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A Simon participou pela primeira vez na Milan Design Week, onde participou com a “Inspired in Barcelona: SPA”, uma interpretação artística do potencial do sector da iluminação na Catalunha e em Barcelona, criada pelo artista Guillermo Santomà e localizada no coração da cidade: a Igreja de Santa Maria del Carmine.
A instalação foi o projecto protagonista da acção Inspired in Barcelona, organizada pelo BcD – Barcelona centre de Disseny e promovida pela Câmara Municipal de Barcelona e pela Generalitat de Catalunya, que este ano é inteiramente dedicada à luz e na qual a Simon actuou como parceiro conceptual.
Trata-se, portanto, de um espaço arquitectónico no qual Santomà trabalha a luz como matéria, utilizando-a em vários níveis, explorando as frequências visuais e térmicas e colocando-as em contacto com os corpos, tanto arquitectónicos como humanos, e com diferentes peles. “Pretende investigar o modo como a luz actua e a sua capacidade transformadora, esculpindo novas formas, modificando a sua morfologia, numa relação sempre fluida e mutável”.
É uma construção de 70 m2 com um telhado de quatro águas, coroado por uma claraboia. O interior, revestido por lajes de porcelana, recria a pedra evocando as rochas da gruta primitiva. Por seu turno, a repetição da peça industrializada que simula um material natural tem como objectivo criar um efeito digital quando recebe a luz.
O exterior é uma estrutura exposta, um esqueleto que aloja a cablagem tecnológica sob a forma de uma membrana técnica. Emoldurada por quatro pilares, a claraboia sublinha o ponto em que Santomà colaborou com a ProtoPixel, parceira tecnológica da Simon. A ProtoPixel está também presente na sinalética luminosa que emoldura a entrada da instalação e lhe confere luz digital dinâmica.
A instalação é acompanhada por um trabalho de investigação também realizado pelo artista, materializado numa publicação que envolve as seguintes empresas: Bover, Estiluz, Faro Barcelona, Lamp, Parachilna, Vibia. Trata-se de um ensaio eminentemente visual em torno da indústria e uma visão de futuro que deposita expectativas na tecnologia e nos modos de produção a fim de determinar mudanças e avanços positivos. “Se não olharmos para o futuro e para a forma como produzimos, a indústria não faz sentido”, defende Santomà.