milhar de habitações do município com obras de recuperação. O apoio é financiado via 1º Direito e do PRR

CONSTRUIR

No âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, 1º Direito, e do Plano de Recuperação e Resiliência, PRR, a empresa municipal de habitação de Matosinhos promove o Programa Nacional 1.º Direito. O apoio visa a comparticipação, que poderá, em algumas situações, ser a totalidade do investimento das obras de recuperação, de mil casas de Matosinhos com problemas de insalubridade, insegurança ou precariedade.

“Desde infiltrações, canalização ou pavimentos estragados, problemas eléctricos, paredes rachadas ou com humidade, louças de casa de banho ou mobiliário de cozinha partido, janelas ou portas danificadas, abrangendo estas e outras situações que, pela sua gravidade, comprometam a segurança e a salubridade dos residentes nas habitações, podem ser resolvidas através deste apoio financeiro”, explica a empresa municipal em comunicado.

Para ser elegível, o munícipe deve fazer parte de um agregado familiar com um rendimento mensal per capita inferior a 1.921,72€ e com depósitos bancários abaixo de 28.825,80€.

“A acompanhar as candidaturas ao programa, que devem ser feitas nas instalações da MatosinhosHabit, haverá uma equipa especializada, preparada para esclarecer os candidatos e orientá-los ao longo do processo”, compromete-se a empresa.

Todos os casos apresentados serão submetidos a uma avaliação técnica que confirme as condições de habitabilidade indignas (insalubridade, insegurança, precariedade, sobrelotação e inadequação). Validados todos os critérios de elegibilidade, a MatosinhosHabit remeterá a candidatura ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para análise e decisão final.

“Com esta campanha, esperamos gerar adesão a este programa e, desta forma, reabilitar o parque habitacional do concelho”, justifica Manuela Álvares, presidente do Concelho de Administração da MatosinhosHabit. A mesma responsável reforça que “o grande objectivo é e será sempre melhorar as condições de vida dos munícipes, aliviar as suas despesas e promover a inclusão social e territorial, dentro da nossa acção no direito fundamental à habitação digna.”

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Angola

Construção

Acordo entre Portugal e Angola reconhece descontos dos trabalhadores

Os dois países assinaram um acordo que permite aos trabalhadores de ambos ter os direitos sociais e laborais reconhecidos, nomeadamente a reforma, no fim da carreira contributiva. As estimativas apontam para que cerca de 70 mil portugueses em Angola possam estar abrangidos

CONSTRUIR

A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Portugal, Ana Mendes Godinho, explicou que o acordo visa “garantir que os trabalhadores portugueses que estão em Angola têm direito a transportar consigo os seus direitos de protecção social, segurança social, e o mesmo com os trabalhadores angolanos que estão em Portugal”.
Ana Mendes Godinho participou na 15.ª reunião dos Ministros do Trabalho da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Benguela, e assinou o acordo denominado «Compromisso de Benguela» com a sua homóloga angolana, Teresa Rodrigues Dias.

Segundo a Ministra portuguesa, o “acordo histórico vai permitir reconhecer e valorizar a protecção social dos trabalhadores, de forma a reconhecer os seus direitos, nomeadamente em termos de reforma”. Ana Mendes Godinho sublinhou que as pessoas no activo terão assim a garantia de que as suas carreiras contributivas, em Portugal ou em Angola, as acompanham ao longo da vida, “podendo depois reformar-se em Portugal com os direitos dos anos aqui (em Angola) trabalhados e também para os trabalhadores angolanos reformarem-se em Angola com o correspondente direito dos anos trabalhados em Portugal”.

“Temos em Portugal, neste momento, cerca de 26 mil trabalhadores angolanos a descontar activamente para a segurança social, portanto, fazem parte do sistema. Relativamente aos trabalhadores portugueses aqui em Angola, a estimativa que temos é de cerca de 70 mil pessoas que estarão potencialmente abrangidas, por se tratar de população activa a trabalhar em Angola”, disse.

Ana Mendes Godinho salientou que estes números são apenas estimativas, mas o acordo garantirá “que muitas pessoas que hoje em dia podem não estar abrangidas, passarão a ter todo o interesse em fazer parte dos descontos aqui em Angola, porque isso será contabilizado em toda a carreira contributiva”. “Este acordo abrangerá todos os trabalhadores que descontaram para a Segurança Social, seja em Portugal seja em Angola. Todas as contribuições feitas antes de este acordo entrar em vigor serão abrangidas”, reforçou Ana Mendes Godinho, dando nota que o mesmo deverá entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2024.

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Governo destina mais 40 M€ para a reabilitação do património nacional

A verba provém, da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência e vai permitir recuperar mais 29 monumentos, sítios arqueológicos e museus espalhados pelo país

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O PRR, que previa inicialmente 150 milhões para reabilitação e conservação de 49 monumentos, terá agora 190 milhões para esta rúbrica, significando 78 intervenções, o que é o «maior investimento na reabilitação, conservação e restauro do património», disse o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva numa conferência de imprensa, em Évora.

Pedro Adão e Silva sublinhou que na reprogramação foi dada prioridade aos investimentos em monumentos, sítios e museus com projectos que podem ser executados no horizonte temporal de cumprimento e de execução do PRR – até final de 2026.
Foi também dada prioridade à necessidade de “responder aos riscos decorrentes de fenómenos meteorológicos extremos” e à “estabilização e a conservação estrutural de muralhas, castelos e sítios arqueológicos”, afirmou.

O Alentejo terá o investimento mais avultado na reprogramação do PRR para o património cultural, “um pouco mais de nove milhões”, para intervenções no Convento da Saudação, em Montemor-o-Novo, na Igreja das Mercês, em Évora, e na muralha de Alcácer do Sal.

Esta reprogramação acresce ao PRR Cultura já em execução, que tem um valor global de cerca de 243 milhões de euros, dos quais os referidos 150 milhões para o património cultural e 93 milhões para redes culturais e transição digital.

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GNR: Novo posto de Viana do Alentejo concluído até ao final de 2024

A construção do futuro posto envolve “um investimento de cerca de 1,3 milhões de euros [1.226.959,59 euros]” e constitui “um compromisso assumido com a CMVA que, a partir de agora, tem a garantia do financiamento e pode colocar a obra a concurso”, destacou José Luís Carneiro

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Em discurso proferido durante a cerimónia de assinatura do Contrato de Cooperação Interadministrativo com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo (CMVA), para a construção daquela infraestrutura, José Luís Carneiro apontou ainda para a conclusão da obra durante os próximos dois anos, “decorrendo nos prazos previstos”.

“Significa que, no final de 2024, ou primeiro semestre de 2025, poderemos inaugurar o novo quartel da GNR de Viana do Alentejo, cumprindo um objetivo que tem cerca de 15 anos. Permitiria que, ao fim de 16 anos, pudéssemos cumpri-lo, dignificando as condições dos militares”, afirmou o governante na sala do Cineteatro Vianense.

As futuras instalações do novo Posto Territorial da GNR em Viana do Alentejo serão construídas num terreno cedido em 2011 pela autarquia.

Trata-se de um projeto inscrito em 2017 na Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança e o protocolo de cedência do terreno foi assinado no ano seguinte com a CMVA.

A construção do futuro posto envolve “um investimento de cerca de 1,3 milhões de euros [1.226.959,59 euros]” e constitui “um compromisso assumido com a CMVA que, a partir de agora, tem a garantia do financiamento e pode colocar a obra a concurso”, destacou José Luís Carneiro.

A verba faz parte de um investimento de “607 milhões de euros destinados a requalificar, construir e dignificar as condições para o exercício da atividade profissional” das forças de segurança, aprovado em Conselho de Ministros em julho de 2022.

“São 607 milhões de euros para investir até 2026. Estamos a falar de cerca de 250 milhões de euros para infraestruturas e equipamentos, esquadras, postos, divisões, destacamentos, e também cerca de 250 milhões de euros para modernização tecnológica”, enfatizou o ministro.

No final, José Luís Carneiro desejou que todos os presentes na cerimónia estejam, na data da conclusão, “presentes para inaugurar a obra”, o que considerou “um bom objetivo para todos, muito particularmente para o ministro da Administração Interna”.

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Porto: Mais 24 fogos reabilitados na Lapa

Os fogos a serem reabilitados estão localizados na União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória e deverão estar concluídos até 2026. No âmbito da Porto Vivo, SRU prevê-se que sejam recuperadas um total de 146 casas em fases distintas

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Até ao final de 2026, mais 24 fogos de diferentes tipologias, distribuídos pela Rua Senhora da Lapa, Travessa da Lapa e Rua da Glória, localizados na União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, vão ser reabilitados.

O investimento municipal, através da Porto Vivo, SRU, ronda os três milhões de euros e visa “aumentar o espólio habitacional ao dispor da autarquia, incrementando a oferta de arrendamento acessível do Município do Porto”.

O conjunto de obras encontra-se em empreitadas de fases distintas, com prazos previstos para a conclusão dos trabalhos, que variam entre Setembro de 2024 e Dezembro de 2026.

Até ao momento, foram realizados 21 concursos de arrendamento acessível em que foram colocadas a sorteio 192 habitações. Prevê-se que sejam reabilitadas no total 146 casas: 21 no ano em curso, 17 em 2024, 27 em 2025 e 81 em 2026.

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Central Park Oeiras com investimento de 350M€

Com o Plano de Pormenor do território quase concluído, o empreendimento da CSCEC – China Construction Portugal, sociedade de direito português integrada no Grupo liderado pela “China State Construction Engineering Corporation”, e da Teixeira Duarte, em Oeiras, deverá avançar ainda este ano. O empreendimento de uso misto – escritórios, residencial e comercial – denominado Central Park Oeiras irá nascer em Caxias e tem um investimento estimado de 350 milhões de euros

A parceria entre a construtora Teixeira Duarte e a CSCEC – China Construction Portugal, a sociedade de direito português integrada no Grupo liderado pela China State Construction Engineering Corporation, nasceu há quase quatro anos, quando a segunda adquiriu à construtora portuguesa 50% de uma participada do grupo Teixeira Duarte há muito detentora dos terrenos localizados na zona das Pedregueiras, em Caxias norte, no concelho de Oeiras. Na altura em comunicação ao mercado, o grupo português deixou já bem claro a intenção de desenvolvimento de um projecto imobiliário “A Teixeira Duarte informa sobre parceria com o Grupo “China State Construction Engineering Corporation” para desenvolvimento de projecto imobiliário, em Oeiras, através de venda de 50% de uma sua participada pelo montante de 31,1 milhões de euros. (…) O empreendimento será constituído por diversos edifícios de escritórios, habitação e comércio, integrados num grande parque verde, num modelo que se pretende que seja uma referência de inovação e sustentabilidade”, avançou na altura a construtora. Esta alienação teve um impacto nos resultados da “Teixeira Duarte, S.A.” de cerca de 22,2 milhões de euros, como reportou o Grupo.

Desde então o projecto tem estado em desenvolvimento à espera de que o Plano de Pormenor daquele território, que abrange um total de 42 hectares, esteja concluído. Ao CONSTRUIR fonte ligada ao processo sublinha que esse passo parece estar já ultrapassado, uma vez que o documento está pronto e deverá ser apresentado e discutido publicamente nos próximos meses, reunindo, assim as condições para o investimento avançar ainda este ano.

350 M€ numa nova centralidade
Com um investimento orçado em 350 milhões de euros, valor que consta na listagem de projectos em desenvolvimento da CSCEC, o Central Park Oeiras pretende criar uma nova centralidade num município que, ao longo das últimas duas décadas, tem conseguido atrair um conjunto de empresas internacionais com forte potencial de inovação tecnológica. E esse parece ser um dos desígnios do Central Park já que, de acordo com os termos de referência do Plano de Pormenor, 51% da área de construção, 115 833 m2, será destinada à instalação de actividades económicas, escritórios. Outros 49%, cerca de 111 290 m2, será para habitação (40%) e comércio/serviços (9%). O projecto, que abrange uma área total 420 600 m2, deverá reservar cerca de 20 a 25% da sua área, para uso municipal.

O conceito de “sustentável” assume-se também, desde a primeira hora, como uma referência para o projecto “enquanto potenciadora de cenários urbanísticos valorizadores do espaço urbano e que represente um contributo significativo face às estratégias de requalificação urbana que se pretendem introduzir na presente área de intervenção”.
“A diversificação e qualificação do sector dos serviços, associado ao incremento das acessibilidades permitem definir um quadro favorável à instalação de empresas e indústrias na área criativa, biotecnológica e de energias renováveis, que integradas, e em articulação com os restantes usos complementares, promovem o desenvolvimento da cidade sustentável”.

Ainda que a Teixeira Duarte dispense apresentações em Portugal, o seu parceiro chinês tem ainda uma presença tímida no mercado nacional, contrastando com o peso e dimensão do Grupo “China State Construction Engineering Corporation”, no palco internacional, sendo um dos dez maiores conglomerados de investimento e construção a nível mundial, (número 9 no ranking “Fortune Global 500” de 2022).

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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