Tempo de venda de imóvel em carteira reduz 25%
Os números da operação referentes ao 2º trimestre de 2023, agora publicados pela imobiliária ERA Portugal confirmam a tendência global de recuperação do sector, destacando-se uma forte dinâmica de mercado com uma redução de -25% no tempo médio entre o momento da angariação de um imóvel e a respectiva venda. Segundo a imobiliária, três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses

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As vendas acompanham a tendência de recuperação no 2º trimestre do ano. Registou-se uma subida de +3,5% em número de imóveis vendidos (2680 no 1T para 2774 no 2T) e +5,4% no volume dos negócios transaccionados (390.760.195,00€ no 1T para 411.944.869,00€ no 2T). Apesar desta evolução positiva, ambos os indicadores ainda ficam aquém quando comparados com o período homólogo, com decréscimos de -12,2% em termos de casas vendidas e -14% em relação aos negócios transaccionados.
Já o valor do ticket médio dos imóveis vendidos continua a aumentar, apesar de estar a desacelerar. No 2º trimestre, o crescimento verificado foi de +2,8% (167.379,33€ no 1T para 172.070,33€ no 2T) em relação aos primeiros três meses do ano e +0,1% na comparação com o mesmo período de 2022. Por outro lado, o valor deste 1º semestre fica -1,9% aquém do último de 2022 e +1,2 acima do período homólogo.
Analisados os imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, não se verifica qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado. Com mais de 51 mil imóveis em carteira, os dados da rede ERA indicam que a oferta continua a reduzir (-4,6% face ao período homólogo) e, consequentemente, os preços a aumentar (+11,1% nos valores de mercado dos imóveis em carteira). Por outro lado, o tempo médio de venda está a reduzir (-25% face ao período homólogo). Aliás, em 2023, três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses após serem colocados à venda.
Ao nível da facturação, apesar de o 1º semestre de 2023 estar abaixo dos valores de 2022, a análise mensal indica uma clara e rápida tendência de recuperação do mercado com um crescimento significativo em Maio (+5%) e em Junho (+9%) face ao mês anterior. Aliás, desde o início do ano, só em Abril se registou um decréscimo em relação ao mês anterior.
Numa análise trimestral, a facturação de 21.741.986€ no 2º trimestre registou um crescimento de +9% face ao face ao trimestre anterior (19.999.868,00€). O mês de junho, com um registo de 7.804.287,00€ teve mesmo um valor muito semelhante ao do período homólogo (apenas -2%).
“Com base nos nossos dados, e não só, são evidentes os sinais de estabilização do mercado e até de recuperação. Apesar de uma conjuntura económica desafiante, sentimos a confiança a regressar a níveis de um passado recente”, sublinha Rui Torgal, CEO da ERA Portugal
Procura ainda excede a oferta
Se no 1º trimestre do ano se verificou um aumento no número de imóveis angariados, que poderia indicar um aumento da oferta disponível, no 2º trimestre esse número voltou a descer (-13%) face ao período anterior, apesar de se manter +11% acima na comparação com o 2º trimestre de 2022.
O número de novos contactos e clientes em base de dados continua a subir face aos períodos anteriores, apresentando um crescimento superior a nível de clientes vendedores (+10%) do que a nível de clientes compradores (+6%) face ao 1º trimestre do ano.
O perfil principal a nível de cliente ERA continua a ser maioritariamente português. Por outro lado, as nacionalidades estrangeiras que mais compram casa com a ERA mantêm-se na grande maioria inalteradas: Brasil, Reino Unido, França, Angola, Estados Unidos, Alemanha e Países Baixos (por esta ordem). As novidades de 2023 prendem-se com o crescimento nas nacionalidades italiana e chinesa, tendência não identificada no TOP10 desde 2020, e a subida dos EUA ao TOP5.
“Os indicadores preditivos dão-nos uma perspectiva muito positiva para os próximos meses. A nossa estratégia de expansão, em curso desde o início do ano e já com mais de uma dezena de aberturas de novas lojas nestes primeiros seis meses, deixa-nos ainda mais confiantes para o que resta de 2023”, conclui Rui Torgal.