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    Empreendimento Be.49 Apartaments comercializado pela Remax Collection

    Localizado na Rua da Manutenção, na zona ribeirinha oriental da capital, o projecto prevê a construção de um novo edifício com oito apartamentos distribuídos por cinco pisos

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    O empreendimento Be.49 Apartments, situado no Beato, em pleno coração de Lisboa, está a ser comercializado pela Remax Collection. Localizado na Rua da Manutenção, na zona ribeirinha oriental da capital, o projecto prevê a construção de um novo edifício, cuja aposta é o segmento residencial de luxo, sendo composto por oito apartamentos de tipologias T2 e T3, distribuídos por cinco andares, com um único apartamento nos pisos 0 e 4. A sua conclusão está prevista para 2023.

    Implementado na zona oriental de Lisboa, actualmente sinónimo de grande desenvolvimento ao nível das infraestruturas, serviços e construção, o empreendimento Be.49 Apartments é constituído por oito exclusivos apartamentos T2 e T3, e caracteriza-se por interiores espaçosos que contemplam áreas entre os 123 m2 e os 200 m2. Os valores das fracções variam entre 566 mil euros e os 1,3 milhões de euros.

    Todo o projecto assenta em opções “exclusivas” de construção, como janelas de vidro duplo com corte térmico e acústico, soalho de madeira maciça, mármore Estremoz em cozinhas e casas de banho, ar condicionado centralizado e lugares de garagem prontos para a mobilidade eléctrica, assim como varandas nas suítes e sala para uma vista única sobe o rio Tejo.

    “Esta comercialização é uma óptima oportunidade para quem pretende fazer um investimento seguro ou para quem deseje viver em pleno coração da capital, experienciando o lado urbano da cidade com o tradicional de um bairro típico”, considera Beatriz Rubio, ceo da Remax Collection.

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    Arquitectura

    “Os arquitectos que se habituem porque vão ter de aprender a trabalhar com outros materiais e com outras soluções, que não o betão e o tijolo”

    A arquitectura vive de mudanças e impõem mudanças, mas nunca como hoje esta assunção foi tão verdadeira. A discussão sobre a maior utilização da madeira na construção e as mudanças que ela origina deu-nos o pretexto perfeito para falar com o arquitecto Luís Rebelo de Andrade e rever parte da sua obra onde a madeira é a grande protagonista. Mas mais do que o passado falámos do futuro, do papel e das responsabilidades da profissão, da pesquisa e utilização de novos materiais, às vezes “com carácter experimental”, confessa

    (Esta entrevista foi originalmente publicada no suplemento de Arquitectura TRAÇO, de Setembro)

    De onde lhe vem esta reverência à utilização da madeira nos seus projectos?
    Hoje fala-se muito da sustentabilidade e de facto a madeira é dos materiais renováveis mais interessantes e importantes. Portugal sempre teve um certo estigma na utilização da madeira face às amplitudes térmicas e à sua manutenção. Embora eu ache que isso se deve muitas vezes, não com a utilização da madeira, mas com a utilização errada da madeira. E, portanto, desde cedo que comecei a investir no conhecimento da construção em madeira. Realizámos Pedras Salgadas, com as eco houses e as snake houses. Usámos muita criptoméria também num projecto que fizemos em Longroiva. Temos algum trabalho feito nesta matéria.
    Entretanto, aqui há uns seis anos realizámos uma casa que surge, por uma série de circunstâncias, designadamente de análise do projecto, do programa, do sítio e do local, como, se não o primeiro, seguramente um dos primeiros projectos em Portugal em CLT.

    Está a falar do projecto da “Casa 3000”?
    A “Casa 3000”, que é um projecto fruto das circunstâncias. Havia pouca disponibilidade de pessoas para trabalhar na construção, a casa era completamente deslocada de qualquer centro urbano, tinha problemas de abastecimento de energia e água, o ponto de energia mais próximo estava a uma distância de 2 km, e este conjunto de circunstâncias levou-nos a fazer uma casa 100% auto-suficiente. Ou quase porque, obviamente, que não existem casas 100% auto-suficiente, haverá sempre um pequeno gerador para os dias, como se costuma dizer, para os dias de festa. E decidimos construir em CLT.

    Essa foi uma decisão fácil?
    Eu desde sempre defendi esta tecnologia e o tempo tem vindo a dar-me razão. Na altura era uma tecnologia pouco conhecida em Portugal e se eu falasse com um engenheiro de estruturas, parecia que lhe estava a tirar o pão da boca, porque ele não sabia fazer os cálculos. Se estivesse a falar com um empreiteiro este desvaloriza por completamente a solução, porque fazia comparações demasiadamente simples relativamente aos custos. Ou seja, se tiver de comparar exclusivamente o custo do CLT com outra mais tradicional até pode ser uma construção que é mais cara. Mas esta não é a verdadeira questão.

    A responsabilidade da arquitectura

    E qual é?
    A construção em CLT permite várias coisas. Desde logo fazer uma construção em seco, reduzindo brutalmente o número de operações dentro de uma obra. Os painéis vêm cortados e tudo é milimétrico. É uma montagem rigorosa e muito eficaz, com um número muito reduzido de pessoas em obra. É preciso reconhecer que Portugal tem hoje em várias áreas, e não só na construção, um grave problema com a contratação de pessoal especializado.
    O CLT é uma tecnologia que é a favor dos novos tempos, no sentido em que permite aumentar substancialmente os volumes de pré-fabricação numa obra, permite controlar melhor os custos e obter melhores resultados em termos de custo final da obra e em termos de prazo de execução. Traz uma série de vantagens adicionais. Por exemplo, muitas vezes fala-se do perigo do fogo, ora também nesse aspecto o CLT é uma vantagem porque sendo madeira laminada, cruzada e colada é uma madeira que não arde, ela carboniza, reduzindo substancialmente o risco de incêndio. Aumenta substancialmente a segurança a sísmica do edifício, porque é um material que, como sabemos, bastante flexível e tem uma resistência melhor. Ao nível do conforto a madeira melhora o conforto acústico e térmico. Eu tenho defendido que a construção em Portugal vai seguir o caminho da pré-fabricação, é inevitável. E se os portugueses não perceberem isso agora, vão perceber daqui a uns tempos, quando acabar a guerra na Ucrânia e esta iniciar a sua reconstrução. Aí iremos assistir a um êxodo de trabalhadores e de empresas de construção.

    Mas não sente que as coisas estão a evoluir para uma maior utilização do CLT e da pré-fabricação na construção, no geral?
    Sem dúvida. Hoje as empresas começam de facto a aperceber-se das vantagens, a estudar e a envolverem-se no processo. Estão a formar-se uma série de engenheiros com conhecimento do cálculo, que é fundamental, já que a construção em madeira, como sabemos, não permite grandes coeficientes de cagaço. Eu estou completamente convencido que o caminho vai no sentido da pré-fabricação, seja pré-fabricação com CLT ou seja pré-fabricação com outras tecnologias, que há mais de 100 tecnologias diferentes no mundo quando falamos de pré-fabricação. Este é o caminho que a construção em Portugal vai seguir e os arquitectos que se habituem porque vão ter de aprender a trabalhar com outros materiais e com outras soluções que não o betão e o tijolo.

    A formação é uma preocupação no seu atelier?
    Claro que é! Nós temos esta preocupação há muito tempo. A sustentabilidade não pode ser uma palavra vã… um cliché. A sustentabilidade é algo que é muito real. E é fundamental que nós, enquanto arquitectos, percebamos que temos uma responsabilidade nesta matéria. O que é uma pena é que assistimos a um autismo muito grande por parte dos nossos governantes relativamente aos problemas da arquitectura e não ouvimos a nossa Ordem a intervir nos momentos dos grandes fogos ou das grandes cheias, nos momentos que, no fundo, são resultado o resultado do mau planeamento e do mau urbanismo. Vamos ter, sem dúvida, que caminhar no sentido da pré-fabricação, esta é uma questão que para mim não traz qualquer tipo de dúvida. Inclusive, estamos a desenvolver uma série de projectos nesta área, o que nos obriga a trabalhar no nosso atelier nuns moldes diferentes do que se trabalhava aqui há uns anos. Hoje todo o atelier está a trabalhar em BIM e procurámos equipas de engenharia que nos acompanhem nessa forma de trabalhar, porque o projecto tem que de ter um grande rigor. Mas para isso é necessário que os empresários na área imobiliária sejam capazes de pagar aos arquitectos aquilo que lhes é devido para conseguirem desenvolver bons projectos. Não vamos a concursos públicos pura e simplesmente e salvo raríssimas excepções porque são escandalosamente mal pagos e depois as equipas que ganham são equipas mal preparadas, com projectos que estão mal elaborados e carregados de indefinições, o que origina os grandes desvios nas obras e nos valores finais de investimento. Não há milagres. A única forma de reduzir os valores da construção é seguir o caminho da pré-fabricação, não é exigir aos arquitectos que estão no princípio da cadeia que façam “baratinho”, porque esse “baratinho” depois sai caro.

    O regresso ao CLT

    Nos vários projectos que tem em curso volta a utilizar o CLT em algum deles?
    Neste momento estamos numa face em que ainda é difícil convencer os nossos clientes, os nossos promotores que CLT é uma boa solução, mas estamos convencidos ao longo dos próximos dois a três anos já vamos ter uns milhares largos de metros quadrados construídos nesta tecnologia. Não tenho dúvidas, estamos a preparar vários projectos nesse sentido

    Começou com a “Casa 3000”. Mudaria alguma coisa do que fez nesta que foi a sua primeira experiência com o CLT?
    Não mudaria nada. É um projecto do qual nos orgulhamos muito no ateliê, como todos os projectos que fazemos. Não olhamos para trás, olhamos para o projecto a seguir. A nossa paixão é o projecto que temos a seguir, os outros ficam na história. Tentamos fazer todos os projectos com a mão direita, mas há alguns projectos que nos saem com a mão esquerda, mas mesmos nesses tenho tido a sorte de poder vir a emendar. Temos uma grande preocupação em olhar para trás e não nos envergonharmos daquilo que colocamos na paisagem. Eu costumo dizer que nós, arquitectos, somos os Guardiões da Paisagem. Não temos um cliente, temos vários clientes. Somos chamados pelo cliente que nos paga, somos controlados por uma câmara que nos fiscaliza, muitas vezes mal, e mal por ignorância dos próprios técnicos que têm medo de avaliar um projecto e de apoiar bons projectos por ignorância, e depois temos um outro cliente que é um cliente invisível que é toda aquelas pessoas que têm de viver com aquilo que fazemos e construímos na paisagem. E por isso para mim os grandes prémios são as pessoas que me abordam na rua para agradecer porque o bairro tem outro cheiro [a propósito do projecto Casa das Fragâncias, na rua do Patrocínio] ou nas Pedras Salgadas por conseguimos devolver vida àquela localidade. Esses são para nós os grandes prémios, os que fazem da nossa profissão uma Profissão Grande.

    A utilização do CLT ou da madeira, numa forma genérica, muda a forma como faz arquitectura?
    A madeira passou a ser uma matéria-prima e é com ela que vamos trabalhar e que não nos impõe limites à criatividade. Não nos sentimos limitados com o facto de estarmos a desenhar com base numa matéria-prima que parece muito rígida. Faz parte da análise, faz parte do processo. Em todos os projectos que trabalhamos têm um racional muito grande por trás. Nada acontece por acaso. Na Casa 3000, que pode parecer uma brincadeira, nada daquilo que ali está aconteceu por acaso. Eu tenho uma grande desconfiança hoje nos projectos de engenharia porque os engenheiros fazem o by the book, e não olham para o ADN das coisas, como nós arquitectos olhamos. E quando se tratou de uma casa totalmente em CLT e uma casa totalmente auto-suficiente, a minha primeira preocupação foi falar com Universidade de Aveiro para nos monitorizar e fiscalizar todos os projectos da especialidade, para garantir que aquilo que estava a ser projectado realmente estava certo e funcionava. E nós recorremos muito a esse apoio das universidades para garantir que o que fazemos está bem feito.
    Hoje fala-se de sustentabilidade, mas depois vemos edifícios de vidro a surgir. Fui outro dia a Aveiro e fiquei estupefacto porque a nova arquitectura em Aveiro é toda ela preta…

    Fala-se de sustentabilidade, mas não se constrói sustentável?
    Privilegia-se o bonito, mas na sequência de um projecto o bonito não pode ser a primeira preocupação. Antes do bonito têm que acontecer uma série de coisas primeiro, para que as coisas sejam boas e quando as coisas são boas as coisas tornam-se bonitas. Mas estamos a estudar outros processos de construção pré-fabricada porque há situações em que o CLT pode não ser a resposta. Estamos a investigar novos processos e novas formas de construir porque o mundo está a mudar e não se pode desperdiçar a matéria-prima da forma como nos últimos 60 anos o fizemos. O mundo tem de ser capaz de construir melhor.

    A busca por novos materiais

    A utilização da madeira é uma constante no seu trabalho?
    Gosto muito da madeira. A madeira, o ferro e a pedra são os grandes materiais de construção. A madeira agrada-me, sobretudo, por ser um material reciclável. Eu planto hoje uma árvore e daqui a dez anos com ela construo uma casa. A madeira faz todo o sentido. Obviamente, que não pode ser qualquer madeira, estas têm características totalmente diferentes e a escolha tem de ser feita com critério.
    Confesso que temos feito alguns projectos muito com carácter experimental, tínhamos pouco obra feita com madeira e houve muito experimentalismo. Usámos muito criptoméria que vem dos Açores e é uma madeira fantástica para construção, usa-se muito no Japão. Mas neste momento estamos a estudar muito seriamente o CLB.

    Em que consiste o CLB?
    No CLB é utilizada exactamente a mesma tecnologia que no CLT, mas com bambu. O bambu tem um ritmo de crescimento muito acelerado e pode ser uma solução muito interessante. Em Moçambique e noutros países onde estamos a trabalhar colocamos a hipótese de podermos vir a utilizar CLB na construção. É uma madeira que tem um comportamento extraordinário em termos de longevidade e depois tem a parte da reprodução que é muito interessante.
    Mas estamos a fazer uma coisa que é completamente o contrário do que devia ser feito e que está a acontecer noutros países que têm um ordenamento do território extraordinário, como a Áustria. A cadeia começa na produção florestal, depois passa para a serração e só depois acaba no CLT. Ou seja, aqui estamos ao contrário. Estamos a começar pelo CLT ainda não temos serração e muito menos exploração florestal.
    Já há produção de CLT em Portugal, mas não temos produção florestal que possa apoiar esta indústria, quando ela se tornar de facto uma indústria. E não tenho dúvidas que isso irá acontecer.

    O que está a ser feito para dinamizar a construção de CLB nos países africanos onde estão a trabalhar?
    É um processo que está um embrião. Estamos a fazer uma série de projectos em Moçambique e sabemos que na África do Sul e na Tanzânia já se já se produz muito CLT. O CLB ainda é um projecto em embrião estamos a fazer contactos com especialistas no bambu para aperceber como é que conseguimos transformar o bambu em CLB. Mas é algo que só irá produzir resultados daqui a cinco ou seis anos. Há que percorrer primeiro “o caminho das pedras”…

    Sente-se sozinho nesse percurso em Portugal?
    Defendemos aquilo em que acreditamos. Pensamos pela nossa cabeça, fazendo o nosso curso e os outros têm obrigação de fazer o mesmo. Não me sinto órfão de nada. Tenho uma equipa fabulosa, extraordinária, estamos a preparar o futuro do atelier. Hoje, quem nos vem vender soluções ao atelier, fá-lo a dar uma aula para os nossos arquitectos para que essas conversas depois não se percam no arquivo dos materiais e dos catálogos. Da mesma forma que promovemos debates e palestras no nosso auditório. Não somos uma academia, mas queremos ser um atelier escola.
    O atelier hoje é comandado pelo Tiago, meu filho, e pelo Pedro Barros Silva, meu genro, que são quem comanda aquela banda. Eu estou mais por fora, a apoiá-los que toca à credibilidade, no que toca à defesa de soluções que apresentamos junto dos clientes.

    E eles seguem este seu interesse e paixão por estas novas soluções?

    Estas soluções que defendo são coisas que descobrimos em conjunto no atelier. Eles estão completamente alinhados. Este discurso não e só meu, é o resultado de discussões em torno destes temas que nos inspiram. A inspiração leva à discussão e a discussão leva à inspiração. As primeiras três ou quatro linhas orientadoras da Casa 3000 surgiram de uma conversa que tive com o dono de obra quando visitámos o terreno. A solução surgiu ali, naquele momento, e depois foi ganhando massa critica.

    Isso ainda o surpreende?
    Eu chego a esta idade e realmente acontecem coisas extraordinárias que nunca me tinham acontecido enquanto arquitecto. Uma é chegar a um território que não tinha qualquer referência. É como construir uma casa no deserto, não há nada que nos ajude a começar uma história ou a criar um racional à volta de uma história e a Casa 3000 é muito isso. Assim como a reabilitação da igreja de São José dos Carpinteiros foi um projecto por subtracção. Ao contrário daquilo que a maioria dos clientes nos pedem, que é sempre mais… mais um andar… mais…
    Da mesma forma que hoje volto ao projecto onde trabalho há 30 anos. Enfim, tenho tido a sorte de voltar ao projecto [Six Sense], de o repensar e melhorar. Fruto da maturidade, da idade, da pressão, da densidade houve coisas que percebo que não correram tão bem. Voltar a trabalhar naquele projecto permite-me torná-lo mais sólido.

    Onde vai incidir a intervenção?
    Num dos edifícios do conjunto turístico, ao qual não acho muita graça ou que não correu muito bem. O cliente pôs me à vontade para o demolir e voltar a construir, o que eu nunca farei mas retirar-lhe pisos isso com certeza que vou fazer. Este vai ser mais um projecto por subtracção ou, se quiser, numa discussão de conceito em que que menos pode ser mais. Essa noção de que vale a pena construir menos para construir melhor e ao construir melhorar pode ter-se margens de lucro muito mais eficientes. O Six Sense deve ser o hotel mais rentável e considerado internacionalmente, talvez o melhor hotel em Portugal. Tem cerca de 80 chaves e 250 a 260 colaboradores directos e um grande problema ao nível da contratação de pessoal e querem reduzir a taxa de ocupação. São outras formas de olhar para as coisas. Às vezes fazer muito não significa que se ganhe muito dinheiro, às vezes é preferível fazer menos, com mais qualidade e daí retirar mais resultado financeiro no final da operação.

    Como vê o futuro a médio prazo para a construção em madeira?
    Neste momento já há uma série de promotores despertos para estas soluções e que já estão a investir. Veja por exemplo a Vanguard que adquiriu uma fábrica para construir em madeira, para os seus projectos na Comporta ou a dst. Há várias empresas no mercado que estão neste momento a considerar muito seriamente a montagem de fábricas de CLT. Os empreiteiros estão muito interessados em aumentar o nível de pré-fabricação na construção e de controlar essa pré-fabricação. Não tenho dúvidas nenhumas que este é o caminho, seja com a utilização da madeira, seja apostando noutras tecnologias. Para mim a Madeira é sem dúvida nenhuma aquela que numa lógica de sustentabilidade é a mais correcta a que me parece ser o caminho natural.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    A ERA Portugal divulgou os resultados da operação referentes ao 3º trimestre de 2023. Os principais indicadores mostram um crescimento dos negócios reportados, mas um ligeiro decréscimo no volume de facturação. A rede de franchising mantém o optimista para os próximos meses

    tagsERA

    Ao nível das Vendas, os negócios efectuados nos últimos três meses evidenciam um crescimento, ainda que tímido, face ao trimestre anterior. Registou-se uma subida de +0,5% em número de imóveis vendidos (2774 no 2T vs 2787 no 3T) e +1,1% no volume dos negócios transaccionados (411.944.869,00€ no 2T vs 416.531 850€ no 3T). Apesar desta evolução positiva na análise trimestral, ambos os indicadores ainda ficam aquém quando comparados com o período homólogo (-5,4% em número de negócios e -7,5% em relação ao volume).

    Já o valor do ticket médio dos imóveis vendidos continua a aumentar, apesar de estar a desacelerar. No 3º trimestre, o crescimento verificado foi de +1,5% (172.070,33€ no 2T vs 174.649,00€) em relação ao 2º trimestre e +0,1% na comparação com o mesmo período de 2022. O tempo médio de venda ronda os 96 dias, considerando os imóveis angariados este ano.

    A facturação de 21.242.330€ no 3º trimestre significa um ligeiro decréscimo -2% face ao trimestre anterior (21.741.986€). No entanto, há a destacar um sinal positivo do mercado com Julho e Agosto a evidenciarem um crescimento na facturação de +11% e +2% respectivamente.

    “O contexto económico ao longo deste ano tem sido incerto e por isso desafiador para o imobiliário. No entanto, o sector tem provado ser resiliente e os números da nossa operação evidenciam uma certa estabilização que, creio, pode vir a consolidar-se até final do ano”, antecipa Rui Torgal, CEO da ERA Portugal.

    Já o nível da oferta disponível continua a ser muito limitado. No 3º trimestre foram conseguidas 8912 angariações, o que representa um decréscimo de -10% face ao trimestre anterior (9886). Apesar disto, ainda se verifica uma subida de +4% na comparação com o período homólogo.

    Uma diminuição dos números verificou-se também na rubrica Clientes, tendo-se registado um decréscimo de -8% no número de novos clientes vendedores (15.701), face ao trimestre anterior, mas um aumento de +2% no número de novos clientes compradores (72.226). Em linha com o histórico mais recente, os principais clientes da ERA neste 3º trimestre continuam a ser os portugueses. Em seguida, as nacionalidades mais dominantes são a brasileira, britânica e alemã.

    “Apesar das adversidades impostas pela actualidade internacional, os dados de negócio deixam-nos optimistas para o que aí vem. Se até final do ano espero uma estabilização natural derivada pela incerteza dominante, parece-me que o próximo ano, com a inversão da tendência de subida das taxas de juro e o normalizar da inflação, deverá trazer uma nova dinâmica ao mercado”, conclui Rui Torgal.

     

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    APAL salienta que eficiência energética não é igual a sustentabilidade

    No mês em que se encerra a 1ª Fase das candidaturas ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, a APAL propõe revisão com maior majoração a materiais mais sustentáveis já na segunda fase do programa

    A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) lamenta os critérios atribuídos às janelas e fachadas de alumínio no Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis 2023, lançado em Agosto, considerando desajustada a majoração de financiamento dos materiais, pois não foi considerada a composição do produto subsidiado e a sua reciclabilidade, isto é, a descarbonização dos materiais utilizados na construção dos edifícios.

    A APAL torna públicas todas as diligências que fez para esta revisão até à data e desde que teve conhecimento das características do novo programa, junto da ADENE. As evidências são simples e fáceis de adopção pois podem ser implementadas nos critérios de avaliação das candidaturas ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis 2023 e como tal, apela à acção para que sejam consideradas na 2ª fase.

    É fundamental que o Programa para os Edifícios Sustentáveis tenha coerência com o critério e priorize benefícios a atribuir aos produtos de acordo com a reciclabilidade dos materiais. Só assim é tida em conta uma majoração justa e a implementação de incentivos fiscais que favoreçam materiais ecológicos e não apenas eficientemente energéticos, sendo a sustentabilidade um pilar fundamental para atingir esse objectivo, hoje, no próximo ano e no futuro.

    A associação refere que no caso concreto da caixilharia, o programa actual de apoio considera apenas a eficiência energética e compromete os princípios da descarbonização e economia circular já que negligencia aspectos cruciais, tais como a composição dos produtos subsidiados, a pegada ecológica associada a esses produtos e o seu ciclo de vida.

    A associação esperava que o programa reconhecesse o contributo que materiais sustentáveis podem oferecer para as metas europeias às quais Portugal está vinculado até 2050, especialmente em termos de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, conforme estabelecido na Lei de Bases do Clima, no Roteiro para a Neutralidade Carbónica e no Plano Nacional de Energia e Clima.

    Em resposta aos benefícios concedidos pelo programa, a proposta de revisão da APAL defende a majoração dos incentivos atribuídos a materiais que, devido à sua natureza ou processo de transformação demonstram ser sustentáveis. Esta majoração deve ser baseada em critérios que incluam a composição dos materiais – com ênfase no apoio a materiais não derivados de petróleo; ser um produto de economia circular que permita reproduzir o produto inicial; as características do material reciclado garantam a optimização de recursos, nos processos industriais, como no caso do alumínio que reduz o consumo eléctrico em cerca de 95% por cada tonelada de alumínio reciclado; o material ter o Ciclo de Vida do Produto completo local, ou seja, ter o ciclo de vida a 100% no país, como a indústria do alumínio em Portugal, que garante 100% do seu ciclo de vida, sem perder as suas propriedades originais.

    Considerar a existência do Ciclo de Vida do Produto e a representatividade real e funcional que tem no sector, vai permitir evitar até 39 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano até 2050, de acordo com o mais recente plano Estratégico da Associação Europeia do Alumínio, European Aluminium´s 2050.

    Rui Abreu, Presidente da APAL salienta “Portugal está na rota para uma economia baseada na circularidade e, como tal, não pode ao mesmo tempo promover indiferenciadamente os produtos num sector que se propõe ser, mais do que eficiente, mas ter, realmente, uma redução no impacto ambiental no sector da construção”.

    Ao avaliar o impacto dos benefícios concedidos, a APAL defende que a sustentabilidade deve ser o princípio orientador na consideração dos efeitos a longo prazo dos incentivos e na avaliação da sua pegada ecológica.

    Neste sentido, a associação acredita que essa diferenciação, reflectida em níveis mais elevados de apoio e majoração, representará um passo significativo na redefinição do paradigma da construção sustentável e contribuirá substancialmente para o cumprimento dos compromissos e metas internacionais aos quais o Estado Português está vinculado.

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    M&A em Portugal durante a pandemia: número de operações diminuiu, mas valor dos negócios cresceu

    A sociedade Abreu Advogados e TTR apresentaram estudo com um retracto aprofundado do mercado de M&A em Portugal ao longo de 2022 e primeiro semestre de 2023

    A Abreu Advogados, em parceria com o Transactional Track Record (TTR), apresentou o estudo ‘Portugal M&A: An overview of the Portuguese M&A activity’, um relatório que analisa a evolução do mercado de M&A em Portugal no período pós-pandemia, interpretando os seus principais indicadores, entre os quais se destacam o volume de negócios, valor de transacções, os sectores mais activos ou a origem do investimento estrangeiro.

    Tendo como principal foco o período temporal compreendido entre Janeiro de 2022 e Junho de 2023, o estudo começa por destacar a evolução do crescimento em valor e volume da actividade de M&A em Portugal em 2022. Apesar das circunstâncias adversas (já esperadas), em 2022, a actividade portuguesa de M&A registou um crescimento médio de 11% no valor transaccionado ao nível dos principais sectores de actividade. Com a desaceleração da pandemia da Covid-19 e retoma da regularidade das actividades económicas, o segundo semestre de 2022 registou inclusive um fluxo considerável de transacções.

    Em comparação com o ano de 2021, Portugal passou de 606 transacções de M&A para 587 transacções em 2022, verificando-se um decréscimo de 3,13%. Já no 1.º semestre de 2023, foram registadas 267 transacções, o que revela ainda alguma apreensão e incerteza quanto à evolução do mercado transaccional em Portugal no 2.º semestre do presente ano. Em termos de valor das transacções, o ano de 2022 registou um valor total de 14.300 milhões de euros, um decréscimo face ao ano anterior em que se verificou uma actividade transaccional de 22.700 milhões de euros. No que diz respeito aos dados do primeiro semestre de 2023, o valor das transacções fixou-se nos 5 mil milhões de euros.

    Para Oliver Hill, Editor do Transactional Track Record (TTR), “O que conseguimos perceber é que Portugal recuperou de dois anos difíceis de restrições de negócio. Percebemos que existiu uma mudança no paradigma, visto que a actividade de M&A no primeiro trimestre de 2023 ultrapassou os volumes de negócio dos períodos homólogos dos últimos 4 anos. A atração por Portugal nunca foi tão forte, em sectores que, consistentemente, representam os volumes de negócios de M&A nos últimos anos e que indicam claramente que o país está no caminho certo. Queria agradecer à Abreu Advogados por organizar este momento, e tenho a certeza que as perspectivas que irão emergir deste evento permitirão que possam identificar tendências e oportunidades, para além de tomarem decisões de negócios firmes com confiança”.

    Análise dos Sectores

    Da análise dos quatro sectores mais activos no mercado de M&A em Portugal em 2022, e olhando para o volume de transacções, verificou-se um crescimento no sector de Imobiliário e Construção (+19,4%) e no sector de Tecnologia e Telecomunicações (+8,7%), quando comparado com o período homólogo de 2021. Em sentido inverso, ficaram os sectores de Financeiro e Seguros (-8,3%) e de Energia e Energias Renováveis (-6%). No primeiro semestre de 2023, verificou-se que o sector com maior volume foi imobiliário e Construção, contando com 46 operações, seguido do sector de Tecnologia e Telecomunicações (38 operações), financeiro e seguros (15 operações) e Energia e Energias Renováveis (9 operações).

    O estudo realizado pela Abreu Advogados, em parceria com o TTR, também aprofunda à evolução do valor dos negócios em alguns dos principais sectores do mercado, com destaque para o sector de Financeiro e Seguros, que verificou um crescimento de 69,2% em 2022, com um total de 2,2 mil milhões de euros investidos em actividade de M&A. O sector de Tecnologias e Telecomunicações também teve um crescimento elevado, registando um aumento de 62,5%, para um total de 1,3 mil milhões de euros. O único sector analisado que verificou um decréscimo, face ao ano de 2021, foi o de Energia e Energias Renováveis, que registou uma queda de 50% no valor de negócio, com 900 milhões utilizados em operações de M&A, ao invés dos 1,8 mil milhões registados no ano anterior.

    Para Manuel Santos Vítor, Sócio da Abreu Advogados: “As estrelas da actividade de M&A em 2022 foram os sectores habituais: imobiliário, energia (sobretudo renováveis), TI e empresas digitais, com muitas das transacções a serem realizadas por vendedores e compradores não portugueses. No fim de Fevereiro de 2022, o mundo mudou com a invasão da Ucrânia pela Rússia. As perturbações daí decorrentes, a subida dos preços da energia, a inflação e o rápido crescimento das taxas de juro impactaram negativamente o resto do ano, com uma redução do número de transacções e dos valores envolvidos. Apesar de esses factores se manterem em 2023, os mesmos foram já, de alguma forma, absorvidos e equacionados pelos stakeholders. Verificaram-se ainda alguns bons indicadores macroeconómicos, que também ajudam o sector de M&A, e se devem repetir em 2024, como: maior controlo da inflação, maior robustez da nossa economia em sectores fundamentais como o turismo, a redução do endividamento público e, logo, dos juros que pagamos por essa mesma dívida, e a melhoria do outlook e dos ratings da nossa dívida pública.”

    Por outro lado, a injecção massiva de fundos por parte do PRR e fundos estruturais da UE, sobretudo através de crescimento de investimento público, criarão oportunidades de negócio para o sector privado, para as empresas que participarão, directamente ou como parceiros de empresas que participem directamente, em concursos públicos e/ou terá acesso a auxílios estatais sob a forma de subsídios. O crescimento destas empresas e o investimento que farão podem propiciar boas oportunidades e influenciar positivamente a actividade de M&A em Portugal durante o ano de 2024”, refere ainda.

    A origem do investimento estrangeiro no mercado de M&A em Portugal apresentou evoluções distintas consoante o país. Em 2022, a actividade de M&A de França em Portugal quase duplicou em relação a 2021. No entanto, apesar de um decréscimo verificado no volume de operações, Espanha continua a ser o país que lidera no investimento de operações de M&A em Portugal, com 85 operações. Os EUA surgem em segundo lugar, com 58 operações, registando um decréscimo de 26,5% face a 2021. No entanto, países como França, Reino Unido e Alemanha verificaram um aumento no volume de transacções em 2022, de 93,6%, 27% e 63,1%, respectivamente. Outra nota de destaque vai para os Países Baixos que, em 2022, conseguiu alcançar um aumento de 200% nos negócios registados em Portugal.

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    Imobiliário

    Zühlke e a MPS são os novos inquilinos do D.M2

    A JLL integrou a consultora Zühlke e a MPS no edifício D.M2, no Porto. A Zühlke vai ocupar o quinto piso, com 1 05 m2, já a MPS vai ocupar o sétimo piso, com uma área de 801m2

    tagsDM2JLL

    Com um total de 13 300 m2, o D.M2 pertence à Incus Capital, consultora de investimento privada, e está localizado na zona da Boavista, muito próximo da baixa da cidade do Porto. O edifício foi completamente reabilitado numa obra a cargo da Tétris, empresa de design & build do grupo JLL. Existem vários pisos com áreas exterior, tendo sido este um dos argumentos mais importantes para o arrendamento do espaço. Com vista sobre o Rio Douro o imóvel é composto por 12 pisos acima do solo e quatro em cave com 149 lugares de estacionamento. Tudo isto, num espaço em processo de certificação BREEAM Very Good.

    O edifício localiza-se na Rua D. Manuel II, junto aos jardins do Palácio de Cristal e do Super Bock Arena. Inserido no prime CBD da cidade, esta zona beneficia de uma excelente localização, tanto em termos de serviços como de transportes públicos, ficando ainda próxima da baixa do Porto. A nova estação de metro Galiza, em construção, vai também reforçar a facilidade dos acessos e centralidade do Projecto.

    “A escolha deste edifício foi inquestionável para estas duas empresas, cada vez mais a localização e a acessibilidade são muito valorizadas pelas empresas de forma a oferecer aos colaboradores as melhores condições de trabalho num ambiente tão competitivo. O D.M2 reúne os principais requisitos de procura das empresas internacionais, que escolhem o Porto para se instalar. A localização central, os espaços exteriores, o ambiente moderno e, ainda, a certificação em matéria de sustentabilidade posicionam este edifício como um dos mais atractivos da cidade”, justifica Cristina Almeida, markets & capital markets Porto director na JLL Portugal.

    “Na Zühlke, assumimos um compromisso com a diversidade e inclusão de talento nas nossas equipas. Assim, este espaço veio responder tanto às necessidades de crescimento, como também permitir termos um escritório mais adaptado aos colaboradores, investindo nas melhores condições para o seu trabalho e convívio com a equipa. Além do investimento na acessibilidade, desenhamos também um escritório que acolhe os modelos de trabalho do futuro e que já implementamos na Zühlke, baseados na interacção, partilha, colaboração e flexibilidade, incorporando também elementos da cultura portuguesa num espaço de carácter internacional”, afirma Mariana Figueiredo Salvaterra, General Manager da Zühlke Portugal.

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    Construção

    CIUL inaugura ciclo “A Cidade em Frames”

    A iniciativa, que convida a “espreitar a cidade pela lente do cinema”, conta com cinco sessões ao longo do mês de Novembro, cada uma dedicada a um filme, seguindo-se uma conversa com o realizador

    O Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) planeia anualmente um conjunto de actividades em torno do urbanismo da cidade, incentivando a “reflexão” sobre temas de interesse para o seu desenvolvimento e procurando capacitar os cidadãos para uma maior literacia urbana.

    Neste sentido, é inaugurado, em Novembro, o ciclo “A Cidade em Frames”, que convida a “espreitar a cidade pela lente do cinema”.

    Ao todo, estão previstas cinco sessões no mês de Novembro, cada uma dedicada a um filme, seguindo-se uma conversa com o realizador. Pretende-se com este ciclo “alargar a discussão urbana a diferentes visões” e gerar um “diálogo entre cineastas e público”, em redor de problemáticas e questões que marcam a cidade.

    A primeira sessão é já no dia 2, pelas 18 horas, e conta com a apresentação um documentário sobre o Estuário do Tejo, enquanto ecossistema. “Mar Urbano Lisboa” (2020), é de José Vieira Mendes e Ricardo Gomes.

    A mostra apresenta, ainda, a 9, “Lisboa Domiciliária”, a 16, “Do Bairro”, a 23, “Avenida Almirante Reis em três andamentos” e a 30, “Allis Ubbo”.

    As sessões são de entrada livre, mas sujeitas a inscrição.

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    Imobiliário

    Corum investe 26 M€ na compra de centro logístico em Famalicão

    “Com esta aquisição, a Corum eleva para 16 o número de edifícios comerciais detidos em Portugal”, salienta Miguel Costa Santos, country manager da Corum Portugal, sublinhando o compromisso da SCPI francesa com o mercado nacional

    A Corum Investments reforça a sua presença em Portugal com a aquisição de um centro logístico em Ribeirão, no concelho de Famalicão, com um contrato de arrendamento a longo prazo assinado com a Olicargo. Esta aquisição, realizada através do Corum Eurion, um fundo com certificação ESG, representa um investimento de cerca de 26 milhões de euros por parte da gestora de origem francesa.

    Com uma área total do terreno de 67 mil metros quadrados, dos quais cerca de 34 mil de área coberta, este centro logístico conta áreas de frio positivo e negativo, 72 cais desnivelados e um pé direito de cerca de 13 metros, originalmente construído para a Lidl, e que após várias remodelações, permite agora à Olicargo servir o Norte de Portugal.

    O centro logístico em Famalicão tem também estacionamento para 185 automóveis ligeiros e 36 pesados e encontra-se localizado numa zona industrial consolidada, a 30 minutos do Porto.

    “Com esta aquisição, a Corum eleva para 16 o número de edifícios comerciais detidos em Portugal”, salienta Miguel Costa Santos, country manager da Corum Portugal, sublinhando o compromisso da SCPI (Sociedade de Investimento Imobiliário) francesa com o mercado nacional. “É um investimento completamente alinhado com a nossa estratégia de procurar oportunidades que garantam retornos atrativos para os nossos investidores”, acrescenta.

    “Continuamos a diversificar o portfolio em Portugal, com a adição do segundo activo logístico no país, um sector que tem beneficiado com o crescimento do e-commerce e onde esperamos crescimento de rendas devido à procura crescente e escassez de activos no mercado” refere Miguel Valente Bento, gestor de investimentos da Corum para o Sul da Europa.

    Com actividade em Portugal desde 2014, tendo aberto a sua sucursal de Lisboa em 2019, conta com mais de 200 propriedades comerciais em 17 países europeus e no Canadá.

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    Imobiliário

    PARES Advogados reforça área de direito Imobiliário

    PARES Advogados reforça o Departamento de Direito Imobiliário da Sociedade, com a integração dos novos associados Teresa Catapirra e Gonçalo Filipe Dias

    A PARES Advogados acaba de anunciar a integração de Teresa Catapirra e Gonçalo Filipe Dias. Os advogados, que transitam, respectivamente, do Departamento Jurídico do Grupo Arié e da Antas da Cunha ECIJA, irão reforçar o Departamento de Direito Imobiliário da Sociedade. Ambos entram na qualidade de Associados.

    Teresa Catapirra é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, ULHT. Possui uma formação em Direito Agrário pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e uma pós-graduação em Direito Imobiliário pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Escola de Lisboa.
    Após a inscrição na Ordem dos Advogados, Teresa Catapirra trabalhou como Advogada Associada na Fernando Carpinteiro Albino (2015 – 2019), na ABC LEGAL (2019 – 2020) e na Lisbon Law (2020 – 2022).

    Gonçalo Filipe Dias é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa. Possui um mestrado em Direito Empresarial e uma pós-graduação em Direito Imobiliário, ambos pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Escola de Lisboa. Antes de ingressar na Antas da Cunha ECIJA, onde exerceu actividade durante cerca de um ano, Gonçalo Filipe Dias estagiou na Irina Akhmetova Lawyers.

    A assessoria na área do Imobiliário constitui uma das grandes apostas da PARES Advogados. Para o efeito, a Sociedade dispõe de uma equipa composta por cerca de uma dezena de advogados, vocacionada para prestar assessoria jurídica em operações de investimento imobiliário, incluindo na criação de estruturas para tais operações e na elaboração e negociação de contratos imobiliários, designadamente compra e venda, sale and lease back, arrendamento, permuta e direito de superfície. O Departamento é coordenado pelos sócios Luís de Gouveia Fernandes e Myriam Ouaki, e pelo Associado Coordenador Rui Rompante.

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    Hélder Batista – Coldwell Banker

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    Português ganha prémio de liderança internacional da Coldwell Banker

    Nos seus 117 anos de história da Coldwell Banker esta foi a primeira vez que distinguiu um franquiado fora dos EUA. Com mais de 20 anos no sector, Hélder Batista lidera, actualmente, a Coldwell Banker City, em Lisboa

    Hélder Batista foi o primeiro franquiado da Coldwell Banker em Portugal e foi, agora, distinguido com o Chandler Barton Spirit Award, um prémio integrado nos Coldwell Banker Leadership Awards atribuídos anualmente numa cerimónia realizada nos EUA.

    Nos seus 117 anos de história esta foi a primeira vez que a Coldwell Banker distinguiu um franquiado fora dos EUA. O prémio reconhece a evolução de Hélder Batista e a sua experiência de mais de 20 anos no sector do imobiliário. Actualmente lidera a Coldwell Banker City, em Lisboa, que, em quatro anos, passou de oito para 60 colaboradores.

    Hélder Batista é um exemplo de como uma história que poderia ter sido trágica se transformou numa notável jornada de coragem, resistência e triunfo. A sua experiência de vida, marcada por uma família desestruturada e com experiências de viver na rua e separado dos seus irmãos, está contada no livro “Guerreiro da Paz”.

    Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal, reconhece o feito de Hélder Batista e a sua evolução com a marca. “Ao atribuir este prémio a um português, e em especial ao Hélder Batista, reconhecendo o seu talento e dedicação, a Coldwell Banker escreveu um capítulo inédito na sua história de 117 anos”, afirmou.

    Para Hélder Batista este prémio é o “reconhecimento” de todo o trabalho desenvolvido pela minha equipa, “sem a qual não teria conseguido chegar onde cheguei hoje, e a constatação de que é possível darmos uma volta ao destino e alcançarmos os nossos sonhos”.

    A Coldwell Banker conta, actualmente, com 100 mil colaboradores a partir de três mil agências espalhadas por 43 países, estando em Portugal desde 2018.

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    Signal Capital e Sonae Sierra promovem República5

    O projecto de escritórios desenvolvido pela Saraiva & Associados, que está a ser implementado pela Reify, prevê-se que esteja concluído no final do primeiro trimestre de 2024

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    A Signal Capital e a Sonae Sierra juntaram-se para desenvolver o projecto de uso misto, República5. A comercialização está a cargo, em co-exclusividade, pelas consultoras CBRE e JLL.

    Localizado numa das artérias mais relevantes da capital, os escritórios do novo República5 distribuem-se por 12 pisos com pisos de 500 metros quadrados a dois mil metros quadrados, integrando ainda 250 lugares de estacionamento privativos em cave. Os blocos 2 e 3 contam com cinco mil metros quadrados e podem acomodar um único ocupante, dadas as suas características.

    Este edifício prevê, ainda, os mais altos standards de sustentabilidade, garantindo uma performance ambiental totalmente alinhada com as mais exigentes práticas de ESG, nomeadamente por se tratar de um projecto ‘Human Centric’.

    O projecto de escritórios desenvolvido pela Saraiva & Associados, que está a ser implementado pela Reify, prevê-se que esteja concluído no final do primeiro trimestre de 2024.

    “Com uma simbiose entre áreas tradicionais e inovadoras, o República5 responde às crescentes exigências dos ocupantes, priorizando o bem-estar dos utilizadores através das certificações WELL e LEED. Reconhecemos que a possibilidade de desenvolver activo de referência no centro de Lisboa é limitada e não existem activos de qualidade disponível, pelo que o República5 vem de certa forma reforçar o nosso compromisso no sentido de colmatar esta necessidade na cidade de Lisboa”, afirma Colman McCarthy, Partner Real Estate, Signal Capital.

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