Pedro Ferreira assume liderança da Fortera
Elad Dror anunciou a sua saída da liderança da Fortera “até que as acusações de que foi alvo sejam totalmente esclarecidas”, ele que é um dos arguidos do processo Babel, uma operação que envolve igualmente o vice-presidente da Câmara de Gaia. Pedro Ferreira era, até agora, director da Fortera para as áreas da Construção e Engenharia

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Pedro Ferreira é o novo CEO da Fortera, ocupando o lugar até agora assumido pelo israelita Elad Dror e naquela que é uma das principais decisões no seio da promotora depois do nome do grupo ter sido envolvido nas investigações ao ‘processo Babel’.
Até agora director de Engenharia e Construção da empresa, a promoção de Pedro Ferreira à liderança do grupo é encarada como “expectável, já que sempre existiu empenho da Administração em proporcionar oportunidades de crescimento às suas equipas”. Em comunicado, a Fortera assegura ainda que Pedro Ferreira “conta também com um MBA em Gestão, uma Pós-Graduação em Avaliação e Gestão Imobiliária e uma Pós-Graduação em Gestão de Turismo e Hotelaria, o que lhe confere um sólido conhecimento em todas as áreas de actuação da empresa”.
Na Fortera, começou na gestão de projetos, tendo sido, posteriormente, promovido a Diretor de Engenharia e Construção, onde foi responsável pela gestão e supervisão da construção dos
projetos do grupo, desde a conceção até à conclusão. O seu excelente desempenho tem contribuído para o rápido e sustentado crescimento da empresa. O novo CEO “acredita que a Fortera vai continuar forte e a assumir uma posição de liderança no mercado nesta nova etapa”. “É com muito entusiasmo que assumo este papel na Fortera, uma empresa conhecida pela dinâmica diferenciadora e pelas iniciativas arrojadas. Estou empenhado em continuar a criar valor através do trabalho árduo e dedicado que sempre nos caracterizou, assente nos valores da integridade e transparência. Naturalmente grato pelo apoio e confiança da Administração e, contando com o apoio de toda a equipa de excelência que tem impulsionado o crescimento da Fortera, sei que o futuro será forte e promissor para a nossa organização”, afirma Pedro Ferreira.
Na última semana, Elad Dror anunciou a sua saída da liderança da Fortera “até que as acusações de que foi alvo sejam totalmente esclarecidas”, ele que é um dos arguidos do processo Babel, uma operação que envolve igualmente o vice-presidente da Câmara de Gaia, responsável pelo pelouro do Urbanismo, e que investiga “a viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”.
No mesmo comunicado, a Fortera nega veementemente a informação vinda a público no âmbito da ‘Operação Babel’ que, segundo a promotora, “não retrata a veracidade das ações da empresa no empreendimento ‘Riverside’, Quinta de Santo António, em Vila Nova de Gaia”. No entender dos responsáveis da empresa, “a Fortera está a construir o empreendimento exatamente nos termos em que o loteamento foi aprovado em 2013, anos antes da fundação do grupo”, assegurando que “saúda e apoia a decisão da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia sobre a realização de uma auditoria ao projeto, pois constituirá uma oportunidade para expor as incoerências perpetuadas nas informações tornadas públicas desde o início da ‘Operação’. Esta auditoria confirmará que a Fortera está a cumprir fielmente o loteamento aprovado, desde a aquisição do terreno em 2020, tendo a construção iniciado apenas em 2023, sobretudo devido aos inúmeros obstáculos impostos pelo Município”.
“A Fortera sublinha que não recebeu favorecimentos por parte de qualquer representante do Município, tendo enfrentado desafios constantes, que só atrasaram os seus esforços de
construção, apesar do seu loteamento estar aprovado e conforme a lei”, acrescenta o comunicado, onde a Fortera reitera que “no que diz respeito ao lote número 7, a Fortera apresentou um projeto à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que se alinha precisamente com a aprovação original do loteamento de 2013, cumprindo todos os requisitos regulamentares, sem nunca ocultar
informação ou outros elementos relacionados com o projeto”.
“A Fortera salienta que os trabalhos de construção nos lotes 4 e 5 continuam como planeado, expressando a sua gratidão aos parceiros, clientes e fornecedores pelo apoio e por continuarem a acompanhá-los neste percurso. Mais se adianta que no caso do projeto Skyline, este sempre foi uma iniciativa do município de Vila Nova de Gaia como uma bandeira da cidade, tendo os direitos concedidos sido indicados desde o primeiro dia do protocolo, apesar de até hoje não ter sido aprovado qualquer loteamento”, acrescentam.